Todo aquele espaço estava repleto de pessoas. Todos se ajoelhavam quando Takumi olhava para eles e todos faziam questão de espalhar flores por todos os locais onde Takumi pisara. Prendas… muitas prendas… aquilo parecia o natal mas sem o pai natal e sem neve e sem pinheiros e só ele recebia coisas. Seria o aniversário dele? Nem pensar! Takumi fazia anos em Novembro. Todos lhe pediam autógrafos e cada vez que Takumi dizia algo todos começavam a gritar: “AAAH o Takumi falooou-me!!!”.
No meio de toda aquela confusão aparece Hana careca que se vira para ele e lhe diz:
- Como o senhor disse que gostava muito do meu cabelo, fiz questão de o cortar para lhe oferecer.
-NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOO – diz Takumi, acordando num sobressalto e possivelmente acordando qualquer um que ainda estivesse a dormir nas redondezas do seu quarto.
- Passa-se alguma coisa? – pergunta Hana, entrando no quarto de Takumi de imediato.
- Não, um pesadelo…felizmente foi apenas um pesadelo. – diz Takumi respirando de alivio.
- Pesadelos não é bom sinal… é sinal que algo o atormenta… existe algo que tens medo… enfim esquece isso agora… tens o pequeno-almoço pronto na mesa da “sala Torréfiée” (torrada em francês) - diz Hana, saindo do quarto de Takumi para o deixar mais à vontade.

Takumi ficou mesmo aliviado por ver Hana como a conheceu. Aquele cabelo era realmente muito belo mas perde a beldade toda se não estiver onde realmente pertence. Takumi estava com vontade de treinar hoje. Desceu para a sala que Hana lhe falara e lá tomou o pequeno-almoço juntamente com Santaku.
- Tio…como consegues tu dar ordens a esta gente? Não te faz confusão? – pergunta Takumi curioso.
- Não tem grande ciência, já é um hábito. Mas acredita que este tipo de vida não nos trás vantagens nenhumas. É um mau hábito mas admito que sabe bem… - esclarece Santaku.
- Então e hoje vamos treinar? – pergunta Takumi ansioso por começar os treinos novamente.
- Claro! Não te podemos deixar parado muito tempo! Ainda há muito a evoluir! – diz Santaku.
- Ainda nem te contei das novas! Curte só isto! – Takumi ao dizer isto começa a concentrar chakra na sua mão esquerda (Takumi é canhoto) e fazendo a forma de uma pistola com a sua mão atira uma pequena bola de água concentrada à testa de Santaku dizendo “bang!”.
- Auch! É pena a bola ter sido pequena e não muito bem concentrada mas a pontaria está lá! – diz Santaku, contente por Takumi ter descoberto o seu segundo elemento.
- Podemos hoje trabalhar isto? – pergunta Takumi ao seu “treinador”.
- Não. Não é isso que tenho planeado para hoje. – responde Santaku
- Então?
- Hoje quero tentar passar para o nível dois da tua linhagem. – diz Santaku, aguardando uma grande reacção por parte de Takumi.
- A SÉRIO????? YOSH!!!! E como isso vai ser? – pergunta Takumi excitado.
- Vai ser muito difícil. Vais necessitar de controlar bem o teu chakra e um pouco de resistência pois acho que das primeiras vezes vai cansar e aleijar – esclarece Santaku.
- Estou pronto para tudo isso! Eu quero é evolouir! – diz Takumi muito entusiasmado.
- Bom então vamos à teoria… isto foi-me ensinado pelo teu tio Chomaru antes de partirmos para Sunagakure. Como já sabes, todos os membros da família Akimichi têm a formidável capacidade de aumentar partes do seu corpo. Ora isso é graças a todos eles possuírem uma grande elasticidade de pele. – explica Santaku, que puxa a pele do braço de Takumi – Ora como já é do teu conhecimento este tipo de técnica necessita de muita energia porque os teus músculos para alargarem de maneira a preencherem o espaço oferecido pela pele necessitam de muita energia… e por isso comes muito. Este novo nível da tua linhagem é conseguida por muitos poucos membros da tua família, mas eu e o teu tio acreditamos que tu tens todas as capacidades para aprendê-la. Portanto, como estava a explicar, todos nós temos um limite de elasticidade de pele, e quando este é ultrapassado a nossa pele começa a rachar. O novo nível da tua linhagem consiste em controlares esse ponto em que a pele se começa a rachar e conseguir assim dividir partes do teu corpo. Para isto vais necessitar para além da energia, uma grande capacidade de controlar chakra e por isso são raros os Akimichis que conseguem este nível.
- Hum.. entendo… mas então o chakra vai ser necessário para quê mesmo? – pergunta Takumi.
- Para duas coisas essenciais. Primeiro, o chakra vai garantir que a tua pele se junte sem te causar danos físicos significativos. Por outro lado também necessitas de um grande controlo de chakra porque a área por onde este vai circular vai aumentar pois em vez de circular por um braço irá circular por dois, três… enfim pelos braços que conseguires duplicar. – responde Santaku.
- E só posso duplicar braços? – pergunta Takumi novamente.
- Não… teoricamente podes duplicar qualquer parte do corpo mas os braços para além de serem mais úteis de duplicar é o membro do corpo mais seguro para ser duplicado… imagina que duplicavas a tua cabeça… podias causar distúrbios gravíssimo no teu cérebro que podem mesmo levar à tua morte. Claro que se fosse executado na perfeição era possível mas errar é humano e nós somos humanos! – responde Santaku.
Então vamos passar à prática! – diz Takumi entusiasmado, limpando a boca que estava gordurosa da comida e levantando-se bruscamente.

