Episódio Anterior: [Kyuushu Naimen] Treino 1 – A EntradaNo episódio anterior:- Spoiler:
Suiho e Seyur meteram-se lado a lado, e olharam para o guarda. Sueji não percebeu porquê, até dois teppoudamas sairem disparados na direcção do guarda, fazendo-o ficar atordoado e dar a chance de Sueji o por KO com a parte cega da Zambatou.
Kadmos e Kazumi vieram ter com aqueles dois, depois de terem derrotado os seus respectivos adversários. Os quatro entreolharam-se, e entraram na gruta, sem saber o que os esperava.
[Kyuushu Naimen] Filler 7 – Pistas Falsas
Os 4 rapazes entravam num “gruta”, que não fazia jus à sua concepção inicial. Para o aspecto que aparentava à entrada, o interior estava bastante “arrumado”. Era um local pequeno, com apenas 2 portas presentes em todo o seu comprimento. Os Gennins iam avançar, mas o pequeno Chunnin não o permitiu.
- Não temos ordens de avançar sem a presença de equipas de Jounnins aqui – disse Seyur, preparando-se para comunicar a sua presença e actual situação – Não cumprimos o estipulado lá fora, vamos fazê-lo cá dentro. Não é, senhor Kad... Onde é que ele está?
- Por favor, não outra vez! – exclamou Kazumi, ao ouvir um clique de uma porta a abrir. Kadmos encontrava-se a agarrar na maçaneta e a espreitar pela primeira porta do local.
Ao ver que a sala estava aparentemente vazia, o Gennin de Konoha decidiu entrar, mas uma dor trespassou-o. Lupus trincava-lhe o calcanhar, impedindo-o de entrar. Kadmos tentava soltar-se, mas o Smilodon insistia em não o deixar desrespeitar as ordens do líder da equipa. Kazumi aproximava-se dos dois, rindo-se com a cena e com as figuras que Kadmos fazia a o tentar afastar Lupus. Sueji estava sentado no chão, aparentemente a descansar de aguentar com o peso da Zanbatou durante todo o dia, e Seyur utilizava o rádio para avisar a equipa de Jounnins mais próxima, já que Kazumi e Lupus tinham a situação “controlada”.
- Lupus, larga-me ou vou ter que me chatear... – murmurou Kadmos, farto de não o deixarem entrar na sala – Está vazia, é só entrar e verificar o que lá está.
- Larga-o Lupus – disse Kazumi, amarrando Kadmos depois de o Smilodon o largar – Tens mesmo a certeza que está vazia? O clique da porta a abrir pode ter dado o alerta e alguém se ter escondido lá dentro, para nos emboscar.
- Eu não sinto nenhuma presença, por isso não há problema – disse Kadmos, tentando entrar, mas sendo impedido por Kazumi – Vou entrar, QUER QUEIRAS QUER NÃO!
O grito de Kadmos fez com que o Gennin de Suna o largasse e o deixasse entrar. O de Konoha, não entrou a bem, mas arrombou a porta, fazendo o dobro do barulho de antes. “Primeiro não fala e está cabisbaixo, depois fica enérgico e passa a berrar?!”, pensava Kazumi, não reconhecendo o seu amigo, já que este parecia estar bastante alterado. O Gennin de Suna não quis deixar o seu companheiro sozinho e entrou também, após Kadmos encontrar um interruptor para acender a luz.
- Parece que afinal eu tinha razão, não está cá ninguém – disse Kadmos, sem se virar para Kazumi.
- Hai hai, agora vamos ver o que aqui temos – disse o Gennin de Suna, um pouco impaciente com a situação.
A sala era pequena, com as paredes de um tom amarelado, parecendo-se mais com lixo do que com tinta. Uma estante, duas secretárias e duas cadeiras constituiam-se como a mobília da sala. Na estante, várias pastas pareciam arquivar processos e havia 5 caixas também. O Gennin de Suna começou a examinar as caixas, enquanto Kadmos comia um bolo que se encontrava em cima de uma das secretárias.
