Merkank desencostou-se do peitoril da janela de seu quarto. Ouvira seu pai chamar por si. Pegou na sua mochila, que continha os equipamentos ninjas que iria eventualmente necessitar. Saiu de seu quarto e dirigiu-se à cozinha, colocou alguns alimentos na mochila e foi ter com seu pai, que estava no Hall de Entrada. O seu pai exibia uma expressão de orgulho, mas também de cansaço, pelo tempo que esperou por seu filho. Merkank já conhecia bem seu pai e se chegasse atrasado a qualquer compromisso, ele ficaria bastante chateado e depois dizia.
- Filho, já te disse muitas vezes que, o Tempo é algo muito precioso, por isso não o podemos desperdiçar, com atrasos.
Firaki colocou sua mão na cabeça de seu filho e depois abanou-a com um sorriso nos lábios, disse de seguida.
- Vamos a isso Merkank. O tempo não espera.
Ambos saíram de casa despedindo-se de sua mãe ou sua esposa. Passados minutos de caminhada chegaram à rua principal da vila, que ligava o Palácio do Mizukage ao Portão Principal. Firaki parou e olhou para cima da rua, depois disse:
- Merkank, necessito de falar com o senhor Mizukage para descrever a minha ausência.
Firaki começou a subir a rua seguido de seu filho, em direcção ao nobre Palácio do Mizukage. Chegando lá, foram recebidos por ninjas Chunnins que perguntaram o motivo da vinda ao palácio. Mas rapidamente reconheceram Firaki, como sendo o Jounnin de Elite e deixaram-no passar, ficando desconfiados de quem seria o jovem atrás do mesmo.
Abriram as portas do palácio e lá entraram. O Palácio estava todo ornamentado e iluminado, contrastando com o céu nublado lá fora. Estavam num espaço muito amplo, o chão era de tijoleira demonstrando desenhos, símbolos e kanjis que Merkank desconhecia. O tecto tinha pinturas de lutas e batalhas ninjas. Nas colunas que suportavam os tectos estavam escritas palavras e frases que Merkank desconhecia. Um grande candelabro pendia do tecto, ele iluminava toda a área que o jovem podia observar, este mesmo também estava ornamentado com flores de ouro. Nas partes laterais entre as colunas havia estatuas de ninjas, que Merkank supôs terem sido os antigos Mizukages ou ninjas muito importante para a vila. Nas paredes estavam pinturas desde a criação de Kirigakure, até os tempos de hoje. Merkank ficou espantado com a beleza e perfeição do palácio, era tudo iluminado, tudo de cor branca ou de ouro, nunca tinha imaginado o palácio assim tão belo.
No centro da sala estavam alguns ninjas Jounnins que cumprimentaram Firaki, quando ele passou por eles. Avançaram até umas escadas, ele continha uns degraus de mármore polido reflectindo a luz dos candelabros, o corrimão era de ouro e iluminava as tijoleiras no chão reflectindo a luz, dourada. Subiram as escadas, e Merkank teve o cuidado de não sujar o mármore com a lama nos sapatos, enquanto subia a mesma.
Chegaram ao piso de cima e viram muitas portas, todas elas igualmente ornamentadas. Avançaram até à última porta, depois Firaki bateu suavemente na porta, produzindo um som calmo. Ouviu uma voz de lá dentro a dizer para entrarem, e assim o fizeram. Abriram a porta e entraram no escritório do Mizukage. Era igualmente belo como todo o palácio, havia no centro da sala uma mesa e lá se encontrava o Mizukage, Rokudaime Mizukage. Ele sorriu vendo Firaki, levantou-se da sua cadeira e foi ter com ele.
- Meu amigo Firaki, o que te trás hoje, aqui?
- Por favor trate-me como outro ninja qualquer, Rokudaime. – Disse Firaki ajoelhando-se.
- Tanta modéstia meu amigo, levanta-te. – Disse o Mizukage, mas vendo que Firaki não se levantava. – Pronto. Firaki porquê que cá vieste, não vês que estou ocupado.
- Desculpe, mas eu venho informa-lo de que sairei da vila, para ensinar ao meu filho a arte do Shikotsumyaku (Pulso Ósseo). – Disse Firaki levantando-se e olhando para o Mizukage.
- Muito bem, estás dispensado. Já agora como te chamas? – Perguntou Mizukage olhando para Merkank.
- Eu sou o Merkank. – Disse.
- Excelente, podem ir.
Ambos saíram do palácio do Mizukage e caminharam na direcção do Portão Principal. Quando chegaram ao portão um grupo de Jounnins perguntou-lhes onde iriam, Firaki respondeu-lhes que iram treinar.
Atravessaram os portões e dirigiram-se para os montes mais próximos, correndo muito rapidamente.
Passados minutos a correr sem pararem.
- Pai, o Mizukage é tu amigo? – Perguntou Merkank interessado.
- Sim, ele participou numa missão comigo. Nesse missão ele quase ia morrendo se eu não o salvasse. A partir desse dia ficamos amigos. – Respondeu Firaki.
- Então tu salvas-te a vida ao Mizukage, tu és um herói. – Disse Merkank espantado com as façanhas de seu pai.
Continuaram a correr atravessando colinas, vales, florestas, campos agrícolas e lagos, até escurecer. Quando pararam para acampar e passar a noite, Merkank perguntou a seu pai.
- A final aonde vamos treinar?
- Saberás amanhã. – Respondeu seu pai rindo-se.
Merkank sabia que mesmo se continuasse a perguntar a seu pai, ele não revelaria o local de treino, pois já o conhecia. Merkank deitou-se no saco cama que tinha trazido e adormeceu passados minutos.

Merkank acordou na manhã seguinte, saiu da tenda e viu seu pai a arrumar as coisas, para poderem partir imediatamente.
Passados minutos já tinham arrumado tudo e já estavam a correr, pelos campos agrícolas. Pouco tempo depois Merkank viu o Mar no horizonte, e ficou feliz, pois nunca tinha visto o Mar. O Jovem ouviu dizer que em dias de Sol, o mar é muito belo, mas não se tratava desse dia pois estava muito nublado.
A alguns metros da praia, mudaram o rumo, caminhando a par do Mar. Continuaram a correr durante mais algumas horas. Passadas algumas horas, chegaram a um vale e aí pararam de correr, tiraram as mochilas das costas e descansaram um pouco, depois Firaki levantou-se.
- Filho é aqui que vamos treinar. Este local foi utilizado pelos nossos antepassados, para treinarem e aprenderem a arte do Shikotsumyaku (Pulso Ósseo).
Merkank levantou-se e deu um pequeno passeio pelo vale, para ver se não havia ninguém. O vale ficava entre duas montanhas, poucas árvores tinha, era apenas rochas e mais rochas. Parecia que o vale não era natural, pois algumas rochas eram escarpadas e recortadas perfeitamente como se uma lamina as tivesse perfurado.
Merkank foi ter com seu pai, depois informou-o que não havia ninguém por perto. Seu pai recompôs-se, foi buscar algo e disse:
- Vamos começar o treino.

gostei das descrições rapaz, mas acho que deverias por um climax mais chamativo no texto, se não o fizer a composição fica sem emoção =/