Azura Inugami Vs Sueji Hozuki
Chovia naquela manhã pálida em kiri. E quando não chovia em kiri? Trabalhadores das hortas levantavam no primeiro raio de sol, tímidamente transposto entre as nuvens. Comerciantes organizavam sua mercadoria para mais um dia de batalha para trazer algumas moedas para casa. crianças eram acordadas com exemplar disciplina para suas rotinas de treinos diários na academia. E, claro, shinobis retornavam e partiam de suas missões altamente perigosas. Alguns iam sem saber se iriam voltar, outros retornavam aliviados por ter assegurado o ganho de sua família.
“E aqui estamos nós.” Falou a figura estática que observava taciturno seu destino. Um homem musculoso, alto, de cabelo azul e dentes pontiagudos. Ele era conhecido dentro da vila como um shinobi exemplar, um adversário poderoso e, mais ainda, um dos sete espadachins da névoa.
Em meio ao chiado preguiçoso da chuva matinal, os paços do segundo shinobi na cena ecoaram abafados, secos e cautelosos.
“Tudo está arranjado” Ele falou, fazendo-se ouvir primeiro em um sussurro, depois em uma voz grave e forte. “Eu venho reclamar o direito por essa espada e o seu lugar dentre os espadachins. Meu nome é Azura inugami.” Concluiu, parando a alguns metros do espadachim.
“Eu imaginei que fosse o caso quando Chojuro pediu para que eu viesse para o telhado deste velho prédio abandonado, nos arredores da aldeia.” O homem retirou a grande espada enfaixada das costas, pondo-a de pé ao seu lado. Ele olhou de cima a baixo, convencido de que o destino não pertencia a ninguém, e que ao fim do dia aquela espada poderia ou não estar em suas costas. Respirou profundamente, fechando os olhos.
“Vamos lá, espada maldita. Escolha o seu mestre” E voltou a olhar Azura, que esperava ao longe. “Meu nome.” e desenrolou todas as bandagens que envolviam a grotesca espada. “É Sueji Hozuki!.” Pôs-se em posição de batalha, com a guarda alta.”E você escolheu um péssimo dia para me desafiar. hahahahah! Hoje está chovendo!” Sorriu, estendendo a mão e chamando o adversário para ao combate.
“Eu li a sua ficha....” Azura balançou o corpo, preparando-se para se mover. “Eu escolhi este dia de propósito!”
Sua corrida foi como uma flecha cortando o ar. Passos leves tocavam o chão levantavam gotas das poças que se acumulavam no caminho. Se Sueji não fosse tão rápido, ou talvez mais, teria perdido num piscar de olhos. O espadachin girou o corpo, em um movimento em câmera lenta, e direcionou a gigantesca espada em um golpe fatal. Sua intenção era usar a velocidade do adversário contra si, em um impulso avançado.
Azura previra aquilo muito antes de acontecer, e já prepara um grupo de selos no caminho, com tamanha velocidade que os olhos mal podiam acompanhar. Num instante suas mãos assumiram um brilho azulado, deixando no ar um rastro de chakra e neon. Suas mãos bloquearam o ataque do Chuunin, apesar de seu corpo ter sido parado num movimento abrupto.
Imediatamente uma camada espessa de cristal azulado começou a espalhar-se a partir da mão de Azura, dominando a espada Samehada e cobrindo-a de Safira inquebrável.
“Não é possível!” O hozuki observava perplexo enquanto seu trunfo tornava-se cristal bem na sua frente. Seus olhos expressavam um misto de confusão e surpresa pelo adversário ter reagido a tempo.
Num milésimo de segundo, sua face passou do torpor momentâneo ao escárnio cínico. “HAHAHA” Ele gargalhou, puxando a arma para trás de si e balançando-a num segundo golpe.
Azura só teve tempo de materializar um bastão de Cristal, jogando seu chakra para as mãos. O golpe foi defendido com sucesso, mas não sem atingir o corpo do ruivo tão forte quanto um rinoceronte e quebrar todo o cristal que cobria a espada gigante Samehada. Como uma bala, ele foi lançado para os ares em uma subida de quase vinte metros. O shinobi via todo o cristal que envolvia a Samehada ser devorado pela mesma como se fosse papel.
