...Há 4 anos atrás...Um grupo de ninjas mascarados movimentava-se na escuridão de uma floresta, no norte do país do vento.
- Mina! Yamero! - A ordem do líder foi explícita, apesar de quase sussurrada.
Os cinco imitaram-no abandonando a deslocação sobre as árvores para se resguardarem sub a sombra das mesmas.
- Kazuma-taichou, "algum problema"!? - Perguntou um deles, com a voz grossa abafada pela máscara com quatro símbolos idênticos a um "til" (~).
- Não... Mas estamos perto de um riacho. - Fez um selo. - É um bom local para repousarmos e disfarçarmos a nossa presença... Kirigakure no Jutsu! - Uma névoa espalhou-se por toda a área.
- Eles não devem estar longe... - Comentou uma voz feminina. - Têm deixado um desleixado rasto de vandalismo nesta direção...
- Não há dúvidas Rei. - Falavra outro dos mascarados. - Mas não seria melhor informar agora a ANBU de Suna e deixar isto ao seu encargo? Afinal, estamos em território do vento, podemos arranjar problemas se formos encontrados aqui.
- Este é um problema de Kiri! - Momochi Kazuma, imperativo. - Além disso, esse deveria ser precisamente o plano do "Kurotsuki Ninken". Fugir do país e fugir à ANBU de Kiri. - Breve pausa. - Kattomy Rei, Samba, verifiquem a periferia e assegurem-se que podemos dormir sossegados. Amanhã retomaremos as buscas.
- Hai! - As duas em uníssono.
~
O sol erguia-se pouco acima das árvores...
- Zümu [+] "de" 16x (Zoom [+] "in") - ... - Masaka... - Najime Ikuza sorriu. Tinha um olho fechado e usava o esquerdo para o Zoom. - [+] "de" 24x! - Do cimo de um ramo de uma velha árvore situada numa encosta inclinada, avistou um grupo shinobi caminhando num velho caminho de agricultores. Conseguia ver nitidamente o risco que atravessava o símbolo de Kiri nas suas testas. - Encontrei-os! O grupo de cobardes que anda a saquear aldeias desde Kirigakure! E... - Observou o shinobi de roupas cinzentas. - Lá está Aoshi, o descendente Tarotomi. - Lambeu os próprios lábios enquanto o examinou de cima-abaixo.
- Spoiler:
Descrição física: Cabelo cinzento "à tijela" e olhos azuis. Usava t-shirt e calções cinzentos com letras e símbolos azuis. Tinha pulseiras azuis e um colar de esferas também azul. Descrição psicológica: Rebelde, orgulhoso, desrespeitador, extrovertido. Cria influência e gosta de dar nas vistas.
Uma forte corrente de vento agitou as árvores e quase o derrubou. - Shibatta!!! - O seu Zoom fazia-o sentir como se estivesse a um palmo do solo. - Zumo "auto"! "Auto"! - Apressou-se a reduzir. Desceu depois da árvore... - Tenho que os perseguir!
O caminho ia dar a um vale escondido por entre várias montanhas conhecidas como "Montanhas Ventosas".
~
Os habitantes da aldeia do vale ventoso tinham-se levantado bem cedo para dar início às suas habituais tarefas diárias.
- Senshou! - Chamou Himura Sauto, seu pai, fazendo-o estremecer. - Larga a porcaria dos livros! Precisamos da tua ajuda no campo.
- Ha... Ha... Já vou... - Arrumou os livros no canto da sua rústica mesa de madeira e pulou saindo a correr pela porta onde estava seu pai.
- Tenham cuidado! - Kagero, enquanto dava o milho às galinhas, olhou mais para o seu filho.
Sauto resmungou, preocupado com esse "sexto-sentido" feminino que bem conhecia na sua mulher.
- Ikuzo, Senshou.
Senshou correu em direção aos campos onde já estavam outros lavradores da aldeia. Tentava imitar por gestos os ninjas que lia nos livros, o que deixava o pai irritado. Na verdade Sauto temia o futuro, pois sabia que um dia o seu filho iria abandonar a aldeia para se tornar num shinobi de Suna.
