- Este será o homem que vos irá supervisionar durante todo o vosso castigo: Uchiha Itachi!
Broly, Makimoro e Akane não conseguiram ocultar o ar surpreso que lhes arrepiou a espinha. A presença de Itachi era tão pesada que, ao entrar apenas, parecia já ter prendido todos num genjutsu.
- Yo. Já vos conheço e parece que também já me conhecem, sem mais demoras vamos lá fora iniciar o programa que vos preparei. – “Cumprimentou” ele, parecendo estar de mau humor, desaparecendo num shunshin. Akane simplesmente desapareceu como se fosse um espírito, já Broly e Makimoro retiraram-se de maneira normal.
A saída, Broly estende a mão da mão da porta da rua, pronto para a abrir, quando a mesma agarra o pulso de Broly e, no centro da porta, uma enorme boca se abriu, rugindo como se fosse um animal feroz. Broly e Makimoro recuaram num impulso devido ao sobressalto, preparando-se para investir contra a “porta selvagem”, passando por esta como se mal existisse, pois, na realidade esta não existia. Era outra partida de Akane, que no exterior rir-se a brava com a cara de parvos dos dois.
- Muito bem jovens. – Começou Itachi, assim que se juntou a eles no exterior. – Vocês irão recolher as batatas do terreno atrás de vocês. Não me perguntem quantos metros quadrados tem, só vos digo que são muitos. E antes que reclamem, se não o fizerem serão despromovidos.
Parecia um pesadelo, mas era a realidade. Ambos teriam de se submeter a este inferno até serem perdoados devido as suas atitudes passadas. Mas quanto tempo duraria? Dias, semanas, meses, anos... quanto mais pensavam nisso, mais demorava o tempo a passar.
Quase um dia se passou e ainda nem metade do trabalho estava concluído. Broly, queixoso das costas como um idoso, sentiu um toque no ombro enquanto indignadamente prosseguia o seu trabalho. Era Makimoro, o que este estranhou, visto que muito raramente este metia qualquer tipo de conversa.
- Broly, o que é ela? – Perguntou ele, referindo-se a Akane que também recolhia batata mal-humorada, mas era a única que não parecia sequer ter começado: Não reflectia qualquer tipo de cansaço, seu corpo e roupas não apresentavam qualquer sujidade, e não se queixava de nenhuma dor, o que naquela circunstância era algo completamente impossível.
- Também notaste? Ela não emite qualquer presença ou vida, parece que mal existe, e que estamos perante um espírito ou algo do tipo. - Respondeu Broly, exclamando um intenso “Aí!” devido a uma dentada que sentiu na mão, deixando cair a batata que, para sua surpresa, tinha olhos, boca e pernas. As batatas todas ao seu redor começaram a mover-se e a emitir uns pequenos ruídos, como se de pequenos insectos se tratassem, na direcção dos pés de Broly e Makimoro. Da mesma maneira que estas, do nada, apresentaram essa estranha vida, pararam de se mover e voltaram ao normal, nem era preciso pensar muito para saber o que se tinha passado…era obra da Akane que parecia tê-los escutado ao longe, que agora ria-se a brava das suas caras.
70 horas foi o tempo que esta missão demorou. Broly e Makimoro estavam completamente estafados, e ver Akane como se nada fosse só lhes aumentava a ansiedade.
- Makimoro, que é feito da Nakamura? Sei que ela foi contigo para suna. – Perguntou Broly, algo que já a algum tempo lhe queria perguntar.
Makimoro não respondeu a Broly, e o silêncio durou alguns minutos.
- Morreu. Fomos atacadas por um Ruthen. Já deves saber o que é o clã Ruthen, e que os seis membros mais fortes do clã são possuidores de kuchyoses demoníacas, tal como a tua. Enfrentamos um destes seis, seu poder era ilimitado, não tivemos qualquer hipótese! – Exclamou ele por fim, dando murros numa rocha até esta quebrar. Naquela situação, Broly achou que um silêncio da sua parte seria a melhor resposta. - E que é feito dele, o teu Belzebu?- Perguntou ele, mudando de assunto, tentando também mudar de humor.
- Foi roubado pelos vampiros, caímos numa cilada. Irei atacar Hoshigakure quando tiver oportunidade, e definitivamente o resgatarei. – Respondeu, de forma calma.
- Hoshigakure é a vila que tem a mais rápida evolução em nível de população, qualquer dia terá tantos habitantes como uma das grandes vilas, e sua invasão é tarefa impossível para qualquer humano. No entanto, irei contigo. Afinal foi devido ao teu, quer dizer, ao Chrono que perdi os poderes e fui para suna, temos contas a ajustar. – Disse Makimoro, tentando evitar dizer que Chrono era irmão de Broly, mantendo o segredo deste ser um vampiro de Akane. No entanto, suas palavras pareciam ser sinceras, apesar de proferidas de modo pouco emotivo.
- Que surpresa agradável ouvir isso de ti, anti-social idiota. Neste caso, também estarei contigo quando decidires vingar-te de Nakamura, afinal também tenho contas a ajustar com estes caçadores. – Disse Broly, estendendo o punho para Makimoro num sorriso cínico. Makimoro devolveu o sorriso e, bem devagar, encostou seu punho ao dele. Akane, de seguida, colocou sua mão por cima dos punhos dos dois jounins sorrindo.
- Então temos objectivos em comum. Nesse caso também lutarei com vocês, ambos nos ajudaremos mutuamente. – Começou ela, mudando radicalmente de expressão para um ar mais sério. - Minha mãe foi morta por um vampiro, e meu pai faz parte da top seis do clã Ruthen, e proíbo-vos de lhe tocarem com um dedo que seja. Sou eu quem o vai matar. – A sua presença foi finalmente sentida, assim como seus batimentos cardíacos, respiração, e etc, o que deixou Broly e Makimoro ainda mais confusos quando ao seu segredo, mas impressionados com a intenção assassina que sua aura libertava, que pouca admiração deram a surpresa que esta acabara de revelar. – Que coincidência conveniente termos objectivos em comum, visto que trabalharemos juntos durante algum tempo. – Disse ela a rir. Parecia conseguir mudar de humor tão bem como a pregar partidas.
- Coincidências não existem, foi o destino que nos juntou. – Cortou Broly, pela primeira vez proferindo a palavra “destino” num tom de gozo, mas fez todos rir um pouco.
- Parece que finalmente partilharam alguns diálogos interessantes entre si. Acho que já chega. – Pensou Itachi, acercando-se deles. – Terão uma oportunidade de provar que são dignos de ser membros da ANBU, e se assim o conseguirem o vosso castigo terminará, e farão parte do esquadrão 7. Sigam-me. – Anunciou ele. Foi algo tão inesperado e directo que os três mal reagiram, por não saber como o fazer.