Dokizune Kamui
Treino 11 – Preparação para Técnicas Avançadas[1/2]
– Preciso da tua ajuda hoje Rokuu. – Pedi eu ao rapaz que tinha acabado de chegar ao nosso apartamento.
– Então para quê? - Perguntou-me curioso.
– Tipo, as minhas técnicas são muito básicas, mesmo as elementais. Preciso de ajuda para aprender técnicas mais avançadas.
– Ah estou a perceber, vens pedir ajuda ao mestre claro.
– Não só a ti, Tsubame podes me ajudar também? – Perguntei enquanto desejava um sim mentalmente. - Como temos o mesmo alinhamento.
– Sim, sim. Vamos lá então. – Respondeu-me.
Chegamos à mesma área de treino que tinha estado no dia anterior, olhei, nada havia-se modificado. O que queria dizer que ninguém ali ia e podia-mos estar ali sempre que quiséssemos.
– Vamos começar com uns exercícios de kenjutsu para aqueceres. – Disse o Rokuu tomando a liderança e nós ficamos a olhar para ele. Como podia ser ele a liderar se ele só se preocupava com raparigas. – Que foi? Quando é para ajudar o meu melhor amigo tenho de esquecer as raparigas por um momento. Vá começa lá.
– Ok, o mestre manda. – Retirei algumas kunais do bolso e comecei por atira-las ao alvo que tinha desenhado no dia anterior. Uma depois a outra e mais outra, voavam em direcção ao meio. Acabando por se cravarem bem no alvo. Concentrei chakra e com um Shunshin rápido foi buscar as três. Voltei para o meu sítio e atirei-as novamente de seguida sem perder tempo, elas voaram para o alvo e acertaram-lhe em cheio mais uma vez. Concentrei o chakra outra vez e com um novo shunshin no jutsu caminhei rapidamente retirando as kunais de três pontas.
– Shurikens agora. – Pediu-me Rokuu.
– Hai! – Retirei três shurikens do bolso com cada mão e atirei-as. Elas rasgaram o ar com facilidade, mas não se espetaram. Nunca tinha tentado com três em cada mão e decidi continuar a treinar isto. Concentrei novamente o chakra, para fazer um ágil shunshin no jutsu e apanhei as estrelas. Voltei com as seis e coloquei-me de frente para o alvo. Concentrei-me e atirei as armas. Estas voaram pelo ar, e quando se cruzaram com o alvo, cravaram-se na madeira. Verifiquei o alvo e sim, estavam no meio. Tinha conseguido.
– Muito bem. Agora quero que faças todos as tuas técnicas até que fiques sem chakra. – Disse Rokuu.
– Rokuu???? – Perguntou Tsubame, eles sabiam que normalmente eu ficava com aquilo que passei a chamar “Espasmos Raiton”, quando usava todo o meu chakra, mas Rokuu parecia insistir com a ideia.
– Tsubame, achas que ele não sabe? É claro que sabe.
– Sei. – Disse-lhes confirmando o Rokuu.
– Imagina uma pessoa que perde a mobilidade das pernas, vai ficar sentada à espera que passe. Não, vai tentar andar, para controlar de novo o andar. Aqui é o mesmo, vai tentar usar o Raiton à força mesmo que isso lhe doa.
– Por mim tudo bem. – Disse eu, concordando com a ideia de Rokuu.
– Força então, faz todas as tuas técnicas, e podes usar os meus clones se água para testares.
– Ok. – Comecei logo a concentrar o meu chakra, de seguida comecei a enterrar-me no solo como se fosse água. Esperei algum tempo, e voltei à superfície. A primeira técnica já estava, mas esta era simples. Agora era a vez do
Hebi Ganzeki no Jutsu, voltei a concentrar o meu chakra por todo o corpo, e depois de fazer vários selos rapidamente quatro cobras grossas de terra ergueram-se envolvendo um clone e mordiam-lhe em vários pontos do corpo até que este se desfez em água. E as cobras em lama ao cancelar a técnica.
Para aplicar os genjutsus teria mesmo de ser ao verdadeiro Rokuu. Concentrei o chakra na cabeça e de seguida pensei numa foice a ser lançada contra ele. Foi o que Rokuu viu, mas ele calculou que fosse um genjutsu e nem se deu ao trabalho de desviar. Voltei a concentrar o chakra na cabeça preparando o outro genjutsu e olhei com instinto assassino para ele. Ele ficou um pouco vermelho e percebi que estava preso na técnica, por isso cancelei a ilusão. Devia ter visto alguma das suas conquistas a morrer.
Voltei a concentrar o chakra no corpo e com o indicador levantei um pequeno grão de areia. Abri o resto da mão e fiz o grão ser disparado para o ombro de um clone. Assim ele desfez-se em água. Parei um pouco, concentrei-me assim como o meu chakra e fiz vários selos. Dividi o chakra e assim criei dois clones de Terra. Logo de seguida cancelei a técnica e estes desfizeram-se em lama.
– Estás a ir bem. Continua. – Encorajou-me a Tsubame.
Parei para descansar um pouco, e comecei a concentrar o chakra novamente. Já me estava a sentir fraco e sem chakra, novamente fiz alguns selos e depois disso espalhei o chakra pelo chão muito rapidamente. Consegui que a terra começasse a vibrar e assim várias fendas se foram abrindo no chão. Estava feito o Doton, Retsudo Tensho. Agora ia fazer o último Doton que sabia, voltei a reunir o chakra no corpo e comecei a reproduzir selos muito rapidamente. Com isto fiz duas colunas de terra erguerem-se e embrulharem-se à volta de um clone, acabando por o esmagar. Viu-se água a sair daquele emaranhado.
Já com muito pouco chakra decidi passar ao Raiton, com os olhares dos meus dois amigos direccionados para mim. Aproveitando a nuvem escura que passava, comecei a concentrar o chakra novamente, fiz os selos do Bode, Cavalo e Tigre. De seguida a nuvem libertou um raio verde que ganhou a forma de um lobo. Esse lobo caiu sobre um clone de água electrificando-o e extinguindo-o.
Senti-me zonzo, bastante fraco, de certeza que o chakra se estava a esgotar. Mas ainda ssim avancei para o penúltimo ninjutsu que sabia, comecei novamente a concentrar chakra nas mãos, sem necessitar de selos comecei a ver faíscas verdes a saíram das minhas mãos, fui aglomerando-as até criarem uma pequena esfera e de seguida enviei-a para o clone, mas não consegui ver se o destruiu. Vários raios verdes apoderaram-se de mim, numa dor intensa comecei a gritar. Era sinal que estava esgotado e sem chakra, caí para trás perdendo temporariamente a consciência. O Rokuu deve-me ter dado uma chapda violenta pois acordei alguns minutos depois com a cara a latejar de dor. A cara de Tsubame estava aflita, e as convulsões de raios voltaram. Só ouvi o Rokuu dizer:
– Hospital, rápi…