“A Samehada é uma arma que adora comer chakra! Esse seu cristal criado com o seu chakra é um prato cheio pra ela!” Então prendeu a espada nas costas novamente, em uma sequência de selos. “Suiton! Suikodan no Jutsu!” Três tubarões de água se formaram a partir das gotas da chuva e das poças no chão, voando no ar e erguendo-se em direção ao ruivo numa velocidade incrível.
Azura mal teve tempo de respirar, uniu as mãos em selos ágeis e rapidamente anunciou seu movimento de resposta. “Shouton! Keshou Kyoudai Youkaku Shuriken!” E fez surgir em volta de si, cristalizando a água da chuva ao, quatro shurikens de 6 pontas. “Hai!” Ele gritou, lançando todas as Shurikens gigantes em pleno ar. As armas voaram nos céus como serras divinas, descendendo e partindo os tubarões ao meio.
“Droga!” Sueji esbravejou enquanto desviava dos projéteis gigantes, que foram lançados estrategicamente para pararem os tubarões e ameaçarem o espadachim. “Que tempo de reação absurdo. Eu vou ter muito trabalho com es-
Os olhos do jovem se arregalaram quando o mesmo desviou da última shuriken por pouco, e percebeu um barulho incomum cortando o ar. Em um segundo eterno, o shinobi viu um papel bomba grudado no projétil queimando rapidamente, como um presságio da morde. “MERD-”
“BOOOOM!”
Houve um clarão, uma bola de fogo e então uma explosão. Uma cortina de fumaça espessa e cinza subiu no ar, juntamente com uma grande núvem de vapor.
“Sueji é um usuário de Suika… Seu corpo pode se transformar em água. Ele não deve ter sido derrotado com tão pouco, mas aposto que serviu pelo menos para ferí-lo.” O Tokubetsu Jounnin ponderou quando conseguiu pousar no chão novamente, no topo daquele prédio abandonado. Quando a fumaça se dissipou, apenas o que havia sobrado era um enorme buraco que entrava para o andar inferior do prédio. Ciente dos riscos, Azura caminhou com cautela até a borda do buraco, que outrora engolido pela escuridão, agora já começava a ser iluminado pelos raios de sol que surgiam no horizonte montanhoso.
Lá em baixo, há aproximadamente 10 metros, Azura viu uma quantidade torrencial de… Água? “Entendo.” Ele compreendeu do que se tratava com rapidez, mas já era tarde, pois uma enorme bola de água surgiu do chão, destruindo o piso em que Azura estava e atingindo-o em cheio. O resto do chão daquele terraço desabou em consequência ao impacto, o que forçou o ruivo a pousar sobre a água, com seus pés embebedados por chakra para que conseguisse pisar sobre a superfície.
E lá estava ele, o inimigo mortal de um usuário de suika no jutsu, de pé sobre uma grande piscina improvisada de água. A situação não poderia piorar… Ou poderia…
“Você não tem chance contra mim, Azura.” Sueji falou em voz alta. Misturado naquela piscina, ele parecia estar em todos os lados. “Desista. Não há esperança para que você me vença desse jeito. Eu usei um scroll que invoca um pequeno lago onde quer que eu esteja.... Eu sou simplesmente mais poderoso que você nesse campo de batalha.” e riu divertidamente o Chuunin.
“Eu não posso desistir.” Azura apertou a mão no peito, olhando para os lados enquanto procurava o inimigo invisível. “Eu fiz uma promessa a alguém especial… E não posso voltar a vê-la enquanto não cumprí-la.” Ele retirou a mão do peito, olhou para o céu nublado, sentindo as gotas de uma chuva prestes a cessar. “E você, Hozuki Sueji… Está no meu caminho!”
“Ora seu maldito arrogante!” O Espadachim claramente se irritou com o discurso do adversário. Aquela expressão calma, mesmo em uma adversidade, o deixava extremamente irritado. Ele queria vê-lo desesperado, sem saída, subjugado. E era isso que ele buscaria. Uma vitória completa. “Suiton! Suikodan no Jutsu!” E um tubarão gigantesco surgia da água, sob os pés de Azura, numa mordida mortal. A única opção era pra cima, saltar. Solidificou uma espada tão grande quanto a Samehada nas suas mãos e, pulando com uma força extraordinária, partiu o tubarão ao meio antes que ele tivesse chance de mordê-lo!
