F8 - Etro

Kashino guiou-me pela entrada, até uma sala cheia de cacifos.
- Nenhum homem têm o direito de portar armas aos olhos de Etro – disse-me ele – deverás deixar aqui o teu equipamento e seguir para seres examinado pelo Conselho.
Algo me pareceu estranho naquilo tudo, mas no entanto, coloquei a minhas armas no cacifo que tinha o meu nome escrito já antes de eu chegar. Sem me dizer uma palavra, começou a andar e eu segui-o. Fomos dar a uma sala de reunião em que vários sacerdotes se encontravam, no típico robe branco que os cobria da cabeça aos pés. Cumprimentei-os com uma pequena vénia e sentei-me no lugar, que Kashino me indicara. No topo da mesa, um homem também de branco, mas com um robe um tanto mais embelezado que o dos restantes, falou:
- Ora, sê bem-vindo Kride. Há muito que te esperávamos e é uma grande honra conhecer o escolhido de Etro, Deusa da Morte e dona do Templo de Gelo. Vejo que ela escolheu um rapaz do Fogo. Hmm…talvez para que sobrevivesses pelo caminho – brincou, soltando uma gargalhada. Mas mais ninguém se riu – Eu sou Mashi.
- Perdoo-me, se for rude, Mashi, mas quando é que me vão dizer porque estou aqui? – perguntei.
- És frio e vais direito ao assunto. Pois bem – prosseguiu – Tu foste aqui enviado para consolidares o que treinaste previamente. Depois do ritual, as tuas habilidades irão melhorar significativamente e terás então conhecimento do teu objectivo, da tua missão.
- Pois então não deixemos Etro esperar mais – disse-lhe, sorrindo – Penso que me terei atrasado um pouco.
- Primeiro teremos de proceder a um pequeno teste, para saber se podes entrar no santuário – respondeu-me Mashi – Tragam a Matéria.
Um sacerdote entrou pela porta, carregando um pequeno frasco com uma substância verde no seu interior. Parecia que estava viva e mexia-se suavemente no interior do frasco. Abriu o frasco e agarrou-me no braço, derramando-a na minha pele, que absorveu tudo até à última gota. Olharam para mim, como se esperassem que eu fosse morrer em breves instantes, mas nada ocorreu. Os sacerdotes sorriram e Mashi falou, uma vez mais:
- Estás pronto para o Santuário. Levem-no!

