A Primeira Missão em Equipa
Dormia no conforto dos lençóis e cobertores até que o sonho que estava a ter com o seu pai se confundiu com a realidade.
-- Acorda filho. – Disse a voz do seu pai.
Minamoto acordou sobressaltado, mas aquela voz era apenas a parte do seu sonhe que o seu subconsciente queria que se tornasse realidade. Na realidade o seu pai estava morto, assim como toda a família mais próxima. Por essa razão era ele que se acordava a si próprio todos os dias de manhã, outras vezes só de tarde. Levantou-se muito rapidamente e vestiu-se com a mesma velocidade. Ao descer ouviu a sua porta a bater com o vento e percebeu que estava aberta. Em posição defensiva desceu pé ante pé e procurou sinal do visitante indesejado.
-- Olá Minamoto. – Disse uma rapariga de cabelos vermelhos tomate muito sorridente, parecia alegre por ter invadido a casa do colega e ainda mais alegre por o ter colocado em estado de alerta. – Estás bom?
-- Ah… és tu Sukari. – Suspirou de alivio e desfez a posição defensiva. – Estou bom obrigado, e tu?
-- Estou bem disposta.
Minamoto colocou a cabeça para a frente sem mexer o resto do corpo e abriu os olhos como se dissesse «e então? O que queres?», esta percebeu e continuou alegremente a falar.
-- Bem, hoje de manhã um jounin passou por minha casa e disse-me para te vir avisar que o Hokage Loki queria falar connosco. – Devolveu o sorriso à sua boca e esperou alguma reacção por parte do seu colega.
-- Vinha mesmo a calhar uma missão. – Disse a terceira pessoa que acabava de chegar a casa do Hyuga, desta vez era o sensei do grupo, Kousuke.
-- Uh!? Olá Kousuke-sensei. – Saudava Minamoto depois de se aperceber da chegada do seu mestre.
-- Olá sensei. – Igualou a rapariga educadamente.
-- Vamos então para o escritório do Hokage. – Disse Kousuke.
Os dois jovens, juntamente com o seu sensei avançaram pelas ruas de Konoha. Uma Konoha totalmente diferente de anteriormente depois da guerra de à doze anos, quase tudo havia mudado. Mas Minamoto não se recordava desses tempos era muito jovem na altura.
Continuaram a andar até que observaram o majestoso escritório de frente. Kousuke cumprimentou um seu conhecido que guardava a porta da frente e logo de seguida teve entrada concedida. Subiram as escadas em caracol e deram de caras com a porta do escritório. Bateram três vezes e depois de Loki dizer que sim, rodaram a maçaneta e entraram.
-- Bom dia Hokage-sama. – Disseram os dois mais novos, Minamoto e Sukari.
-- Olá rapazes e rapariga. – Disse o homem bem-disposto.
-- Porque nos mandou chamar Hokage-sama? – Perguntou Kousuke respeitosamente.
-- Ah sobre isso, bem tenho uma missão para vocês.
-- Fixe! – Gritou Sukari extremamente contente pela notícia.
-- Fico feliz por saber que isto te deixa contente, como eu ia a dizer, a vossa missão é uma missão de Rank C. Ou seja, não vai ser brincadeira de crianças por isso tenham cuidado. Têm de partir ainda hoje para o País das Fontes Termais, foi-nos feito uma encomenda a partir de lá. Alguém anda a manipular os aldeões e a colocar-lhes medo, o vosso objectivo é descobrir quem e acabar com isto.
-- Hai, Loki-sama. – Disse Kousuke mostrando um pouco mais de confiança.
Kousuke e o Hyuga seguiram directamente para o portão de entrada de Konoha, enquanto Sukari teve primeiro de passar por casa para avisar a sua família. Kousuke apresentou Minamoto aos dois guardas do portão, Izumo e Kotetsu e estes ficaram a falar durante algum tempo. Contaram-lhe várias aventuras que haviam tido durante todos aqueles anos e de certa forma Minamoto ficou fascinado com a ideia de ser um guarda do portão, apesar disso eles tinham ajudado a derrotar a Akatsuki e tinham feito várias outras missões perigosas e interessantes.
Finalmente Sukari chegava com a autorização da família e estes partiam para o País das Fontes Termais que ainda ficava bastante longe, saiam pelo portão acenando as mãos aos dois guardas enquanto estes desejavam boa sorte. Assim deixaram Konoha para trás.
No País das Fontes Termais-- Acho que vais gostar de saber o que te tenho para dizer Forli. – Disse um dos presentes.
-- E o que é que tens para me dizer então?
A perguntou ficou no ar daquela casa escura e húmida, onde se ouviam gotas a cair. Com aspecto de gruta onde até rochas faziam de paredes. Era a barraca mais degradada de toda a vila, e também desabitada, por isso aproveitaram-se dela para fazerem os seus planos. Uma brecha de luz solar com partículas de pó a saltar mostrou um rosto que saía da escuridão.
-- Konoha vai enviar uma equipa para acabar connosco. Capturei este camponês, parece que foi ele quem lhes comprou o serviço.
-- Estás farto do nosso governo é camponêseco? – Perguntou Forli, aquele que parecia ser o líder.
-- Seu demónio, vais pagar por tudo.
-- Rédeas curtas nele Chuiko-kun. – Pediu Forli.
-- Assim seja. – Deu uma pancada no homem e retirou-se juntamente com ele.