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Um dia frio, as nuvens cinzentas se preparavam para “descarregar” mais uma grande quantidade de água que elas próprias suportavam. As pessoas encontravam-se em casa, pois o tempo não lhes permitia fazer grande coisa, até que se avistava ao longe uma pessoa a caminhar em direcção ao centro da vila, o seu manto preto e o seu chapéu de palha não lhes permitia ver quem era pois apenas os olhos ficavam de fora. Começara a chover, pequenas e delicadas gotas que passavam entre os dedos daquele jovem que parara e esticara a mão para confirmar a repentina chuva de um dia de muito mau tempo, uma flash iluminou a vila e num piscar de olhos um raio caíra atrás do jovem calado e com um olhar profundo, onde demonstrava solidão e tristeza, retirou o chapéu, baloiçando os médios cabelos prateados que lhe davam um ar mais velho, a chuva nem se atrevia a tocar em tal beleza moldada por deus, os seus olhos brilhavam agora, mesmo assim mostrando uma profunda solidão embora a esperança dos seus desejos fossem mais fortes que aquela aparência, não sabia como a ultrapassar, nem imaginava, pois era demasiado fraco para o fazer ou talvez tivesse medo de tal, tinha vergonha de pedir ajuda, pois nunca conhecera ninguém e ninguém se aproximava dele… talvez pelo seu ar ameaçador… ou pela sua tristeza que demonstrava pelos brilhantes olhos.
Continuara a caminhar, recolocando o chapéu na cabeça, os seus pequenos e lentos passos pisavam charcos de água molhando-lhe os pés, mas nem isso lhe fazia a diferença, apenas pretendia chegar ao seu destino, não importava como, até podia chegar a morrer, mas ira lutar até ao fim, pois… era a única coisa que lhe restava.
Lentamente, com uma respiração ofegante e fria, pois o ar começara a ficar mais frio naquele lugar onde várias ruínas se espalhavam pela vila que tinha sofrido uma enorme perda que por um lado má e por outro lado a paz para o mundo Shinobi, dera um sorriso, pois ainda lhe restava alguma alegria dentro de si… apesar de ser quando nula.
Estava quase no seu destino, já se avistava aquele grande e novo lugar de longe, aquele lugar feito de pedra branca e polida, como terraço, portas e janelas de madeira resistente e umas letras escritas em madeira, Biblioteca, era o que queriam dizer aquele conjunto de letras bem construídas e alinhadas.
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Chegara a Porta, tudo indicava que estava aberta, rodou a maçaneta e empurrou levemente a porta com a sua gelada e molhada mão que apanhara chuva durante 10 minutos sem mesmo se aperceber de tal coisa, entrou, agora na escuridão daquele lugar, não se ouvia ninguém nem nada, tudo num perfeito e profundo silêncio que levava a mais um vazio espaço na vida do rapaz, até que uma voz de uma mulher surgiu do fundo do corredor onde pouco se via devido as janelas fechadas e luz apagada.
- Apenas… não faça barulho algum! – Olhava fixamente nos olhos do rapaz enquanto dizia aquelas rápidas palavras que eram obrigatórias naquele estabelecimento.
Continuou a andar, balançando a cabeça num sinal de afirmação e agradeceu num tom leve que deixou aquele obrigado pairar como uma leve pena branca de uma ave que voava até os enormes céus, esticou a mão agora já seca, encostando-a numa prateleira e raspando enquanto avançava delicadamente entre as prateleiras poeirentas e algumas até já com teias de aranha, parou, repentinamente e virou a cara lentamente para o livro que tocara coma mão que raspava em todos os livros. “ Lúcifer – A Espada que Possuía Alma” um titulo um pouco estranho, mas que despertara a curiosidade do jovem pensador.
Sentou-se, colocando os pés em cima da pequena mesa de madeira ocupando quase metade da mesma, abriu a capa preta e já um pouco rasgada do livro, parecia um livro normal. Parecia a ser uma história chata, como as que contam ás crianças para adormecer, mas a medida que ia lendo começara a ficar com uma cara séria e cada vez mais atenta a leitura, algo de entranho estava escrito naquelas folhas poeirentas, falava de um lugar que poucos conheciam e de uma espada que matava quem não fosse o “escolhido”. Continuara a folhear, cada vez mais rápido, os seus batimentos cardíacos aceleravam a medida que cada página passava, tentava controlar a respiração quente e ofegante para não fazer muito barulho, o que era um pouco difícil. O seu coração parara por um segundo, um perfeito silêncio dominou a sala Katashi nem podia acreditar, uma carta pendurada no livro, ainda fechada, para Katashi.
“ Querido Katashi, provavelmente já não estaremos neste mundo para leres esta carta, eu e a tua mãe viajaremos pelo mundo em busca de um item valiosíssimo, quero que saibas que nunca te abandonaremos mesmo estando do outro lado e caso não consigamos acha-lo, deixaremos esse mesmo fardo em teus ombros By: Law”
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- Parece que finalmente encontrei o que procurava – Dissera ele num tom baixo para a secretária não o chamar a atenção, levantou-se, num ágil movimento das pernas que escorreram pela mesa até ao chão e ergueu-se usando a força das mesmas, voltou a colocar o livro na prateleira, guardou a carta caminhou para a porta, num passo lento como quem queria dar um certo ar de acção aquela cena, abriu a porta, ao abrir um trovão caiu tornando aquela cena ainda mais alucinante, a chuva batia-lhe no chapéu cada vez mais forte, mas nem mesmo isso o fazia parar. Caminhava agora num passo apressado, em direcção a entrada principal da vila, os seus pés estavam um pouco pesados devido a areia que os sapatos possuíam, mas não era a melhor altura para retirar.
“Um suspiro silenciou tudo… e desapareci… sem deixar qualquer rasto”