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[Filler 69] Dor e Sofrimento, Destinos Cruzados. EJWNGUN
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[Filler 69] Dor e Sofrimento, Destinos Cruzados. EJWNGUN


E o ciclo da vida repete-se! As pacíficas vilas voltam a unir-se para combater um mal em comum. Vem conhecer o melhor e mais antigo role play de Naruto, totalmente em português.
 
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 [Filler 69] Dor e Sofrimento, Destinos Cruzados.

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Ozzymandias

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Ozzymandias

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MensagemAssunto: [Filler 69] Dor e Sofrimento, Destinos Cruzados.   [Filler 69] Dor e Sofrimento, Destinos Cruzados. Icon_minitimeTer 27 Out 2015 - 20:34


A ausência de acabamento nas paredes deixava exposto o lateral de imensos blocos de pedra que cercavam o porão, onde o musgo crescia abundantemente na intersecção dos pedregulhos empilhados, o que só contribuía para a aparência opressora do lugar. Pendurados em ganchos de metal enferrujado, várias correntes e ferramentas bizarras tilintavam por causa da leve brisa que atravessava com dificuldade as frestas na parede externa, donde a fraca luz solar trazia o ruído longínquo do mar que se chocava com os grandes rochedos alguns metros abaixo, na praia. Tossindo com certa fraqueza, um maltrapilho estava preso a uma maca de alumínio no centro do cômodo. Braços e pernas arroxeadas por causa das centenas de filetes de sangue seco, ele estava aprisionado por algemas enferrujadas e que por causa do tempo, sua ferrugem transformaram suas bordas irregulares em pequenos estiletes que feriam a pele a cada movimento brusco. A vítima estava imunda. Quase não se podia ver seu rosto por detrás da barba gigante que, antes grisalha, agora estava encardida e cheia de carrapatos que caíam sobre seus trapos e deslizavam até o chão para digerir o sangue sorvido. Respiração fraca, Nero podia sentir sua vida se esvaindo. Desde que fora surpreendido e traído por seu filho, há dois meses, sua vida sofreu uma grande derrocada inesperada. Antes um chefão poderoso, agora era apenas um trapo humano, que só era mantido vivo até que revelasse seu maior segredo... O Selo Amaldiçoado. Ele queria chorar. Uma mistura de raiva e decepção tomou conta de seu corpo, mas logo suas pernas tremeram de pavor. Num movimento lento, a tranca do pesado portão deslizou lateralmente num rangido ameaçador.

- Bom dia, mestre Nero. Muito disposto hoje? - Ironizou a figura, terminando de abrir a porta. Ele tinha o corpo franzino e pouco se podia ver dele através da imensa capa de chuva preta que cobria seu corpo, deixando à mostra apenas suas sandálias de viagem. Com o rosto coberto por uma echarpe branca, a figura trazia um grande chapéu de palha que lhe garantia sombra em todas as direções. Levando uma bandeja com uma pequena vasilha com água e pão embolorado, ele caminhou para dentro do recinto e depositou o objeto em cima de uma pequena bancada de metal, onde embebeu uma esponja na água da vasilha para levá-la à boca do prisioneiro. O coração de Nero estava disparado. Ele sabia muito bem o que viria depois daquele falso ato de bondade, mas não tinha como evitar o instinto de sobrevivência. Precisava sobreviver. Nesse momento seus lábios se moveram, tentando alcançar a esponja que sadicamente era puxada para fora de seu alcance, deixando apenas que algumas gotas pudessem saciá-lo. - Ainda temos muito que conversar. - Sussurrou o carcereiro, abandonando a bandeja por um momento enquanto escolhia a ferramenta para a próxima tortura. Aquele homem se mostrou muito mais resistente do que ele esperava. E apesar de não conhecer a história de seu passado, o estranho ficava admirado pela tamanha força de vontade que guiava Nero. Por algum motivo, aquele mafioso não entregou seu maior segredo. Mas até quando. Até quando ele suportaria todo castigo que as ferramentas lhe causavam. O carcereiro sorriu por detrás da echarpe. Isso aqui servirá. - Pensou ao buscar um espeto serrilhado que balançava preso à parede.

- Muito bem, perguntarei novamente. - Comentou ao aproximar o espeto na abertura da última unha que havia arrancado. - Diga-me... Qual é a fórmula do Selo - Concluiu, estocando o ferimento aberto na mão esquerda de Nero. O homem urrou de dor e se debateu em agonia... Insuportável. O clamor de seu corpo para se livrar das amarras de metal enferrujado só rasgava sua pele que, já carcomida pela excessiva força, já abria espaço para os ossos numa mistura de cores fúnebres. Mas, o dia estava apenas começando e mais uma vez, Nero se recusou a falar. O homem não quis transparecer, mas em seu interior ele estava fervilhando de ódio. Seria simples matá-lo. Um pequeno corte em uma das artérias seria o suficiente. Mas não... Se o matasse, o segredo morreria com ele. Todo seu trabalho como colecionador de jutsus estaria fadado para sempre. Certamente aquela falha o perseguiria pela sua eternidade. Mas não. Ele falará. Voltando seu rosto para a parede de ferramentas, o carcereiro esticou as mãos e da ponta dos dedos algumas linhas de chakra alcançaram outro instrumento de tortura, controlando-o com grande sutileza para trazê-lo até as mãos do estranho. O objeto tinha forma de ferrão, com uma ponta oca já enegrecida pelo sangue ressequido. Nero ofegava e seus olhos com pupilas dilatadas pelo medo, tentavam adivinhar qual seria o próximo instrumento de dor como se quisesse se preparar antecipadamente. Não adiantava. Com o corpo já enfraquecido, Nero tentou resistir ao puxão em seu dedo, esticando-o para ser tomado pela ferramenta que num movimento brusco quebrou seu dedo em duas partes.

