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Naruto RPG
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E o ciclo da vida repete-se! As pacíficas vilas voltam a unir-se para combater um mal em comum. Vem conhecer o melhor e mais antigo role play de Naruto, totalmente em português.
Sexo : Idade : 25 Localização : Não olhes para trás neste momento... Número de Mensagens : 1776
Registo Ninja Nome: Uchiha Takeshi Ryo (dinheiro): 630 + vale de 200ryos na loja de armas Total de Habilitações: 257,5
Assunto: [OVA 17] O Demónio de Konoha Sex 22 Ago 2014 - 21:43
O Demónio de Konoha
- Pai? - Ecoou a voz esganiçada do pequeno rapazinho, sozinho no meio do corredor banhado pela escuridão. O seu pijama assentava-lhe como um fato, indo do pescoço até aos tornozelos, acabando nos seus pequenos pés descalços. O tom de azul pastel desbotava-se conforme ele avançava como uma sombra pelo gelado chão - Mãe? - chamou....Mas não ouve resposta. Nem o seu eco lhe respondeu. Não havia nada ali, apenas ele. As sombras abraçaram-no quando deslizou para dentro delas, tacteando às cegas a casa que pensava conhecer tão bem. Algo estalou ao fundo do corredor - P-pai? - Desta vez a voz tremeu. Os seus olhos começaram a ficar quentes e irritados conforme as lágrimas invadiam o tão apertado espaço. A janela aberta deixou uma rajada de vento afagar-lhe as costas, arrepiando no seu tão frio toque. A noite não perdoava e aquela não o ajudava. Como que a adivinhar, a Lua escondera-se e as estrelas nem se tentaram a espreitar.
Um grito arrepiante tinha acordado o pequeno Sadatake. O seu sono era tão pesado como a de um adulto, mas a sua expressão era como a de um pequeno anjinho. O seu cabelo negro contrastava com o branco da fronha da sua almofada. Era Inverno, logo todo ele se cobria de mantas quentes e fofas, tão coloridas como a sua infância era, perdão, foi, pois naquela noite tudo acabou.
- Sadatake... - falou-lhe a mãe na sua voz doce e querida, enquanto puxava os cobertores para cima e o tapava - ....já rezaste? Rapidamente uniu as suas mãos e cerrou os olhos com força: - Pai nosso, que estais nos céus... - começou - Santificado seja o Vosso nome. Venha a nós o Vosso reino.... Seja feita....Seja....Seja feita.... - engasgou-se - ...a Vossa vontade... - ajudou a mãe, passando as suas mãos nas do seu filho, como sinal de afeto e proteção - Seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu! - e fez uma pausa, como se tivesse concluído a sua oração - Sadatake... O pão nosso... - a sua voz fez o filho abrir os olhos, voltando a fechar para continuar a orar - O pão nosso de cada dia nos dai hoje. - Perdoai-nos as nossas ofensas...- novamente, a sua querida mãe "estendeu-lhe a mão", apoiando o pequeno nas suas orações diárias - Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. - continuou o pequeno - Não nos deixeis cair em tentação, mas... - Mas livrai-nos do mal. - beijou as mãos - Ámen. - Ámen. - concluiu a mãe Abrindo os olhos novamente, Sadatake olhou para a sua mãe nos olhos. Havia ternura, havia paixão, havia amor, havia carinho, mas acima de tudo....havia a pura inocência de criança. A mãe retribuiu-lhe o olhar amoroso, o olhar de Mãe. Foi difícil ele não sorrir. Os seus braços atacaram o pescoço dela, abraçando-a com toda a sua força: - Amo-te tanto, Mamã.. A mão dela afagou-lhe o cabelo preto, do mesmo jeito que ela sempre fazia desde que ele nascera e ela o adormecia. Afagou como afagava enquanto o amamentava nas tardes de Verão, sentada no alpendre a ver os pássaros rasgar o céu limpo e azul. Afagou como sempre fazia, do jeito que só ela sabia. Um soluço de emoção e uma lágrima percorreu a sua face, correndo pela sua rosada bochecha: - A Mãe também te ama muito, filho... - ganhou coragem e quebrou o abraço gentilmente - ...mas agora é hora de dormir, vá. Ele deixou-se cair para trás, sendo amparado pelo suave colchão. Novamente, a sua mãe puxou as mantas para cima dele, aconchegando-o e com um beijo na testa despediu-se dele. Levantou-se da cama e dirigiu-se para a porta: - Dorme bem, meu menino... - e apagou a luz - Vou sentir a tua falta... - murmurou