“Suiton! Suriou No Jutsu!” Hozuki, que estava escondido dentro do tubarão, surgiu no segundo seguinte utilizando a água que outrora tinha o formato da besta aquática para criar uma grande esfera. Esfera esta que seria o cárcere do Jounnin de Kiri no próximo momento.
Os dois pousaram novamente na água. Um triunfante Sueji, com o braço direito segurando a esfera de água e um Azura aprisionado, sem respirar. “HÁ! a vitória é minha, Azura! Admito que foi uma luta bastante interessante. Foi a primeira vez que ganhei de alguém sem trocar nenhum golpe de espada. E você ainda se diz um espadachim?” E gargalhou alto, exibindo seus dentes pontiagudos. “O que?” Ele mesmo se interrompeu ao ver a calma do adversário frente a sua situação. Sentiu que algo estava errado, sentiu que aquilo ainda não tinha acabado…
Um som incomum chamou sua atenção para as paredes do prédio abandonado. Azura surgia de dentro da estrutura do local, intacto, sem um arranhão. Observando Sueji com uma expressão de serenidade..
“Como assim?! Um Kage Bunshin?” Olhou para o Azura aprisionado no seu jutsu e o Azura que saiu da parede e pensou imediatamente em desfazer a técnica e destruir o Bunshin, mas seu raciocínio foi iluminado com o verdadeiro plano do inimigo. “Você pensa que eu sou burro? É claro que aquele é só uma distração!” E apontou para o Azura que estava na parede. “Eu vou lidar com ele daqui mesmo, espero que você tenha um ótimo fôlego!”
Mas antes que pudesse fazer algo contra o Azura que estava na parede, outro Azura surgiu, porém em mais uma parede, desta vez na direção oposta ao anterior. “Merda!” Sueji começou a ficar preocupado, aquilo não estava certo. Outro Azura surgiu na parede leste, então outro surgiu na parede oeste… Em pouco tempo, o Chuunin estava cercado pelo inimigo. Todos eles começaram a efetuar uma longa série de selos ao mesmo tempo, como que em uma orquestra coreografada.
“Seu maldito… Você espalhou um monte de clones por aí no momento da explosão…” Cerrando os dentes com violência, ele não parava de analisar os adversários… E a preocupação crescente sobre que tipo de jutsu estaria por vir minou a sua mente.
“QUE SE FODAM TODOS VOCÊS!” Sacou da bolsa uma série de kunais e shurikens, lançando-as sistematicamente em todos os clones em uma tentativa desesperada de interromper aquele plano misterioso. Sempre que um Clone era destruído, outro surgia no mesmo lugar, vindo de dentro das paredes. “Quantos clones você fez, sua maldita raposa?”
Quando destruiu quase dez Kage Bunshins, todos os restantes se desfizeram em fumaça ao mesmo tempo.
Sueji teve alguns segundos para sentir-se aliviado. Estava prestes a esbravejar sua vitória outra vez, quando deu-se ao trabalho de olhar o seu cativo. O sorriso sumiu de seu rosto no mesmo momento, e sua face se tornou tão pálida quanto papel.
Azura, o real, terminava uma gigantesca sequência de selos. Sua pele estava coberta pela metade de várias marcas de relâmpagos, como se fossem cobras de fogo dançando em sua pele. Ele não conseguiu ouvir, pois o rapaz estava imerso em água, mas teve a total certeza de que ele falou algo dentro da prisão, e fez um punhado de bolhas fugirem pela sua boca. Lendo seus lábios, ele pôde reconhecer a seguinte palavra, apesar de não conseguir entendê-la. “NIflheim”
Um pilar de luz surgiu em torno dos shinobis e subiu ao céu, ao mesmo tempo que uma gigantesca descarga de chakra partiu de Azura. Sueji sinceramente nunca tinha sentido tanta energia assim, e aquela sensação era como estar no olho de um furacão. Azura finalmente terminou os selos. Seu corpo estava acumulando Chakra desde quando estava no ar, alguns minutos antes. Uma energia quase incontrolável se acumulava em seu peito e girava como um turbilhão de poder. Ele sentia suas veias repletar de chakra, tanto poder que era difícil não se tornar um monstro…
Quando pronunciou o nome da técnica, aquele chakra dentro de si explodiu em uma violência tão grande que quase partiu o corpo do Shinobi em dois.
