A confusão instaurava-se em Konoha. Os civis, preocupados, assolavam o portão como formigas, mais do que os olhos podiam contar. A missão que me enviara lá não tinha sentido, estava claro que Konoha não nos traíra, que a Kyodo era inimiga de ambos, mas nada disso importava. A vila estava derrotada, provavelmente, caso a Kyodo assaltasse de novo. Caminhava pelas ruas fumegantes, pelos moribundos junto às casas e por ninjas derrotados ou desertores. Konoha sobrevivera, por agora e Suna, ainda que fosse inexpugnável no meio do deserto, enquanto Gaara a defendesse, não aguentaria muito tempo, só. Kyodo tinha do seu lado uma arma que derrotou muitas praças fortes ao longo do tempo, a fome.

Só me restava uma opção sábia, fugir. Mas… Suna tinha Seiji, o meu irmão Seiji. Não o podia abandonar, podia fugir para junto dos meus homens e como eles esconder-me em Oto. Podia tentar juntar-me à Kyodo por rendição, mas duvido que Kiba visse com bons olhos o facto de ter lutado por Suna. O mais sábio seria esperar pela paz e tentar ingressar noutra vila quando tudo acabasse.
E se os Kages te recusarem? – perguntou aquela figura branca num recanto da minha mente, na sua voz profunda e rouca.
Vi-o à minha frente e sorri, era simples, far-lhes-ia uma oferta que não pudessem recusar, respondi mentalmente, fazendo questão de afastar o cabelo dos olhos, mostrando o Geass brilhante, a ninguém. Enquanto caminhava passei por um edifício de aspecto comum e até abandonado. A minha missão começaria ali, se houvesse missão. Senti-me atraído pelo edifício, quase que magneticamente e caminhei até ele em silêncio.



Era uma casa normalíssima. Nos quartos repousavam futon abandonados à pressa, quando o alerta soou. A sala tinha um aspecto rústico, quase pobre, com uma mesa quadrada no centro e quatro almofadas roxas rudemente tratadas e abandonadas. Na parede, uma tapeçaria de um grou de madeira ocupava um lugar de ribalta, em destaque do resto da sala, ou assim seria se a própria tapeçaria não estivesse gasta e desbotada. Aproximou-se do grou e afastou a tapeçaria com uma mão. Tocou a parede suavemente e empurrou. Algures na sala ouviu-se um estalido. Afastou a mesa de madeira e levantou o segundo tatami da esquerda, agora solto pelo mecanismo. Desceu e viu-se imediatamente envolto em escuridão, tal como Arashi dissera.

Caminhou pelo corredor negro, orientando-se pela parede. Tropeçou num fio fino e caiu. Dezenas de senbon assobiaram pelo ar, vindas das paredes. Mal ouviu o som conseguiu ainda que um serpente lhe protegesse o pescoço e o peito, mas o seu corpo estava completamente esburacado. Sentiu, com a presciência da morte que só havia uma forma de se salvar. Sentiu que algo enorme e maciço se projectavas das suas entranhas, bloqueando-lhe as vias respiratórias e morreu. Deixou aquele corpo para trás e caminhou uma vez mais sobre a terra, estava totalmente regenerado.
Sentiu que um pequeno riacho corria a seu lado e achou-se francamente estúpido por não ter pensado nisso antes. Saltou para o tecto, onde ficou de cócoras e integrou-se na parede, onde estaria a salvo, em teoria. O seu mizu bunshin tomou forma lentamente e correu, por sua vez, pelo corredor negro, desencadeando mais dois dispositivos contra ladrões. Continuou pelo corredor em silêncio e viu luz, ao fundo. Achou prudente tornar-se invisível mas era perigoso, visto já ter gasto imenso chakra na regeneração. Em vez disso tentou, como um verdadeiro ninja, fundir-se com as sombras e aproximou-se cautelosamente. Viu um homem de pé, pontapeando violentamente um ninja de Konoha, deitado no chão e ferido, enrolado sobre a barriga como se protegesse algo.
Estendeu o braço e soltou algumas serpentes esverdeadas, que deslizaram pelo chão até ao ninja da Kyodo. Quando se aproximaram o suficiente, o ninja preparou-se para o golpe de graça e foi mordido violentamente pelas serpentes. Uma delas conseguiu mesmo atingir-lhe o peito e dentro em pouco os seus pulmões estariam em hemorragia interna. Estava morto, para todos os efeitos.