Todas continham material ninja como kunais, shurikens, makibishis, Kibaku Fuudas e linhas shinobi, cada qual numa caixa. Kadmos abria as gavetas das secretárias, encontrando apenas lenços com ranho e canetas completamente “chacinadas”. Entretanto, Seyur entrava na sala, mas Sueji não o seguia.
- O Sueji? – perguntou Kazumi, ao ver o Chunnin sozinho.
- Diz que vai ficar lá fora sentado mais um tempo e que já cá vem ter. E disse para dizermos “Ajuda-nos Rei Sueji!”, se alguma vez nos encontrarmos em apuros – disse Seyur, metendo a mão na cara – O que encontraram?
- Nestas 5 caixas há material ninja, podemos usá-las para nos “reabastecermos” de material – respondeu Kazumi, apontando para as caixas que estavam na estante – E ali o Kadmos apenas encontrou lenços usados e canetas partidas.
- Muito bem, vai-nos dar jeito isso – disse Seyur, começando a encher a sua bolsa com o que precisava.
Enquanto o Chunnin se “reabastecia”, Kazumi pegava nas pastas com que se encontravam na prateleira acima da das caixas e pousava-as todas numa das secretárias. Abriu uma e viu que esta continha informações de várias pessoas, com respectivo nome, idade, vila natal e por aí fora. Continha também fotografias de todas as pessoas e em cima das mesmas uns carimbos. Estavam um pouco borratados, mas mesmo assim Kazumi conseguiu ler o que estes continham. “Morto” ou “Inapto”.
- Seyur, chega aqui e dá uma vista de olhos nisto – pediu Kazumi, passado a pasta a Seyur, que a começava a analisar.
- Tantos mortos... Parecem ser shinobis testados para serem alvos de experiências. Serão aqueles que foram raptados? – perguntava-se Seyur, depois de ler uma ficha completa.
- A gruta tem outra porta, mais à frente desta. Isto parece apenas ser a sala de convívio dos guardas, é possível que todos os corpos sejam lá mantidos... – disse Kazumi, lembrando-se do que vira da gruta – Quanto ao facto de serem os raptados, é bastante provável, apesar de achar que os Gennins seriam demasiado fortes para serem considerados “inaptos”. E também não conheço nenhum nome da lista.
- É uma hipótese, temos de a analisar cor... EI! – exclamou Seyur, depois de Kadmos lhe roubar a pasta e começar a folheá-la freneticamente.
- Onde é que ele está?! Ele tem de estar aqui! – gritava o Gennin de Konoha, quase arrancando as páginas à procura.
- O KOUSHIROU NÃO ESTÁ AÍ! – berrou Kazumi, aparantemente farto das atitudes de Kadmos – Já vi a lista e ele não está aí. Vê se se comportas pá!
Kadmos nem respondeu, apenas fechou a pasta e a pousou no sítio, começando a olhar para o tecto. “E pronto... Tanto parece que tomou doping como a seguir parece uma menina a olhar po tecto”, pensava o Gennin de Suna, abanando a cabeça. Com o barulho que se tinha gerado, Sueji foi ter com os companheiros à sala, de forma a ver o que se passava.
- Ah Sueiji, chegaste mesmo a tempo - disse Seyur, que ia começar a explicar o que iriam fazer – Visto que já entramos aqui e vimos que a guarda aqui não é muito apertada, vamos para a sala seguinte. Lá estaram possivelmente todos os corpos das pessoas das fichas.
- Mas precisamos de ter muito cuidado. Se realmente lá estiverem os corpos, é bastante provável que hajam armadilhas ou coisas do género – disse Kazumi, começando a dirigir-se para a porta com Lupus a seu lado.
- De que estamos à espera? – perguntou Sueji aos outros dois, começando a seguir Kazumi.
