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Episódio 11 - Chapter XI [Treino] MattuKamu EJWNGUN
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Episódio 11 - Chapter XI [Treino] MattuKamu EJWNGUN


E o ciclo da vida repete-se! As pacíficas vilas voltam a unir-se para combater um mal em comum. Vem conhecer o melhor e mais antigo role play de Naruto, totalmente em português.
 
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 Episódio 11 - Chapter XI [Treino] MattuKamu

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Stara

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MensagemAssunto: Episódio 11 - Chapter XI [Treino] MattuKamu   Episódio 11 - Chapter XI [Treino] MattuKamu Icon_minitimeQua 25 maio 2016 - 3:48

Este treino é em resposta à este: http://www.narutoportugalrpg.com/t15655-h-s-ch-ep-x-10-v-n1

Spoiler:

.

- Vamos, Ikuza-sensei, por quê esse mistério todo sobre o nosso próximo adversário? - persistia Senshou.

- Nunca que lhes conto! A melhor parte vai ser ver a caras de vocês quando virem com o que terão de lidar.

O grupo de shinobis embrenhava por ruas sujas e escuras, adentrando um recanto marginal de Suna. Kamus e Senshou discutiam ferrenhamente com Ikuza sobre quem seria o próximo oponente que eles desafiariam para entrar na NISO quando o jounin travou diante duma construção caindo aos pedaços.

- É aqui? - estranhou Kamus.

Ikuza respondeu entrando no lugar. A porta rangeu, fazendo um eco reboar tão alto no interior que o som se espalhou pela viela. Ao entrarem, se deram conta de que o lugar era praticamente um galpão abandonado, com diversas pequenas salas formando um corredor labiríntico. Deram alguns passos no silencio até que ouviram o barulho ralo de um chiado.

- Sejam cuidadosos dessa vez, garotos - Ikuza precaviu-os num sussurro. - Ele é boa pessoa e tem grande potencial, mas é um tanto... confuso. Espero que vocês possam influenciá-lo.

Senshou sorriu e proclamou um forte "Yoooshi" em concordância. Kamus se pôs num estado de alerta, um tanto ansioso. Fossem só as palavras misteriosas de Ikuza talvez a ocasião não o atingisse tanto, mas a atmosfera daquele local aprofundava vertiginosamente a tensão. Olhou para Senshou, mas a valentia do garoto parecia mantê-lo seguro de si.

Tinham dado alguns poucos passos quando uma leve suspeita formou-se nos pensamentos do jovem Hyuuga. Preocupado com a luta em si, acabou não reparando que aquele cenário era demasiado propício, quase intencional, para deixar os garotos nervosos e desprevenidos à um ataque surpresa. Além de ser forçosamente distinto de todos os outros lugares a que o jounnin os havia levado. Era um plano de Ikuza? Olhou de esguelha para o homem e encontrou um leve sorriso em sua face. Não era exatamente uma grande prova, já que Ikuza sempre tinha satisfação em ver os garotos lutarem, mas Kamus não deixou de ter suas suspeitas elevadas.

- Kamus, não é melhor ativar seu Byakugan para o encontrarmos de uma vez? - perguntou Senshou repentinamente.

A pergunta lhe soou absurdamente abrupta. O chiado que ouviram ao entrar no galpão já havia se tornado inteligível, revelando-se o som de um rádio. Aquilo, de outro modo, queria dizer que eles já estavam próximos do seu pretenso alvo e não havia exatamente grande necessidade de usar o doujutsu. Unida à sua desconfiança inicial, Kamus se pôs realmente confuso. O que raios está acontecendo aqui?, perguntou-se. Se há algo aqui que o Byakugan pode revelar, não posso me entregar de graça.

