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[Filler 5][Kaede]: O Norte, a Virtude e o Nevoeiro EJWNGUN
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[Filler 5][Kaede]: O Norte, a Virtude e o Nevoeiro EJWNGUN


E o ciclo da vida repete-se! As pacíficas vilas voltam a unir-se para combater um mal em comum. Vem conhecer o melhor e mais antigo role play de Naruto, totalmente em português.
 
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 [Filler 5][Kaede]: O Norte, a Virtude e o Nevoeiro

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SP-KK

Conselheiro | Konoha
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Nome: Naho Kita
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MensagemAssunto: [Filler 5][Kaede]: O Norte, a Virtude e o Nevoeiro   [Filler 5][Kaede]: O Norte, a Virtude e o Nevoeiro Icon_minitimeQui 4 Set 2008 - 0:23

Filler 5 – O Norte, a Virtude e o Nevoeiro

Uma gota salgada de suor escorreu até ao solo arenoso, enquanto que uma respiração ofegante se curvava sobre os seus joelhos, pousando um cotovelo em cada um e curvando o seu tronco para a frente, procurando uma ventilação mais fácil.
Ao lado de Kaede, Kita respirava profunda e calmamente, segurando entre os seus dentes uma agulha. Observou a rapariga enquanto ela lutava por respirar, a sua mão direita ainda a segurar debilmente a grossa folha que Kita a incumbira de cortar no dia anterior. Os olhos do homem deteram-se no céu, pintado de um profundo azul, com ocasionais e rarefeitos tufos de algodão branco aqui e ali. Já estavam a poucos metros do deserto que teriam de atravessar para chegar até Suna, e o ar pesado deixava notar isso mesmo, melhor do que a vegetação que cada vez era mais rara.
Kaede ergueu o rosto, deixando escapar dos seus lábios uma espécie de suspiro. Aquele exercício parecera-lhe irrisoriamente fácil no dia anterior quando Kita lho propusera, mas agora que tinha o seu corpo completamente desgastado mudara de ideias. Só o simples cortar da folha requeria muita energia e concentração da sua parte (concentração essa que lhe estava sempre a escapar), mas o facto de ter de andar enquanto o fazia ainda complicava mais as coisas. Se não prestasse atenção ao terreno, acabava por tropeçar e cair, juntando mais cortes aos que já tinha. Mas se prestasse atenção ao terreno, não conseguiria cortar a folha convenientemente. Mas afinal que raio é que era suposto ela fazer?
-Vá, vamos continuar. Estamos quase lá. – Incentivou Kita, levantando-se, colocando as mãos na cintura e continuando com os olhos presos ao céu, observando com alguma saudade um pequeno grupo de aves que sobrevoava a zona.
Kaede não respondeu. Não sabia o que se passava, mas podia dizer que “bem” não era a palavra que utilizaria para descrever o seu estado naquele momento. Uma sensação estranha invadira-lhe a cabeça, quase como se lhe estivessem a pressionar a testa. Sentia o seu corpo fugir-lhe, como se a sua mente estivesse a quilómetros de distância dali. Apercebeu-se de alguns movimentos à sua frente, mas não conseguia dizer o que eram.
-Então Kaede? Recompõe-te rapariga! – Kita, agora acocorado à frente de Kaede, deu-lhe uma palmadinha amigável no rosto, quase como se a tentasse acordar. – Estamos quase lá, é só mais um bocadinho. Vá, tu consegues fazer isto.
Mais uma vez Kaede não respondeu, limitando-se a respirar sofregamente. Começava a sentir-se encurralada, cada vez era mais difícil respirar. Sentiu um estranho formigueiro no seu braço esquerdo, pesado e incómodo, demasiado familiar apesar de nunca na vida se lembrar de ter sentido tal coisa. Deixou o seu tronco cair, ficando quase encostado às suas pernas. Deixou a cabeça descair-se, e conseguiu ter a noção de meia dúzia de cabelos que haviam ficado colados à sua testa. Não estava habituada a sentir-se assim, e não conseguia decidir-se sobre o que se passava. Mais alguns movimentos à sua frente, alguns ruídos e uma voz que parecia alarmada, e novamente não conseguia distinguir o que se passava. Seria Kita novamente?
Uma mão puxou-lhe o ombro para cima, obrigando-a a levantar o seu tronco. Sentiu as suas costas encontrarem algo macio e quente, e podia distinguir claramente um braço a segurar o lado esquerdo do seu corpo. A mesma mão que lhe puxara o ombro puxava-lhe agora a base do maxilar, obrigando-a a levantar a cabeça. Sentiu algo duro e liso tocar os seus lábios, e no segundo seguinte um líquido fluido e escorregadio infiltrava-se no interior da sua boca. A princípio Kaede recusou-se a deixa-lo descer pela sua garganta, até que a mesma mão que a puxara lhe inclinou o pescoço mais para trás, obrigando-a a engolir. Kaede não resistiu mais, e um ardor invadiu o seu esófago.