Eram duas e tal manhã. Toda a gente na casa dormia já há algum tempo, todos menos uma pessoa. A porta do quarto da criança abriu-se, rangendo ligeiramente naquela imensidão negra e silenciosa. A porta abriu-se o suficiente para uma sombra passar para o corredor. Os seus passos rápidos eram elegantes, silenciosos, invisíveis....mortais. No final do corredor, encostado a uma parede, uma enorme vitrina erguia-se violentamente, conforme a sombra deslizava pelo frio passadiço. Era impossível ver o seu interior, mas a sombra sabia bem o que fazia. A sua mão agarrou o vidro e deslizou-o, abrindo-o. A sua mão parecia um chicote ao retirar duas estranhas kunais, feitas de um material desconhecido, mais parecido a vidro e extremamente afiadas. Tão afiadas que se podia fazer um golpe profundo só por cortar o ar. A vitrina fechou-se a sombra virou-se para uma porta, entreaberta, à esquerda. Com um salto, entrou para dentro do quarto onde repousavam os pais de Sadatake. Pôs-se em cima da cama, junto aos pés dos dois Uchihas adormecidos: - Terei saudades vossas.... Adeus Papá, adeus Mamã. - e as duas kunais ruíram silenciosamente contra os pescoços dos dois. Inevitável jorro de sangue espirrou sobre a sombra e manchou todo o quarto. Estando o serviço completo, a sombra saltou da cama e voltou para o quarto de Sadatake, tão rápido e silenciosamente como veio.
A sua mão passou pela parede de madeira, deixando para trás um rastro vermelho. Um flash de luz iluminou por momentos o corredor, mostrando o pijama do orfão manchado de vermelho. A sua cara tinha salpicos de sangue por todo o lado e as suas mãos não fugiam ao resto. Ele não se atreveu a avançar mais, acabando por estagnar no meio do caminho. A sua mente gritava da mesma maneira que o grito o tinha acordado. Foi naquela noite que o Demónio de Konoha atacou. Foi naquela noite de Inverno que a verdadeira natureza de Sadatake se manisfetou. Foi naquela noite solitária que aquela casa recebeu a visita da morte. O consciente do Uchiha era fraco, mas o seu subconsciente não... O verdadeiro ADN Uchiha corria nas suas veias e foi durante o seu sono que Sadatake entregou duas vidas à Morte e esta presenteou-o com o desabrochar da sua linhagem, da sua tão cobiçada habilidade. Foi durante o sono que Sadatake tornou-se assassino orfão e em troca recebeu o sharingan. Mas, infelizmente, isto foi apenas o início de uma carreira obscura, misturada com o cheiro a sangue e a medo. Esta é a origem de Uchiha Sadatake, O Demónio de Konoha.
Tio Tsu
Administrador | Kumo
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Registo Ninja Nome: Shikaku Kinkotsu Ryo (dinheiro): 0 Total de Habilitações: 24
Assunto: Re: [OVA 17] O Demónio de Konoha Seg 25 Ago 2014 - 13:15
Se a minha mãe me obrigasse a rezar o Pai-Nosso eu se calhar também a matava quando tivesse a dormir. Até que entendo os sentimentos do Satadatake...
Brincadeiras à parte, a história do rapaz é um pouco estranha. É católico, mas de repente matou os seus pais sem razão aparente. Se calhar deve achar-se daqueles justiceiros que têm o direito de matar as pessoas que não cumprem as "estupidezes" da religião. Ou se calhar é só maluco, mesmo.
Apesar de tudo até gostei, a tua escrita vêm melhorado bastante. Continua ^^
Bruno Moraes
Administrador | Iwa
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Registo Ninja Nome: Kyo Kusanagi Ryo (dinheiro): 14350 Total de Habilitações: 733,75
Assunto: Re: [OVA 17] O Demónio de Konoha Seg 25 Ago 2014 - 23:37
Um bom filler para mostrar como começou as cenas de matança do Demônio de Konoha, pelo visto o Sadatake tem um subconsciente bem forte e psicopata capaz de fazer tal ato com os próprios pais. Fico a imaginar qual será a sua relação para afetar a historia de Takeshi e como os dois vão se portar e conseguir controlar essa consciência assassina. Vamos vê o que sua mente está a preparar para nós.