Os dois foram para o quintal do palacete treinar pois não era necessário um espaço grande para o que eles iam hoje treinar. Takumi começou por aumentar o seu braço até não conseguir mais. Takumi conseguia realmente aumentá-lo imenso mas nunca conseguia passar o limite de elasticidade da pele… era necessária muita força e consequentemente muita energia para que um musculo alcançasse tal ponto na pele de Takumi. Os empregados da família Washio iam levando bolos em tacinhas para Takumi ir repondo os níveis de glicose e assim conseguir produzir mais energia a nível muscular. Passado umas 2 horas de treino intensivo Takumi finalmente conseguira fazer um pequeno arranhão na pele. Takumi já estava a bufar e a suar por todos os lados. Aquilo necessitava de bastante resistência… Takumi nunca pensou que contrair tantas vezes um musculo e por tanto tempo pudesse ser tão cansativo.
- Nada mau… já temos um arranhão! Sentiste o teu ponto de elasticidade na pele e o que aconteceu a esta? – perguntou Santaku.
- Apenas senti um pouco de dor… nem identifiquei bem o ponto nem senti o que realmente aconteceu com a minha pele – responde Takumi, bufando para o arranhão.
- Tal como o Chomaru me disse que ia acontecer. Vou chamar uma curandeira para te ir tratando dos arranhões e vou pedir para continuarem a fornecer-te bolos e comida. Temos muito tempo até o sol se pôr para conseguirmos pelo menos dividir um braço… mesmo que não consigas mexer o novo braço “temos” que conseguir “criá-lo”. – diz Santaku dando confiança a Takumi.

Os dois continuaram a treinar horas e horas. Nem fizeram pausa para almoço formal, apesar de Takumi praticamente ter comido durante o dia todo. Foram feridas atrás de feridas. As pausas que havia era para Takumi recuperar o fôlego, comer e para ser curado. Aquele treino estava a ser dos mais saborosos mas sem dúvida o mais cansativo e sofrido de toda a vida de Takumi. No final do dia Takumi conseguia já criar um braço novo mas normalmente a pele neste braço novo não se ligava, tendo que ser a curandeira sempre a curá-la. O braço original pelo menos já não sofria lesões significativas. Takumi pela primeira vez na vida não teve vontade de jantar (enfardou o dia inteiro xD) e adormeceu ainda nem eram 21h. Foi um dia bem longo.