- Que frescura, Senshou! Está com medo de ser pego desprevenido? - Foram as palavras que lhe vieram à boca, a expressão excessivamente teatral. - Você sabe que gosto de desafiar minhas percepções... e afinal, por quê alguém nos atacaria repentinamente? Antes de tudo, viemos aqui para conversar, não é Ikuza-sensei? - no segundo rompante de palavras, mais recomposto, Kamus formulou o que achou ser o ideal. Senshou pareceu ficar um tanto emburrado.

Por um momento, o konohanin pensou mesmo que estava sendo ridiculamente desconfiado. Ikuza não tinha motivo nenhum para armar uma emboscada nesse nível dos acontecimentos... ou tinha? Não sei.

Como esperava, não demorou muito para que, ao virarem num corredor, vissem, ao fundo da saleta, deitado num sofá emporcalhado e caindo aos pedaços, com um pequeno rádio pendurado próximo à cabeça, um homem de pele negra dormindo.

- Ei! Acorde! - proferiu Senshou à distância. Havia um ânimo efervescente no seu tom.

Era sua chance de colocar a desconfiança à prova sem ser percebido. Kamus não hesitou: avançou numa caminhada decidida na direção do sofá; com as mãos mantidas forçosamente abaixadas para não suscitar desconfiança nos outros, ele usou toda sua habilidade para fazer chakra fluir aos seus olhos e ativar o Byakugan. Desacostumado a fazê-lo sem o auxílio de selos, demorou bem mais que de costume.

Quando por fim o chakra acometeu ao seu sistema ocular, potencializando visão e percepção, várias coisas se esclareceram ao mesmo tempo. Com o corpo estático, tentou remontar todos passos do seu dia para entender de que forma aquilo acontecera, mas não teve tempo.

- O que foi, Kamus? - perguntou Senshou às suas costas.

Desativou o Byakugan num reflexo. Tremendo um pouco de nervosismo, as ideias girando na cabeça com as milhares de formas de reação possíveis, Kamus deixou-se cair agachado ao lado do sofá. Tocou de leve no pulso do homem deitado.

- Ele.. - gaguejou. Oh meu deus, eu vou mesmo fazer isso... - Ele está morto.

Senshou e Ikuza arregalaram os olhos simultaneamente.

- Não, espera, isso não faz o menor sentido - disse Senshou se aproximando, a testa toda enrugada.

Enquanto o sunanin se abaixava para verificar o pulso do homem ao sofá, Kamus levantou-se num rompante e rapidamente se colocou a uma distância adequada. Atrás do colega de equipe, realizou discretamente uma série de selos, os dedos movendo-se com agilidade. Contornando por completo seu antebraço direito, uma grande concentração de chakra começou a reunir-se.

- Ué, ele está vivíssimo si - no prazo de virar-se para olhar Kamus, Senshou viu no último instante o chakra do konohanin terminar de se transformar numa carga de Raiton. - Filho duma - o potente raio descarregou-se sobre ele antes que pudesse concluir, lançando-o com força sobre o sofá.

A eletricidade, conduzida a partir do corpo de Senshou, trespassou com intensidade ao homem deitado no sofá, fazendo-o desaparecer numa leve explosão de fumaça - era um Kage Bunshin.

Ikuza, observando à distância com um largo sorriso, bateu quatro palminhas.

- Preciso te derrotar também? - perguntou Kamus estressado.

- Não se aborreça, pequeno - sorriu, divertindo-se com a cena. - Eu precisava ver o desempenho de vocês nesse tipo de teste. Agora, sem delongas, vá se unir ao seu parceiro, ele não está longe daqui.

- Eu vi - confirmou Kamus, relembrando-se de, ao ativar o doujutsu, ter visto o verdadeiro Senshou na rua atrás do galpão. Lá, com ele, estavam o verdadeiro Ikuza e outra pessoa disfarçada de Kamus. - São dois os nossos adversários dessa vez? Este aqui ainda está bem acordado.

- Sim sim - apressou-o. - Vá antes que ele se recobre; juntos, você e Senshou possuem mais chances de vencê-los.

- Mas como essa inversão aconteceu?

