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Um olhar sobre o vortice
Chegavam a uma enorme porta. Esta abria-se lentamente. No centro daquela sala encontrava-se uma pequena caixa.
-- Preciso de ti. – sussurrou a mulher. – Se vires que eu perdi o controlo, ataca-me. Não poupes os teus ataques até teres a certeza que eu não me consigo mexer.
O homem não sabia o que ela queria dizer com aquilo. Sayure caminhava em direcção á caixa…Aquele local era diferente de tudo o resto. Não era feito de cristal ou pedra. Tudo naquele local era feito de puro chakra. Chakra tão severamente concentrado que se tinha tornado sólido. No centro da sala adornada por uma fabulosa infra-estrutura, alta, tão alta que não se via o tecto, encontrava-se uma pequena caixa que repousava no centro de um pequeno pedestral. Sayure tinha as mãos sobre a sua tampa fechada. Tinha os olhos fechados e o seu corpo tremia um pouco.
-- Ainda não está na altura… ainda não está na altura… - sussurava. Um pouco atrás de si encontrava-se aquele homem que a acompanhara á tantos anos que se tinha esquecido de quando. Mas não fora só disso que ele se esquecera. Os quatros cristais brilhavam e circundavam-na, criando um brilho difuso á sua volta. Sayure abria lentamente a tampa daquela caixa libertando uma energia cor de ouro tão intensa que tornara aquele ambiente azul e monótono em algo vivo. As paredes, a decoração daquele local vibrava, como se tentasse agarrar aquela energia tão pura e antiga. Apenas tinha aberto uma pequena fresta o suficiente para o que ela queria. Os cristais á sua volta quebravam-se libertando uma grande dose de chakra roubado aos bijuus. O chakra rapidamente entrava dentro da caixa, quase como se quisesse ir para lá. Sayure esboçava um pequeno sorriso. A sua respiração ficava cada vez mais ofegante. Todo aquele poder tão perto de si. Levou a mão ao seu pescoço e puxou pelo cristal. Teve-o nas mãos por breves instantes antes de o partir. Ao faze-lo libertou um chakra prateado, como o seu, mas mais luminoso. Este rodopiava á sua volta antes de entrar para o interior da caixa.
Seyure tremia. O homem aproximou-se dela pondo a sua mão sobre o seu ombro. O brilho era reflectido nos seus lindos e penetrantes olhos. A tentação de abrir aquela caixa. Era quase como se alguém a pedisse para a abrir. Mas ela sabia que não podia… não devia… não agora… não assim… Mas a força parecia mais dela… Num instante abriu a caixa por completo. Com um acto tão simples tinha cometido aquilo que ela receava. A energia libertada espalhava-se pela sala absorvendo as paredes de puro chakra da sala. Sayure olhava para o interior da caixa. Lá dentro encontrava-se um enorme vórtice. O tamanho da caixa enganava o verdadeira tamanho do que estava lá dentro. Um vórtice de uma energia dourada e tão antiga como ela. Tão antiga, tão… poderosa. Sayure deslizava a mão lá para dentro quando sentiu alguém a puxa-la para trás, fora do alcance da caixa. O homem tinha a empurrado e fechado a caixa com toda a sua força. Mal o fez aquele brilho de ouro que tinha inundado a sala desapareceu imediatamente, deixando a sala quebrada e destruída voltar ao seu brilho azul e pacifico.
Sayure encontrava-se caída no chão, debilitada.
-- Eu olhei para o seu interior… não devia… não agora… - dizia ela. Mas a sua expressão era confusa. Possuía um misto de medo e contentamento.
-- Vamos embora. – disse o Homem colocando-a de novo em pé e apoiando-a sobre o seu ombro…
-- Tu vais morrer meu amigo. Tu não passas de um recipiente… - dizia a voz já ao fundo. O homem tentava ignorar o que ele dizia… Katsura encontrava-se ainda contra a parede. Não tinha aspecto nem de homem, nem de monstro. Possuía um aspecto irregular, em constante mutação. Era por isso que ele mantinha-se rodeado na sombra. Estava sentado contra a parede. Segurava algo entre as suas mãos, pressionando o seu peito. Libertou-a um pouco para a ver. Era um bocado do peito daquele homem. O demónio inspirava fundo.
