Kazumi voltava para casa, depois de almoçar com o seu sensei. Este tinha-lhe falado do exame, a sua estrutura e tinha-lhe entregue o seu cartão de participante.”Um exame escrito, outro de sobrevivência e só no fim é que vêm as lutas”, pensou, literalmente arrastando-se pela rua, quase sem forças. “Quem será da minha equipa? De certeza que vai ser alguém forte, mas eu não vou ficar atrás, vou treinar muito neste mês que falta e vou sem dúvida passar”, pensava determinado, enquanto chegava a casa.
Doía-lhe todo o corpo e, por isso, Kazumi decidiu tomar um banho de imersão, para relaxar. Encheu a banheira e entrou, sentindo o calor da água. Começou a pensar como seriam os seus adversários e como seria a Vila de Konoha, uma das grandes vilas do mundo shinobi.
Kazumi andava por uma casa, muito bem decorada e com uma grande quantidade de luz, que era fornecida pelo Sol através do grande número de janelas que esta tinha. Estava num quarto com uma grande estante, cheia de livros, uma cama e algumas fotos na parede. Foi então que Kazumi se assustou. Aquele era o seu antigo quarto, o queria dizer que ele se encontrava na sua antiga casa. Era ali que tinha vivido até à morte dos seus pais e ficou assustadíssimo por voltar àquele lugar, ainda para mais sem saber como. Ouviu umas vozes vindas da parte de baixo da casa e decidiu investigar.
Desceu as escadas e, à medida que as descia, a casa parecia-lhe muito mais familiar e acolhedora. Tinha saudades da vida com os seus pais nesta casa, tão alegres e unidos. As vozes eram mais nítidas e Kazumi reconheceu-as logo. Eram as vozes de Kuchiki Mochizuki e Kuchiki Inamori, os seus pais. Estavam na sala a conversar, mas Kazumi ainda não conseguia entender claramente o que diziam. Abriu um pouco a porta e viu os seus pais e uma criança sentados à mesa, a beberem chá e a conversarem. A cara da criança deixou Kazumi boquiaberto. Aquela criança era Kazumi quando era mais novo!
Kazumi: Pai, Mãe, o que fizeram hoje? A nós levaram-nos para os esconderijos de Vila, disseram que estávamos a ser atacados.
Mochizuki: E tinham razão, não viste toda a destruição na vila? Eu e a tua mãe estivemos a lutar, estamos muito cansados.
De repente, alguém bateu à porta e o “pequeno” Kazumi foi abrir. Era um amigo que o queria levar para brincar aos ninjas e pediu para entregar um pergaminho aos seus pais. Após Kazumi sair, Inamori abriu o pergaminho e leu o que lá estava.
Inamori: Estão a informar que criaram uma secção restrita do nosso clã na biblioteca da Vila.
Mochizuki: E é necessário avisar? Putz...
Inamori: Parece que é lá que vão estar todas as informações relativas ao clã. O scroll do contracto de sangue para a Kyuchyose, as informações da kekkei genkai e da história do clã, os scrolls dos Hijutsus e a Kaikou- finalizou, pondo os olhos no seu marido.
Mochizuki: O quê? Vão lá guardar isso tudo, mesmo sabendo que aquele lugar não tem protecção nenhuma!- exclamou, pondo-se de pé.
Inamori: Vamos lá ver a tal zona, precisámos de espairecer. Ah, diz aqui que vais receber uma condecoração por teres sido o primeiro membro do clã a conseguir atingir o último nível do Doujutsu!- exclamou, dando um beijo de parabéns ao seu marido- Mas por favor, tem cuidado quando o usas, já sabes os riscos que corres.
Kazumi seguiu-os, queria saber onde era a tal secção e o que continha realmente. Os seus pais tinham falado de Kyuchyose, mas também de uma kekkei genkai e um Doujutsu. Será que o seu clã tinha uma Kyuchyose e um Doujutsu e ele não sabia? E o que seria a Kaikou? Kazumi estava bastante confuso com todas aquelas informações, mas estava mais com a maneira como ali foi parar. Foram andando até à Biblioteca, mas parecia que ninguém o via ou ouvia, deixando-o ainda mais intrigado. Finalmente chegaram e os seus pais falaram com uma senhora que os levou ao local.
Senhora: Ao que parece, apenas se pode abrir esta porta libertando chakra e esta apenas pode ser aberta por membros do vosso clã. Algum de vocês quer tentar?
O pai de Kazumi dirigiu-se à porta e, concentrando algum chakra, tocou com a palma da sua mão na porta. Esta, ao reagir ao chakra de Mochizuki, deu um pequeno “click” e abriu-se. Após passarem a porta e a senhora ter ficado no exterior, esta voltou a fechar-se. Kazumi olhou em volta. Era um lugar bastante pequeno, menor que o seu próprio quarto. Tinha apenas uma secretária, um armário cheio de scrolls e uma espada como mobília.
O seu pai dirigiu-se imediatamente para o armário, abrindo-o e retirando de lá o maior dos scrolls. Abriu-o e leu-o, com Kazumi a juntar-se a ele para ler. Aquele parecia ser o contracto de sangue da Kyuchyose, pois lá estavam escritos vários nomes a uma cor vermelha. O seu pai pegou de seguida noutros scrolls. Um continha informações sobre uma coisa qualquer chamada Kukatsumori, mas o seu pai tinha-o fechado tão rápido que este nem tinha conseguido ler. Depois tinha visto um com a história do clã, mas parecia que o seu pai já a sabia de cor e fechou imediatamente. O mesmo aconteceu com o último pergaminho, que continha alguns Hijutsus do clã.
Mochizuki: Parece que está tudo, Kyuchyose, Kekkei Genkai, história e os Hijutsus. Só gostava era de poder usar esta beldade- disse, virando-se para a espada.
Inamori: Não lhe toques, já sabes que quem não for o escolhido irá receber um choque.
Mochizuki: Mas eu posso ser o escolhido!- exclamou, levantando a mão.
Inamori: Apenas os usuários de Raiton do nosso clã conseguem sobreviver se a tocarem, mas mesmo assim sofrem danos por não ser os escolhidos. Tu não vais morrer também- disse, após amarrar a mão do marido num movimento muito rápido.
Kazumi ouvia um barulho vindo de uma janela. Abriu os olhos e viu que estava na mesma banheira em que se tinha metido momentos antes de adormecer. Viu um pássaro a bater com o bico na janela, como que a pedir para entrar. Este tinha um pergaminho na pata e Kazumi, após o apanhar, retirou-o e leu. Tinha sido destacado para mais uma missão e já se estava a vestir para lá ir. “Foi tudo um sonho”, pensou ao sair de casa, bastante intrigado com tudo o que lhe tinha acontecido durante aquele sono na banheira.
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De tudo o que já escrevi, este filler é o que menos me orgulho de ter feito.
Tive de arranjar uma maneira desajeitada de o meu personagem saber das "coisas" do seu clã e onde as encontrar, para as poder utilizar nos exames :/
Peço desculpa a quem o ler e não gostar, mas estou muito atrasado e tenho de me despachar com isto.
Este filler era suposto ser escrito em dois e de uma maneira diferente, mas teve de ser assim :S