- Isso fica pra depois. Vá.

Kamus assentiu, embora com um tanto de receio de estar sendo enganado novamente. Mas tentou não se preocupar tanto, vira tudo com seu Byakugan e, além do mais, achava mesmo que, formando conjunto com Senshou, combinando ataques e estratégias, a probabilidade de vencer dois adversários era bem maior. Armou seu corpo e, usando o Shunshin, controlou o chakra para que ele o lançasse em grande rapidez na direção da saída e, numa corrida veloz, as pernas reconduziram-o para fora do galpão. Ali, mal parando para ver se estava sendo seguido, moldou o chakra para que ele assumisse a fixidez do Kinobiri e, subindo pelas parede e ao longo do telhado, saltou na rua traseira rumo ao seu parceiro.


...


- Ikuza-sensei, tem algo muito errado com Kamus! Olhe só como ele anda, como ele fala! - exclamou por fim Senshou. - Antes eu pensei que ele só estava sonso, mas acho que ele foi substituído. Desde que saímos do restaurante ele age estranho assim, tenho certeza! Será que um ladrão matou-o no banheiro e esperaria uma oportunidade para nos assaltar? 0.0"

Na outra rua, a cena invertida se desenrolava, mas o disfarce do adversário de nada adiantou por sua falta de postura teatral, de molejo. Andava de modo forçado, pretendendo imitar alguém que mal conhecia, falava com sotaque esgarranchado e nunca sabia lidar com nenhum assunto proposto com naturalidade. Antes mesmo que pudessem entrar no galpão, onde supostamente encontrariam o adversário, Senshou revoltou-se.

Ikuza suspirou, pensando em admitir tudo - a performance do outro não convencia nem uma pedra -, quando o verdadeiro Kamus surgiu saltando do telhado do galpão às suas costas. Senshou olhou-o assustado.

- É uma armação, Senshou - avisou Kamus de uma vez.

- Então quem é este aqui? - perguntou por fim o sunanin, depois de se recompor do susto, apontando ao Kamus de quem ele já desconfiava.

- Um dos nossos adversários - respondeu. - Para verificar é fácil, peça para ele ativar o Byakugan.

Senshou olhou para o outro, inquisitório. Todo atrapalhado, o falso Kamus começou a balançar a cabeça em negação, sem saber como reagir. Senshou voltou-se para o Hyuuga original. Este olhava-o com um sorrisinho divertido, a mão direita armada frente a sua face com o selo da cobra. As veias sobressaltaram-se, os alvos olhos do garoto ganharam os traços mais incisivos do Byakugan ativado.

- Bom, agora acho que as coisas se elucidaram. - Senshou também sorria.

Puxou a tanto. Numa virada veloz, Senshou impulsionou-se na direção do falso Hyuuga. No ar, usou o Sunshin, o controle do chakra lançando-o como vulto para surgir repentinamente às costas do oponente disfarçado. A mão com a lâmina subiu num ágil movimento diagonal. O adversário desviou num simples movimento de lado e em seguida foi abruptamente sugado para debaixo da terra.

- Sai daí, Senshou, ele é usuário de doton - gritou Kamus.

Ele correu e uniu-se à Kamus. No mesmo instante, do telhado de onde o konohanin havia vindo, um homem muito magro, de pele escura, saltou, pousando à frente dos garotos. Kamus reconheceu-o no mesmo instante: era a mesma aparência do homem que ele tinha visto no sofá, o Bunshin usado como isca para o garoto ser pego num ataque desprevenido.

- Foi este cara a disfarçar-se de mim? - intuiu Senshou, perguntando a Kamus.

- Sim, mas pelo que percebi a performance teatral desse farsante é bem mais convincente do que do outro - avisou. - Se não fosse por alguns meros detalhes, eu nunca teria desconfiado.

