Episódio 1 | Acto 2: “Pesadelo”
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- Citação :
“Agora, o que o intrigava era, será que ele controlava mesmo Areia? As experiências e abusos dos pais, que nada se comparavam às que sofrera mais tarde na sua vila ninja, tinham talvez feito com que ele dominasse o elemento Areia. Acabara de prometer a si próprio, se isso fosse verdade, ia matar os pais com o “presente” que eles lhe deram... Só precisava de descobrir o paradeiro deles, tinha uma ideia onde poderiam estar. No Asilo de Problemas Psicológicos de Sunagakure no Sato. “
Olhei para cima e vi uma luz fraca, branca. Parecia estar num sala de operações, mas no fundo sabia bem onde me encontrava. Na cave da mansão do Kazekage, onde os meus próprios pais faziam experiências num miúdo de quatro anos, eu próprio. Era mais um dia desses, queriam à força que eu fosse igual à pessoa que idolatravam, o ninja mais forte da vila e que governava a mesma.
Lembrei-me da semana anterior onde tinha visto esta mesma luz branca a pairar sobre mim, enquanto estava deitado numa espécie de maca. Nada podia fazer, já tinha plena noção de que ia passar ali mais duas horas pelo menos, a ser injectado com um liquido dourado e espesso que não fazia ideia para que servia.
– Calma Karui, isto é para teu bem. - Dizia a minha mãe enquanto passava a sua mão rugosa pela minha testa, afastando as manchas louras do meu cabelo para trás.
O sorriso que ela me transmitia não era de todo um sorriso calmante de uma mãe, era mais um sorriso perverso de quem quer à força atingir os seus objectivos e que já perdeu toda a sanidade. Algo que não me tranquilizava, eu gritava sim, com força, mas não se ouvia nada pois a fita adesiva que me colocavam como mordaças abafava qualquer som emitido.
De seguida veio o meu pai, a dar pequenos toques com os dedos na agulha da seringa, também ele com uma cara bastante perversa. Não percebi o que era novamente, mas o liquido dourado espesso era o mesmo. Não chegava já? Quantas mais vezes tinham de me injectar aquilo?
– Calma Karui, isto é para o teu bem. - Dizia o meu pai, copiando exactamente a mesma frase que a minha mãe dissera. Aqueles dois psicópatas partilham a mente, ou eram os 20 anos de casados numa relação sem qualquer sanidade que os faziam ser cópias um do outro?
Agarrou na seringa e espetou-a directamente no meu coração, o que me fez ter um espasmo, tão grande que quase arrancava as cintas que me prendiam à cama.
– Segura-a! Segura-o! - Ordenava o homem louco, que era também meu progenitor.
A minha mãe, fez força nos meus ombros empurrando-os contra a cama de forma a estabilizar-me. Os meus olhos vertiam lágrimas, a dor que estava a sentir era igual à de uma agulha a ser espetada no vosso coração, porque era literalmente isso que estava a acontecer. Senti o meu pai a pressionar o mecanismo da seringa e o liquido a escorrer-me pelas veias, pelo coração, a entrar no meu organismo. De repente tive uma grande vontade de adormecer, senti-me fraco, algo como um desmaio e logo a seguir uma dor forte e pontiaguda. Gritei com a boca bem aberta, tão aberta de tal era a dor que a fita adesiva desintegrou-se e o meu grito eco-ou pelo palácio.
Senti a bochecha vermelha e uma sensação de queimadura, não me apercebi do que era mas continuava a doer. Olhei para o meu pai que parecia furioso por ter soltado aquele grito. Alguém poderia ter ouvido, devia ser essa a razão, pois agora também ele estava vermelho, mas de fúria.
– Cala-te caralho! - Disse-me a minha mãe, vi a mão dela no ar.
Algumas somas de ideias e apercebi-me que a minha bochecha ardia encarnada porque ela me tinha dado uma chapada na cara, a fim de me calar. Foi nesse mesmo momento que a vi afastar-se para uma mesinha de metal que se encontrava ali ao lado, ouvi os tilintares do metal. Estaria à procura de algo? Virou-se depois de achar o que pretendia e reparei no bisturi que tinha na mão. A minha carne começou a ser cortada e gritei novamente...
Senti alguém empurrar-me com brusquidão. Não sabia o que era, estava desnorteado. Será que adormeci, lembrei-me dos meus pais e das suas torturas. Foi então que ouvi uma voz.
– Acorda Karui, acorda! - Gritava-me Tsibo, afinal quem me empurrava era o cão ninja da Azula. A rapariga dormia ainda.
– Hey, hey. Já estou acordado. - Respondi com voz de sono.
– Estavas a gritar rapaz. Acordaste-me do meu sono de beleza? - Perguntou-me surpreendido.
– Nada. Sonhos e assim. - Nesse momento apercebi-me que tinha sido um sonho, mas um sonho de uma memória de algo que realmente tinha acontecido. - Tsibo, o teu amigo que me pode ajudar. Tens de me explicar isso melhor.
– Chama-se Len, é um cão ninja como eu...
– Quê? Vou aprender a dominar um elemento com um cão? - Interrompi logo.
– Não rapaz, acalma lá a pipoca. Como a minha humilde e sexy pessoa-cão estava a dizer-te, esse meu amigo encontrou à pouco tempo um ninja bastante sábio que lhe ensionou a dominar o doton. - Fez uma cara incrédula quase não visivel na escuridão da noite. - Imagina lá tu, um cão a fazer jutsus Doton. Eu disse logo que também queria mas ele recusou e tal e assim, e eu pensei cá para a minha causa jeitosa. “Tsibo, bem gostoso eu, se ele ensinou um cão a dominar um elemento também há-de ser ajuda a um rapaz que quer dominar o seu elemento”. Básicamente é isto.
– Ok estou a perceber. Sabes o paradeiro do teu amigo? - Perguntei indo ao cerne da questão.
– Sim sei. Ele até me deve um favor por isso. – Acrescentou ele.
– Parece-me bem. - Lembrei-me do sonho. - Não contes nada à Azula sobre isto.
– Entendido. Boa noite.
Assunto: Episódio 1 | Acto 2: “Pesadelo” 
Dom 2 Nov 2014 - 14:31
E tambem concordo com eles, o cão parece um bocado "off" do resto, mas tu sabes mais do que o que estás a escrever do que eu, logo tu saberás o que estas a fazer :p
