Duelo Team 12
Assim que pisaram o campo de batalha, os olhos de Aruko e Geryato esbugalharam-se, enquanto Watanuki nem se esforçou para esconder o choque. A paisagem diante deles estava completamente alterada, árvores cerrando cada recanto da área delimitada pelas altas paredes de pedra.
— Como é que eles fizeram isto?! — questionou o mais novo, tocando no tronco mais próximo de si para comprovar a sua existência.
— Magia é uma coisa fantástica, não achas? — replicou a morena, revirando os olhos e caminhando em direcção ao que supostamente era o centro do estádio.
— Como é que é suposto eles conseguirem ver o combate? — Watanuki olhou para cima, as copas das árvores mal permitindo a presença dos raios de luz, quanto mais os olhares dos espectadores.
Sem arranjarem uma resposta plausível para a pergunta, mantiveram-se em silêncio até chegarem a uma pequena clareira onde quatro pessoas se mantinham à espera. Geryato ignorou por completo o árbitro, o seu olhar imediatamente focado no grupo de três shinobis à sua frente. Um deles mantinha um sorriso convencido nos lábios, o tronco desnudo, permitindo a visualização dos músculos definidos, e as calças negras contrastando com a pele clara marcada com um símbolo, no centro da testa.
O rapaz ao seu lado parecia não compartilhar do sentimento de vitória antecipada. O seu cabelo branco permanecia espetado em ângulos estranhos e o seu corpo estava muito menos trabalhado do que o do colega. Geryato fitou a rapariga ao seu lado que o desprezou por completo, o seu olhar fixo no rapaz mais baixo.
O dono dos cabelos castanho claros permanecia impassível, como se tudo aquilo fosse tão normal como ir às compras. O kimono branco aliava-se à tez pálida, evidenciando o tom verde dos olhos, que não traíam qualquer emoção.
Não parece ser particularmente musculado, até mesmo menos do que o de cabelo branco. Muito fraco em Taijutsu. Aruko viu-o inspirar profundamente antes de fechar os olhos e cobri-los com uma venda. O olhar baço dele indicava na perfeição a deficiência visual que o debilitava. Ouviu o Watanuki suspirar de alívio com a inesperada vantagem. A morena franziu as sobrancelhas.
Não me parece que tenhamos motivos para ficar aliviados.— E agora, vai iniciar-se o combate entre a equipa sete e a doze. Preparados? — Watanuki colocou-se frente a frente com o Samidare, ao mesmo tempo que Geryato ocupava o lugar ao lado da colega, mão já sobre a bolsa presa a si — Comecem!
Geryato estava prestes a desembainhar uma das kunais, quando Hitotutsu se lançou sobre ele. Sem pensar duas vezes, Aruko concentrou chakra nas mãos e empurrou o colega para longe, desviando-o da trajectória do oponente.
— Era preciso fazeres-me voar?! — a voz do moreno fraquejou assim que se voltou a pôr de pé.
— Não precisas de agradecer. — retorquiu, a sua atenção focando-se de novo no rapaz à sua frente que não se movera um milímetro.
Watanuki desviou-se de um murro dirigido contra si, aproveitando a ocasião para pontapear o estômago desprotegido do adversário, fazendo-o andar para trás. Geryato desembainhou duas kunais, atirando-as de imediato na direcção do rapaz mais alto do grupo adversário, aproveitando-se de este ainda estar a redireccionar o corpo no sentido de avançar de novo sobre ele. Com um simples selo, activou as kibaku fudas que forravam o metal, criando uma explosão no local.
Mesmo antes da poeira assentar, o ar foi cortado por uma série de armas, obrigando Geryato a desviar-se o mais agilmente que conseguia. Quando olhou em frente, o rosto do inimigo apareceu tão perto de si que por pouco não chocaram. Viu-o tomar balanço com o braço antes de desferir um murro contra o seu rosto. Por reflexo, fechou os olhos à espera de uma dor que nunca apareceu.
— Importaste de pôr o teu cérebro a funcionar e ajudares-me a dar cabo deste tipo?
A voz de Aruko obrigou-o a abrir os olhos, deparando-se com o braço dela, rodeado de chakra, a interceptar o golpe. Os olhos dela desviaram-se para a árvore atrás deles, as armas que haviam sido utilizadas pelo adversário cravadas no tronco.
Ossos?! Ok, isto é simplesmente repugnante. A pressão no seu braço aumentou, fazendo-a cerrar os dentes.
— Vai ter com o Watanuki e ajuda-o a pôr o gajo mais fraco fora de combate o mais depressa possível. E toma atenção ao outro.
