Ankuko acordou meio atordoado, a sua cabeça andava a roda e parecia que havia bebido 2 garrafas de Sake de seguida.
- Ahhh, a minha cabeça está á roda.
- Pudera, esgotas-te quase todas as tuas reservas de Chakra, e perdes-te muito sangue, ainda me admira como consegues estar consciente.
- Foi assim tão mau?
- Tás tão branco quanto o rabo de um boneco de neve.
- Uau, assim tão branco? Alcanças-me ai a minha mochila?
- Isto? Toma.
- Obrigado. – Ankuko vasculhou na mala e retirou a sua seringa. – Kai! – uma pequena agitação no interior da seringa avisou que o sangue estava agora liquido. Ankuko inseriu a agulha e começou a inserir os 50 mL de sangue da seringa. – Ahh, muito melhor assim. Estamos onde?
- Num barco, a caminho de Kirigakure.
- O que? Num… barco? – Realmente a seu redor, ouvia-se o som do mar, no céu viam-se gaivotas planar sobre os barcos piscatórios. – Mas quanto tempo é que eu estive a dormir?
- Uma semana e 2 dias.
- Tanto tempo?
- Eu não quis gastar dinheiro para pagar a tua estadia num hospital, por isso estives-te a perder sangue até aproximadamente 2 dias atrás, se não fosse a tua capacidade sanguínea provavelmente já te tinha mandado ao mar.
- Uau.. Estive por um fio. Mas parece que com este menino que tomei agora estou a normalizar, o meu corpo só precisava de uma ajudinha. – Ankuko levantou-se num “nip up”, rodou a cabeça e o seu pescoço deu um estalo que fez Ankuko ser percorrido por um arrepio. – Acho que já está tudo bem.
- Então podemos começar a treinar de novo!
- O que? Aqui?
- Claro. Toma isto. – Cuh Eka atirou aquilo que pareciam ser umas barbatanas e umas pulseiras. Ankuko agarrou-as e por pouco não as deixou cair ao chão.
- Isto pesa para caraças.
- Isso foi uma pequena coisa que eu comprei numa loja no porto. Os pescadores usam-nas para treinar.
- E como vou treinar com isto? – Perguntou Ankuko, vestindo o equipamento.
- Fácil. – Cuh Eka pegou em Ankuko e atirou-o borda fora. O peso das barbatas puxava-o para baixo e Ankuko esbracejava o mais que podia para manter-se ao de cima. – Mas tás maluco, eu vou morrer afogad *glug glug glug*.
- Arranja-te. Sabes nadar certo? Força nisso.
Ankuko começou a bater os braços mas as pernas não queriam, as barbatanas dificultavam mais do que ajudavam, e Ankuko parecia um marreco dentro de água. Foi então que Ankuko tentou algo, num acto de desespero mergulhou, num movimento brusco virou-se para cima, e começou a bater as pernas, os batimentos eram lentos e descoordenados no inicio devido ao peso das barbatanas, mas com o tempo conseguiu voltar á superfície, colocou-se em paralelo com a superfície e começou a dar aos braços e ás pernas. O barco afastava-se cada vez mais, e Ankuko tinha que fazer algo. As suas pernas e braços começavam a ficar doridos, os pesos dos braços deviam pesar uns 4 Kg cada um, e as barbatanas uns 8. O barco estava agora a uns 20 metros de Ankuko, e Ankuko esforçava-se para o alcançar, foi então que percebeu o quanto estúpido estava a ser. Começou a canalizar e concentrar o seu chakra nas pernas e nos braços, e os seus movimentos começaram a sair mais fluidos e harmoniosos, mas mais uma vez, manter o chakra concentrado num ponto e mantê-lo durante esforço físico não era algo fácil. Mas parecia estar a resultar, o barco começava a aproximar-se, pelo menos era o que parecia, pois Ankuko estava a nadar á 45 minutos e já não sabia o que via. Mas era verdade, Ankuko confirmou-o quando conseguiu finalmente agarrar-se ao barco. Cuh Eka puxou-o para cima dando-lhe uma palmadinha nas costas.
- Bem feito. O tua capacidade de concentrar chakra está cada vez melhor.