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Os estudantes corriam alegres, junto à academia, exibiam as suas mais recentes conquistas uns aos outros, os seus hitayates. Era dia de graduação na academia e os estudantes eram agora ninjas a sério, ou pelo menos era o que a maioria pensava.
-Parabéns Kride! - disse Akira - Agora és um ninja a sério.
-Sou? - perguntou Kride com um tom de ironia - O que é que um hitayate muda? Não muda nada, o mundo vai continuar na mesma e a maioria dos que aqui estão vão ter uma vida tão inútil como os hitayates que receberam hoje.
-Então Kride? É suposto estares contente por te teres graduado e acredita que o que dizes está errado, muitos dos que estão aqui vão ser grandes ninjas um dia.
-E vão ser grandes ninjas a fazer o quê? Matar pessoas, a fazer guerras contra outros países? - perguntou Kride.
-Hmm...Kride como hoje é uma ocasião especial tenho um presente para ti - disse Akira, retirando um scroll do bolso. Abriu-o e meteu a mão na sua superfície e de repente apareceu uma espada enorme nas suas mãos.
-Mas que raio? - proferiu Kride olhando a grande espada - Isso é para mim?
-Sim...esta espada era do teu irmão - respondeu Akira entregando lhe a espada.
-Isto é um bocadinho pesado, não? - disse Kride - Isto era dele? A sério?
-Sim, sim ele recebeu-a quando se tornou chuunin - respondeu Akira - Agora vamos para casa.
Kride entrou em casa, com a sua espada às costas, subiu para o quarto e fechou a porta. Deixou a espada encostada à parede e deitou-se na cama com hitayate nas mãos, olhando-o.
-Porque é que toda gente dá tanta importância a isto? - perguntou Kride - Isto não muda nada! Ninguém vai fazer nada! Eles morreram e ninguém fez nada!
Atirou o hitayate conta a parede, levantou-se e enfiou um murro na parede! Akira ouviu o barulho e subiu para ver o que se passava.
-O que é que se passa Kride? Que barulho foi este? - perguntou.
-Nada, acabei de lembrar como é que eu vou ser um grande ninja e fazer a diferença! - respondeu, esboçando um grande sorriso.
-É bom saber que mudaste de ideias - disse Akira, fechando a porta.
Kride abriu a janela e olhou o por-do-sol e pensou:
-Eu não sei o que vou fazer, mas tenho a certeza que o vou fazer - pensou - E isto não fez qualquer sentido. Logo vejo o que vou fazer...
Caminhou de volta para a cama e deitou-se. Olhava o tecto, sentindo o sono a chegar mas uma voz interrompeu-o!
-Kride... - sussurou a voz.
Kride levantou-se, sobressaltado:
-Quem és tu? Quem está aí? - perguntou, olhando à volta.
-Quem sou eu? QUEM SOU EU? - perguntou a voz exaltada - A pergunta aqui é: Quem és tu? O que andas a fazer comigo?
-Não sei de que é que estás a falar - respondeu Kride.
-Bom, falaremos disso mais tarde - disse a voz - agora tenho uma proposta a fazer-te.
-Uma proposta? - perguntou Kride intrigado - Quem és tu?
-Eu sou tu e tu és eu - disse a voz -Eu sou digamos o teu lado negro. Eu guardo todas as memórias do teu passado, tudo o que tu desejas saber mas não te lembras!
-Se é assim, diz me o que aconteceu na noite que a minha família morreu.
-Bem, não é assim tão fácil - respondeu - Eles selaram-me para não te lembrares de nada. Mas eu sei como quebrar o selo.
-Como? - perguntou Kride, desesperado por ouvir a resposta.
-Já passaram 7 anos, o selo enfraqueceu e ninguém o refez, por isso basta te agarrares aos objectos do passado e as memórias irão eventualmente quebrar o selo lentamente, memória por memória até te lembrares de tudo o que se passou.
Kride levantou-se e pegou na espada do irmão, voltou a sentar-se na cama com ela ao colo. Passou a mão lentamente pela lamina e sentiu uma enorme dor de cabeça.
-O que é que se passa? - disse, gemendo de dor.
-É o selo a quebrar-se! - respondeu a voz - continua, só falta um pouco.
Visões abstractas daquela noite negra começaram a vaguear pela mente de Kride.
Via sangue espalhado pelas paredes e pelo chão...E ele deitado no chão e um enorme selo desenhado no chão debaixo dele. Ouvia a mãe e o pai a conversarem na sala de estar e a rirem.
E depois os avós paternos.
-Mas que raio é que estava eu a fazer com eles? - perguntou-se - O meu pai tinha sido banido do clã por ter casado com a minha mãe...
E de repente viu-se, caminhando lentamente, em direcção à casa dos seus pais e restantes familiares do clã, com uma kunai na mão.
-O que se passa? Porque é que eu tinha uma kunai - perguntava Kride à voz.
-Espera e verás - respondeu a voz.
Kride, na sua visão, continuou a andar em direcção à casa, ouvindo os seus avós encorajando-o, mas não sabia para o quê. Diziam "Vá, faz o que combinamos" e "vai força rapaz, tu consegues". E a sua figura de criança continuou a andar, com o olhar vazio, vazio de qualquer sentimento e um sorriso, talvez de alegria pelo apoio dos avós.
Um estranho sentimento de culpa começou a apoderar-se de Kride, à medida que as suas visões prosseguiam. A criança abriu a porta e todos olharam surpreendidos para ele.
-Kride, o que é isso? Já te disse para não mexeres nas coisas do teu irmão - disse a mãe.
-Não tem problema, mãe - disse o seu irmão.
A criança começou a chorar e correu para os braços da mãe. Assim que a abraçou, um fio de sangue escorreu-lhe pela boca e o olhar dela ficou vazio tal como o seu.
-Não pode ser. Não! - protestou Kride.
O pai e o irmão olharam para Kride, e ele tirando a kunai do corpo da mãe voltou-se para o pai e disse, com um olhar inocente, cheio de tristeza:
-Desculpa, desculpa! Eu não queria...Eu tive que...
Mas rapidamente o seu olhar voltou a ficar vazio e ele com um movimento rápido, cortou a garganta do pai deixando a esvair-se em sangue até morrer.
-Eu não fiz nada disso! Tu estás a mentir! - gritou dentro da sua mente, mas a voz manteve-se em silêncio.
E a visão continuou...O irmão olhou-o, chocado, mas reagiu antes que Kride o conseguisse matar.
Cortou-se com uma kunai, tapando os olhos do irmão mais novo com sangue quando Kride conseguiu ver novamente apenas restava a espada do irmão no chão, os cadáveres dos seus pais e sangue, muito sangue. Kride continuou o seu caminho pelas residências do clã e foi matando um a um, todos os membros do clã.
O filler de introdução do personagem, digam o que é que acharam e deixo umas perguntinhas, sobre o futuro do Kride.
1-O que aconteceu ao irmão dele?
2-O que o levou a matar o clã da sua mãe?
3-O que fará ele a seguir?