-Finalmente em Suna! – grita Takumi correndo em direcção ao edifício do Kazekage, deixando um grande rasto de poeira atrás de si.
Quando chega ao edifício do Hokage depara-se com a rapariga de cabelos esbranquiçados ou talvez loiros que vira depois de um treino, logo a seguir à 1ª fase dos exames chunnin.
- Ah! Afinal és de Suna! Mas continuo a não compreender porque te acho tão familiar. – diz Takumi, dirigindo-se para a menina.
- Olá Takumi… - diz a rapariga muito timidamente.
- Huh? Sabes o meu nome? Agora é que me estou a atrapalhar todo. – diz Takumi desorientado.
- Desculpa, não me apresentei… Chamo-me Hana! Às suas ordens – diz Hana, fazendo uma vénia e ajoelhando-se.
- Hai! Hai! Levanta-te já! Quais ordens qual carapuças! – refila Takumi batendo com os pés no chão - Uma menina tão gira assim ajoelhada até parece mal!
Hana levanta-se de imediato.
- Desculpe! Quer que eu lhe prepare um banho de espuma e sais? – pergunta Hana.
- Pára!!!!!!! Porque estás a ser assim comigo? – pergunta Takumi já quase a passar-se com aquela atitude.
- Desculpe mais uma vez… Passo a explicar: a minha família sempre foi como que a família serva e de certa forma protectora da sua. A sua família sempre foi a grande salvação desta vila. São como que os príncipes de Sunagakure. O primeiro Kazekage foi outrora chefe da sua família… e coube à minha família garantir que todas as regalias eram dadas aos Washio. – explica Hana.
- Hum… mas fica sabendo que comigo não quero que me trates como sendo superior nem quero que me trates por você! – refila Takumi.
-Com certeza Takumi... – diz Hana cumprindo o que Takumi lhe pedira.
- Assim está melhor…olha lá! E o que fazias tu em Konoha? – pergunta Takumi curioso.
- Estava a vigiar-te… não podia permitir que algo de mal te pudesse acontecer. O mestre Santaku em principio estaria lá mas eu, como fiel aos mandamentos da minha família tive que te vigiar. – explica-se Hana mais uma vez.
- Bah! Eu quero se tratado como uma pessoa normal… não gosto dessas coisas de realezas e tal. Bom vou falar com o Kazekage e já venho aqui… até já! – diz Takumi partindo para a sala onde Arashi supostamente está sentado em frente à sua secretária.
Enquanto esteve dentro da sala do Kazekage teve a ouvir um ralhete deste devido ao facto de ter gasto imenso dinheiro em refeições. Takumi teve que explicar que no fundo ele não fez por mal…era genético. Quando saiu descobriu Hana exactamente no local onde a tinha deixado.
- Então e com o que tu te divertes? – pergunta Takumi curioso.
- Não me divirto…sirvo. – responde Hana, muito sinceramente.
- Não?? Vou ter que ser eu a mudar isso! Vais ver que vai ser bom! – exclama Takumi com emoção.
- Eu não sei se isso será assim tão bom – diz Hana.
- Ainda não estás muito à vontade comigo… eu quero que sejas uma pessoa normal… acho-te tão bonita e acho que tens um grande valor dentro de ti… tens que te libertar! Aproveita esta oportunidade! – diz Takumi.
- Tudo bem… Acho que nunca houve algum Washio como tu… todos usam-nos com todo o prazer. – confessa Hana.
- Usar? Que palavra tão feia! – protesta Takumi – Isso é desumano!
- Não é nada… é normal, é humano – afirma Hana.
- Não vou acreditar nisso… não posso! – recusa-se Takumi
Após estas palavras os dois permaneceram em silêncio alguns minutos e começaram a andar em direcção à saída do edifício. Quando chegam lá fora uma pergunta surge na cabeça de Takumi.
- E então onde moro eu? – pergunta Takumi.
- Mesmo aqui – diz Hana apontando para um palacete ao lado do edifício do Hokage.
- Mas estás a brincar? Mifass! Mas isto aqui é tudo mesmo doido pela nossa família! – exclama Takumi incrédulo. – Espera só até eu contar isto ao Kirin e ao Riku e ao resto da malta… vão todos achar ridículo!
- Em konoha estavas melhor servido? – pergunta Hana.
- Não! Em konoha eu era normal não era um “rei” – responde Takumi .
- Sinceramente… nunca vi ninguém assim… todos querem ser “reis” – desabafa Hana.
- Eu não sou como todos então! – responde Takumi.
- Fico feliz por isso… Alguém diferente é sempre necessário para equilibrar o nosso mundo repleto de ganância – diz Hana, piscando o olho a Takumi e convidando-o a entrar no palacete.

Takumi entra e fica abismado com toda aquela grandeza. Tinha uma mesa gigantesca posta cheia de comida como “lombo de camelo”, “escorpião cozido”, “Ramen” e todo o tipo de comidas que Takumi alguma vez imaginou estarem numa mesma mesa. Takumi consolou-se por ali um bom bocado, comendo até não conseguir mais. Todos os empregados estavam a trabalhar imenso para manter aquela mesa cheia pois Takumi estava mesmo a devorar. Takumi encontrou Santaku numa “sala de concentração” do palacete e este apenas disse para que Takumi fosse descansar que eles falariam os dois no dia seguinte. Takumi foi para o seu quarto e deparou-se com uma cama que daria para umas quatro pessoas lá deitadas à vontade. Tudo naquele lugar era exagerado… mas por outro lado aquele local ia ser importante para Takumi aprender muitas coisas, principalmente sobre as suas espadas e sobre a sua família.