O rapaz olhou na direcção em que o último membro da equipa contrária estivera no inicio do duelo, apenas para o encontrar exactamente no mesmo local, sem um indicio de preocupação. Com um aceno afirmativo, concentrou chakra na sola dos pés, correndo na direcção do colega mais novo.
— Eu não dou descontos a gajas. — avisou o rapaz, fitando-a perigosamente.
A morena sorriu — Qual seria a piada disso?
Uma nova bola de ar comprimido foi lançada na direcção do rapaz, obrigando-o a concentrar chakra nos pés e a saltar para a esquerda, afastando-se bastante do ataque do adversário, que se limitava a perfurar mais umas árvores.
Se isto continuar assim vamos mas é fazer uma nova clareira.— Não baixes a guarda.
Watanuki pulou de susto, fazendo Geryato revirar os olhos. Os olhos pretos focaram-se no adversário que obviamente já notara a sua presença.
— Distrai-o. — ordenou, ao mesmo tempo que empurrava o colega na direcção do rapaz.
— E como é que é suposto eu fazer isso?
Um murro atingiu-o fortemente no rosto, fazendo-o cambalear para trás. O shinobi de cabelo branco balançou a mão, como se o golpe lhe tivesse sido doloroso de conceber. Geryato aproveitou a distracção para concentrar bastante chakra nos membros inferiores, dando-lhe velocidade suficiente para se colocar atrás do adversário sem que este tivesse tempo para se virar. Pregou-lhe uma rasteira, desequilibrando-o, e com o punho envolto em chakra, atingiu-o com brutidão no estômago, fazendo-o cair de joelhos.
Watanuki reapareceu ao seu lado, aproximando-se de Samidare para o pôr inconsciente, mas antes que o pudesse fazer, uma luz repentina cegou-os aos três. Assim que Geryato e Watanuki reabriram os olhos, o lugar que o rapaz ocupara estava vazio. O mais velho olhou para o chão, não se surpreendendo quando se deparou com uma kunai próxima deles que outrora trouxera consigo uma hikaridama.
— Bem, enquanto ele recupera, eu devo chegar não acham?
Os dois colegas viraram-se na direcção da voz, onde o rapaz de kimono branco se mantinha à frente do colega de equipa que estava sentado debaixo de uma das árvores, o seu rosto contorcido com a dor do nariz provavelmente partido.
Geryato fitou o novo adversário, antes de se decidir.
Magen – Jigoku Kouka no Jutsu. Esperou por um grito de dor e surpresa que permaneceu longe de se fazer ouvir. Selim esboçou um pequeno sorriso, ao mesmo tempo que as suas mãos fizeram o selo necessário ao cancelamento do genjutsu.
— Vais ter que fazer bem melhor que isso.
Aruko voou uns bons metros, embatendo contra o tronco de uma das árvores. Um sibilo de dor escapou dos seus lados, o seu corpo protestando veemente com a tortura a que ela se decidira sujeitar. Hitotutsu voltou a concentrar chakra na ponta dos dedos, fazendo os ossos se alongarem e formarem umas pseudo-garras. Uma onda de nojo embrulhou-lhe o estômago perante a visão, antes mesmo dele se lançar sobre si. As garras aproximaram-se perigosamente da morena, obrigando-a a desviar-se. Concentrando uma grande quantidade de chakra na perna direita, pontapeou o adversário na boca do estômago, fazendo-o esbugalhar os olhos de dor e voar uns metros para trás.
Posso não te conseguir afectar com taijutsu. Mas taijutsu com chakra… Limpou o sangue que lhe teimava em escapar do lábio, devido a um dos golpes que sofrera, com a manga da camisola, manchando o tecido.
Com os pés envoltos em chakra, correu na sua direcção, alcançando-o no instante em que ele se voltava a levantar. Mantendo o braço e o punho reforçados com chakra, desferiu um novo golpe na direcção do abdómen, mas viu o seu pulso ser agarrado.
— Gagenki! — o golpe dele atingiu-a em cheio no estômago, fazendo com que o ar escapasse dos seus pulmões.
As suas pernas desistiram da luta, fazendo o seu corpo cair em direcção ao chão, o seu pulso solto novamente. A dor parecia corroer cada célula, tanto que não se ia admirar se tivesse sofrido uma ruptura num dos órgãos. O seu cérebro parecia demasiado ocupado em tentar hibernar para escapar à dor, do que a arranjar estratégias para derrotar o tipo que agora se ria divertido. Quantos golpes já sofrera às mãos dele? Podia sentir o sentimento de superioridade emanar dele.
