Fukkatsu KamuiFiller 26 – Eu Instalei-me em Takigakure à uns meses. A minha vida avança de uma forma rápida mas nada rotineira. Com o rebentar da guerra já fui chamado uma vez para ajudar o meu país. Com o tempo adicionaram-me a um esquadrão da vila, juntando-me numa equipa. Três grandes amigos, com três grandes problemas.
Hakaru Minamoto, o escolhido, menino prodígio do seu clã, mas também um grande companheiro, excelente pessoa que conheci. Akaumi no Sori, a rapariga com um irmão malvado, encontrada em criança num lago vermelho de sangue, sangue este pertencente à sua família que o irmão assassinara sem razão aparente. Por último havia o meu novo sensei, Kumahada Ketsu, os seus pais haviam tentado matar toda a Taki num teste que Orochimaru lhes tinha imposto para se juntarem a si próprios, mas antes disso eles morriam às mãos de Shibuki o líder da vila e agora o meu líder.
Com todas estas histórias tristes ainda me pergunto o porquê de ser eu o personagem principal desta história, não sou o prodígio do clã, os meus irmãos não mataram o meu clã, nem os meus pais são vilões. O que de especial tenho eu? Nada simplesmente, será por não ter nada de especial que sou diferente, e com diferente quero dizer especial? Vou continuar a viver para saber o que me espera da vida…
Hoje lembrei-me de mim e de acontecimentos que me marcaram ao longo da minha vida. Lembrei-me de coisas que me fizeram parar e pensar. Um deles foi no exame gennin que participei à coisa de uns meses. No único duelo que participei, um duelo contra um Uchiha de Konoha. No decorrer da luta, por duas vezes tive experiências que não eram minhas, lembro-me perfeitamente como se fosse hoje. Não era eu quem ali estava, era uma outra pessoa, a lutar contra um outro Uchiha que não era o meu adversário. A única coisa que me ocorreu, foi que aqueles pensamentos eram memórias, mas não minhas. Seriam de uma vida passada?
Caricato também, foi quando o meu amigo Law Spring. O rapaz sombrio da Linhagem Avançada sombria que lhe permitia separar o seu lado negro de si próprio, as suas conversas por vezes assustavam-me. Mas era uma excelente pessoa, foi ele que me proporcionou uma conversa bizarra. Certa vez, quando o meu clã ainda se chamava Dokizune. Ao que parece ele sabia um segredo dos Dokizune que nem eu sabia, e que o fez temer-me. Começou a respeitar-me ao ponto de me seguir para todo o lado para ser o meu braço direito, mas ao perceber que eu não sabia desse segredo deixou de me dar tanta “graxa” e passou realmente a tornar-se meu amigo.
Como ele é ninja de Kusagakure de vez em quando vem-me fazer uma visita aqui a Taki, com a Guerra até se tornou mais fácil visitar os dois países. De qualquer das formas andava com este mistério na cabeça, e agora tinha oportunidade para que ele saísse de lá. Todo o meu clã vivia comigo agora em Takigakure. Alterando o nosso nome de Dokizune para Fukkatsu, assim Suna não nos iria chatear.
Desci do topo da maior árvore do mundo que abrigava a minha vila, de onde conseguia ver quilómetros e quilómetros de paisagem e me ajudava a reflectir na minha vida, fazia isso muitas vezes. Dirigi-me ao novo recinto do meu clã, uma quinta bem agradável com alguns lagos e algumas árvores num longo pátio rectangular e várias casas que que fazia um rectângulo perfeito em volta do pátio. Excepto num sítio, tinha um portão enferrujado e transformado pelo tempo com uma tabuleta onde se podia ler o kanji de Reviver, ou seja Fukkatsu.
O meu pai estava na entrada, e achei que era a pessoa ideal para me retirar este atrofio que se havia instalado na minha mente já algum tempo. Olhei para ele.
─ Desembucha logo. – Disse-me o velho percebendo pela minha cara que vinha com algo para lhe dizer.
─ Sabes, durante o tempo que me mantive longe do clã, andei por muitos sítios. Desde Hantomei Shingai no Lado Este, também por Kuraigakure, Oto, Tsuba, Yuki, País dos Pantanos, País do Ferro… Enfim, uma infinidade de lugares diferentes e num deles um peculiar ninja temeu-me ao saber que eu era Dokizune. Como sabes de parvo nada tenho, e percebi logo que o nosso clã Doki… quero dizer, Fukkatsu tem um segredo e esse segredo é algo bem forte.
─ Filho não te vou mentir, sim nós temos um segredo que é um grande poder.
─ Então ensina-me. – Comentei impacientado.
─ Deixa-me acabar. Mas como esse segredo não é exclusivamente nosso tens de ser aprovado, pela pessoa mais velha do clã que sabe esse segredo e por uma pessoa externa. Apenas seis pessoas em toda a história do nosso clã foram aprovadas, e nenhuma delas é teu parente próximo. Isto quer dizer que nem eu, nem a mãe, nem o teu irmão nem a tua irmã, nem nenhum dos teus avôs foi aprovado.
─ Estou disposto a tentar a minha sorte. O que é?
─ Só poderás saber a partir do dia em que realizares os testes. Os teus irmãos também já fizeram este teste, mas não passaram. Traduzindo por miúdos, eles conhecem o segredo mas não o possuem.
─ Estou disposto a fazer o teste. – Disse com coragem erguendo o punho.
─ Então vou-te dar a pista que é permitida assim que alguém se demonstra interessado no segredo, o que vais aprender é conhecida no mundo como “A Arma Temida de Suna”.
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Perguntas deixadas no ar:- O que é esta Arma Temida de Suna?
- Como é que o Spring sabe dela?