Os primeiros raios de sol foram surgindo por cima do cume da montanha e Senshou, após cumprimentar outros aldeões, agarrou no arado e empurrou-o campo fora.
- O teu filho está empolgado hoje! Sauto fez um riso enquanto o via trabalhar.
- Eu também! Hora de semear os legumes!
A meio da manhã, todos foram fazendo uma pequena pausa para a merenda.
Himura Kagero trouxe-lhes um cesto com pãezinhos acabados de fazer. Sauto e Senshou devoraram-nos com entusiasmo!
- Nee-san! - Falou o irmão mais velho de Sauto. - A aldeia está a ficar sem "stock" de arroz no armazém.
- Hmmm... Tenho que ir à aldeia vizinha e trocar o nosso vinho por mais alguns sacos. - Virou-se para o filho que acabava de engolir um pedaço de pão. - Vai buscar o carro!
Senshou deu um pulo.
- Hoje vou à aldeia vizinha!?
- Vamos. É preciso arroz.
Senshou foi a correr buscar um carrinho de madeira que era usado para transportar alimentos e outras cargas.
- Quem vem lá? - Kagero viu um grupo de indíviduos descendo pelo caminho de terra em direção à aldeia.
- Shinobi! - Resmungou Sauto. Levantou-se e foi até ao caminho de terra.
Outros aldeões também o fizeram, fosse por preocupação ou curiosidade.
O grupo de estranhos ninjas aproximou-se...
- Ohayou! - Saudou o que vinha à frente, de braços abertos. Tinha cabelo cinzento e olhos azuis. - O que têm vocês aqui para nos oferecer!? - Os outros atrás dele riram-se em forma de troça.
- Quem sois vós, shinobi? O que querem da nossa aldeia?
- Hmmm... Deixa ver... Vinho, comida... mais... Preciosidades, por exemplo.
- O que significa isto!? - Sauto e os aldeões estavam confusos, pois, apesar da última grande guerra, associavam shinobis a pessoas treinadas de Sunagakure, prontas a defender a vila e o país. Eram um pouco incultos e pouco ou nada sabiam além disso.
- ...Ah! - Senshou surgiu do nada a correr a alta velocidade. - Deixem-nos em paz! - Travou-se em frente ao seu pai, ficando de braços abertos envolto na poeira resultante da derrapagem. Estava ofegante... - Eles não são dos nossos pai! - Viu o símbolo de Kiri, um dos cinco que estava na capa de um dos seus livros. - Além disso, são criminosos! - Viu o rasgo horizontal na placa da vila.
- Ora, ora! O rapazinho sabe umas coisas!
Himura Sauto ficou alarmado e fez um gesto com a mão. Os aldeões atrás dele apressaram-se a alertar as mulheres e crianças para que se escondessem.
- Deixem-nos! Já disse! - Gritou Senshou.
- E o que vais tu fazer rapazinho!? - O shinobi de cabelo fino pelas orelhas inclunou-se para a frente com as mãos na cintura.
- Vou dar cabo de ti! - E imitou um selo shinobi. - Cobra!
- Huh!? - Aoshi deu um passo atrás receoso que o rapaz fosse relmente capaz de realizar um jutsu Doton.
«Omoshiroi...» Um sorriso branco rasgando a escuridão da sombra criada pelos ramos e folhas de árvore. «É melhor preparar-me para intervir...»
Ao fim de alguns segundos... Nada aconteceu!
Os nukenins de Kiri riram-se perdidamente e Senshou ficou envergonhado, furioso e triste ao mesmo tempo. Sauto puxou o seu filho para trás.
- Acabou a brincadeira! - Aoshi limpou as lágrimas de riso. - Vamos roubar estes infelizes!
O grupo deu o seu aval numa concordância em forma de grito de guerra.
(Continua...)- - - - -
...e decidi antecipar a 1a parte da "minha OVA" que vai revelar todos os subtis mistérios criados nos 3 primeiros Fillers. Alguns provavelmente a irão achar mais interessante que os próprios fillers...