(parar ost)

Aproximou-se do homem moribundo e verificou que o ninja que o atacara não era da Kyodo, mas sim de… Uma nota musical no seu hitayate, o que raio estava este aqui a fazer?! Continuava a respirar, embora já gorgolejasse sangue a cada novo fôlego e a sua pele… Era cinzenta, com orifício irregulares. Aquilo era... Sob o olhar perplexo do ninja de Konoha, desenhou um símbolo no chão com o sangue que escorria e colocou o homem de Oto sobre ele. Sentiu as suas reservas de chakra aumentarem uma vez mais, sentiu o poder analgésico e a sensação de êxtase a tomá-lo momentaneamente, enquanto o tom cinzento desaparecia do homem à sua frente, junto com a sua marca da maldição. E gritou. Gritou alto para que todo o mundo soubesse o quão aditivo aquilo se tornava, para que todo o mundo soubesse que o chakra de Orochimaru continuava vivo, nele. As pupilas redondas nos seus olhos vítreos tornaram-se finas quando arrancou a venda e o seu braço foi percorrido por tremores desnorteantes. Ajoelhou-se como em prece e aproximou-se do ninja de Konoha.
- O que queria ele?
- Não… Por favor não… - implorou ele de olhos suplicantes.
Selim sorriu.
- Responde-me – ordenou.
O Geass brilhou na meia-luz que os rodeava.
- N… Nidaime-sama no Jutsu, tenho de o proteger. Não pode cair nas mãos erradas… – respondeu ele estendendo a mão revelando um pergaminho selado. Agarrou-o avidamente e observou curioso, que voltava a si depois do efeito do Geass.
- Não morrerás aqui – decidiu enquanto uma pequena serpente verde se aproximava do peito do homem e o trincava, injectando um coagulante poderoso na ferida – mas não te lembrarás disto, agora dorme.
E com isso, alterou as memórias do homem e duma feita induziu-lhe o estado de coma. Arrastou-o até ao hospital, seguro de que nada o denunciaria e o que quer que aquele pergaminho contivesse, daria certamente um resgate valioso caso Konoha virasse a casaca.



O jovem de manto branco caminhava, acompanhado de uma deslumbrante mulher loira.
- Funcionou, Envie? – perguntou enquanto erguia um dedo, para que uma borboleta de um intenso tom azul marinho pousasse.
- Quem quer que tenhas enviado usou a confusão para entrar e tanto quanto sei encenou tudo perfeitamente bem e… morreu.
A borboleta fugiu assustada e o rapaz bocejou.
- Chakra de Orochimaru, não é? – comentou casualmente olhando a palma da sua mão, onde se destacava a forma de um embrião humano. – Envie, tem a amabilidade de desaparecer. – mal acabara de falar, já ela se desfazia em partículas negras e viajava pelo ar – E o que querem os cavalheiros?
Os cinco Jounin de Suna saíram das árvores, rodeando-o.
- Seiji-kun, não tens por onde fugir, vem connosco, de volta à vila. – o tom autoritário do homem pareceu diverti-lo imenso.
- Diz-me, Joshi-san, não é? Por acaso um deus deve rebaixar-se a um homem? – o Jounin não pareceu achar piada – O que faz Deus? Cria vida? Cria ordem? – inquiriu calmamente – o que faz de um homem um deus? Joshi-san, deus consegue suster o Sol nas suas mãos?
- Suponho que sim – confirmou ele - mas tu vens… - Puraido interrompeu-o.
- Então curva-te perante o teu deus.
Ergueu a mão direita à altura dos ombros. A luz inundou a clareira e a pequena esfera de luz cintilou por apenas alguns segundos, antes de fechar a mão sobre ela. Os corpos caíram em silêncio, amparados pela erva verdejante do país do rio. Puraido olhou a mão onde o embrião repousava, repleto de queimaduras, bem como todo o seu braço. O feto revolveu-se na sua mão e uma nova camada de pele clara espalhou-se pela sua mão e braço. Era o que faria a todos os que não acreditassem, no deus que caminhava.

Humm, lá estás tu com o Orogaymaru Mas bem, deu para perceber que o Selim está quase a tornar-se nu***.

Quanto ao Seiji, nunca gostei dele lol Faz-me lembrar o deus Enel e o deus Enel parecia o Eminem, por isso na minha cabeça o Seiji é um Eminem vestido de ninja.

Gostei, continua.

As osts estavam soberbas. Muito bom filler e tenho mesmo de me actualizar na tua história. Sinto que já perdi muito desde o ultimo filler lido ^^

Continua assim, ainda quero defrontar o Selim no seu auge :3

Bom Filler, a casa abandonada que tu visitaste, hmm... acho que é a minha !

Continua... só ando a acompanhar a tua história desde o 26º Filler mas não devo de ter perdido muito

Luffy escreveu:

Humm, lá estás tu com o Orogaymaru Mas bem, deu para perceber que o Selim está quase a tornar-se nu***.

Quanto ao Seiji, nunca gostei dele lol Faz-me lembrar o deus Enel e o deus Enel parecia o Eminem, por isso na minha cabeça o Seiji é um Eminem vestido de ninja.

Gostei, continua.

O Seiji não é nenhum Eminem, tem cabelo de gente e não usa calças 20 tamanhos acima

L Mars escreveu:

As osts estavam soberbas. Muito bom filler e tenho mesmo de me actualizar na tua história. Sinto que já perdi muito desde o ultimo filler lido ^^

Continua assim, ainda quero defrontar o Selim no seu auge :3

Sim, também quero defrontar o Maiko, sem dúvida ^^

Tsutao escreveu:

Bom Filler, a casa abandonada que tu visitaste, hmm... acho que é a minha !

Continua... só ando a acompanhar a tua história desde o 26º Filler mas não devo de ter perdido muito

De facto os primórdios da história do Selim não foram muito bons, mas fico feliz que tenhas acompanhado agora ^^

Thanks guys (: