"Falsa Sensação de Segurança" Chapter VIII "Catorze olhos observadores [1/2]"

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"Falsa Sensação de Segurança"

Chapter VIII
"Catorze olhos observadores"

Maiko, Hitomi, Raiden, Tomoyo e Yukito corriam agora, escada acima para o quarto de Maiko. Lá, naquele espaço tão pequeno, já estavam os seus pais e a sua avó, todos a observar a secretária de Maiko onde sete ovos começavam a rachar.
Maiko olhou para Arata e para a sua mãe e estas sorriam para ele.

Fizeram ambas um gesto com a cabeça que Maiko percebeu. Estavam-lhe a dizer para se aproximar mais dos ovos, para observar aquele milagre.
Maiko "furava" agora por aquela multidão que tinha invadido aquele pequeno quarto. Quando finalmente conseguiu chegar perto dos ovos, Maiko sentiu algo maravilhoso dentro de si.
Olhou para aqueles sete ovos, indefesos mas ao mesmo tempo tão protegidos. Os pequenos seres que estavam lá dentro tentavam furar a casca lentamente, até que um conseguio. O seu esforça tinha resultado, mas algo fora diferente neste. Ao contrario dos outros que, já começavam a sair de bico, este tinha quebrado a casca com as suas penas. Lentamente todos aquelas sete pequenas aves começavam a sair dos ovos, cambaleando de olhos fechados, chocando contra os outros. Maiko deixou saltar um pequeno sorriso enquanto admirava aquelas criaturas tão frageis. Apesar de frageis deviam estar todos por volta dos dez centimetros de altura, embora alguns fossem maiores e outros bastante mais pequenos.
Maiko esticou os dois braços, como se para os agarrar, para os abraçar. No centro daquele "abraço" estavam aquelas novas sete criaturas que Maiko tinha tratado naquelas ultimas semanas. Podia-se ouvir a chuva a cair novamente em Kumo. Parecia que tinha voltado...
Maiko aproximou-se mais um pouco e afagou lentamente a cabeça de um deles. Era vermelho, cor de fogo. Mal lhe tocou na cabeça ele lentamente abriu os olhos. Eram negros, pequeninos mas mostravam um brilho intenso. Este olhou directamente para Maiko e assim ficou como se tivesse a tentar reconhece-lo. Quando Maiko se apercebeu já todos os restantes faziam o mesmo. Maiko sorriu e agarrou neles. Mas algo aconteceu. Mal ele lhes tocou, o seu pulso e as aves emitiam um brilho, cada um com um brilho diferente. As cores iam desde um brilho vermelho fogo, amerelo-queimado, amerelo-vivo, azul-claro, azul-turquesa, prateado e um brilho branco. O mesmo se passava com a tatuagem que Maiko tinha no pulso, a mesma que tinha brilhado quando Maiko agarrou nos ovos. Desta vez não havia duvidas, o brilho era bem visivel, mas, depressa desapareceu.
Sentiu uma mão a pousar sobre o seu ombro. Olhou e era a sua avó.
-- Parabens. - disse ela enquanto lhe sorria. Maiko levantou-se e agarrou naqueles seres recem-nascidos com todo o cuidado que tinha. A sua mãe depressa se aproximou-se de Maiko e retirou-lhe calmamente as aves. Maiko já tinha falado anteriormente com a sua mãe e esta sabia que ela ia "limpa-los e tratar deles nos primeiros instantes de vida"

Passado pouco tempo a chuva já tinha acalmado. Maiko ainda estava curioso e como se de uma criança na vespera do seu aniversário tentava aproximar-se da sala onde a sua avo e da sua mãe estavam com as aves.
Arata tinha reparado no pequeno nervosismo dele e aproximou-se dele calmamente.
-- O que me dizes de para matar o tempo, um treino rápido. Só o suficiente para a tua mãe se certificar que eles estão todos bem?
Maiko ficou um pouco sem saber o que dizer mas no final concordou, mas mesmo enquanto se dirigia para fora de casa tentava espreitar para a sala na esperança de ver alguma coisa...