Quando finalmente conseguiu engolir o que quer que aquele líquido fosse, Kaede sentiu os olhos pesarem. Vários minutos depois a sua respiração normalizou, e a calma invadiu a sua mente de modo lento e gradual. Não soube dizer se adormeceu ou quanto tempo ali ficou, com os olhos fechados.
Quando finalmente abriu os olhos, apercebeu-se de que Kita ainda a segurava, tendo-a encostada no seu peito, o seu braço esquerdo ainda a amparar o corpo dela. Kaede tentou levantar-se, mas tudo o que conseguiu fazer foi uma simples tentativa. Vendo que ela já estava de volta a si, Kita ajudou-a a sentar-se. Kaede voltou a colocar as mãos nos joelhos, mas desta vez sentia-se muito melhor que antes.
-Não devias ter ido tão longe. Se sentias que o exercício te estava a consumir demasiado avisavas-me e paravas.
-Sim, claro. – Troçou Kaede, com um leve erguer de um dos cantos da sua boca num riso trocista a preencher-lhe as feições.
Kita suspirou, nada motivado para uma discussão. Kaede tentou levantar-se mais uma vez, sentindo-se um pouco mais resistente do que antes.
-Vá, continuemos o nosso caminho. – Anunciou Kita, arrancando das mãos da sua aluna a folha que ela acabara de voltar a recolher do solo.
-Ei!
-“Ei” nada. Agora calas-te e continuas a caminhar até Suna.
-Acha que eu não sou capaz de aguentar, é? Hmpf.- Kaede cruzou os braços e virou o rosto para o lado oposto, como que amuada.
-Na tua condição actual sim, penso que não aguentas. Como eu disse, calas-te e continuas a caminhar até Suna.
-Pff… Como queira.
Kita e Kaede continuaram com a sua jornada, não falando durante o caminho. Kaede ia de rosto baixo, observando o solo por baixo de si enquanto este se modificava gradualmente a cada passo. Distraiu-se com isso, e quando deu por si estava já estatelada na mochila de Kita.
-Que…
Kaede interrompeu-se quando viu o motivo pelo qual o seu professor parara. Á frente de ambos encontravam-se três indivíduos, dois rapazes e uma rapariga. Pelo ar deles não eram locais, e um olhar mais atento revelou que eram, também eles, ninjas. Mais precisamente, ninjas de Kumogakure. Pelo que parecia, também eles tinham acabado de chegar ali. O rapaz que parecia ser o mais velho do grupo, tão surpreendido como qualquer um dos outros ali, abriu a boca para falar, mas interrompeu-se de imediato, olhando para o deserto atrás de si.
-Deixa-te ficar atrás de mim por agora. – Sussurrou Kita a Kaede, não se mexendo nem um milímetro.
-Acha que eu não sou capaz de lutar, é isso? – Respondeu Kaede, zangada por estar a ser subestimada pelo seu próprio professor.
-Kaede, encara as coisas com seriedade. Não estás em condições sequer de viajar, quanto mais de combater.
O motivo para o silencio súbito do rapaz da vila da Nuvem foi revelado em pouco tempo. A correr, através das dunas, chegava agora aquilo que parecia ser um mensageiro de Suna. Todo o grupo olhou para ele com interesse, mas nenhum deles parecia tão surpreendido quanto Kaede.
-Bem, estou a ver que chegaram mesmo a horas. – Resfolegou o mensageiro, olhando para o grupo à sua frente. – Trago aqui os pergaminhos com os detalhes da missão, não podem perder tempo a ir até Suna agora.
-Supunha que tínhamos de falar com Kazekage-sama antes de partir em missão. – Kita estava visivelmente mais descontraído que antes, mas ainda assim encontrava-se notoriamente desconcertado com a situação.
-Como eu disse, não podem perder tempo a ir até Suna e fazer o caminho de volta para aqui outra vez.
-Era suposto ir buscar um hitai-ate para…
-Já se resolveu isso. – Cortou o mensageiro, entregando um pergaminho e um envelope a Kita, que ainda se encontrava a meio do gesto de apontar para Kaede, que até então se encontrava ainda atrás dele. – Está tudo aprovado e oficial, mas pode conferir de qualquer das maneiras.
-Não… Não deve haver necessidade. – Kita aceitou aquilo que o mensageiro lhe estendia, não se dando sequer ao trabalho de olhar para ambos os objectos. Kaede já se havia dado à ousadia de sair de trás dele.
-E quanto a nós…? – Começou o rapaz da vila da Nuvem, com uma voz algo arrastada e monótona.
