Filer 1 - Merkank

Merkank fitava a chuva com um ávido interesse. Gostava de ver a água a cair do alto, fazia-lhe lembrar algo a rasgar o céu com uma velocidade estrema e explodir no chão, molhando tudo à sua volta.
Mas era uma perda de tempo estar a olhar para a chuva, decidiu então sair e ir dar um passeio.
Caminhou pelas ruas vazias de Kirigakure, e eventualmente chegou perto do palácio do Mizukage.
Viu-o então, aquele de quem todos falavam, o grande Mizukage, ele estava a observar a vila, do topo da sua mansão, Okashii.
Fitou-o com interesse, naquele seu olhar característico.
Decidiu não parar, fossem lá pensar nele como perdido. Voltou lentamente para casa pela rua principal da vila, visto que vivia na zona mais rica e luxuosa da cidade, enquanto pensava no seu futuro para a vida. Afinal de contas, era ainda jovem, e embora tivesse um rumo de vida definido não tinha um caminho imediato a seguir. O talento de Merkank era grande, mas também dependia do trabalho de equipa. Tornara-se Gennin no dia anterior, mas não sabia os planos que o destino tinha reservado para si, até concretizar o seu sonho, ser mais forte que seu pai. Seu pai era um Jounnin de Elite e servia de diplomata do Mizukage, mas também fazia missões de alta importância para a vila, e foi nestes pensamentos que chegou a casa.
Entrou em casa e dirigiu-se para a sala. Aguardava-o o seu pai, ele levantou-se do cadeirão:
- Por onde andaste, filho?
Firaki vestia uma túnica castanha com um carapuço. Uma bolsa pendia do seu cinto de couro coçado, afivelada à volta da sua cintura. Acima da sua barba cortada um orgulhoso nariz e a boca sendo tapada pela sua sombra. Olhou para Merkank com uns olhos penetrantes, de cor castanha, ensombrados pelas sobrancelhas irregulares, esperando pela resposta.
- Nenhum sítio em especial.
Firaki suspirou perante a indiferença do seu filho, e continuou:
- Agora és um ninja, Merkank. Queria apenas dizer-te o quão orgulhoso me sinto por ti. Mas antes, diz-me, o que leva a seguires, aqui as pisadas do teu pai?
- Sabe quais os meus objectivos de vida. Luto pelo meu desejo, supera-lo pai. Ser o líder de um esquadrão ANBU, é a forma para demonstrar que já o ultrapassei.
- Merkank eu… eu… estou tão orgulhoso.
- Não se preocupe, pai, não farei nada de precipitado - assegurou com um sorriso – nem entrarei em confusões.
- Sei que não farás, agora vai tomar o pequeno-almoço.
Depois de tomado o pequeno-almoço, Merkank fechou-se no seu quarto a pensar no dia de amanhã. Voltou a trás na sua memória e estava a recordar-se de quando seu professor na Academia Ninja, disse que ele tinha passado o teste e iria agora tornar-se Gennin, passando a completar missões. Foi-se perdendo nos seus pensamentos, até sua mãe o chamar.
Foi ter à cozinha, onde estava sua mãe. Ela era muito bela, de estatura média, com os seus cabelos castanhos-claros a caírem para a frente, os seus olhos esverdeados. Merkank perguntou-lhe qual o motivo de o ter chamado, ele deu meia volta e foi buscar, algo parecido com um colar, tinha uma safira presa por um fio que estava a segurar a pedra preciosa. Colocou o colar no seu pescoço e sentiu algo estranho, como se tivesse ganho mais energia, sua mãe de seguida dissera-lhe:
- Vai descansar, ontem tiveste um grande dia.
Merkank aceitou com agrado a oferta e dirigiu-se para o seu quarto. Deitando-se na cama, olhou para as paredes do mesmo, estavam decoradas com fotografias, de si e a sua família, tinha alguns desenhos que ele próprio fizera, ele adorava desenhar. Também havia um candeeiro preso no tecto do quarto, por uma caixilharia de metal. Apesar de ser rico Merkank não era mimado, apenas pedia aos pais aquilo que achava mesmo necessário ou que iria utilizar para sempre. Debatendo-se sobre este mesmo assunto adormeceu, na cama.