- Garotinho inoportuno... - cuspiu o homem. Respirou fundo, acalmando-se, e então um sorriso extremamente malicioso se desdobrou dos seus lábios. - Foi seu sensei quem nos instruiu a fazer esse showzinho para testá-los. Infelizmente meu irmão é imbecil demais para ludibriar alguém. Mas tanto faz, - deu de ombros, o sorriso fixo - a batalha mesmo começa agora.

- Irmão? - estranhou Senshou.

- Sim, somos gêmeos - confirmou com um novo sorrisinho. - Sou Kamu e o outro é Mattu... Depois vocês nos conhecerão melhor - o sorriso era horripilantemente expansivo.

- Kamus, cuidado com o outro! - alertou Senshou, lembrando-se que ele podia surgir da terra a qualquer instante.

- Acalme-se. Estou vigiando-o debaixo da terra - disse o Hyuuga, como se estivesse a observar algo que apenas ele pudesse ver. Com o corpo estático, os olhos vidrados na visão dispersada do doujutsu, as mãos de Kamus começaram a ser envolvidas por uma delicada camada de chakra. - Senshou, pula! - gritou.

O sunanin não hesitou e deu um ágil salto lateral. Kamus armou seu próprio corpo e então desdobrou-o num rápido movimento, o braço direito estirando-se para acertar uma palmada de Shukūken no lugar onde outrora estiveram os pés de Senshou. Quando sua mão ia tocar na terra, um braço emergiu subitamente numa tentativa de agarrar. Kamus deu apenas uma palmada, exatamente na região do pulso, e então uma estranha sensação tomou seu corpo. A visão turvou-se, sentiu vertigem. Ficou parado na posição do ataque por alguns segundos. Quando por fim levantou-se, a respiração como que congestionada, levou um dos maiores sustos de sua vida.

- Buh! - disse com uma risadinha fina a cabeça do seu adversário, saída do próprio ombro do Hyuuga.

- Mas que porra é... - os olhos do garoto estavam esbugalhados.

- 0.0""" Kamus, brotou uma cabeça de você! - gritou Senshou, espantado.

- Eu acho que já li sobre isso... - disse a voz fraca do gennin. Sentia um mal estar contínuo, que hora amenizava, hora lhe atacava com força.

Kamu, o outro adversário que estava a observar a cena à distância, tentou acertar Senshou com um rápido ataque surpresa, mas o sunanin estava precavido - com ágeis acrobacias, afastou-se habilmente do homem.

- Epa! Sei que tu fazes o mesmo que aquele outro - disse Senshou. Como o homem persistia, perseguindo-o incansavelmente, o garoto usou chakra para expandir sua inspiração e, com o peito estufado, usou o Daitoppa para cuspir uma potente rajada de ar que imobilizou os movimentos do oponente.

- Blaash, já nem importa muito, afinal - disse Kamu em desistência. Estava um tanto ofegante. - Meu irmão serve pelo menos para alguma coisa... Veja o estado do seu parceiro.

Ao virar seu olhar na direção de Kamus, Senshou viu o garoto com a pele empalidecida. Ele estava curvado sobre si, as mãos apoiandas nos joelhos. Às vezes seu corpo contorcia abruptamente, e o konohanin se punha a gemer e tossir. Uma ânsia inundava sua garganta, como se seu corpo estivesse tentando expulsar à força algo absolutamente nocivo que ele havia ingerido, mas era impossível.

- Eu estou destruindo as células do corpo do seu amigo pouco a pouco - disse Mattu, a cabeça emergida do ombro do Hyuuga. - Levará algum tempo, algumas horas talvez, mas cedo ou tarde ele morrerá.

- Desistam de uma vez! - expeliu Kamu -, é o que meu querido irmãozinho quis dizer.

