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Kride olhava as paredes do seu quarto, encostado num canto, chocado com os vislumbres do seu passado, num silêncio absoluto, até que a voz terminou o seu silêncio.
-Como podes ver, Kride, foste tu o assassino! – disse-lhe, exaltado.
-NÃO! Eu nunca iria fazer uma coisa dessas! –retorquiu Kride.
-Kride, tem calma – disse, com uma voz muito serena – O selo ainda não foi totalmente quebrado. Ainda há coisas que precisas de saber.
-Não! Isso é mentira! É tudo mentira! – disse Kride.
-Não, são verdade infelizmente… - disse a voz, com o tom sereno de antes – Tens de quebrar o resto do selo e descobrires o culpado!
-O culpado? – perguntou Kride – Há alguém por detrás disto?
-Como podes perceber, o selo não me permite responder – respondeu a voz – Mas tu certamente saberás a resposta.
-Então o que tenho de fazer a seguir? – perguntou Kride.
-Bem, terás que te deslocar a Funkazan no Sato para quebrares o resto do selamento – respondeu-lhe.
-Mas…mas eu não posso ir para Funkazan assim sem mais nem menos! – disse Kride – O Akira nunca iria deixar. Ele diz que as pessoas do país de fogo não são de confiança.
-Sim, o Akira tem toda a razão – disse a voz – se fossem de confiança iriam manipular crianças para matarem os pais?
-Então foi isso que aconteceu? – perguntou Kride – Mas o selamento, não podias dizer isso!
-Não te manipularam os teus avós, ao encorajarem-te para matar os teus pais? – questionou a voz.
-Sim…sim é verdade – disse Kride, com um ar pensativo.
-Então, o que pretendes fazer? – questionou-o.
-Eu…Eu vou a Funkazan assim que puder e vou saber a verdade! – respondeu Kride.
-E entretanto vais fazer o quê? – perguntou a voz.
Kride ia proferir a resposta, mas foi interrompido, por um milhar de murmúrios na sua mente, sussurravam-lhe palavras:
-Inúteis…odiosos…desejo…sangue…morte…DESTROÍ! MATA!
Parecendo não estar a ouvir nada, a voz perguntou novamente:
-Entretanto, o que pretendes fazer?
-Eu…eu vou – e o seu olhar tornou-se vazio e de repente cheio de emoção, de ódio – EU VOU DESTROIR E ANIQUILAR! EU VOU DERRAMAR O SANGUE DE TODOS OS INÚTEIS DO MUNDO!
Kride esboçou um sorriso maléfico e pela primeira vez viu a voz. Era ele e depois daquela frase, dava gargalhadas maléficas dentro da sua cabeça, mas isso não parecia incomoda-lo...