Saíram da sala e dirigiram-se para o fundo da gruta, em direcção à outra porta. A meio do caminho, Lupus parou. A sua paragem causou uma reacção imediata nos rapazes, que se puseram em posição defensiva, menos Kadmos que continuava de mãos nos bolsos. O Smilodon tinha um cheiro bastante apurado e se ele sentisse alguma coisa, era sinal que o perigo poderia estar iminente.
- Que se passa Lupus? – perguntou Kazumi, preocupado com o companheiro animal.
- Vão vocês, eu vou ter de ficar por aqui. O cheiro que vem da sala é insuportável, parece de cadáveres em putrefacção – disse o Smilodon, visivelmente incomodado.
- “Eu acho que também fico Seyur, não sou grande fã de maus cheiros” – telepatizava Suiho, descendo do ombro do Chunnin, que transmitia o pedido do companheiro- O Suiho fica contigo Lupus.
- Tudo bem, mas tenham muito cuidado, não queremos que se magoem – disse Kazumi, recomençando a sua marcha e desapertando o hitaite que tinha à cintura.
Seguindo-se por aquilo que Lupus dizia, provavelmente o cheiro não os permitiria avançar lucidamente pelo que estava atrás daquela porta, por isso Kazumi usava o seu hitaite na cara, tapando-lhe a boca e o nariz. Os outros 3 também passaram a usar aquela “máscara” improvisada, enquanto finalmente entravam porta dentro.
Lupus não tinha falhado. Mesmo com os hitaites a proteger os narizes, o cheiro que “atingiu” os 4 shinobis era insuportável. Kazumi fora o primeiro a entrar, ambientando-se parcialmente ao cheiro. Mas aquilo que pisou não o deixou lá muito contente, ainda teve pior efeito que aquilo que cheiravam. O chão estava repleto de um líquido, pouco mais viscoso que água e com o vermelho vivo como cor característica.
- QUE NOJO! O chão está cheio de sangue! – gritou Kazumi, recuando um pouco.
- Não te preocupes com isso. Lá fora mando-te um Doringan que ficas logo limpinho – disse Seyur, rindo-se em conjunto com Kazumi.
Os rapazes iam avançar, até que alguém passou a correr. Para não variar, era Kadmos que procurava pelo seu companheiro Hyuuga Koushirou.
- KOUSHIROU! – gritava Kadmos, correndo e esparrinhando sangue para os seus colegas.
- NÃO KADMOS, PODE TER ARMA... dilhas – gritava Sueji, abrandando ao ver que Kadmos tinha pisado um quadrado no chão, que descia e penetrava no mesmo.
Da parede da esquerda, abria-se um buraco rectangular e uma espécie de bancada saía de lá. Todos esperavam que fosses disparadas kunais ou outros objectos, mas tal não acontecera. Na bancada estavam vários objectos para uso médico, como bisturis e outras coisas mais. Vários espaços se abriam depois do aparecimento daquela bancada, todos em linha recta e na mesma parede. Tochas acendiam-se do outro lado, mostrando um corredor enorme, com várias celas.
- Parece que encontramos os nossos prisioneiros – disse Sueji, admirando a vastidão do corredor.
OST - Obrigatório clicar
Kadmos começava novamente a correr e olhava para todas as celas à procura de uma cara conhecida. Vendo que não havia perigo, os outros 3 rapazes nem se preocuparam com mais uma das atitudes de Kadmos e seguiram-no, mas mais devagar. Quando chegaram à primeira cela, a visão que tiveram fora horrível. 3 cadáveres estavam lá, ora no chão, ora encostados à parede.
Rapidamente, passaram a cela e entreolharam-se, horrorizados com o estado em que aqueles corpos se encontravam. Mais recompostos, os 3 decidiram avançar para a seguinte, todos juntos. Na 2ª cela, apenas havia mais do mesmo, apesar de esta vez o amontoado de corpos ser maior. Seguiram para uma 3ª cela e viram algo extremamente chocante. Um homem, praticamente sem carne no corpo, comia o braço de outro homem, já morto.
- Eu não aguento mais isto, vamos embora e deixemos isto para os Jounnins – pediu Kazumi, visivelmente incomodado.
