Anterior…Dokizune Kamui
Filler 16 – Primeira Noite de Tempestade
─ Bem, precisamos de te arranjar umas roupas mais quentes não é verdade? – Perguntou Mirino ao olhar pra o rapaz que ali tremia.
─ Po…pois. – Por momentos desconfiou de tanta hospitalidade e amizade à primeira vista, mas bem talvez fosse esta parte cívica do lado Este que fizesse com que não haja guerras. – O meu problema é não ter dinheiro, preciso de ganhar uns extras primeiro.
─ Ah, sendo assim. Conheço um alfaiate aqui na vila, talvez o melhor de todo o Este, ele oferece-te a roupa se o conseguires impressionar num duelo.
─ Acho que sou capaz disso. – Disse Kamui com ar pensativo interrogando-se a si próprio a coçar o canto do lábio. – Vamos a isso então.
(Duelo Aqui)
─ Assentam-te bem, ahaha. – Disse Mirino olhando para o novo Kamui com aquelas roupas, soltando uma enorme gargalhada.
─ Não gozes, eu gosto. Dá-me um ar mais formal. – Disse Kamui ao apertar o nó da gravata, igual ao alfaiate com quem lutara, também ele agora possuía um fato. Casaco e calças azuis bastante escuras, uma camisa branca e uma gravata vermelha. Dentro de várias gravatas ele preferiu a vermelha. Parecia estranho mas aquele fato apertado era bastante confortável e bem quente, óptimo para o clina frio da Hantoumei. O clime de Hantoumei era a coisa que mais espantava Kamui, era frio, bastante frio, mas devia ser quente, com todos aqueles vidros como poderia ser frio? Mas era, de alguma forma.
Contente com as suas roupas agora só lhe faltava, uma casa, para si e para os seus amigos. Sob ordem de Kiba, ele teria de arranjar uma casa para si e para os seus colegas. Decidiu então pedir ajuda a Mirino.
─ Olha conheces algum sitio onde possa arranjar casa?
─ Hmm, tu deves ser um rapaz cheio de sorte, porque eu conheço montes de coisas aqui e casa não é excepção.
─ Óptimo, óptimo. Achas que dá para três pessoas?
─ Sim, sim. Os apartamentos nas torres principais são bastante grandes.
De certa forma ficou preocupado com a probabilidade de ficar num andar bem alto, não temia trovões mas também não era um fã. Seria um problema era se Tsubame ou Suzako tivessem medo, Rokuu estava destinado a morar num outro lado. Ordens do Kawakage, talvez por saber que o rapaz era bem manhoso e gostava de umas boas noitadas.
Desceu as escadas do seu prédio, acompanhado por Mirino. Tinham acabado de ver a casa em conjunto com uma mulher sedutora que representava a imobiliária. Kamui não tinha conseguido ignorar as curvas da mulher ao percorrer o soalho. Na sua cabeça ela era uma mulher, mas na realidade pouco mais velha que ele era, cinco seis anos, o que lhe dava uns belos 21 anos. Que corpo…
─ Bem Kamui, vou andando, vemo-nos por aí. – Disse Mirino, mas voltou a falar depois de reparar que o novo habitante da sua vila estava a babar-se pelo rabo da representante da imobiliária, que com uma saia formal, justa e elegante, acompanhada por umas pernas divinais e um salto alto,
tok tok, tão fino como um cabelo. – Vai lá meu, é a primeira noite na vila. Diverte-te, hahahah. – Riu-se Mirino com o conselho pervertido que dava ao amigo.
─ Podes crer que vou. – Riu-se também Kamui, mediu as palavras que disse e perguntou-se a si próprio se estaria a ficar um Rokuu, mas avançou na mesma depois de responder ao seu cérebro que não.
Resultado, um inicio ed noite muito bem passado. Teve coragem para a convidar para o bar, de imediato ela revelou-lhe que nunca tinha conhecido um ninja. Kamui aproveitou isso para se fazer à rapariga, agora já a levava como rapariga e não mulher. Num bar, no rés-do-chão do seu prédio a rapariga desinibiu-se da profissão, desapertou o rabo de cavalo sacudindo os cabelos o que dava uma pequena erecção a Kamui. A meio da noite, já tudo tinha acontecido nos lençóis da sua nova cama. Tinha sido bastante fácil, talvez pelo facto de ser um ninja numa vila normal. Anormalmente, dadas as histórias que Rokuu contava, esta rapariga era diferente e pediu para se ir embora ainda a noite ainda não ia a meio. Kamui sentiu-se porco ao não se interessar, pois a parte boa já tinha ocorrido. Abriu a porta do novo apartamento e levou-a à rua. Começava a relampejar, fortemente. A rapariga correu para uma beco de vidro escuro mais protegido ao sentir a tempestade, e Kamui apenas olhou para os céus negros. Que sorte no primeiro dia, havia logo tempestade.
─ Ah espera… - Disse Kamui ao reparar que lhe tinha ficado com o anel, num gesto de a chamar esticou a mão como se a puxasse, a mesma mão que tinha o anel da rapariga. Nesse mesmo instante um relâmpago mais fraco caí sobre o anel e colocou Kamui a ver flashes brancos sem saber o que fazer. Até que acordou no chão, ainda de noite. Apenas tinham-se passado cinco minutos de dormência no chão. Levantou-se estranhamente, sem se sentir mal, sem nenhuma tontura, sem nenhum problema físico nem psicológico. Bastante estranho, mas como não sentia nada de mal foi dormir pela primeira vez em Hantoumei, e pela primeira vez em dias. Tentou dormir, mas não conseguia os relâmpagos faziam demasiado ruído para uma alma não habituada a tal. Já se havia passado meia hora quando lá conseguiu fechar os olhos por momentos e dormir sossegado.
Durou o mesmíssimo tempo que uma borboleta a bater as asas, o seu corpo em repouso despertou uma dor enorme. Abriu os olhos, viu raios vermelhos envolverem-lhe todo o corpo. Procurou pelo quarto quem lhe estava a fazer aquilo, mas não era ninguém. Foi então que começou a gritaria. Os raios insuportáveis, como um formigueiro carnívoro que lhe mordia a carne. Vermelhos fortes como a sua dor iluminavam o quarto, os gritos acordavam grande parte do prédio que não era grande e a revolta espalhava-se pelo chão quando este cerrava os dentes, arfava sofregamente libertando saliva, e arranhava o chão com as unhas curtas, fechava ainda os punhos fazendo força para dentro como se quisesse libertar da dor que o rodeava por raios vermelhos, que vinham de si. Alguém lhe deu um pontapé na cabeça, nesse instante as luzes vermelhas que eram os raios foram-se se extinguindo lentamente.
─ Obrigado. – Agradeceu Kamui ainda ofegante, ao olhar para cima e perceber que aquele pontapé tinha-lhe sido dado por um amigo que tão bem conhecia…
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têm dito que estou a escrever muitos enches chouriços, este pode parecer, mas não é