Nem penses. Com dificuldade, focou chakra na mão esquerda e, agarrando-lhe a perna com o braço direito, atingiu-lhe a parte de trás do joelho com o máximo de força que o seu cérebro nublado de dor conseguia fornecer. Um grito de dor fez-se ouvir e viu-o cair ao seu lado. A sua respiração ainda permanecia irregular, mas Aruko obrigou-se a aproximar-se dele. Um novo osso foi disparado na sua direcção, a que ela se desviou sem dificuldade. O seu rosto estava por cima do dele, o sangue do seu lábio pingando para a tez abaixo de si.
— Game over, sweetie.
Num movimento deliberado, golpeou a base do crânio, colocando-o imediatamente inconsciente. A morena fechou os olhos, a névoa de dor ainda lhe envolvendo os sentidos. Inspirou profundamente antes de se levantar, o seu equilíbrio ainda deficiente.
i Um já foi. Abriu a bolsa do inimigo, e retirou-lhe os selos explosivos e as kemuridamas, guardando-as de imediato na sua própria bolsa que permanecia presa à sua perna direita. Desviou a sua atenção para a floresta à sua frente, onde sabia que estava a ocorrer a luta dos colegas.
Não há quase humidade nenhuma, só isso já nos deixa em desvantagem. Mas deve haver alguma coisa por aqui, não? Um lago, uma fonte, alguma porcaria que deite água. O seu fio de pensamentos foi cortado quando uma kunai lhe fez uma razia ao braço, abrindo um golpe superficial.
O rapaz de cabelo de cabelo branco permanecia protegido pelas árvores, a sua respiração ofegante e rosto marcado com sangue seco.
Eles não conseguiram dar cabo deste tipo?! Uma série de armas cruzaram o ar, fazendo-a escapar agilmente com uma série de saltos. Apoiou-se numa árvore, a dor do combate anterior embirrando em dificultar-lhe os movimentos.
O seu mais recente adversário parecia tão ou mais debilitado que ela, pestanejando compulsivamente como se tentasse afastar o sentimento de dormência e dor. A custo, focou chakra nos pulmões e, realizando os selos necessários, disparou uma corrente de água na direcção dele, utilizando o Mizurappa. Samidare conseguiu utilizar o Kawarimi no Jutsu no instante em que iria ser atingido, reaparecendo em cima de uma das árvores mais próximas. Preparou-se para desembainhar uma nova kunai quando o pé da rapariga lhe atingiu de forma certeira num dos lados do rosto, fazendo-o perder o equilíbrio e cair na relva verdejante.
A respiração dele estava debilitada, a dor alastrando-se desde a face ao resto do corpo. Aruko aterrou suavemente ao lado do rapaz, apoiando-se de imediato no tronco ao seu lado.
Shunshin no Jutsu seguido de uma dynamic entry. Algo tão simples deixou-me estafada. Isto não é mesmo bom sinal. Ajoelhou-se ao lado do rapaz, prendendo-lhe as mãos assim que ele tentou formar selos.
— Desculpa, mas não posso ocupar-me mais de ti. — continuando a prendê-lo com a sua mão esquerda, aplicou o mesmo golpe que usara em Hitotutsu, deixando Samidare inconsciente.
Inspirou várias vezes, a dor que a inebriava retrocedendo ligeiramente.
Fogo, esta merda nunca mais acaba. Ergueu-se antes de concentrar chakra nos pés. Agilmente, alcançou a copa da árvore e o barulho do estádio ensurdeceu-a pela primeira vez. Algumas árvores tinham sido destruídas, formando padrões irregulares, quebrando a monotonia do manto verde que se estendia perante os seus olhos. Os aplausos e gritos dos espectadores atingiram-na com uma força tal que um zumbido irritante lhe trespassou os ouvidos. Mas valera a pena, porque a Este do estádio, viu o que pretendia. Com um sorriso satisfeito, voltou a mergulhar no silêncio que a floresta oferecia e, deitando um último olhar aos dois ninjas inconscientes, começou a correr em direcção à última batalha.
Assim que os seus olhos finalmente descortinaram as figuras dos restantes combatentes, um suor frio percorreu-a. Watanuki tinha um ar derrotado e mal se aguentava em pé, e Geryato parecia totalmente desorientado, ao passo de que Selim permanecia tão impecável como quando começara. A sua mão envolveu uma das kemuridamas e, aproveitando o facto de estar num ângulo morto do adversário, atirou-a para perto dos três. Assim que o fumo invadiu o terreno, a morena concentrou chakra nas perna e desferiu uma dynamic entry na direcção dele.
