[Filler 7] Propostas de Ajuda

Assunto: [Filler 7] Propostas de Ajuda Seg 18 Mar 2013 - 21:48

Filler 7
Propostas de Ajuda

Citação :: - O que é que vocês estão a fazer aqui?
A voz conhecida fê-las suspirar de alívio.

- Nós... Estávamos só a passear. – Disse Ina de imediato.
Yurui franziu as sobrancelhas, não acreditando em nenhuma palavra. De seguida virou-se para a ruiva e encarou-a silenciosamente.
- Na verdade… Estávamos a treinar a uns metros daqui. – Corrigiu Sora, sentindo-se pouco à vontade observada pelo rapaz aloirado.
- A treinar? Aqui? – Surpreendido, o rapaz ergueu uma sobrancelha. – Geralmente treina-se com a equipa dentro da vila. Vocês estão sozinhas?
- Bem, nós ainda não temos… - Começou Sora, mas foi interrompida pela morena.
- E o que é que tu estás a fazer aqui? – Atirou Ina, passando um olhar propositadamente demorado pelas redondezas. – Sozinho?
- Eu estava… –Yurui começou a fingir-se interessando por algo que estava para além delas, procurando ganhar tempo de forma um pouco desajeitada.
- Ah, parece que está aqui alguém a fazer algo que não devia. – Um sorriso vitorioso apareceu nos lábios de Ina.
- Eu nunca disse…
- Sozinho e fora dos limites da vila… Nem tentes dizer que estás numa missão. Seria um bocado estranho, não achas?
A morena já tinha ganho a liderança daquela discussão e estava bastante divertida a cortar a resposta ao médico, fazendo-o atrapalhar-se.
-Mas eu estou numa missão! - Disse Yurui, elevando um pouco a voz.
- Sozinho? – Inquiriu Sora, entrando também na conversa e fazendo o rapaz virar os olhos acinzentados para ela de repente.
- Sim! – Disparou o rapaz, sem pensar. – Quer dizer, não! Mais ou menos…
Ficaram todos calados por uns instantes. O crepitar da fogueira era tudo o que se ouvia entre eles e a luz que emanava iluminava-os aos três de perfil. Yurui suspirou e baixou o olhar para o chão.
- O meu colega ontem foi beber… Beber de mais, se é que me entendem. Por isso não estava em grande estado para vir para a missão, mas precisa do dinheiro para… - Calou-se subitamente, achando que estava a dar demasiados pormenores. – Para uma coisa dele. Então eu decidi vir sozinho, a missão é simples e eu pensei que a poderia fazer sem problemas.
- Qual é a missão? – Perguntou Sora, fazendo-o olhar para ela uma vez mais.
- Como se devem lembrar, eu sou um ninja médico. Por causa disso atribuíram-me a missão de recolher algumas ervas medicinais cujo stock na vila está a acabar. – O rapaz apontou com a cabeça para cinco grandes cestos vazios e outros cinco já cheios, que estavam perto da fogueira. – Tenho que encher cada um deles com um tipo de ervas.
As duas raparigas viraram a cabeça para os cestos e perguntaram-se como é que ele os iria levar cheios quando tivesse que voltar.
- Bem, nós adoramos ervas medicinais. – Disse Ina, dando uma cotovelada em Sora. – Vamos ajudar-te.
-O quê? Nem pensem. – Yurui fez girar a argola de uma kunai no dedo indicador. – É a minha missão e eu não me lembro de vos ter convidado a fazer nada. Para além disso, não estavam a treinar?
- Para além disso, estás a pensar levar os dez cestos na cabeça quando voltares? – Atalhou Ina, com o seu sorriso matreiro. – E sim, nós estamos a treinar. E, curiosamente, nenhuma de nós veio sozinha porque a outra ficou de ressaca.
O rapaz ficou a olhar para as duas gennins com um ar apreensivo. Ao fim de uns minutos acabou por deixar a cabeça cair para trás e encolheu os ombros, derrotado.
- Está bem, vocês podem vir comigo… – Disse Yurui. – Mas amanhã, não é para ficar até ao meio-dia, pode ser? Eu sei que vocês são miúdas e as miúdas demoram anos até ficarem prontas. – No final piscou-lhes o olho, como se fosse um segredo que só ele soubesse.
- Não somos miúdas, está bem? – Ina não encarara bem a brincadeira. - Não te preocupes, há hora combinada se calhar és tu que ainda estás a dormir.
- Não são miúdas, mas são gennins. – O jovem médico lançou-lhe um olhar de desafio. – Não é verdade?
- Pfff. – A morena presenteou-o mais uma vez com o seu sorriso matreiro. – Quando estivermos a salvar-te a pele lembra-te disso, pode ser?
- Irei lembrar-me, com certeza.
- As pessoas normais esperam simplesmente que ninguém precise de ser salvo… - Disse Sora distraída, levando com o cotovelo de Ina de seguida. – Mas é claro que, nas nossas vidas, isto é o nosso dia-a-dia e mais vale prevenir. – Mais uma cotovelada. – E sim, depois não grites como uma menina.
Yuriu riu-se. Dirigiram-se até perto da fogueira e passado pouco tempo adormeceram os três, cada um em seu canto.

