- Citação :
- Fui para o Templo do Fogo treinar. Não se preocupem que já sai muito mais cedo, quando vocês todos estavam a dormir. Certifiquei-me de que não era seguido. Serena cuida bem da casa, e Kazuki, apesar de seres peculiar, consigo perceber que dentro de ti, tens um enorme espaço que ainda precisará crescer. Boa sorte com o resto do treino, não tenho mais nada a ensinar-te. Até breve.
Maiko
Uma noite sem estrelas, sem lua. Pouca era a luz que emanava dos céus, e á qual conseguia trespassar a alta copagem das árvores. Maiko caminhava, sonolento, com passos calmos e leves, pelo solo da floresta. Uma pequena e fria chama iluminava o seu caminho, dando luz ao seu redor até a alguns passos de distância.
-- Ironia das ironias… - Disse Maiko suspirando. – Abriguei um alvo, e afinal o alvo era eu.
Um pequeno mocho olhava o shinobi com os seus grandes olhos, e neles, um fogo espelhado tornava aquela pequena figura, um monstro com três vezes o seu tamanho, dez vezes a sua imponência majestosa. Com um leve piar deu a sua localização a Maiko. Este olhou por detrás do seu ombro, observando-o. Esticou a mão, tentando-o chamar, mas este esvoaçou do seu poiso.
-- Boa… Agora nem os pássaros posso ter ao pé de mim. – Disse o ninja.
Ao longe uma figura observava Maiko. Levou a mão á bainha da sua espada e desapareceu.
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-“Fui para o Templo do Fogo…” “ Certifiquei-me que não era seguido. Serena…” MERDA PARA ELE! – gritou Serena atirando o bilhete para longe de si. Aquelas palavras no bilhete… algo não batia certo. Maiko nunca iria pedir a Serena para guardar a casa. Não a ela. Ele sabia muito bem o quanto ela detestava faze-lo, especialmente quando a sua mãe lhe pedia. – “Não… ele não se sente preparado para enfrentar alguma coisa… pelo menos não conscientemente” – disse ela com um sorriso. Vestiu um casaco cumprido e leve, enquanto corria, e dirigiu-se ao gabinete do Hokage. O passo acelarado, as preocupações e a brisa fria daquela noite, faziam preocupar ainda mais Serena. Sentia que algo não estava bem.
Em plena corrida fez meio selo e a água da humidade do ar surgiu-lhe á frente, numa espécie de tela, semi-rectangular.Mordeu o seu polegar e fez uma sequência de selos. A corrida continuava e a semi tela congelava a cada passo que a kunoichi dava. Finalmente colocou a mão sobre a superficie gélida e disse “Kuchiyose no Jutsu”. O circulo de caracteres negros surgiram na placa e num misto de fumo branco emergiram, como flechas cinco pombos brancos com grandes manchas pretas no seu corpo, formando o que parecia ser, acessórios. Estes ficaram confusos com a presença de Serena. Um, em pleno vôo rodava a sua pequena cabeça para a esquerda, tentando certificar-se se era mesmo Serena.
-- Não tenho tempo para isto… - disse em tom baixo Serena. – O Maiko desapareceu… Calculo que saibam quem é. Ele foi na direcção do Templo do Fogo – disse ela apontando na direcção do templo – Vocês sabem o que têm a fazer. – disse ela, mas os pombos ficaram estacionários olhando e observando Serena de alto a baixo, como se algo vil fosse. – ENCONTREM-NO! Vão! – gritou imperialmente Serena. O grito fez acordar os pombos daquela transe, juntamente com a placa de gelo a estilhaçar-se no chão. As invocações partiram na direcção do Templo, afastadas o máximo, para abrangerem a maior área possivel.
-- Espero que ainda vá a tempo. – disse Serena. Via os pombos a desaparecer entre a escuridão. Uma leve aura purpura brilhava no seu olho direito, enquanto que a forma de uma lua crescente aparecia nele, realçando ainda mais o rosa dos seus olhos. Serena rodou rápidamente a cabeça, mas uma leve tontura fe-la impedir de mover-se como queria. Doia-lhe o olho. Levou o dedo ao seu olho direito e esfregou-o. A dor passou, mas a konoichi reparou num pequeno rasto de sangue no seu dedo.
-- Sangue? – disse ela em tom baixo, mas ignorou tal facto. Começou novamente a correr na direcção do Gabinete do Hokage, onde uma pequena meia-luz indicava que o Kage ainda estava lá.
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Kazuki surgia do nada, em pleno ar, rodeado por uma nuvem de electricidade. Caía com um joelho no chão no meio da floresta.
-- Ele deve ter vindo por aqui. – disse Kazuki. – E não deve estar muito longe… Afinal já cobri uma grande área. – disse Kazuki ofegante.
Um ramo partia-se a poucos metros de Kazuki.
-- Maiko? – perguntou o Jounin. Tinha as defesas em baixo, e ainda estava um pouco cansado depois de efectuar aquela técnica. Mesmo assim, não arriscou e levou a sua mão á bainha da sua espada. Levantou-se e desapareceu, surgindo um pouco mais á frente. A escuridão era grande e parecia que tinha entrado na parte mais sombria da floresta. – Psst… Mai…ko? – perguntou cautelosamente Kazuki.