Senshou olhava de Kamus a Kamu e o contrário, indeciso. No silêncio que se formou, o Hyuuga conseguiu formular uma ideia qualquer. Flechou a mão direita com força e afastou-a do seu corpo. Com o braço estendido à distância, voltou-se com ele num movimento rápido e potente direto contra o centro de sua barriga. Uma dor preencheu seu tronco, fazendo-o curvar-se e expelir bruscamente todo o oxigênio contido por seus pulmões. Viu o que queria: a cabeça de Mattu reagiu da mesma forma. Kamus sorriu, os lábios repuxados pela dor que a cada minuto parecia tomar-lhe o corpo com maior vigor.

- Senshou - murmurou -, não desista. Acabe com Kamu. Eu já sei o que fazer com este aqui - disse, apontando para a cabeça ao seu ombro enquanto levantava a sua própria cabeça para fitar o parceiro.

Confiando no que o companheiro disse, o sunanin não perdeu tempo - já havia percebido que sua resistência e velocidade eram superiores às de Kamu, que apesar do corpo alto e esguio, parecia ser pouco hábil e ter pouco vigor para uma luta real e duradoura. O gêmeo, percebendo a atitude de Senshou, pegou seis shurikens e, preparando para lançá-las, chamou pelo Fuuton: Reppūshō. Na forte rajada de vento formada, ele arremessou as pequenas armas cortantes.

Potencializadas pelo jutsu fuuton, as shurikens vieram como jatos na direção de Senshou. Sem tempo para um contra-ataque à altura, ele jogou-se rápido para o lado, desviando de um conjunto delas. Quando o vento o atingiu, ele reuniu sua força e se lançou num salto giratório entre duas das shurikens; o corpo encolhido evitou que fosse atingido diretamente, mas não pôde conter um corte profundo em seu ombro provocado pelo próprio vendo em torno da arma. Por fim, vulnerável e sem ponto onde se fixar, o vento o jogou na terra. Kamu aproveitou a posição vulnerável em que Senshou estava e correu em sua direção - se possuísse seu corpo, a luta estava acabada.

- Furemasu Bunshin no Jutsu - exclamou Senshou ainda caído no chão.

Dividindo seu chakra em partes, formou três clones que se puseram em confronto com Kamu. Levantou, recompondo-se - o sangue que escorria por seu braço não era nada desesperador. Colocou-se a correr, concentrando chakra para surgir velozmente num Shunshin alguns metros atrás do adversário. Ali, enquanto o gêmeo lidava com um último Furemasu Bunshin, Senshou aplicou na terra um forte soco potencializado por uma carga concentrada de chakra, a centímetros atrás dos pés do gêmeo. O terremoto que se formou pegou o homem desprevenido, e foi suficiente para fazê-lo cair com o peitoral contra o chão. Senshou levantou-se num rápido salto e puxou a tanto de sua bainha. Pairando ao lado dos braços caídos do oponente, ele pisou com força e velocidade numa das mãos, esperando que sua técnica de união corporal não funcionasse sobre solados de sapatos. Não apenas confirmou sua ideia, como também teve o que precisava pra concluir seu plano - num impulso causado pela dor, o homem levou a mão imaculada contra a outra ferida. O sunanin apenas cobriu-se de sangue frio e, com força, atravessou as duas mãos de Kamu com a lâmina da tanto, afundando-a por fim na terra. O homem gritou de dor, extasiado. Olhou furioso para o garoto.

Senshou foi duro. - Você ameaçou Kamus de morte, não pode reclamar de nada.


...


Apesar das incômodas dores que o deterioravam internamente, Kamus se sentiu bem assistindo à atitude do seu parceiro. Se Senshou vencesse Kamu - e o Hyuuga tinha esperança de que isso ocorresse -, a luta estaria praticamente acabada. A cabeça de Mattu, ao seu lado, ainda solfejava tentando se recuperar do soco que Kamus se auto impusera.

- O que tem em mente, garoto? - perguntou Mattu.