- ONDE ESTÁ A FÓRMULA?! - Inquietou-se, sob os gritos de dor da vítima.


***


No mesmo momento... Três andares acima...


A mesa estava posta de forma elegante na varanda da mansão. Sucos e frutas de lugares longínquos adornavam a mesa junto com uma bela quantidade de pães de diferentes formatos. Manteiga, geleia de morango, tudo o que se podia imaginar que a realeza obtinha durante o café-da-manhã, Lian possuía. Mesmo estando à beira do deserto, os tributos sobre a "proteção" que sua organização fornecia era mais do que suficiente para custear todo mimo que segundo o mesmo, ele merecia. - Senhor, a mesa está posta. - Avisou o criado, juntando as mãos sobre as coxas numa respeitável reverência. O homem sorriu. De longe aquele garoto magrinho de cabelos pretos e olhos claros lembrava que já fora ingênuo e correto. Fechando a escrivaninha coberta de cartas de seus informantes, ele se levantou com certa preguiça, tremendo um pouco pela fria brisa da manhã que teimava em balançar suas cortinas vermelhas. - Onde está Yuka? - Perguntou ao criado, quando ouviu a porta corrediça arrastar-se para o lado revelando quem ele procurava. Seus olhos tristes destoavam de sua estatura belíssima. A mulher parecia ter perdido aquele brilho apaixonado do tempo que era noviça. Mas aquilo era passado. Desde o incêndio cruel do orfanato e da morte de seu amado, Yuka vivia uma vida de escravidão. Sujeita aos caprichos perversos do carcereiro, obrigando-a a vestir-se com uma túnica que lhe cobria a maior parte de seu corpo e rosto. Com uma burca negra, a mulher sequer cumprimentou Lian e caminhou até à mesa, sentando-se silenciosamente. Só então abriu o véu, revelando seu rosto com alguns resquícios de hematomas das sucessivas surras que levava. Daisuke lhe fazia falta.

Seu coração partido pela morte do amado. Lian fizera questão de dizer-lhe como matara o rapaz. Paralisei-o com o veneno de vespa e o joguei no mar. – Dizia ele sempre que tinham uma discussão. Levando comida à boca, Yuka olhava para o horizonte através da varanda. Seus olhos desejavam liberdade, mas logo as imagens do orfanato em chamas lhe fez soluçar. As crianças não mereciam isso. Aquele ato de crueldade deveria ser reparado. Ela tinha fé. Mas até agora, a fé não lhe protegia dos abusos do homem que a procurava todas as noites. Essas lembranças lhe traziam fortes náuseas, mas que com o tempo ela conseguiu controlar a ânsia. Ou isso, ou apanharia por deixar Lian sozinho à mesa. – Hoje à noite visitarei a construção. Quero ver se os trabalhadores estão fazendo corpo mole. – Comentou Lian, tentando quebrar o silêncio fúnebre que se instalou na mesa. A mulher demorou a responder, mas quando o viu perder o bom-humor, respondeu acenando positivamente sem encará-lo. – Sim. – Sussurrou ainda de cabeça baixa, não conseguindo impedir que uma lágrima gotejasse a fina toalha de mesa. Vendo que sua concubina aprendera finalmente a respeitá-lo, Lian se levantou bruscamente, fazendo-a tremer de pavor. Com passos lentos, ele buscou seu guardanapo de tecido e o estendeu num ato caridoso esperando acalmá-la, mas a mulher não se moveu. – Pegue isso e limpe o rosto! – Comandou. A mulher não se moveu. Suas pernas tremiam, mas Yuka não mais conseguia suportar aquela situação. – Desgraçada! – Gritou, puxando-a por cima da mesa sob os grunhidos de protesto da mulher. Jogando-a no chão, Lian levantou a mão para dar-lhe uma tapa quando alguém o interrompeu.

- Mestre Lian... Estamos sob ataque! – Avisou um dos seus seguranças particulares, adentrando rapidamente no cômodo.

- Onde está o estranho? – Perguntou, interrompendo o espancamento para prestar atenção na notícia.

- Os bonecos já começaram o combate. – Respondeu.

- Muito bem. Preparem os homens. Saio em alguns minutos. – Comandou, aprumando-se como se esquecesse da mulher que já estava aos prantos no chão.


CONTINUA...
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MensagemAssunto: Re: [Filler 69] Dor e Sofrimento, Destinos Cruzados.   [Filler 69] Dor e Sofrimento, Destinos Cruzados. Icon_minitimeQui 29 Out 2015 - 23:13

Credo... depois de ler o primeiro parágrafo sinto que levei um moche de descrição xd
Mas isso é bom, e já que é um filler de tortura ajuda o leitor a sentir o mesmo que os personagens :d


Agora a sério, excelente filler muito bem descrito, por partes juro que até senti a dor só de ler. Depois veio aquele contraste situado numa localização próxima... imaginei até a "câmera" a subir os três andares :d

Keep it up!
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