- Eu cá concordo – disse Sueji, desviando o olhar da cela.
- Acabei de receber um comunicado do exterior, a equipa de Jounnins está lá fora e estão a perguntar por nós. Vamos sair – disse Seyur, depois de ouvir algo no intercomunicador.
Entretanto, Kadmos voltava a correr, com o hitaite na mão e amarrado à barriga. Nem falou para os seus companheiros, apenas se limitou a passar por eles e encostar-se a um canto, começando a vomitar. “É o que dá comer antes de vir para um sítio destes”, pensava Kazumi, ajudando Kadmos a sair da sala e da gruta.
No exterior, 4 Jounnins aguardavam os rapazes. Kadmos saiu a correr e encostou-se a uma parte da gruta, recomeçando a vomitar. Kazumi, Sueji e Seyur foram ter com os Jounnins e explicaram tudo o que se tinha passado antes, com a luta contra os guardas, e depois de entrarem na caverna.
Algum tempo depois
Os Jounnins acabavam de se ir embora, depois de inspeccionarem a gruta e deixavam os rapazes com trabalho em mãos, encontrar a base verdadeira.
- Como é que é suposto encontrarmos agora a base verdadeira? Podem haver muitas outras falsas como esta – dizia Kazumi, vendo que a habilidade de busca dos seus Smilodons poderia ser ineficaz.
- Eu tenho uma ideia – disse Sueji, com um sorriso sarcástico na cara.
O Gennin de Kiri dirigia-se para os 4 guardas da base falsa, que se encontravam amarrados e encostados a uma das muitas árvores à volta da mesma. Parecia estar a murmurar algum e a apontar o dedo de guarda em guarda, como que a fazer “pim, pam, pum”. Quando chegou à beira destes, desembainhou a sua Zanbatou e “meteu” a cabeça de um dos guardas pelo buraco que a mesma tem perto do cabo.
- Oh jovem agricultor, temos umas coisinhas para lhe perguntar, mas primeiro prometa-me que não choras – disse Sueji, ao ver o olhar assustado do guarda perante aquela situação.
- E-Eu não digo nada, nem que morra aqui! – gritou o guarda, tentando cuspir na cara de Sueji, mas foi interrompido por um soco de Kazumi.
- Ou falas, ou levas. Qual preferes? – perguntou Seyur, com um sorriso maléfico.
- Não digo NADA! – gritou o guarda.
- Posso? – pediu Kadmos, chegando-se ao guarda – Magen, Narakumi no Jutsu.
O Gennin de Konoha tocava na testa do guarda e fazia-o ter visões terríveis, que o puseram a tremer. Mesmo sobre o efeito do Genjutsu, o guarda não abria a boca. Kazumi repetia o que Kadmos fizera, lançando o mesmo Genjutsu que o seu amigo fizera. O guarda, treinado para aquele tipo de situações, continuava a recusar-se a dizer uma única palavra.
- Parece que vamos ter que usar algo mais forte – disse Kazumi, começando a concentrar uma quantidade de chakra superior à normal – Shikumi no Jutsu!
O guarda tentava aguentar a todo os custo as visões que estava a ter. Kunais e shurikens trespassavam-no e não era muito agradável. Para além de amarrado, este estava completamente paralizado, quase nem conseguia mexer a sua boca. Kazumi diminui um pouco a quantidade de chakra.
- Vais falar ou não? – perguntou Kazumi.
- H-h-hai... Eu digo o que quiserem, mas por favor parem! – exclamou o guarda, completamente ofegante.
- Diz-nos como podemos chegar à base verdadeira – disse Kazumi, cancelando o Genjutsu.
- A base verdadeira encontra-se a Oeste daqui, a cerca de 25 minutos de viagem – murmurou o guarda, ainda a tremer.
- Bingo – disse Seyur, pondo o guarda inconsciente.
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Finalmente acabei isto... Desculpem a demora pessoal ^^
Espero que gostem e não se assustem com tamanhos