No entanto, no momento em que se aproximou dele, uma corrente eléctrica percorreu-lhe o corpo, impedindo-a de atacar e fazendo-a cair no chão com dores. Braços envolveram-na e sentiu-se a ser levitada, o ar passando por ela como uma bênção.
— Estás bem? — a voz de Geryato chegou-lhe aos ouvidos, ao que ela acenou afirmativamente.
— Vai para Este, há água lá.
Numa questão de segundos, sentiu o sol a bater-lhe no rosto antes de ser pousada no chão. O lago à sua frente era um espelho perfeito, rodeado por relva uniformemente verde e umas árvores discretas. Era difícil crer que aquele era um campo de batalha.
— Este tipo é ridículo! — a voz indignada de Watanuki ressoou entre os três — Nós estamos completamente fora do nível dele!
— Ele é óptimo em Genjutsu. Tudo o que eu faço não tem o menor efeito. Além de que pelos vistos também domina o Raiton. Impediu o teu ataque com um campo eléctrico. — esclareceu, Geryato, olhando na direcção de onde tinham vindo — Não importa que ele seja fraco a Taijutsu. Ele compensa em tudo o resto.
A morena encostou a cabeça para trás, normalizando a respiração.
Se não fizermos isto decentemente vamos acabar electrocutados e cortados às fatias. Ele é cego, portanto o som é tudo o que o orienta… — Consegues moldar o vento?
Geryato fitou-a, confuso — Moldar o vento?
— Sim, quando fazes o Atsugai, consegues moldá-lo além de controlares a intensidade?
— Talvez…
— Uma cúpula com ar giratório? — insistiu, fitando-o directamente nos olhos.
— Possivelmente…
Um sorriso desenhou-se-lhe nos lábios voltando a quebrar o contacto visual — Ao meu sinal, fazes isso e só paras quando eu o repetir. Watanuki, troca de sapatos comigo. Os teus têm sola de borracha. — esclareceu, perante o olhar desorientado do moreno. O rapaz estendeu-lhe os sapatos e ela calçou-os de imediato — Além disso, mantém-te longe do combate. Mais um golpe e parece que vais cair pró lado. O único problema é o genjutsu…
O som de passos interrompeu a conversa, anunciando a chegada do dono dos cabelos claros e kimono branco. Aruko levantou-se, observando o passo quase involuntário que o rapaz deu em direcção ao lago.
Oh this is going to be fun. Concentrando chakra nos pés, correu rapidamente na direcção dele. A esfera de electricidade formou-se em redor dele, o seu ar despreocupado não se alterando. Vamos ver se resulta. Alastrando chakra ao resto do corpo, formando uma fina armadura, trespassou o escudo de protecção. Nada. Sorriu.
Óptimo. Desferiu um murro na direcção do rapaz que foi obrigado a desviar-se. O choque foi rapidamente substituído por uma expressão de concentração, ao mesmo tempo em que ele juntou as mãos.
Aruko acenou em direcção a Geryato e nesse mesmo instante, uma corrente de ar envolveu-os. Concentrou uma considerável quantidade de chakra nos ouvidos, enquanto via uma espécie de cúpula de vento se formava à volta deles, a velocidade do ar aumentando cada vez mais a pressão no interior.
Já que precisas de ouvir para veres, que tal eu impedir que oiças seja o que for? Selim levou as mãos aos ouvidos, a pressão cada vez maior fustigando-lhe os tímpanos. Aproveitando a oportunidade e com o braço carregado de chakra, deu-lhe um murro certeiro no rosto, fazendo-o andar para trás. Sem dar tempo para que ele recuperasse, debruçou-se e desferiu um pontapé em direcção ao estômago dele, fazendo-o cair para trás. O seu corpo lançou uma nova onda de dor como forma de protesto, fazendo-a cerrar os dentes.
Não posso combater por muito mais tempo. Viu-o levantar-se, o seu equilíbrio recuperado.
Também está a utilizar chakra nos ouvidos… Bem, não interessa. Reaproximou-se dele, um novo murro direccionado ao seu rosto mas ele baixou-se com facilidade e pregou-lhe uma rasteira, fazendo-a cair para trás.
Como é que ele se conseguiu desviar?! Selim sorriu ao de leve e levou a mão à venda.
Genjutsus oculares provavelmente. Merda. Saltou para trás, focando-se nos pés dele, ignorando deliberadamente o rosto pálido e os olhos verdes que, apesar de fixos nela, permaneciam alheios à sua presença. Sentiu algo rasgar-lhe a pele do braço, fazendo-a morder o lábio com a dor. Antes que pudesse repensar numa estratégia, a sua visão começou a esmorecer, até um véu negro a envolver por completo. A respiração prendeu-se-lhe nos pulmões.
