Ele corria ofegante ao longo daquela rua calma, era quase três da manhã e a maioria dos moradores daquela vila em Oto dormiam em suas casas alheios aos acontecimentos externos.
Lá fora o homem fugia exasperado com todas as suas forças naquela fria noite, atrás de si, a escuridão noturna escondia a tudo o que não era iluminado pela luz proveniente das lâmpadas dos postes acesas.
Uma lâmina giratória voou pelo ar e acertou o ombro do fugitivo, este cambaleou e desequilibrou-se, mesmo assim não deixou de correr. Segurava o ombro esquerdo com a mão direita e prendendo os gemidos de dor apertava a fonte do sangramento.
Uma brisa um pouco mais forte se formou, um vento um pouco mais forte avassalou o local, parecia que iria chover, a brisa foi aumentando e tornando-se mais forte, e quando o homem que fugia olhou para trás pôde ver banhado pela luz de um ponto uma silhueta negra, ela segurava nas mãos um par do que pareciam ser duas placas de transito, dois cajados com uma espécie de circulo em uma extremidade, algo como pás redondas. A silhueta indistinta fez um movimento quase imperceptível e usando as pás como “leque” criou um único movimento murmurando palavras que, daquela distancia o fugitivo não pôde ouvir, e em um único momento a ventania tornou-se como uma força independente e mesmo com a grande distancia dos dois indivíduos ainda conseguiu atingir o que fugia e até carregá-lo como uma pluma. A rajada de vento causava cortes em todo seu corpo, destruía os galhos das arvores e criava grandes lascas nas casas ao seu redor.
O quarto de Datte estava particularmente limpo e silencioso, aquele ambiente quente e aconchegante fazia-se paralelo ao frio e à chuva que recaiam a o lado de fora.
Juugo e Karin aquela noite estavam fora, por algum motivo secreto foram sair com Kogitte e deixaram o gennin só no hotel.
Ele dormia profundamente, mal imaginava a confusão que se passava pelo lado de fora. A janela abriu-se silenciosamente, a fresca e úmida brisa noturna encheu o quarto e o som das gotas tocando o telhado tornou-se mais forte em um chiado preguiçoso.
Uma imagem negra surgiu de lá, ela estava obviamente molhada, porém, ainda assim caminhou pelo quarto. Olhou pelos lados à procura da cama até que a achou, aproximou-se um pouco mais para averiguar se quem estava lá era mesmo a pessoa que procurava, e visto que sim, decidiu agir logo.
Uma mão agarrou a boca de Datte com tamanha agressividade que poderia com um pouco mais de força quebrar seu nariz que também era pressionado. O garoto acordou em um salto, e ainda grogue apenas olhava para os lados sem entender a nada.
- Datte! Shhhh! Acorde seu kirinin idiota! – Kogitte falou sussurrando, ele com a outra mão acendeu o abajur ao lado da cama. – Temos que sair daqui! Rápido! Pegue seu equipamento ninja! – Ele disse levantando-se e colhendo os scroll’s de Datte na prateleira ao lado.
O rapaz tirou o cobertor de cima de si e levantou-se confuso.
- Mas, o que está acontecendo? Porque temos que partir? – Ele disse bocejando despreocupadamente.
Kogitte parou de remexer as estantes e se aproximou sombriamente de Datte, pegou o seu colarinho do pijama e olhou-o de perto.
- Porque “eles” Estão chegando! – Ele empurrou Datte para trás que calado apenas ficou observando-o. – Se vista e pegue seu equipamento ninja, sairemos em cinco minutos, já!



