Estava a matar um.. E outro... Sueji não parava. A Zambatou fazia belos movimentos que cortavam o ar e não só. A população da pequena vila gritava, e fugia. O rapaz estava fora de controlo... O poder havia-lhe subido à cabeça. Mandava os seus subordinados decapitar inocentes. O seu alvo estava mais à frente... Não faltava muito...
- PUM, PUM, PUM.
Sueji acordou, subitamente com três murraças na porta.
- PUM, PUM, PUM, PUM.
- Já vai, calma! - o rapaz berrou, mal humorado. Acordar de sonos pesados era fatal para o seu humor, principalmente se estivesse a sonhar.
- Que é? - disse, depois de abrir a porta.
- O Mizukage solicitou a presença de todas as entidades ninja no centro da vila dentro de vinte minutos. Não falte senhor, é algo muito importante! - disse o gennin baixote, orgulhoso de estar a entregar as mensagens de Okashii.
O Chuunin fechou-lhe a porta na cara, e subiu as escadas lentamente.
Katsutu já tinha acordado. Estava sentado na cama, com as pernas cruzadas e olhos semicerrados. Murmurou alguma coisa que Sueji não percebeu e ignorou.
Eram quatro da manhã. O que quer que fosse que o Kage quisesse, tinha de ser importante. Convocar todos os ninjas antes do sol não ter sequer nascido?!
Os gémeos vestiram-se em silêncio. Sairam de casa, mas rapidamente voltaram. O frio cá fora era insuportável. Cada um levou duas camisolas de manga comprida, e dois casacos.
Dirigiram-se ao centro da cidade. Naquele momento, a vila parecia uma vila zombie. Cada ninja que saía de sua casa, estava branco de frio, e com umas olheiras que lembravam nódoas negras.
Okashii havia montado um estrado de madeira, para se manter acima da população. Junto com ele estavam os chefes dos esquadrões da ANBU, alguns conselheiros, e algumas pessoas que Sueji não conhecia, provavelmente importantes. A um canto, agachado, estava o seu sensei e estrega da vila, Aksimaru Nara.
Dez minutos depois, o centro da vila estava exageradamente cheio. Praticamente todos os ninjas ali presentes estavam a "cair de sono". As poucas excepções eram alguns jounins mais velhos e experientes, o Kage, e alguns gennins excitados por terem sido convocados.
- Caros irmãos... Sim, irmãos - declarou Okashii, depois de reparar no burburinho geral - em tempos de guerra não há eu, nem tu. Não há Chuunin, nem Gennin. Há nós, e para ganharmos esta guerra teremos uma família.
Esta frase fora suficiente para despertar todos os presentes. Tempos de guerra?!
- Passo a explicar, e lamento que não tenham sido informados mais cedo... A nossa vila, junto de outras formou uma aliança. E essa aliança vai abrir guerra a Sunagakure, e Konohagakure.
"Os motivos para a abertura da guerra serão-vos ditos posteriormente. Só vos convoquei aqui, para conversarmos. Como já disse antes, seremos como uma família. A nossa vida irá valer por igual! E quero que me prometam que irão fazer o mesmo esforço para proteger um gennin indefeso que farão para me proteger a mim."
Toda a gente na vila ficou calada, subitamente. Ninguém quis arriscar o "sim", mas também ninguém queria contrariar Okashii.
- Prometam-me! Já terei muita gente a proteger-me, e sei-me defender... Por algum motivo sou o vosso Kage! Prometam-me que seremos um só. A vida de cada um, valerá o mesmo que a do companheiro a seu lado. Conto com os mais experientes para proteger os mais novos, e os mais novos para ajudarem os mais experientes. Prometam-me que o farão.
Já se ouviam alguns ninjas a berrar "Hai", mas grande parte da multidão ficou calada.
- É isto que são? - Okashii demonstrou alguma revolta nestas palavras - É este o povo que tenho vindo a proteger e ordenar?! Não são capazes de se proteger uns aos outros? Poupem-me!
"É isso que farão no campo de batalha? Quando as tropas inimigas nos vierem atacar, atacarão dispersos? É uma boa estratégia... Para sermos todos mortos. Por isso pergunto mais uma vez, e espero que desta vez não me desiludam... Prometem-me que seremos um só?!
- HAI!
Toda a gente da multidão berrou, e levantou um braço.
- É isto que quero ver do meu povo! Motivação, gente! É o que precisamos para ganhar isto! - Notava-se um pingo de orgulho da voz e expressão fácil do Mizukage.
"Passo agora às informações formais. Acordei-vos mais cedo, para vos dar tempo. Peço desculpa se não é suficiente, mas é o que temos."
"Daqui a sensivelmente cinco horas partiremos para nos reunirmos com os nossos aliados. Até lá, preparem-se. Arranjem-se como se estivessem a partir para uma missão... O resto será-vos fornecido."
"Aproveitem para treinar. Vou colocar Jounins a ensinar técnicas ninja pela vila, e a ajudar os mais novos a prepararem-se para a guerra."
"Só mais uma coisa. Um dos meus conselheiros ficará ao encargo da vila, enquanto eu não estiver. Vai também ser fornecida uma lista dos ninjas que não irão participar na guerra, nos seguintes sítios..."
O Mizukage enumerou uma grande lista de sítios onde o placard estava afixado, mas Sueji não ouviu. Mesmo que tivesse ordem para ficar, iria, e não acreditava sinceramente que o Kage o fosse deixar de fora.
Pouco a pouco, a praça foi-se esvaziando. A maioria dos shinobis dirigiu-se às suas casas, para se reunirem com as suas famílias. Outros tiravam dúvidas com o Mizukage, ou com os chefes da ANBU.
Sueji simplesmente disse um "até já" ao irmão e foi vaguear pela aldeia. Não tinha família, e poderia passar mais tarde por casa para ir buscar a Zambatou e o resto do seu equipamento ninja.