Ainda era de noite quando Sora sentiu um empurrão que a vez rebolar para fora do seu saco-cama e aterrar com a cara num pedaço fresco de relva. Tentou levantar-se de repente, alarmada pela possibilidade de poder estar algum desconhecido na zona, mas acabou por cair devido a ter os pés ainda dentro do saco-cama.
- Shhhh! – Disse Ina, metendo o indicador à frente da boca para Sora perceber o sinal.
- Estás a acordar-me de madrugada… OUTRA VEZ? – Perguntou Sora irritada, o mais baixo que conseguiu.
- Tu queres que ele diga que somos miúdas e que somos lentas e preguiçosas? Não, pois não? – Ina meteu a mão na anca. – Então anda!
- Pronto, pronto… Já estou de pé. – Sora rendeu-se e começou a arranjar-se o mais depressa que conseguiu.
Poucos minutos depois, as duas raparigas olharam em volta e viram que o saco-cama de Yurui não estava no mesmo sítio onde o tinham visto pela última vez na noite passada. Na realidade, não estava em lado nenhum. Nem os cestos.
- Onde é que ele se enfiou? – Perguntou Ina, franzindo as sobrancelhas.
- Se calhar foi-se embora antes de acordarmos, para não o seguirmos. – Disse Sora, olhando em volta.
Um tossir vindo de trás fê-las virar-se. Encontraram Yurui encostado a uma árvore e com a pele iluminada pelos primeiros raios de sol.
– Ah, estão aqui finalmente! - Disse, enquanto se espreguiçava. - Enfim, miúdas... Quase que pensava que ia ter que fazer tudo sozinho.
A expressão de Ina passou confusão a esforço por autocontrolo, ao mesmo tempo que fechava uma mão com força atrás das costas e via Yurui a rir-se por ter ganho uma aposta nunca assumida.