Chovia tão intensamente que era quase impossível abrir os olhos, Datte corria e pulava sobre as casas apenas seguindo Kogitte que no momento usava uns óculos de aviador, eles pararam sobre a cobertura de uma casa e permaneceram abaixados, Kogitte virou-se para o ruivo e tirou do bolso de trás outro óculos, estes eram de mergulho com uma liga negra que prendia-os a face.
- Use-os para enxergar, me siga e se algo acontecer comigo corra para noroeste em direção à kumo, lá você estará a salvo, entendeu? – Ele disse levantando a voz enquanto Datte colocava os óculos. Naquele tumulto era difícil ouvir a kogitte, a chuva atingia o telhado com agressividade e proporcionava um som infernal.
Datte também reparou que Kogitte tinha alguns cortes pelo corpo e seu ombro esquerdo sangrava.
- Kogitte-san... O que está acontecendo? Onde estão juugo e Karin? – O garoto se aproximou temendo a resposta. Kogitte olhou para ele indiferente e virou-se de costas.
- Vamos, não falta muito para sairmos do vilarejo. – E começou a correr sob a forte chuva, Datte observou o amigo se afastando, aquela pergunta não respondida estava ferindo-lhe por dentro, obediente voltou a seguir o homem pela noite chuvosa.
A tormenta dava uma trégua e transformava-se em um simples chuvisco, os dois seguiam correndo, já a um tempo haviam deixado a vila de Oto, mas continuavam em fuga.
Datte observava a Kogitte, a dias atrás o odiava e até hoje o tratava como alguém intrometido, e ai estava ele fazendo o maximo para protegê-lo... Olhando assim arrependia-se de ter o tratado tão mal. E novamente se decidiu, a partir da próxima manhã iria tratá-lo melhor. Iria tratá-lo como um irmão...
Eles seguiam correndo, no momento estavam sob uma pequena floresta que rodeava a vila em que estavam, o som das gotas de água já havia diminuído e dava lugar ao frio pós-chuva.
O fim da floresta estava próximo e a esperança de descansar avassalava Datte tanto quando o alivio de estar seguro, ambos se aproximaram da saída e em um salto chegaram ao destino. Era uma planície imensa, tão grande que mal se podia ver o fim por culpa da escuridão. Era escuro e o céu nublado apenas dificultava a visão, Kogitte ia andando na frente e Datte o seguia, parecia que o inuzuka sabia para onde estava indo.
- Oh pelos céus... Eu não acredito... – Ele parou de repente, e isto fora o suficiente para alarmar Datte.
- O que houve? – Ele também parou e tirou os óculos de mergulho visto que a chuva havia parado.
- Nos acharam...
Neste exato momento um relâmpago não muito longe dali caiu criando um som estrondoso assim como um clarão que iluminou a tudo ali. E a poucos metros dos dois lá estava ele, uma mera sombra alta, ele estava ao lado do que parecia ser um monte de pêlos, e Datte ao ver aquele amontoado logo percebeu o que era.
- Kuro! – Ele gritou dando um passo a frente. Kogitte ergueu o braço e o impediu de avançar.
O homem ao lado do gigantesco lobo desmaiado olhava a dupla tão friamente que era possível sentir sua intenção assassina mesmo daquela distancia. Ele tinha nas mãos duas armas que mais pareciam pás e vestia roupas negras bem presas ao corpo como faixas negras. Em sua testa uma hytaiate com um uma nota musical era o que mais se destacava naquela escuridão.
Ele estava semi-invisivel, não era para menos, os cabelos negros contribuíam ainda mais para sua camuflagem e em sua face um sorriso quase inacabável era o que convidava Datte para a batalha. Seus olhos eram quase fechados e pequenos. Tinha um queixo fino e uma face ainda mais afinada. Ele deu um passo à frente e, para surpresa de Datte, Kogitte também andou.
- Vá, corra Datte, vamos continuar a seguir o plano, eu vou distraí-lo e você foge para noroeste rumo a kumo, eles são aliados de kiri, lá devem lhe dar proteção. – Ele tirou um scroll do bolso e de lá surgiu uma fina katana.
O inimigo também se preparou, suas mãos estavam exatamente no mesmo local, mas Datte sentia que ele concentrava chakra em uma quantidade enorme.
- Kogitte... Obrigado. – O garoto deu uma tapinha na costa do amigo e tomou velocidade para partir rumo a noroeste.
O inimigo observava a tudo calado, ele ainda sorria de tal forma que parecia que tudo ali era uma eterna diversão. E ao ver Datte fugindo rapidamente tomou partido, girou seu corpo em tornou de si e manipulando as armas de uma forma artística direcionou uma forte rajada de ar para a direção em que ele corria. Porém, sua investida fora cancelada, pois Kogitte surgiu rapidamente perto do atacante e com a katana tentou cortá-lo.
O homem foi forçado a cancelar o ataque e abaixar-se para desviar da lâmina, e como resposta usou as duas pás de uma vez como porretes lançando Kogitte longe.
O homem quando se impactou no solo lançou um urro estridente, e foi nesta hora que Datte parou de correr e olhou para trás.
O inimigo de Kogitte corria em sua direção com as pás em posição de ataque, o inuzuka nada podia fazer pois ainda sentia as fortes dores do ataque anterior.
Ele corria exibindo seu maligno sorriso, sua presa estava à sua frente, não poderia haver maior diversão para Karasu, o profissional assassino do som, ele acelerava rumo ao oponente indefeso e já a menos de um metro deste, levantou as armas e contraiu os músculos para desferir um ataque com todas as suas forças.
Os pequenos olhos de Karasu abriram-se ao máximo quando o chão a sua frente partiu-se em uma espécie de buraco e de lá um vulto azulado surgiu. Datte gritou com todo o fôlego em uma mistura de adrenalina e ódio.
- Konoha Shōfū! – E com um lindo giro atingiu um chute bem no queixo do inimigo que voou alguns metros além de rolar no chão por outros.
Datte ergueu o indicador para o inimigo que estava já levantando-se ao mesmo em que sorria e limpava o queixo sujo com a lama do sapato de Datte.
- Eu serei seu oponente!

Como sempre, awesome filler Loan :3
Adoro os teus fillers ^^
Continua

Gosh
Filler awesome loan o:
E as osts também eram awesomes o:
Na segunda, a música baixou mesmo no momento em que eles chegaram ao descampado e o Kogitte disse que eles os tinham achado o:
A sério, loan, muito bom!

Grande filler Loan, mesmo awesome. Continua
Não consegui ouvir as ost's porque o meu pc ta meio retardado hoje mas deviam ser boas
Espero pelo próximo.

És sempre o mesmo. Tu e o Annatar... Eu invejo-vos.

Excelente filler, como sempre. Mas não continues, porque assim é só ryos, por causa das vitórias nos fillers do mês...

Just kiding

Não fala assim ken todos estamos no mesmo nivel ^^
Obrigado Ritta eu adoro estas Ost's

O teu filler anterior tinha um tamanho tão bom *.*

Mas vá eu gostei deste também, estava a gostar da ideia de ver o Kogitte a lutar contra esse gajo do som, mas depois curti mais quando foste tu, agora quer ver a porrada