Kamus não se deu ao trabalho de responder. Já estava desgastado em demasia, apesar de mal ter iniciado qualquer tipo de luta, e tinha coisas importantes no que gastar os restos de energia de que dispunha. Inspirou profundamente, o Byakugan ativado. Nas mãos o chakra se concentrava em pulsões, formando simultaneamente várias camadas, reunindo o máximo que ele podia controlar ao mesmo tempo. Com exatos trinta e dois tenketsus do seu próprio corpo sob a mira do seu olhar - e tentando atingir ao máximo onde ele supunha poder causar mais efeitos sobre o homem que partilhava seu corpo - Kamus armou velozmente seus dois braços à sua frente, os dedos indicadores e médios em riste, e começou a infligir sobre si, em desferidas impossíveis de serem lidas por olhos comuns, o Hakke Sanjūni Shō.

Os dois primeiros pontos de chakra foram fechados em simultâneo - Ni Shou - obrigou-se a dizer, impulsionado pelo próprio medo de não conseguir concluir os ataques caso hesitasse um milésimo que fosse, as desferidas seguintes foram ainda mais velozes - You Shou - exclamou, com força, os ataques contínuos, frenéticos, o percurso ironicamente ultrapassando o número da perfeição - Hachi Shou - rosnou, a garganta arranhando, um prazer paradoxal, quase masoquista, em compartilhar a dor do parasita que se desvencilhava de si - Juroku Shou - o dobro, em êxtase, feito corpo em brasas atravessando nu o vale por onde a morte perde as sombras e o tato - Sanjuni Shou - mudez.

As duas sensações simultâneas, a de ver-se se separando do corpo parasitário de Mattu que, incapaz de domar o próprio chakra foi expelido em convulsão, e a de punir-se com a dor de bloquear seus próprios tenketsus, progressivamente gerando sensibilidades que nunca havia experimentado, deixaram o jovem Hyuuga num estado quase paranoico por alguns instantes, como se um veneno alucinógeno fosse injetado no seu corpo, e atravessando-o num ímpeto único, esvaiu-se todo no suor.

De joelhos no chão, ofegante, Kamus começou tentar a recompor-se o mais rápido que podia. Olhou para o lado, a visão turva recuperando os contornos das coisas a sua volta, e viu Mattu caído a não mais que um metro, o peito ondulando descontroladamente.

Estava conseguindo colocar-se de pé quando Senshou correu em seu auxilio. Envolveu seu braço no tronco do Hyuuga e ajudou-o a se afastar do inimigo.

- Ele ainda conseguirá lutar, Senshou - avisou Kamus ao sunanin.

De fato, Mattu já havia conseguido se levantar. Embora não tivesse um desempenho excelente, seu vigor ainda possibilitava que ele conseguisse correr. Mas ao invés de investir contra os garotos, ele direcionou-se para onde estava o irmão. Sem pedir permissão, arrancou-lhe um grito de dor ao retirar a tanto que prendia as mãos do outro no chão. Kamu se levantou e, num milésimo, sem que os garotos conseguissem distinguir como acontecera, os dois corpos se tornaram um só. O homem então ergueu as mãos, olhando-as com apreciação: o ferimento que as perfurara havia sumido por completo. Uma segunda cabeça idêntica emergiu ao lado da cabeça central e sorriu com deboche.

- Agora sim a batalha começa - pelo tom, Kamus percebeu claramente que era Kamu.

- Isso é um blefe - murmurou Kamus ao seu parceiro. Tinha reativado o Byakugan e observava o quanto o fluxo de chakra de Mattu e Kamu estava extremamente desgastado. - Não sei se sou de muita ajuda, mas...

- Relaxa - acalmou-o Senshou -, eu ainda tenho bastante energia.

- ... mas eu ajudarei com o que puder - continuou Kamus, um sorriso simpático ao seu parceiro de equipe.

