“Grávida? Estás Grávida?!” gritava alguém de dentro da sala da Shihankai. “Oss! Não sei como aconteceu Sensei! Juro!” respondeu uma mulher. “A vila foi invadida, tudo destruído e tu? Tu deitada com um qualquer da Karasuemo! Era suposto estares infiltrata e passares-nos informações!” continuava o Sensei.
“Filha…” Gaguejava o líder do clã Kuran, “os teus deveres como ANBU acabam aqui, os teus deveres como Samurai acabam aqui. A partir de agora passas a ser só mais uma mulher neste clã”. “Mas!” gritou a jovem rapariga, “Não pode! Não pai!”.
“Pode sim! E irá ser assim. Assim que Iwagakure estiver limpa voltaremos e tu serás desonrada. A tua filha viverá e será uma de nós!” Ordenou o Sensei Ichigo sem pestanejar. Nem o simples facto de esta ser de facto sua filha o fez demover a sua decisão. O código de honra de um samurai é simples, traição ou semelhante é a sentença de morte.
Os meses passaram, a barriga crescendo e os olhares das outras mulheres para aquela eram de uma raiva e repulsa enorme. A jovem tentava esconder a sua marca, a tatuagem pelo qual ela tanto lutara mas o negrume dela nunca ficava totalmente apagada. Os Samurais e Anbus quando a viam mudavam de lado na estrada ou simplesmente desapareciam numa nuvem de pó. A jovem foi proibida de revelar quem fora o pai da criança até porque morreu numa das últimas caçadas da ANBU.
Naquele dia a jovem levantou-se a custo da sua cama, os lençóis molhados e ela sabia que haveria chegado a sua hora... O tempo estava tenebroso com uma poeira imensa no ar o que dificultava a visão. O parto, esse, não fora nada demais, o pior viria na semana seguinte e a jovem sabia-o.
“Estamos aqui!” dizia o Sensei Ichigo com o seu kimono branco vestido. “Estamos aqui porque esta jovem Samurai vem até nós confessar a sua traição!”. A jovem rapariga encontrava-se de pé em frente ao sensei com a sua armadura de samurai vestida, mais reluzente que nunca o sol brilhava e encandeava todos os outros samurais que se encontravam ajoelhados a assistir a cerimónia. “Samurai! Confessa os teus crimes!” gritou o Sensei.
“Eu confesso! Desonrei o nosso clã envolvendo-me com o inimigo muito mais do que como Samurai e do que a minha missão o previra e por isso venho até vós. Confessado o meu crime posso libertar a minha alma” dissera a rapariga, ao que segundos depois agarrando um punhal gritou “HARAKIRI!”.
A jovem Samurai jazia agora morta no chão com o punhal ainda enfiado no abdómen, rapidamente dois Samurais a tiraram do chão e a levaram para a sepultura que já a esperava.
“E agora, perante todos apresento a criança nascida e que será criada sob as nossas tradições e disciplina. A única criança do clã, Miki Kuran. A lua nova que nasce para honrar o nosso clã e mostrar que não são os erros do passado que fazem a nossa história!” anuncia Ichigo segurando a neta recém nascida.
*UPS VOLTEI PARA VOS ATORMENTAR*