Um genjutsu? Mas eu nem olhei para ele! Levou a mão à ferida mais recente.
Com a arma? Mas como? Um golpe no estômago lançou-a para trás.
Estamos em pé de igualdade, mas ele parece que me consegue ver. Numa tentativa vã, murmurou Kai, realizando o selo respectivo, não alterando de todo a sua situação. Um novo golpe, desta vez no rosto, fez com que o seu nariz gritasse de indignação.
O Geryato não pode quebrar o jutsu, senão ficamos ainda mais em desvantagem, estou imune a qualquer ataque eléctrico, não vejo nada à frente e usar jutsus de água ia ser a coisa mais inútil de sempre nesta situação. Pensa, Aruko! O punho do rapaz embateu de novo contra ela. Sem hesitar, agarrou-lhe no braço e colou-se praticamente a ele. A mão livre deslizou em direcção à bolsa do rapaz, agarrando de imediato nas linhas que vira no inicio do combate a tentarem sair do seu local de armazenamento. O braço dele empurrou-a para trás, fazendo-a quase chocar com a barreira de ar.
Ele está menos cego que eu portanto se eu não o consigo encontrar… As suas mãos agarraram em cada uma das pontas da linha.
Deixo que ele me encontre. Um pontapé rápido atingiu-lhe o abdómen, ao que ela retaliou de imediato com um murro forte à boca do estômago. Aproveitando o efeito do ataque, puxou Selim na sua direcção e num movimento giratório envolveu com a linha fina, imobilizando-lhe o corpo. Antes que o rapaz tivesse tempo de dar a volta à situação novamente, atingiu-lhe com precisão a base do crânio. O corpo dele ficou tenso por segundos, antes do peso morto dele recair sobre si.
Deixou-se cair com ele, as suas mãos cobertas de chakra a taparem-lhe os ouvidos numa garantia que os tímpanos dele não rebentavam com a pressão. Fez um sinal rápido ao colega de equipa, e o som voltou a atingi-la assim como a aragem do dia. A sua visão começou a retornar, fazendo-a expirar de alívio. Os braços de Geryato voltaram a puxá-la, desta vez para longe de Selim, ao mesmo tempo em que se ajoelhava à frente dela, observando a gravidade dos cortes no seu braço.
— Usaste a velocidade do ar para criar vácuo onde vocês estavam. — deduziu, fazendo-a sorrir.
— E como o som não se propaga no vazio, ficava em vantagem. Mas parece que não valeu de muito, ele parece que tem uma técnica qualquer para nos localizar mesmo sem a existência de som. Mas enfim, pelo menos acabou por servir para lhe limitar o espaço de acção.
— E para o impedir de usar a água. — completou o moreno, fazendo-a erguer uma sobrancelha, confusa — Pelos vistos ele tem dois elementos.
Aruko sorriu abertamente — Bem, o meu plano resultou melhor do que pensava.
— Parece que a equipa sete não está em condições de prosseguir. — anunciou a voz do árbitro, sobrepondo-se às ovações do público — A vitória vai para a equipa doze!
Os aplausos e gritos do público uniram-se às exclamações de entusiasmo de Watanuki, fazendo Geryato revirar os olhos e Aruko começar a rir.
AVALIAÇÃOBrufan:Ninjutsu: 10.75 + 0,25 = 11
Taijutsu: 5.5 + 0,5 = 6
Kenjutsu: 4.5 + 0,5 = 4,75
Genjutsu: 2,25
Selos: 7.75
Trabalho de Equipa: 4,75
Força: 3,5
Agilidade: 8.25
Controlo de Chakra: 16 + 1 = 17
Raciocínio: 8,5 + 0,25 = 8,75
Constituição: 6,75 + 0,75 = 7,25
DeliciouSmile:Ninjutsu: 6.25
Taijutsu: 4 + 0,25 = 4,25
Kenjutsu: 2.75 + 0,25 = 3
Genjutsu: 0
Selos: 4.75
Trabalho de Equipa: 2,5
Força: 2,55
Agilidade: 4.5 + 0,25 = 4,75
Controlo de Chakra: 5.25
Raciocínio: 4.75
Constituição: 2,5
Comentário: Gostei deste duelo, adorei a escrita, está simples e concisa. Agrada-me o que fizeste com a tua personagem, um pouco de raciocínio e qualquer David pode derrotar o Golias.