Momentos depois, estava já eu a descer umas escadas, para uma espécie de cave debaixo do castelo de pedra escura. No entanto, este cenário era bem diferente. A pedra, mais clara desta vez, esculpia formas curvilíneas, em pequenas esculturas abstractas, que do lado oposto tinham sempre outra simétrica. Nas paredes brancas, de pedra, podiam ver-se ornamentos de ouro e rubis e no fundo do santuário, uma estatua de uma mulher. Etro…
Na frente da estátua encontrava-se uma espécie de piscina, com algo verde como aquela substância do teste. Mas estava congelada. Os sacerdotes que me acompanhavam, levaram-me até essa piscina e sentaram-me por cima dela.
- Quando os olhos marcados e os da deusa se encontrarem, o teu destino será encontrado – disse Kashino.
Procurei então os olhos de Etro na estátua, e encontrei dois pequenos rubis que se iluminaram assim que os meus olhos se cruzaram com eles. Então o gelo derreteu instantaneamente, e eu afundei-me nas naquelas “águas” verdes. Durante algum tempo, apenas vi verde, e dois pontos vermelhos desfocados pela água. De repente, estava noutro sítio, noutro mundo talvez, onde milhares de imagens, pessoas e paisagens passavam por mim, tão rápido que mal as conseguia ver. Milhões de vozes falavam e sussurravam, mas era-me impossível compreendê-las. E então, Etro apareceu perante mim e falou:
- Enfim, o escolhido vem até mim – disse, com várias vozes que falavam ao mesmo tempo – O nosso tempo é curto por isso, serei breve. Limpa este templo! O sacerdotes corromperam-no e conspiram para a destruição massiva. O mundo está à beira do abismo, pois estes que corrompem o meu templo, não são os únicos a contemplar tal destruição. Dentro de dois anos, as nações entrarão em guerra e então estes e outros preparar-se-ão para se fazerem de deuses e matar inocentes. Cabe-te a ti impedi-los, a ti e ao teu irmão de alma.
Então pela primeira vez, falei para Etro:
- O meu irmão de…alma?
- É teu homónimo e ambos partilham a minha marca. O laço que vos une é mais forte que os próprios deuses e devem usar isso para completar o vosso propósito. Procura-o na tempestade. Lembra-te, Bernubenzei não deverá regressar! Nunca!
Tudo no verde começou a desvanecer-se a medida que eu era puxado para trás.
- Não! Ainda não! – gritei. Tantas perguntas que necessitavam de respostas.
Acordei, já fora do santuário, numa zona hospitalar do templo deitado. Sentia-me fraco.
- Vejo que acordaste mais cedo do que o previsto – disse Kashino, que se encontrava ao lado da cama – Era suposto teres ficado na cama pelo menos três dias, pelo que só passaste algumas horas.
- Não tenho tempo a perder – disse, rouco – tenho uma missão a cumprir.
- Claro – concordou – Mas decerto que irás partilhar connosco, seguidores de Etro, qual o teu objectivo para que te forneçamos toda a ajuda que necessites.
- Não! – gritei mas depois moderei o tom e disse – Não posso contar. Etro ordenou-me que não revelasse nada sobre a conversa.
- Nós necessitamos de saber – disse ele.
- Lamento, mas nada é o que tenho para vos oferecer – respondi, secamente.
Levantei-me da cama e afastando os lençóis e comecei a vestir-me. Então Kashinho agarrou-me pelo pescoço e encostou-me uma faca à garganta…
- Meu rapazinho, eu esperei muito tempo para saber a mensagem de Etro. Por isso, vais me dizer tudo se queres viver – ameaçou, mas já ia tarde. O que supostamente seria o meu corpo, desapareceu num Puff, deixando uma rocha pesada que caiu em cima dos pés do sacerdote, que soltou um grito de dor. Apareci atrás dele e agarrei-o do mesmo modo que ele me agarrara e em vez de uma faca, apontei-lhe o polegar à goela. O homem olhou para a faca que ainda tinha nas mãos.
- Se fosse a ti, não fazia isso – sugeri, com um sorriso malvado – Aposto que consigo cravar o meu dedinho na tua garganta mais depressa do que tu me atingires com essa faquinha miserável. Agora relembra-me lá aquela tal regra de não podermos transportar armas no templo?
- Eu…eu…simplesmente, já…já, esperava que fosses agir assim – gaguejou.
- O teu tempo acaba agora…
A faca desapareceu subitamente das mãos do homem e cortou-lhe a garganta, mas não foi um golpe letal. Apenas as suas cordas vocais tinham sido cortadas para que não proferisse uma palavra do que se passara e depois as mãos do sacerdote foram amputadas, respingando o robe branco de vermelho vivo.
- Olha, não sou um “expert” na matéria, mas acho que essa nem o Xau dá cabo dessas nódoas, mas experimenta um Skip que de repente ajuda. Ou então o Ariel Actilift, apaga as nódoas num instante, mas agora tenho de ir. See ya.
Desapareci e reapareci na sala dos cacifos e recuperei as minhas coisas e meti-me na alheta. Desci a montanha depressa e tentei pela primeira vez chamar Frozen com a mente. Ele apareceu, partindo o gelo do lago com a sua cabeça e eu subi para as suas costas.
- Vamos, preciso que me leves daqui p’ra fora – pedi-lhe.
Sem me responder, o animal avançou velozmente forçando-me a agarrar-me com todas as minhas forças a um pedaço da sua pele.
Tinha de voltar para Konoha em breve e avisar Itachi. Ninguém trabalhava para parar os “patriotas”… Apenas lutavam para serem os primeiros a desenvolver uma arma de destruição em massa primeiro que os inimigos. E cabia-me a mim salvar o mundo a mim e ao outro Kride, meu suposto irmão que devia procurar na tempestade…Em Kumo talvez? Porque é que ninguém me dava uma missão sem que houvesse mistérios pelo meio?

LOL, é preciso ser-se muito sádico para cortar as mãos a um homem e ainda gozar com ele de seguida

Quote para o Rid3er, onde é que ele tinha a cabeça? Totalmente bêbado xDD

Gostei do Filler, andas a tentar imitar a Mary :3 continua ^^

LOOOOL, corta-lhe as maos e ri-se omg Gostei gostei como sempre, continua

@Rider: Thanks Epah, não sou sadico, só um bocadinho vingativo
@Tsut: Thanks Mas não percebi a parte de tentar imitar a mary mas ok
@Mary: Thanks

Divertiu-me, gostei bastante do conteúdo. Já reparei que aqui no RPG existem alguns users que usam a primeira pessoa, tu consegues fazê-lo sem se tornar algo cansativo de ler. Continua

Obrigado E não tenhas medo de ler os anteriores

Ainda me lembro dos primeiros fillers que li teus, a anos. Nota-se bem a evoluçao x). E noto uma pitada de "mary" nesse filler

Dois smiles que irão explicar tudo: e .
Este filler está um máximo! Acabas de receber um novo seguidor! Vou começar a a ler os teus filler.....quero saber quem é o Frozen.

Thanks J, still não tou a ver a pitada de mary, mas ok
Rich, obrigado. Ainda bem que gostaste, mas aviso que o F9 (que já lancei, esta semana, vai te trollar )

onde é que ele tá? Manda-me o link rápido pff.....isto é como uma droga! Tu viciaste-me em fillers....nos TEUS FILLERS! Devias ter vergonha ^^ mas graças a ti tenho uma história baseada em ti!