Sueji estava amaldiçoando o inimigo em um segundo, e no segundo seguinte ao clarão que surgiu no corpo de Azura, todo aquele prédio tinha sido cristalizado. cada centímetro da estrutura havia virado um mundo de cristal. As paredes, as piscina de água, o chão, os andares inferiores, menos a porção de água em que o próprio Azura estava aprisionado. Até mesmo o próprio Hozuki se tornou uma estátua brilhante de cristal e Chakra.
O Jounnin, recém liberto, caiu no chão tossindo e puxando lufadas de ar como se nunca tivesse respirado na vida. Ele esteve muito perto de desmaiar nesse tempo em que estivera preso, e pior ainda, esteve muito próximo de perder o controle e soltar a besta dentro de sí. Este era um recurso que preferia não usar, a menos que fosse extremamente necessário.
Demorou alguns segundos para descansar, mas finalmente conseguiu se recompor. Sueji estava ali, totalmente cristalizado, junto da sua preciosa Samehada.
As marcas no corpo de Azura começaram a desaparecer, retornando para o seu ombro esquerdo, onde seu braço demoníaco estava escondido pela armadura metálica.
Não demorou muito para que Sueji conseguisse se libertar. A Samehada tinha sugado todo chakra que estava envolvendo ela e o seu mestre, e fez com que o cristal se tornasse quebradiço e frágil. O Chuunin caiu de joelhos no chão, enfraquecido.
“Seu maldito… Que jutsu insano…” Ele cerrava os dentes, odiando ter caído naquela técnica aterrorizando.
“você perdeu. Eu poderia ter partido seu corpo em mil pedaços com um estalar de dedos a partir do momento em que você foi cristalizado.” O ruivo falou, tentando manter a postura na frente do inimigo. Na realidade ele nunca tinha utilizado esta técnica, e não previra que gastaria tanto chakra. Estava exausto, e queria que a luta terminasse em uma desistência por parte do adversário o quanto antes…
“Ta achando que acabou?! Achou errado!” Sueji estava com o corpo dormente, e algumas partes do cristal ainda cobriam-no dolorosamente. “Eu sou um espadachim da névoa!” Ele sacou a espada Samehada, que estava gigantesca depois de ter consumido tanto Chakra,
“Olhe ao seu redor. O campo de batalha ideal para você se tornou o campo de batalha ideal pra mim em um piscar de olhos. Existe cristal sob seus pés, nas paredes, e até mesmo no ar que você está respirando… Acabou.” O shinobi virou as costas para Sueji, deu alguns passos e, já a quase dez metros, voltou-se para ele novamente em uma pose estática.
“Não me subestime, Azura! Você precisa provar pra mim e pra essa espada que você é merecedor! Ser um espadachim é muito mais do que apenas balançar uma arma.”
Seguiu-se um momento de silêncio.
“Você tem razão… É ilógico, mas eu estou começando a entender… A Honra de um Espadachim… Eu não posso simplesmente pedir para que você desista.” Azura finalmente entendeu quem era realmente seu adversário. Se pudesse sorrir, teria o feito, pois uma fagulha de respeito por aquela pessoa começou a brotar em seu peito. “Que assim seja então, Hozuki Sueji. Vamos até o final com esta batalha. E que vença o candidato mais apto a proteger o povo de Kirigakure!” Seu chakra foi impulsionado para suas mãos, onde dois bastões de cristal se formaram.
“AZURAAAAA!” Sueji gritou, correndo em direção ao adversário.
“SUEEEEEEEJI!” Azura não entendia o sentido de gritar, mas decidiu fazê-lo em respeito ao adversário.
