Konoha

Passaram-se vários dias desde a sua última missão e Kadmos insistira todas as manhãs em o Hokage o deixar ir a Suna. Ao sexto dia, já farto daquela "perseguição" por parte do Gennin, o Kage, relutantemente, deu-lhe permissão para sair de Konoha e ir ao País do Vento como este lhe pedira...

Hokage Loki – Tens um mês! Durante esse mês tens que ir, tratar de tudo o que precisas e voltar para Konoha! E quando voltares não sais da vila sem ser para missões ou treinos com os teus senseis, aliás Miu deverá ir contigo para Suna.
Kadmos – Ok, Hokage-sama. Isso chega e sobra para o que preciso, irei já hoje para Sunagakure.
Hokage Loki – Muito bem. Trata então de chamar a tua sensei para te acompanhar na viagem. Agora desaparece-me da frente! Já estou farto de te ver rapaz... – Dito isto, Kadmos desapareceu com um Shunshin, temendo que Loki ainda voltasse atrás no que disse.

Tal como lhe mandara o Kage, Kadmos foi chamar a sua sensei para o acompanhar. Correndo pelas ruas da vila, dirigiu-se à casa do clã Furinji e surpreendeu-se quando lá chegou... A casa principal parecia limpa, os vidros todos lavados e as madeiras pareciam novas, a erva do jardim, que antes tinha quase meio metro de altura, estava agora aparada e deixava ver pequenas pedras circulares que descreviam um caminho para a entrada. Até a placa com o nome do clã tinha sido substituída por outra mais limpa e com os kanjis bem definidos.
Percorreu o caminho de pedra e quando ia bater à porta, já Miu a estava a abrir. Apresentava-se num kimono azul claro com pequenos floreados num azul mais escuro, o seu cabelo estava preso e nem parecia a mulher de armas que Kadmos sempre vira. Esta ao ver o seu aluno, pôs uma mão a abafar o "ohayou" que ele ia dizer e com um shunshin arrastou-o para o final da rua...

Miu – Que timing! - Pensou ela - O que queres rapaz?
Kadmos – Miu-sensei eu preciso de ir a Suna e o Hokage disse que só poderia ir se você me acompanhasse... Podia fazer-me esse favor?
Miu – Hum... Isto ainda me pode servir para me livrar "deles"... - Vieste em boa hora Kadmos! Vou já tratar de fazer as malas e partimos para Suna em hora e meia. Que te parece?
Kadmos – Sugoi! Vou preparar as minhas coisas e encontramo-nos no portão de Konoha. Até já! – Respondeu, desaparecendo depois com um Shunshin.

Miu voltou para dentro da sua casa. Aberta a porta da rua seguiu o corredor de madeira até encontrar uma porta de papel, correu-a para a sua esquerda e entrou. A sala estava decorada como as salas dos clãs antigos e poderosos, mostrando a antiga força e poder que os Furinji tiveram em Konoha. Na pequena sala, estava um casal sentado em frente a uma pequena mesa, o casal, pais de Miu, era constituído por Furinji Wami, uma mulher que rondava os 50 anos e que vestia um kimono nas mesmas cores do da filha mas mais pequeno e pelo pai, Furinji Engo, também na casa dos 50 anos e mantinha uma pose severa que demonstrava a sua personalidade inflexível.

Engo – Finalmente voltaste Miu. Quem era à porta e porque demoraste tanto? Sabes bem que a nossa conversa ainda não acabou…
Miu – Perdão Oto-san. – Sentou-se de pernas cruzadas numa almofada do outro lado da sala. – Era Kadmos o meu aluno Gennin, preciso de acompanhá-lo a Sunagakure. Terei que sair daqui a uma hora…
Engo – Ainda não percebi porque decidiste seguir uma profissão shinobi. Continuando a nossa conversa, como eu e a tua mãe já dissemos, achamos que está na hora de te casares…
Miu – Outra vez isso? Já disse que eu é que decido quando isso vai acontecer. – Interrompeu ela.
Engo – … e nós estivemos à procura de um noivo para ti. Ele virá a Konoha daqui a umas semanas para se conhecerem.
Miu – O que? Vocês não tinham o direito de tomar tal decisão!
Wami – Miu, querida, tens já 25 anos, quase 26! Não há homem nenhum, com juízo é claro, que aceite casar-se com alguém nessa idade. Ainda mais com um temperamento tão explosivo e resmungão como o teu. Por isso, mesmo que vás a Suna tens cerca de 2 semanas para estares aqui e preparares-te para o conhecer.
Miu – Só me apetece… Argh! – Continha-se ela… – Wakata, Oka-san. – Respondeu ela, engolindo parte do seu orgulho. – Irei preparar-me para a viagem com o meu aluno. Com a vossa licença.

