Novas Armas
Comecei por me colocar no chão de barriga para baixo com as mãos apoiadas na terra. Elevei-me uma vez, e vários outras usando a força para erguer o corpo. Fiz dez sem problemas. Descansei um bocado, e logo parti para mais dez flexões. Sete, oito, já com os braços a tremer obviamente com pouca força, um último esforço e acabei as dez. Mais uma vez atirei-me para as dez. Já com dores nos braços lá me comecei a levantar outra vez, desta vez cheguei à flexão número cinco e os braços já me tremelicavam, com pouca força. Nisto continuei com bastantes dificuldades, mas por fim conseguiu. Assim que cheguei à décima deixou-me cair para o lado a arfar de cansaço.
Achei que precisava de treinar a agilidade agora. O exercício que ia fazer era correr uma distância de 100 metros, com dois pesos de dez quilos em cada perna a distância toda em sprint. Ajustei o mecanismo de ventoinha para haver rajadas de vento na minha direcção para dificultar ainda mais, só pretendia parar quando conseguisse fazer pelo menos doze segundos.
A área pela qual ia correr estava traçada e o mecanismo que ia lançar as tais rajadas fortes de vento também. Atei os pesos à volta das pernas e preparei-me para correr com eles. Mentalmente fiz uma contagem decrescente até zero e nesse momento, começava correr com toda a força, os pesos eram realmente pesados e o vento que se sacudia contra a cara faziam com que o sprint parecesse uma corrida de resistência. Ao fim de alguns segundos a correr sob todas estas dificuldades cheguei à meta
─ Vinte e dois segundos. - Pensei e continuei falando sozinho. - Que merda.
Ao fim de algumas corridas fui melhorando o tempo, mas estava de rastos, completamente esgotado de forças e agora começava a piorar o tempo em vez de o melhorar. Fiz mais uma volta, esta bem mais rápida comparada com a primeira e todas as outras, algo em mim tinha mudado, talvez a motivação.
– Porra pá, 14 segundos e foi o meu melhor tempo. Assim nunca vou conseguir, como poderei tornar-me um verdadeiro ninja?
Foi nesse instante que as palavras “Verdadeiro ninja" me fizeram mais força na cabeça, e a minha consciência negra também me ouviu.
– Vamos lá Spring, estás estúpido ou quê? - Dizia ele. - Um verdadeiro ninja nunca correria seu merdas, depois dizes que nunca te ajudo.
Depois de ouvir isto percebi que talvez se usasse um shunshin no jutsu iria ser como um verdadeiro ninja e o meu tempo ia melhorar. Comecei a correr, ao mesmo tempo concentrava chakra e fazia um selo mantendo o chakra focado, de seguida com um Shunshin no Jutsu movi-me a uma velocidade quase super sónica para a meta.
─ Então... quantos segundos? – Perguntei cansado prolongando a pausa da virgula, e com um sorriso ao mesmo tempo.
─ 2,69 segundos, dois a correr e os 69 centésimos foram o Shunshin. - Respondeu a minha consciência negra.
─ Hahaha. – Soltei uma gargalhada percebendo que tinha conseguido.
Concentrei o meu chakra e executei mais um shunshin bastante ágil passando os cem metros num piscar de olhos. Até me tinha esquecido dos pesos de dez quilos em cada perna. Mas voltei a lembrar-me quando senti uma dor forte nas pernas. Estavam bastante cansadas e por isso parei um pouco.
Recomei a treinar já o sol começava a dar ao céu tons laranja.
Penetrei na floresta já com uma mão preparada para se enfiar no bolso e retirar um par de kunais. Comecei a correr devagar e calmamente à espreita dos bonecos que sabia estarem a li, mas não em concreto. Vi um e retirei num ápice duas kunais de seguida atirei-as ao boneco de palha. Estas acertaram em cheio na cabeça mas nem tive tempo de reagir, já avistara outro boneco. Desta vez a mão esquerda mergulhara no outro bolso e retirara outras duas kunais, atirei-as pelo ar mas apenas uma acertou no alvo. Percebi que o meu braço esquerdo era mais fraco e decidiu apenas usar este. Novamente vi outro boneco no topo da árvore a atirei dois projecteis com a mão esquerda, pelo canto do olho observei outro boneco branco e com uma acrobacia no ar dei a volta à árvore para com o braço esquerdo retirar mais duas armas e atirar ao boneco. Até agora não tinha feito progressos com o braço esquerdo, apenas um das duas kunais se cravara nos bonecos. Continuei a correr até que vi outro boneco, novamente mão esquerda no bolso, retirara um par de kunais e como um relâmpago logo as atirara. Desta vez as duas ficaram presas no fantoche, e estava a ter progressos. Pelas minhas contas era o penúltimo boneco, só faltava um. Tinha de acertar novamente com as duas kunais usando o braço esquerdo. Olhei para o boneco, e apenas mexendo o braço, coloquei-o com grande rapidez no bolso e de seguida atirei os projecteis que voaram coladinhas para o fantoche branco, acertando-lhe mesmo na cabeça.
─ Morto, infelizmente sem sangue. – Anunciava a minha segunda pessoa negra com algum sadismo.
– O que achas de testar os meus jutsus?
– Eu é que sei? Faz e pronto retardado, perderes não perdes nada.
Achei por bem repetir as minhas técnicas para de certa forma conseguir treinar a concentração de chakra e ainda os selos. Nisto realizei uma quantidade razoável de selos à máxima velocidade que consegui e de seguida espalhei o chakra pelo resto do corpo. Desta forma diante de mim apareceram cinco réplicas.
– Ok malta, vou-vos matar a todos, é apenas um treino. Se quiserem sobreviver ganhem-me.
Os clones, mesmo sendo ilusórios tentavam-me atacar, mas era escusado. Apenas eu lhes podia fazer dano. Com um shunshin bastante ágil atirei-me a um deles e com uma kunai curvada fiz-lhe um corte no pescoço, esta kunai estava desenhada mesmo para a matança e era por isso que eu gostava tanto de a usar. Por vezes a minha mente era quase tão sádica quanto a personalidade física que constantemente me chateava.
Um já estava, faltavam quatro. Corri para um e dei-lhe um soco um pontapé na vertical e finalmente cortei-lhe a jugular manejando habilmente a kunai curvada, como se eu fosse um assassino em série. O outro que estava desprevenido não foi preciso fazer grande coisa, coloquei a mão ao bolso e rapidamente saquei de dois projecteis, atirei-os com alguma precisão e estes voaram para as cavidades oculares do clone.
Faltavam dois, estava na altura de testar as minhas novas armas. Como que por acção de um jutsu um grupo de lâminas saía das minhas mangas, eram apenas as minhas novas Ain Kiba que eram auto-retrateis. Saltei para os meus dois clones que se mantinham juntos depois de ter usado um shunshin bastante ágil e usa-lo para depois com um salto terminar com corte em “X” e acabar com ambos.
Desmaiei de cansado, fim do treino...
– Fraquito. - Disse a minha consciência negra.
Assunto: Treino 2 - Novas Armas 
Seg 21 Nov 2011 - 21:26
