A brisa gélida da madrugada aterrorizava a todos que moravam em Kiri
A Aurora dava espetáculo e o sol nascente desenhava uma estrada tremulante sobre o vasto oceano que circunda Kiri.
Perante aquele frio tenebroso, todos estavam dormindo, todos menos... Kenji. Por qual motivo o louco de personalidade dupla estaria acordado a uma hora daquelas? Era obvio, para um lanche noturno! No jardim da casa, sentado sobre a grana com um pedaço de um braço decepado sobre o colo, Kenji fartavasse de tanto comer. Naquele dia seus olhos estavam aparentemente mais avermelhados que o normal quando possuido pela aura negra, se é que tem algo nele que se possa ser chamado de normal nele.
Os ruídos feitos pelo sangue jorrado no chão e de cada mordidela executada pelo rapaz atrapalhavam Akira,q ue rapidamente acordou.
- Mas que porra é que o Kenji pensa que está fazendo a esta hora da madrugada? - Murmurou o rapaz com um semblante sisudo esboçado sobre a face.
Akira curioso abriu a porta da frente da casa, e deparou-se com aquela carnificina. Um odor vindo dos cadáveres o cobriu o nariz a ponto de fazê-lo tremer. Akira viu a insanidade de Kenji a tomá-lo conta, e depois de ver isto tantas vezes, percebeu que devias ajudar o irmão de uma vez.
Akira concentrou chakra sobre o pulmão e misturandoo a um chakra elemental do tipo Katon, expeliu uma onda de fogo abrangente rumo ao Kenji. O assassino frio logo percebeu aquele fluxo de chakra vindo em sua direção. Felizmente no ultimo segundo rolou para o lado recebendo queimaduras leves sobre o braço esquerdo.
- Woooooooooaaah, este vermelho sem sangue algum jorrando do meu braço. Isto é algo tão... Sem graça. - Gritou Kenji, enquanto gargalhava e cassoava das habilidades do adversário. - Eu vou... Matar-lhe.
- Kenji, você não está pensando direito. Está possuido. Acorde, seu problematico.
- Não, meu bom Akira. Embora agindo diferente, estou completo de sanidade - Determinou Kenji. - Eu estou indo matá-lo de expontânea vontade pois, os laços me deixam fraco. E enquanto eu estiver fraco, e tiver pessoas ao meu redor com quem me preocupar, nunca poderei ser forte o suficiente para vencê-la.
Por alguns minutos o único barulho a predominar o local era o do vento a bater nas folhas das árvores. Por um tempo os dois gigantes se encararam. Akira deu um passo para frente e quebrou o silêncio.
- Se não vai esquecer esta vingança por ela por bem, vai esquecê-la por mal, nem que eu tenha que rachar-lhe o cranio a ponto de fazê-lo perder as memórias boas e ruins.
- E quem disse que tenho alguma memória boa aqui dentro desgraçado? Acha que eu cosneguiria ter algo de bom dentro da minha mente ao saber que minha família toda foi assassinada pela minha própria mãe? A rapariga quem me pariu? Sinto nojo de ter vindo daquele ventre maldito. E sabe o que mais me enjoa por aqui? Você. Você e seu perdão ridiculo, que consegue esquecer ao que ela fez. - Revelou Kenji.
Akira estufou o peito e suspirou. O rapaz estava tentando tomar coragem para iniciar aquela batalha a qual sabia que ia ser sangrenta. Kenji iniciou, equipou-se de um punhado de coragem, concentrou chakra nos braços e pernas e correu em direção ao Akira.
Akira, experiente e muito vigoroso, Kenji, frio veloz e inteligênte. Uma troca incessante de murros começou. Akira golpeou Kenji no queixo o fazendo tremer as pernas, mas Kenji rapidamente se recupera e o golpeia no estomago com um pontapé. Felizmente Akira fora apenas empurrado para tras sem muito impacto, já que neutralizou o movimento com as mãos. Akira cerrou o punho e aproximou-se de Kenji, movimento o punho carrega contra o rosto do rapaz, que finge escorregar e antes de chegar ao chão passa-lhe uma rasteira, fazendo com que Akira desabe. Kenji aproveitou a oportunidade e fez alguns selos breviamente, logo do chão começaram a se projetarem vários "Kenjis". Aquele era o Kasumi Juusha em ação. Os clones rodeados de um liquido negro simplismente brotavam do chão feito um vegetal, logo tomaram uma corrida contra Akira, enquanto Kenji aos pulos se distanciava dali.
Akira conhecia aquela técnica dos clones feitos basicamente de um liquido negro similar ao óleo, mesmo assim não sabia como sair dela, então decidiu ir apenas os golpeando com as mãos e pés enquanto estes iam se desfazendo e logo se regeneravam. Ele estava cercado, nem mesmo podia ver a luz do sol que começava a atingir a terra. Foi então que Kenji, que havia subido num tronco bastante alto duma majestosa árvore, murmurou algo e sorriu enquanto juntava as duas mãos formando um único selo:
- Adeus, meu bom irmão - Logo braços e pernas de Akira voaram pelos ares.
Akira fora derrotado por mero azar. Os clones eram pra distração já que ele não havia percebido o selo explosivo colocado pelo rapaz num determinado local do chão. Lentamente fora incurralado até o determinado lugar sem perceber, e então teve seu corpo projetado de baixo para cima, rumo ao ar.
- Este mundo sangrento me enoja. Isto é tão contagiante que me fez gostar disto e me deixar levar por uma dupla personalidade, que na verdade, o tempo todo era eu, só não consegui perceber isto antes. Pois bem, isto me será util para a vingança. - Sorriu o Rapaz, com um rosto que demonstrava sua frieza perante a morte do irmão. - Penso que agora seja a hora para dar um tempo do mundo shinobi. 6, 8, 10 meses ou se vir a calhar 1 ano. Depois disso... Eu volto. Eu volto para te matar, sua desgraçada. - Disse o rapaz enquanto observava as nuvens passageiras no céu.
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Perdoem-me por este filler ser "menos" sangrento que os outros, mas é que agora o Kenji vai decidir por onde andar. :3
Quero ouvir o que pensam sobre o que ele tem de fazer.