-Não terão qualquer problema.
Kaede estava a ponto de colocar uma questão, mas um olhar de Kita silenciou-a, indicando-lhe que agora não era a altura apropriada para falar.
-Bem… Suponho que se vá encarregar deles. – Continuou o mensageiro, estendendo outro pergaminho a Kita.
-Eu… Não, eu tenho de voltar para Konoha. – Kita ergueu as mãos à frente do seu pescoço, acenando-as levemente com aquilo que parecia ser embaraço.
-Não está à espera que seja eu a ir com eles, pois não? – O mensageiro lançou um olhar penetrante a Kita, quase como que o obrigando a pegar no novo pergaminho que ele agora lhe estendia.
-Continuo sem entender o porquê de tanta pressa. – Contrapôs Kita, cruzando os braços em tom de desafio.
-Nem precisa. Limite-se a acompanhar os miúdos na missão, já é o suficiente.
-E se eu me recusar?
-Bem, suponho que não tenha essa opção, não é? – Troçou o homem, ainda com o braço estendido para Kita.
Houve um leve período de silêncio, em que Kita e o mensageiro se entreolharam ferozmente, quase como se se desafiassem mutuamente. No final, Kita acabou por aceitar o pergaminho com um gesto contrariado.
-Então está tudo resolvido, parece-me. Desejo-vos sorte na vossa missão. – Concluiu o homem de Suna, curvando-se levemente numa vénia respeitosa. Os outros cinco repetiram o gesto em cortesia, e o mensageiro retirou-se.
-Kita-sensei… Afinal o que é que se passa aqui? – Inquiriu Kaede, olhando confusamente para Kita.
-Depois falo contigo. – O tom de voz de Kita foi simples e gélido, indicando a Kaede que não deveria tocar no assunto novamente. Sem sequer a olhar nos olhos, posicionou-se de modo a que os quatro genins ficassem à sua frente. Houve um momento de desconfortável silêncio enquanto Kita abria e lia o último pergaminho que tinha recebido. – Temos de escoltar uma ninja médica desde Kiri até Kumo. Temos cinco dias a contar de hoje para chegar a Kirigakure…
Kita continuou a falar, mas Kaede já não conseguia prestar atenção. Em vez disso, observava os três desconhecidos à sua frente. Aquele que aparentava ser o mais velho envergava um ar cansado, arrastado, reforçado pelo cabelo acastanhado e desgrenhado, pintalgado de laranja. Tinha as mãos enterradas nos bolsos, o corpo descontraído, e aparentava estar completamente à vontade, apesar da confusão que ainda lhe espelhava os olhos. Num dos bolsos das suas calças brancas algo se movia timidamente. Fosse o que fosse, não despertava grande interesse. Kaede não se deteve muito tempo a olhar para ele.
Ao lado deste encontrava-se a única rapariga do grupo. Era baixa, e tinha ar de ser muito nova. Tinha o cabelo acastanhado, muito parecido com o do rapaz ao seu lado, tendo uma única camada de cabelo mais arruivada que o restante. Parecia aborrecida, com os braços cruzados em cima do peito, um beicinho nos lábios e um ar de birra no rosto. Batia compassada e impacientemente com o pé no chão. Por algum motivo, Kaede tinha uma sensação algo negativa em relação àquela rapariga.
O olhar de Kaede prendeu-se então no segundo rapaz do grupo. Tinha o cabelo negro e leve, que deu a Kaede a sensação de neblina. De todos os presentes, parecia ser o que menos se importava com a estranha situação que acabara de se abater. Respirava calma e lentamente, e a expressão do seu rosto não poderia ter sido mais neutra. Kaede demorou-se mais algum tempo a olhar para ele, tentando descodificar o que a sua expressão pudesse esconder. Foi chamada de volta ao mundo real quando o rapaz acenou afirmativamente com a cabeça, ainda a olhar na mesma direcção.
-Antes de partirmos, quero saber por que nomes vos devo chamar. Eu sou Kita, Jounin da vila de Kumogakure. Aquela ali é Kaede do clã Hisoka, formalmente Genin de Sunagakure. – Informou Kita, apontando para si próprio e para Kaede, respectivamente.
-Eu sou Nori do clã Kasumi, Genin de Kumogakure. – O rapaz de cabelos negros foi o primeiro a falar, continuando a sua expressão com a mesma pureza e passividade de antes.
-Eu sou Jin e esta Nayoko, ambos do clã Tokkou. Somos também nós Genins de Kumogakure. – Concluiu o rapaz mais velho, apontando sem interesse para a pequena rapariga ao seu lado quando referiu o seu nome.
Nesse mesmo dia, o grupo começou a viajem em direcção a Kirigakure. Cada passo era preenchido por um silêncio vazio, e ninguém ousava olhar para ninguém.
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