O iryo-nin conduziu-as a várias regiões onde precisavam de recolher determinadas ervas e quando o sol atingiu o ponto mais alto, já só faltavam encher dois cestos. Para os carregar todos, os três precisavam de fazer quase malabarismo. Empilhavam os cestos e paravam regular-me para não os deixar cair.
Assim que chegaram a um local com ervas altas, o ninja médico explicou-lhes quais deviam apanhar e depois encaminhou-se para outra zona que ficava a uns metros de distância daquela para apanhar o que faltava.
As gennins apreciavam a paisagem enquanto se abaixavam para arrancar a espécie que procuravam e de seguida a lançavam para dentro do cesto. A certa altura, Ina afastou-se de Sora para continuar a procurar e a ruiva acabou por se sentar no chão a apreciar o sol que lhe batia confortavelmente na cara.
O comportamento de Ina continuava a preocupá-la, bem como o irmão. Voltou a recordar a manhã anterior, quando Ina percebera que os hashi’s tinham sido um presente dele, e questionou-se se teria espiado o seu treino. Isso seria a resposta aquele súbito treino intensivo de dois dias e explicaria como ela sabia do presente. Tudo isso só a levou a concluir que não conhecia a morena tão bem como pensava. Aliás, não a conhecia de todo. E mesmo assim já pensara muitas vezes que não a devia subestimar porque não sabia muito sobre ela. Sora estava a ficar mais e mais desconfiada. Acerca de tudo. E só neste momento se apercebera disso.
Inesperadamente, sentiu-se observada. Parecia que até o ar tinha mudado. Com uma velocidade que surpreendeu a si própria, tirou uma kunai santottan e atirou-a para trás de si, rodando o corpo num movimento ágil.
Ao levantar-se e já preparada para um combate, viu um rapaz encostado à árvore atrás de si com as palmas das mãos à sua frente e a kunai cravada no tronco poucos centímetros da sua cabeça.
- Pronto, pronto! – Disse ele, continuando com as mãos na mesma posição. – Venho em paz.
Sora não moveu um músculo e continuou a observá-lo com um olhar confuso. Devia ter à volta de um metro e setenta, usava uma camisola sem mangas negra que tinha duas riscas brancas horizontais na região do abdómen e lhe deixava os ombros bronzeados ao sol, bem como umas calças da mesma cor que apertavam ao fundo das pernas.
- Estava apenas a passear pelas redondezas… - Continuou o rapaz. – E pareceu-me ver movimento, fiquei curioso e vim aqui ter.
- E é normal apareceres assim silenciosamente? – Inquiriu a ruiva.
- Bem, como estavas de costas não consegui ver a tua bandana de Kumo. – Disse ele sorrindo, enquanto apontava para o pescoço de Sora e depois para a sua testa.- Eu também sou de Kumo.
O corpo de Sora relaxou um pouco.
- Desculpa, apanhaste-me de surpresa.
- A culpa foi minha, devia ter-me identificado logo. – O rapaz levou uma mão à nuca ao mesmo tempo que estendia a outra. – Sou o Kazuo.
- Sora Kondo. – A ruiva ia estender a mão quando uma kunai passou no espaço que os separava.
Viraram-se os dois na direção de onde a arma vinha e deram com Ina a avançar para eles, pronta a lançar outra kunai.
- Ina! – A ruiva meteu-se à frente da amiga. – Ele é de Kumo.
A morena olhou para Sora e depois deixou o olhar cair em Kazuo. Olhavam um para o outro sem dizer nada, a avaliarem-se mutuamente. Sora sentia uma certa tensão no ar, ao passo que nem o rapaz nem Ina pronunciavam alguma coisa. Depois, sem qualquer tipo de aviso, Kazou estendeu a mão para Ina.
- Sou o Kazuo, prazer em conhecer-te.
- Kazuo?
- Exatamente, Kazuo. – Repetiu, com um sorriso. – Fico feliz por teres percebido o meu nome à primeira.
- Kazuo quê? – Perguntou Ina, com os olhos castanhos cravados nele.
- Só Kazuo. – O rapaz tinha um ar de desafio.
- Estás a dizer-me que o teu nome é, unicamente, Kazuo? – A morena cruzou os braços sem desviar o olhar.
Ficaram em silêncio. Ina lançava um olhar desafiador que Sora nunca tinha visto e Kazuo parecia estar a desfrutar daquele momento como se tivesse prazer em ser desafiado só para poder mostrar do que era feito. A ruiva fitava-os alternadamente com os seus olhos verdes, sem saber bem o que eles estavam a fazer. E qual o propósito do que estavam a fazer. Parecia que ambos tinham necessidade de medir forças. Kazuo voltou a falar e o sorriso não se desvanecera nem um pouco.
- Estou. Não me digas que não gostas.
Ina olhou para ele e revirou os olhos. Ia parar com as perguntas, mas claramente não gostava dele. A morena sempre tivera esta peculiaridade, às vezes olhava para as pessoas e sabia que elas simplesmente não batiam certo. Lembrava-se de alguns episódios iguais da sua infância. Algumas pessoas não faziam sentido para ela e, no final, acabava por ter razão. Era um sentimento que não conseguia explicar, tal como uma mudança no ar que no momento quase ninguém se apercebe, mas que acaba por se traduzir numa tempestade.
- Sora, Ina! – Yurui estava a chama-las, quando se aproximou e as viu acompanhadas. – E tu és…?
- Kazuo, gennin de Kumogakure. – Disse, apontando para a bandana na sua testa como se ele não estivesse a ver um elefante que estivesse à sua frente.
- E estás aqui a fazer o quê? – Yurui ergueu uma sobrancelha.
- Estava apenas de passagem. – Respondeu o rapaz com a madeixa de cabelo cinzento a balançar à frente do lado esquerdo da cara.
- Porque é que os gennins de hoje em dia não podem simplesmente ficar na vila? – O iryo-nin suspirou e Kazuo encolheu os ombros. – Bem, já que aqui estás, faz-te útil e leva aquilo.
Kazuo seguiu com o olhar o local para onde apontava Yurui e viu à sua espera três cestos cheios de diferentes ervas. Soltou um pequeno suspiro percebendo ao que se acabara de sujeitar.

