Anteriormente…Dokizune Kamui
Filler 18 – Movimentações Assíncronas
Era de manhã. O dia estava bem bonito na vila, na noite anterior não tinha havido relâmpagos. Pois estavam no segundo dia desde a sua chegada a Hantoumei e como Mirino tinha dito a Kamui, o fenómeno dava-se noite sim, noite não. Kamui acordou bem disposto na sua nova casa, que era bastante parecida com a de Kuraigakure. Na sala estavam Mirino e Suzako à conversa, enquanto Tsubame preparava o pequeno-almoço. Alguém batera à porta.
─ Bom dia Kamui-kun. – Disse o visitante, Rokuu.
─ Hey. Tudo bem? – Disse Kamui cumprimentando o amigo.
─ Ainda bem que chegas Rokuu-kun. – Disse Mirino que interrompia a conversa com Suzako. – O Líder da vila quer falar com os quatro. É só uma entrevista rotineira pra vos conhecer, nada de mais. – Continuou o guarda da vila que se tinha tornado amigo deles.
─ Vamos lá então. – Kamui fechou os olhos, inclinou um pouco a cabeça e encolheu os ombros contra o pescoço como se indicasse que, se tinha de ser, tinha de ser.
─ Já fizeste a cama? – Perguntou Tsubame para Suzako, revelando que tinham dormido juntos, pois só haviam dois quartos e tinham combinado que o seu namorado dormia no sofá.
─ Eu dormi no sofá, essa pergunta não era para o Kamui? – Mentiu e argumentou para desviar as atenções.
Sem demoras partiram para o edifício onde estava estabelecido o gabinete do líder, pelo caminho ficaram a saber que se chamava Genza e que era bastante bem disposto. Assim que chegaram ao escritório ficaram impressionados com a vista que observavam dali. Era algo bastante angelical.
─ Bom dia rapazeada jovem. – Disse o velho líder da vila cumprimentando-os com um sorriso. – Gostaria apenas de saber o vosso nome, e desejar-vos uma boa estadia.
─ Bom dia. – Disseram em coro. – Sendo assim o meu nome é Dokizune Kamui, este meu amigo é Ookabushi Suzako, este é o Chey Rokuu e esta rapariga é a Jurumi Tsubame. E obrigado.
─ Hmm está bem. Se precisar que me façam alguns favores que a policia de cá não consegue resolver, posso contar com vocês? E pago claro.
─ Sim, pode contar connosco basta chamar.
Algures num passado não muito longínquo
A temperatura estava baixa, frio o suficiente para um jounin esfregar as mãos e soprar nestes depois de as colocar em concha. Caminhou entre a névoa para a entrada do escritório onde o aguardava um chuunin de colete roxo-azulado.
─ O Mizukage já regressou da tal reunião no País do Rio? – Perguntou a voz de um jouni, os seus vinte e dois anos, não mais.
─ Sim. – Respondeu um chuunin de Kirigakure um pouco mais velho. – Querias falar com ele não era? Ele avisou-me de que um jounin como tu podia aparecer para falar com ele.
─ E então, posso falar com ele? – Pediu.
─ Sim, tenho ordens para te deixar passar. Não faço ideia por que razão vens aqui a estas horas da noite, mas isso não me diz respeito. Boa noite.
─ Obrigado, boa noite.
Subiu as escadas do interior, onde a temperatura ficara mais agradável e ao cruzar-se coma porta do escritório bateu três vezes com as nozes. Ao receber uma resposta rodou a maçaneta e entrou. Na sala apenas estava Okashii com ar pensativo.
─ Boa noite Okashii-sama. – Disse o jounin de vinte e dois anos.
─ Boa noite. – Disse o Kage de Kirigakure. – Acabei de chegar, aposto que queres saber o que aconteceu durante a reunião.
─ Sim. Mas como eu já faço uma pequena ideia não precisa de entrar em detalhe.
─ Não te vou dizer, já te tinha dito várias vezes. – Okashii entrou num tom mais agressivo, estava algo irritado pela persistência do rapaz. – É completamente confidencial, a seu tempo saberás.
─ Mas eu sei, acha que sou parvo? - Aumentou também o tom, mostrando alguma impaciência. – Esta guerra não nos vai levar a lado nenhum. Apenas a mais mortes, e mais tristeza na população. Ainda era novo mas lembro-me do que aconteceu na última guerra. É uma guerra estúpida.
─ Meu rapazinho, és muito novo. Fica sabendo que quem manda aqui ainda sou eu. – Disse já aos berros.
─ Então se concordou com a ideia é tão estúpido como esta guerra… - Virou as costas, e saiu batendo com a porta, usando alguma força. O som ecoou por toda a escadaria.
O jounin foi para casa logo a seguir à discussão com o Mizukage. Estava decidido a fazer algo por si, e pela guerra. Ele sabia que era forte, sabia que com 22 anos ser jounin desde há cinco anos era algo de especial. E se sabia que tinha capacidades, tinha de aproveita-las para seguir as suas ideias.
─ Eu estou contigo. – Disse uma voz feminina que aparecia no quarto do jounin, que empacotava as suas coisas essenciais numa mochila. – Pareces furioso, a história que me contas-te da Guerra sempre se confirma? Nem preciso de perguntar, pelos vistos sim.
─ Estás comigo então Suurin? – Perguntou o Jounin à rapariga de 15 anos, menos sete que ele.
─ Sim, posso ser nova mas sou forte.
─ Eu sei já te conheço à algum tempo. Mas não és diferente de todas as outras pessoas, não confio em ninguém nem em ti. Se me trais morres.
─ Não eras capaz disso olha lá. – Disse com um tom de quem pensava que era brincadeira.
─ Lembras-te quando nos conhecemos…
─ Ah. – Ficou surpreendida. – Está bem, está bem. Mal-humorado.
─ Vamos então? – Perguntou o jounin.
─ Espera, deixa-me só fazer um corte na hitaiate, dizem que dá estilo quando te tornas nukenin.
Ambos caminhavam lado a lado, ele bem mais alto que ela. O jounin transportava uma espada enorme nas costas coberta por inúmeras ligaduras, enquanto a rapariga com os cabelos negros e finos presos com uma senbon no lugar um lápis, e nas costas um instrumento negro, com cordelinhas frágeis, um violino.
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é isto que ela tem nas costas
mas todo preto: http://comps.fotosearch.com/compb/FSD/FSD321/chinese-musical-string_~x23451876.jpg