- ROAArght! (boceja) Nada melhor que o belo sol matinal do deserto – diz Takumi, levantando-se da cama e abrindo as cortinas do quarto.
- Deseja alguma coisa? – pergunta um empregado do lado de fora do quarto mal nota que Takumi acordou.
- Paz e sossego! – responde Takumi.
Estes primeiros dias em Suna estavam a ser bastante bons. Podia ser coincidência, mas desde que lá chegou já descobrira um segundo elemento (apesar de ter descoberto fora de Sunagakure), havia descoberto um segundo nível da sua linhagem (muito graças à comida disponibilizada por parte dos empregados), conhecera a misteriosa rapariga que surpreendentemente era sua escrava, tinha as portas mais que abertas para evoluir o elemento vento (sendo Sunagakure a vila “especialista” neste elemento) e ainda tinha esperanças de que pudesse encontrar algo mais sobre as suas misteriosas espadas.
- Eh! Chavalo! Vens tomar o pequeno almoço ou nem por isso? – refila Santaku, tentando tirar Takumi do quarto.
- Já vai.. calmex! – diz Takumi calçando uns chinelos para ir tomar o pequeno-almoço.
Quando chegou ao salão onde o pequeno-almoço estava à sua espera deparou-se com uma mesa repleta de comida que com jeitinho dava pequeno-almoço para umas dez pessoas ou talvez mais. Takumi tomou o seu pequeno-almoço enquanto discutia com o tio o que seria importante fazer durante o resto do dia. Chegaram à conclusão que deviam continuar a aperfeiçoar o segundo nível da linhagem de Takumi e Santaku disse que se tudo corresse bem talvez no final do dia Takumi tivesse uma surpresa agradável.
Após o pequeno-almoço, ambos foram para o quintal das traseiras com o objectivo de continuar o treino que no dia anterior começaram. Takumi já estava a conseguir criar dois braços, mas um deles continuava a ser muito dificilmente controlado e era bastante mais pequeno. Enquanto o árduo treino tanto a nível de resistência como de força prosseguia, uma enorme quantidade de comida ia aparecendo no quintal para que Takumi fosse constantemente recuperando as energias. Esta comida nunca podia ser comida em grandes quantidades de uma só vez pois isso iria dar inicio a um processo de digestão alongado e treinar nestas condições pode originar uma congestão e tal coisa não é pretendida por ninguém. O treino continuou a decorrer e tal como no dia anterior as melhorias eram bem visíveis.
- Takumi…agora é que me lembrei! Tu tens o Kage Bunshin! Acho que arranjo comida para os bunshins todos… - lembra-se Santaku, soltando uma pequena gargalhada.
- Com tanto esforço também não me tinha lembrado… isto vai ser ainda mais cansativo mas vai valer a pena sendo que vou evoluir muito mais rápido – diz Takumi criando sete kage bunshins. – Para já são mais que suficientes.
Os oito Takumis continuaram o árduo treino mais umas quantas horas, e quando pararam já eram umas quatro da tarde. Por incrível que pareça a barriga de Takumi nem deu horas para o almoço, mas tal coisa era de esperar sendo que com aquele treino Takumi não parava de enfardar para ganhar energias. Santaku decidiu pôr fim à sessão de treino sendo que Takumi já estava a controlar muito bem o segundo nível da sua linhagem, conseguindo mesmo controlar quase na perfeição seis braços (três de cada lado). Fazer tal coisa gastava tanto chakra e tanta energia física que em batalha usar isto sem ter a certeza que irá vencer no próximo golpe seria um absurdo… ou pelo menos por enquanto.
Ambos descansaram alguns minutinhos e Santaku decidiu começar a explicar a surpresa.
- Ora bem, ontem à noite, estava na minha caminha a pensar e acho que descobri uma coisa que vais gostar. Tens noção que quando as tuas Kaze danbiras reagem com o teu elemento vento ganham a característica de o seu tamanho ser controlável por ti certo? – pergunta Santaku, recebendo um abanar de cabeça afirmativo da parte de Takumi – Então pergunto-me o que acontecerá quando o teu elemento água fluir pelas espadas…
- Vou já experimentar! – diz Takumi animado, desembainhando rapidamente as suas espadas gémeas.
Ao fazer passar o seu elemento água pelas espadas, Takumi descobre que as lâminas desta haviam amolecido e ganho alguma maleabilidade.
- Epá, elas ficaram moles e talvez moldáveis mas mesmo assim está muito difícil mudar a forma destas ou até mesmo dobrá-las – diz Takumi ao tio.
- Fixe! Parece que descobrimos outra função das Kaze danbiras! Pelos vistos vais ser capaz de as “moldar” de acordo com as tuas necessidades… é normal que agora não consigas… o elemento água ainda não corre com muita intensidade no teu chakra, mas isso com treino intensivo vai lá! – diz Santaku confiante.
- Yosh! Vai ser mesmo fixe! – responde Takumi com emoção.
Após esta descoberta Takumi decidiu dar uma volta pela vila para conhecer melhor tudo. Foi visitar uma ou outra lojinha para ficar a conhecer bem a zona e tentou socializar com algumas pessoas que iam passando pelas ruas. Com isto o fim da tarde chegou num instante e consequentemente a barriga de Takumi começou novamente a dar horas. Quando regressou ao “palacete”, Takumi deparou-se para não variar com uma grande mesa repleta de comida. Era incrível como aquela gente juntava tanto cozinhado numa só mesa mas Takumi estava mais interessado em fazer desaparecer a comida do que em descobrir como esta aparece.