Depois de não-sei-quanto-tempo, here i am again! O filler ficou grande, eu sei, mil desculpas u.u mas se dividisse ficava sem conteúdo nenhum :/ I hope you like anyway! [Filler 7] Propostas de Ajuda 1610

Assunto: Re: [Filler 7] Propostas de Ajuda Ter 19 Mar 2013 - 11:51

Tenho de reconhecer que este Filler teve uma pitada de comédia. Deu para rir em alguns momentos.

Afirmo, desde já, que engraço muito com a Ina. Além de ser de Kiri, já dá muita vantagem, gosto da personalidade dela. E, confessa lá, tem uma paixoneta pelo médico. Enquanto que a da Sora será o Kazuo hmm

Continua ^^

Assunto: Re: [Filler 7] Propostas de Ajuda Sex 22 Mar 2013 - 1:55

Kazuo, uh? Isso me cheia a furada .-.
Brincadeira... Agora sério, mesmo que grande, o filler foi gostoso de ler...
Um avanço sutil na história e momentos de descontração, gostei bastante!
Agora, sorte da Sora que a Ina de cotovelas sutis para lhe chamar a atenção e não chutes, senão estaria a ser tratada pelo médico.
Haha, continua logo, guria! [Filler 7] Propostas de Ajuda 1610

Assunto: Re: [Filler 7] Propostas de Ajuda Sex 22 Mar 2013 - 10:30

Gostei, Ritinha ^^
Já não lia um filler teu à algum tempo, mas continuas a escrever bastante bem e eu só fico meio perdido quanto às personagens, porque nao li fillers anteriores, creio

Também fiquei como o Tsu quanto às paixonetas da Sora e da Ina.

Continua Very Happy

Assunto: Re: [Filler 7] Propostas de Ajuda Dom 24 Mar 2013 - 18:47

Tsu: Ahahah, ainda bem!
Por acaso, a Ina deve ser a personagem mais interessante da minha história, i mean, até é muito mais "activa" que a Sora e ela é a personagem principal

Ui, as love stories! Well, tens que esperar para ver :3
Obrigada! [Filler 7] Propostas de Ajuda 1610

Rods: O Kazuo... é um rapaz interessante [Filler 7] Propostas de Ajuda 942643

Verdade, ainda bem que a Ina se consegue conter minimamente

Ahahah, muito obrigada! [Filler 7] Propostas de Ajuda 1610

Shad: Olha quem aqui está! Confesso que assim que vi "BigBoss" pensei "só pode ser o shad", devias dar-me 5€ por te reconhecer tão facilmente

É provável, tenho uma char nova e tals, mas dont worry, vais reconhece-las depressa [Filler 7] Propostas de Ajuda 1610

Ui, muito obrigada! ahahah

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