-- Morbidus… - sussurrou. Do seu braço negro pela sombra, aparecia algo a cortar da sua pele e a sair do interior do seu corpo. Tinha o aspecto de um pequeno escorpião negro. Este parecia ligeiramente fraco, mas mal o seu corpo saiu e cheirou o ar apressou-se a correr para a mão do Katsura. Começou rapidamente a comer aquele resto de carne verozmente. – Absorve… Absorve e evolui. – dizia Katsura rindo. O escorpião tinha posto o ultimo pedaço de carne na sua pequena boca. Queria mais, mais. Começava a traspassar com a sua cauda em forma de espigão o braço do seu dono, mas este não parecia importar-se. O escorpião começava a imitar um brilho prateado e rapidamente começou a ter espasmos, morrendo em seguida na sua mão. Katsura com um golpe rápido, cortava-o ao meio, e logo de seguida crescia a metade que faltava. Em poucos segundos tinha dois pequenos clones do escorpião nas suas mãos. Continuou os cortes, a uma velocidade incrível. Quando parou os clones eram do tamanho de uma pequena pulga. Ouviam-se passos ao fundo. Katsura sorria e colocou a mão no chão para o ajudar a por-se de pé.
-- Já de partida? Oh… vejo que ainda não estás pronta… - dizia Katsura para os dois que passavam. A mulher nem forças tinha para lhe falar. Katsura cheirava o ar freneticamente. – Esse cheiro… Esse cheiro… O teu poder… Tão… - foi projectado contra a sua parede pelo homem que carregava Sayure. Deixou-se estar no mesmo sitio enquanto via-os a afastar-se. Depois soltou uma gargalhada de puro contentamento…
-- Agora é deixar o tempo me ajudar por uma vez, Sayure… - dizia ele…
Hospital de Konoha…Arata encontrava-se deitada sobre a sua cama a repousar. Ao seu lado Naomi e Anko, as suas filhas discutiam com ela.
-- Nem penses que te permitiremos ir nesse estado! – dizia Anko.
-- Tu tens idade para ter juízo. – continuava Naomi. – Achas mesmo que mesmo se chegares lá eles te vão deixar prosseguir?
-- Não tenho alternativa. Eu tenho de o fazer… - dizia Arata num modo camo.
-- Fazer porque? Não achas que já fizeste o suficiente? O que queres provar mais? Pensa nos que te rodeiam! – dizia Naomi.
-- Eu tenho de ir ás Montanhas de Luz. É a única maneira. – dizia Arata saindo da cama.
-- Nós não o vamos permitir. – dizia Naomi e Anko tirando cada uma um leque da sua manga. Arata sorria.
-- Vocês são o meu orgulho… - disse antes de aparecer por detrás das duas e de paralisa-las. Estas caíram no chão inconscientes. Na suas mãos brilhavam pequenas letras. Arata colocava.as sobre as cabeças das suas filhas, trancando mais uma vez as suas memorias. Sentou-as numas cadeiras e fez selos, libertando-as do jutsu e desapareceu em seguida.
-- A mãe? – perguntava Anko. Naomi olhava por todo o lado, até se levantou para ver se ela estava no corredor.
-- Não sei. – dizia ela despreocupada. Nisto alguém abre a porta rapidamente. Era um ANBU.
-- Naomi-sama precisamos rapidamente de si no escritório do Hokage. – dizia o ANBU. – Foi encontrado uma base perto de Konoha.
Tanto Naomi como Anko ficaram admiradas.
-- Uma base? Tão perto? – perguntava-se Anko
-- Faça a sua equipa e parta imediatamente. – disse o Anbu.
-- Sei precisamente quem vou levar. – disse ela sorrindo…
Arredores de Konoha…-- Relembra-me depois como é que a levamos? – perguntava Desu.
-- Não sei como isto funciona – dizia Keitaso elevando um cristal que tinha no pulso. – mas acho que é concentrar chakra e o cristal cresce e leva-nos… Depois logo se vê. – dizia este não mostrando a mínima preocupação…
-- Finalmente… - disse Desu reconhecendo a base escondida sobre o genjutsu… - Kai.
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"Absore e evolui..." esta frase mete-me sempre medo quando a oiço em filmes e jogos...
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