A rapariga levantou-se e saiu em silêncio da sala. Estava fula com o que lhe acabavam de dizer, apesar de esperar a atitude tomada pelos seus pais. Era normal no seu clã as mulheres casarem-se cedo e ela era das poucas a conseguir ficar solteira durante tanto tempo.

Miu – Ao menos se o Takao estivesse aqui…

Suna

Chyuri, a anciã dos Brisingr recebia a recém-chegada Ashante. Esta voltava de uma viagem ao País da Pedra, voltava sorridente e satisfeita consigo mesmo…

Chyuri – Bem vinda. Como correu a tua jornada?
Ashante – Correu bem, Chyuri-dono. – Respondeu após fazer uma leve vénia. – Foi produtiva. – Disse mostrando um sorriso que emanava confiança.
Chyuri – Como esperávamos… Os preparativos para a celebração estão concluídos. Vamos?
Ashante – Queria ver se descansava um pouco… Uma hora no máximo. A viagem foi desgastante.
Chyuri – Vá… Tem uma hora, após isso irei buscá-la para o ritual, temos que o fazer o mais depressa possível.
Ashante – Arigato Gozaimasu. – Afastou-se de seguida, dando a sua mochila e restante bagagem a duas empregadas que a esperavam e dirigiu-se para o seu quarto.

Uma hora depois, tal como combinado, Ashante estava numa sala iluminada por algumas tochas presas nas paredes. Seis monges estavam reunidos num círculo, à sua frente pareciam estar desenhados vários símbolos em giz. No estranho círculo de ritual cinco kanjis liam-se perfeitamente: Terra, Vento, Fogo, Raio, Água, todos eles estavam ao longo de um círculo maior e no centro, estava posicionada Ashante.

Chyuri – Preparada?
Ashante – H-Hai. – Respondeu depois de engolir em seco. Sentia-se sempre pouco cómoda quando eram estes rituais.
Chyuri – Muito bem. Comecem, a partir de agora só voltaremos a parar daqui a 27 horas e 28 minutos.

Os seis monges fizeram sequências de selos em sincronia e depois bateram com as palmas das mãos no círculo de giz. O desenho ganhou um brilho azul-esverdeado e uma luz branca surgiu em volta da rapariga. O chakra dos seis monges era redireccionado para o ritual e o amuleto que estava ao pescoço da sacerdotisa brilhava pela segunda vez.
A tatuagem no braço direito dela começou a mostrar uma cor castanha e o kanji Terra mostrava a mesma cor. A luz azul-esverdeada era também substituída pelo mesmo castanho e ao fundo da sala, notava-se numa sombra a aparecer…

Spoiler:

Konoha, portão Norte

Kadmos e Miu estavam já no portão, esperavam pela confirmação da autorização de saída por parte do Hokage. Ao longe viam um chuunin a chegar a grande velocidade, parou mesmo à frente da pequena “cabine” dos guardas do portão e falou com eles por alguns momentos, partindo de seguida. Miu aproximou-se dos chuunins que permaneciam sentados e alguns minutos depois voltava para perto de Kadmos.

Miu – Vamos rapaz… Está na hora de correr.

Bom filler. A Miu foge do casamento como o diabo foge da cruz

Mais um poderoso filler do All mighty Kadmos.
Agora mete os significados de tudo o que disse ao contrário e verás a minha verdadeira opinião xP

Naa, just kidding. Continua assim
(Omg, a Miu )