Suas armas se cruzaram com violência. Sueji golpeava usando força bruta e uma agilidade irreal para uma arma daquele tamanho, porém Azura se desviava com veemência, girando o próprio corpo e saltando com leveza. Os golpes de Azura eram pontuais, certeiros e muito rápidos. Ele compensava o curto alcance das armas com sua velocidade e habilidade de entrar e sair da guarda do adversário rapidamente. Em um momento de erro de cálculo, sueji acertou um golpe certeiro na costela de Azura, mas o mais devastador veio quando ele puxou a espada para si no momento do impacto do golpe, fazendo surgir um grande ferimento e um sangramento constante. Azura respondeu em sucessivos ataques com seus bastões, mas as armas, em contato com a espada do Chuunin, se tornaram quebradiças no momento em que seu Chakra foi sugado. Ele abandonou as duas armas e saltou sobre o adversário, ensaiando um pontapé aéreo. Sueji prontamente defendeu, mas foi surpreendido por uma estaca que surgia do chão, pois Azura efetuava selos e concentrava seu chakra enquanto golpeava, em uma sequência de ações calculadas.
Se não tivesse inclinado o corpo para trás, teria sido empalado pelo espigão de cristal. O Hozuki recuou dando saltos mortais para trás, ao mesmo tempo em que um espinho gigante crescia atrás do outro em uma perseguição constante. Para escapar de tantas investidas, a única opção que ele encontrou foi a de saltar no ar e sair do alcance.
Azura jogou algumas shurikens de Cristal que cristalizou nas mãos, o que forçou Sueji a usar a espada como escudo. Quando retirou a espada da sua frente, deparou-se com Azura em cima de si, girando o corpo e atingindo um soco poderoso bem na cara. O chuunin caiu no chão como um meteoro, mas teve que se reerguer no momento seguinte, pois o Shinobi adversário já estava caindo enquanto utilizava uma sequência de Selos.
“Shouton! Hasshoukoryuu!” E fez surgir um dragão de cristal, que elevou-se do chão até onde Azura caia, pegando o Shinobi no ar, sobre sua cabeça. “HAAAAA!” Azura gritou, enquanto atacava o adversário com o seu dragão de cristal, fazendo a criatura investir no inimigo massivamente.
Sueji teve pouco tempo para se defender, e o fez usando a sua espada, que era o único artifício para quebrar aquela parede impenetrável de cristal. O Chuunin foi arrastado alguns metros, metros o suficiente para que a Samehada conseguisse absorver todo chakra do dragão. No fim, o monstro cristalino explodiu em mil pedaços, fazendo chover pó de cristal. Ele então ajoelhou-se, erguido apenas pela espada Samehada, ferido por diversos fragmentos de cristal que conseguiram trespassar por sua defesa.
Azura caminhava com dificuldade até o inimigo. O ferimento na costela doia como brasa na pele, e o sangramento não dava trégua ou sinal que estava prestes a passar. Ele mancava, segurando o ferimento com a mão direita. Já próximo do inimigo, ele parou e observou-o por alguns segundos, em um silêncio mórbido.
“Tsk… “ Sueji estava com os dentes cerrados, segurando a espada com força.
“Você percebeu, não é?” Azura passou a sentir real respeito pelo adversário. “Ela traiu você. A espada… Você só se feriu porque no final… Ela não quis mais defendê-lo.”
“Não se acha tanto…” O chuunin riu, cuspindo um pouco de sangue. “Não tinha como a Samehada não se interessar por um monstro como você…” O jovem falou, se referindo a quantidade absurda de chakra que Azura utilizara nessa batalha. Sueji sentia que mesmo que a batalha continuasse, ele não conseguiria acompanhar as reservas de chakra do inimigo. “Foi uma boa luta, Azura. Proteja Kiri no meu lugar.” Ele sorriu um sorriso bastante amigável, visto seu histórico de ofensas na luta. “Ela é sua!” E então soltou a Samehada, que estava se debatendo para ir para o seu novo mestre, sendo segurada apenas pelas mãos de Sueji.
Azura estendeu a mão e ergueu a arma que seria sua companheira na sua jornada shinobi a partir daquele dia. “Semehada...” Ele a cumprimentou, olhando-a com uma leve sensação de orgulho dentro de si.