Senshou assentiu levemente. Avançou novamente contra o adversário, agora um alvo único. Ensaiou uma tentativa de ataque frontal, mas desviou-se, provocando o adversário. Mattu, impaciente, executou logo uma sequencia de selos e lançou uma forte rajada de vento com chakra fuuton. Senshou, improvisando com o cenário, moveu-se num Shunshin para ficar atrás de um dos únicos postes de luz da rua. Quando Mattu começou a correr em sua direção, o sunanin meteu a mão na pequena pochete em sua cintura, encontrando lá o que pretendia. Encheu as mãos com punhados contados de shurikens e começou a lançá-las com destreza contra o oponente, que, com saltos e esquivas, evitou todas com facilidade. A poucos metros de Senshou, Mattu tentou realizar mais selos, a fim de usar um jutsu qualquer, mas viu-se repentinamente envolto numa emaranhada rede de linhas. Tentou arrebentá-las, mas era inútil - eram absurdamente resistentes. Kamus surgiu às costas deles num movimento veloz, seu último, e num chute com o resto de suas forças, aplicou-lhes um potente Konoha Shōfū que lançou-os com estrondo contra o poste de madeira. A harigane de Senshou terminou de laçá-los por completo.

Kamus jogou-se sentado no chão, o corpo dolorido, pesado e exausto. Senshou ofegava com estrondo, mas sua reserva de chakra ainda não estava inteiramente esgotada.

- É isso, pequenos, vocês foram excelentes - disse Ikuza, surgindo de repente. Ele havia tomado uma certa distância e assistido toda a batalha com cuidado, esperando que sua presença interferisse o mínimo possível no desempenho dos dois gennins.

Kamus olhou meio enfezado para o sensei, mas no fundo se sentia bastante agradecido por ter sido submetido a um tipo de teste um tanto quanto diferente. Senshou sorria - estava satisfeito com sua vitória numa primeira batalha em dupla.


ps: os emojis 0.0""" é um oferecimento Ghost, por isso só os usei no Senshou Wink


Última edição por Kamus em Qua 25 maio 2016 - 22:53, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : errinhos ortográficos, de concordância, etc.)
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MensagemAssunto: Re: Episódio 11 - Chapter XI [Treino] MattuKamu   Episódio 11 - Chapter XI [Treino] MattuKamu Icon_minitimeQua 25 maio 2016 - 15:02

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MensagemAssunto: Re: Episódio 11 - Chapter XI [Treino] MattuKamu   Episódio 11 - Chapter XI [Treino] MattuKamu Icon_minitimeQui 26 maio 2016 - 3:43

Avaliação de Hyuuga Kamus

Habilitações Ninja

Ninjutsu: 8,25 + 0,5 = 8,75
Taijutsu: 10,5 + 0,75 = 11,25
Kenjutsu: 3,25
Genjutsu: 0
Selos: 4,25 + 0,25 = 4,5
Trabalho de Equipa: 1,5 + 0,25 = 1,75

Habilitações Corporais

Força: 7 + 0,75 = 7,75
Agilidade: 9,75 + 0,75 = 10,5
Controlo de Chakra: 8,75 + 1 = 9,75
Raciocínio: 4,25 + 0,5 = 4,75
Constituição: 7,75 + 0,75 = 8,5

Total da Avaliação: 5,25 + 0,25 / 7 + 1 T.E.

Somatório: 65,25 + 5,5 = 70,75


***


Avaliação de Himura Senshou

Habilitações Ninja

Ninjutsu: 9,5 + 0,5 = 10
Taijutsu: 8,5 + 0,25 = 8,75
Kenjutsu: 7 + 0,75 = 7,75
Genjutsu: 4,5
Selos: 5
Trabalho de Equipa: 2,75 + 0,25 = 3

Habilitações Corporais

Força: 5,75 + 0,5 = 6,25
Agilidade: 13 + 0,5 = 13,5
Controlo de Chakra: 6,75 + 0,5 = 7,25
Raciocínio: 3,5 + 0,25 = 3,75
Constituição: 5,5 + 0,25 = 5,75

Total da Avaliação: 3,5 + 0,25 T.E. / 3,5 + 1 T.E.

Somatório: 70,5 + 3,75 = 74,25


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