-- Kazuki? – respondeu uma voz que o Jounin conhecia. Uma figura caminhava para um ténuo fio de luz. – És tu! – disse Maiko surpreso.
-- Maiko? Ahaha… afinal foste mais facil de encontrar que eu imaginava. - Disse Kazuki embainhando a sua espada.
-- Pois… Se calhar… - disse Maiko. Mantinha-se muito calado.
-- Bem, vamos voltar para Konoha. Não te posso deixar ir para o Templo do Fogo e ainda correr o risco de mais um massacre por lá. – disse Kazuki rindo-se.
-- Pois não irias querer isso, pois não Kazuki? – disse Maiko com um sorriso sarcástico, encoberto pela escuridão.
-- Ainda por cima o Kage por esta altura já sabe e já está a mandar reforços e o caneco. – disse ele. – Já para não falar da tua prima, que se for como todos os outros Toriyose já deve ter enviado uma legião de pássaros á tua procura. – dizia Kazuki com um enorme sorriso aproximando-se de Maiko.
-- O que? – disse Maiko surpreso. – Tu fizeste isso? ISSO TUDO?! – exclamava Maiko exaltado…
-- Meu acalma-te… não é nada de mais…
-- IDIOTA! – disse Maiko. Levou a mão ás costas e desembainhou uma espada negra. Com um golpe veloz cortou a tunica e ao de leve o abdomen de Kazuki.
-- Mas o que se passa?! – exclamou Kazuki. – Desde quando é que tu usas uma… espada. – disse Kazuki, observando a espada com maior atenção. – TU! – gritou Kazuki. – O que fizeste ao Maiko? Onde está ele? – Dizia enfurecido Kazuki.
-- Kikikikikiki Isso gostava eu de saber. Assim era mais facil encontra-lo… Mas encontrei-te a ti. – Dizia “Maiko” com um riso bem distinto. – Afinal… a cavalo dado, não se olha o dente. – dizia ele fazendo um selo e enterrando-se no solo.
-- ZANTETSU! ONDE ESTÁ ELE!? – gritava Kazuki espetando a sua espada no chão.
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Maiko caminhava pela floresta levando consigo uma pequena chama, fria e morta na palma da sua mão. Respirou para cima dela, atiçando-lhe um pouco o seu fogo, aumentando a luz pela floresta. Ouviu uma espada a ser retirada da sua bainha, mas fora tarde demais. Um golpe profundo acertava-lhe no peito, jorrando sangue para cima do seu atacante.
Maiko caía no chão, enquanto que o seu atacante agitava a sua espada limpando o sangue. Era uma kunoichi de tunica branca, de cabelos curtos ruivos. Uma serpende aparecia por detrás dela, mas parecia ser diferente de qualquer outra serpente já vista.
A Ranmaru olhava para Maiko deitado no chão, e este explodia e fumo e penas. Esta não ficava em nada surpreendida. Esticou o braço e a espada e rodou ligeiramente o seu corpo. A espada indicava algo, e com um movimento rápido era lançada com uma velocidade estonteante. Ouviu-se um som seco em seguida. A espada, ficara cravada em pleno ar. Lentamente uma mancha vermelha aparecia em torno da espada. Com o passar dos instantes textura e roupa aparecia á sua volta, á medida que a figura invisivel, tornava-se visivel. Maiko continuava a manter o selo, chocado com a rapidez daquela mulher. Estava agora quase todo visivel, e o sangue pingava no chão. Quebrou o selo e agarrou no cabo da espada, tentando tira-la.
-- Impossivel… - disse Maiko.
-- Tinha de matar… isto? Patético. – disse a mulher num quase sussurro silibado. Deu uns passos em frente e esticou o braço para agarrar o cabo da sua espada. Tocou no ferro frio do cabo, e mal o fez alarmou-se. Maiko explodia, novamente, numa nuvem de fumo e penas. Os olhos da kunoichi abriram-se em espanto. Três sons rápidos fizeram-na esquivar, e bem a tempo. Três flechas de fogo cravavam o chão no preciso local onde esta estava á instantes. As flechas arderam rapidamente, e desapareceram.
Colocou-se em posição de batalha, com um pé á frente do outro ligeiramente dobrado, e a agarrar o cabo com as duas mãos.
Maiko, o verdadeiro Maiko, encontrava-se no topo de uma das árvores. Tinha vestido um fato especial oferecido pela sua avó. Completamente negro confundia-se na perfeição na escuridão. E não só isso, como bloqueava em grande parte o chakra que imitia. Esticou a mão e uma bola de fogo formou-se. Tocou nela com a outra mão e puxou três flechas de fogo. Armou o braço, e com um movimento rapido, lanço as três flechas em simultâneo, sem pestanejar.
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Bem, passado MUUUUUUUUIIIIITO tempo escreveu mais um filler.
Datte finish them!