'Desejo-se...'
A água caía livremente do céu. Aquele dia de tremenda chuva fazia lembrar as lágrimas na cara de Doom que lamentavam a morte do irmão.
- Os céus encarnaram a tristeza profunda e libertam agora um caus de água. O elemento de Chaos era fogo. Tudo tem uma carga simbólica – Dizia o irmão ao aperceber-se que seguida da morte de Chaos, do fogo, tinha vindo um caus de água.
Fear tinha passado a manhã fora e até aquela hora Doom não o tinha visto.
- Será melhor sofrermos separados? – Perguntava-se Doom a si mesmo.
- Talvez não...
Esta resposta vinha de uma rapariga que, pela sua beldade, deixava, até as flores que trazia na sua delicada mão esquerda, com inveja. O seu negro vestido maravilhava e, apesar do tom, iluminava todo o mundo em seu redor. Ela olhou bem para ele colando os seus bonitos olhos esverdeados nos olhinhos azuis de Doom num gesto que adivinhava alguma intimidade injustificada.
‘Que está ela a fazer aqui? Quem é ela? Porque me respondeu?’ – Doom perguntava-se a si próprio apesar da curiosidade não ser mais que muita. Uma rapariga bonita que se mete é um assunto secundário para um vingador desesperado que perde o irmão mais velho.
- Quem és tu? - perguntou ele com um olhar tão gelado como os seus olhos adivinhavam.
- Sou Mira – respondeu ela num tom simpático fenhando os olhos num sorriso espontânio e delicado.
Parecera-lhe uma rapariga interessante. Qualquer rapaz da sua idade assim o pensaria, mas ele adivinhava ali algo mais que diversão. ‘Talvez ela faça parte do meu futuro’ – assim o pensou enquanto perdia o sentimento de tristeza que a infelicidade da primeira missão lhe trouxera.
Uma conversa agradável foi-se desenvolvendo. Doom soube que ela vendia flores e viajava á volta do mundo, mas quando lhe perguntou pela sua vila, ela respondeu Sunagakure.
Os olhos de Doom ganharam vida, tremeram. A sua mão fechara-se sobre si própria e libertando a sua raiva num punho feroz tentou acertar menina. Os reflexos desta foram surpreendentes. Ela desviou o golpe com a cabeça e abraçou o ninja. O seu calor intenso libertou a raiva, venceu o medo. Como um rapaz livre da sua maldição e da sua condição de shinobi ele aproximou os seus lábios dos dela num gesto lento. Ela sorriu para ele e desfez o momento afastando-se do ninja.
- Só eu controlo a tua raiva. Devias vir comigo... – Disse ela num tom manipulador e sensual.
- A minha missão não está termindada. – Disse Doom voltando ao si.
- Desejo-te... Mas não como criminoso, assassino e vingador.
Após esta frase marcante, do seu vestido sairam penas que criáram corvos. Era apenas um clone que imitava a perfeição da deusa que o criára.
The end
Espero que tenham gostado. É pequeníssimo mas é apenas o inicio
Até eu já me apaixonei por ela