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[Missão Privada Rank D] Vandalismo EJWNGUN
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[Missão Privada Rank D] Vandalismo EJWNGUN


E o ciclo da vida repete-se! As pacíficas vilas voltam a unir-se para combater um mal em comum. Vem conhecer o melhor e mais antigo role play de Naruto, totalmente em português.
 
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 [Missão Privada Rank D] Vandalismo

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L Mars

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MensagemAssunto: [Missão Privada Rank D] Vandalismo   [Missão Privada Rank D] Vandalismo Icon_minitimeQui 16 Dez 2010 - 19:04

Descrição da missão: Actos de vandalismo têm assolado uma aldeia a norte da vila de Kumogakure. Deverão ir até lá, ajudar a reparar os danos causados e tratar do problema. Tragam os culpados até Kumogakure para se decidir o que fazer com eles.

Personagens:
Hiyama Kyohei (personagem principal)
Ionaz Lormanhei (personagem secundária no spoiler)

Recompensa: 150 ryos + 1 scroll de novo jutsu + 1 ponto de mérito

Spoiler:
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MensagemAssunto: Re: [Missão Privada Rank D] Vandalismo   [Missão Privada Rank D] Vandalismo Icon_minitimeSeg 20 Dez 2010 - 0:36

- Finalmente! - Com um salto acrobático, passei por cima do sofá da sala para me sentar nele. Comigo levava uma taça de pipocas acabadas de fazer e a televisão mostrava os desenhos animados que davam habitualmente durante a manhã. - Estava a precisar de um dia de folga da biblioteca e da minha hitayate. Finalmente um dia para o passar a comer pipocas e a coçá-los! - Só para entrar no ambiente cocei-me nas partes baixas com a mão esquerda. Agora sim, estava pronto para descontrair o resto do dia.
Toda a minha família estava já fora de casa. Era o dia perfeito! Ninguém para me chatear, televisão só para mim e as tão apetecidas pipocas mesmo à minha beira. Comecei a fazer um pouco de zapping quando a campainha da porta me assustou! Esperei que alguém atendesse aquele inoportuno visitante... Mas logo me lembrei que era o único em casa.
- Bah! Tou de folga porra! - Arrastei-me até à porta. Estava ainda de pijama e chinelos quando abri a porta de casa. À minha frente estava uma rapariga morena, fardada com o uniforme shinobi da nossa vila. Olhei-a de alto a baixo, avaliando-a nos parâmetros mais importantes de uma mulher para um homem: peito, cintura e olhos. Quando todo o meu cérebro chegou à mesma conclusão dei uma chapada na minha própria testa.
- Então? - Questionou a pequena rapariga. - Está bem?
- Ah não foi nada. Foi só um reflexo. Faço isto quando reparo que fiz algo parvo. O que precisas? - Notei a minha testa a ficar vermelha do impacto enquanto a minha própria mente me gritava... - Mais uma gaja boa com má impressão de ti! Porque raio atendeste a porta de pijama e chinelos à coelhinho?
- O Raikage pediu-me que o chamasse para atender a um pedido de missão. - Respondeu-me ela cordialmente.
- Ok. Só um pouco para me vestir e preparar, pode ser?
- Claro, Kyohei-san. Eu ficarei à espera. - Não esperei por mais e fechei-lhe a porta na cara. Apenas alguns segundos depois de o fazer é que reparei no meu acto e mais uma estalada na minha testa. O barulho fora tão alto que aposto que ela própria se assustou do outro lado da porta. Com a testa vermelha escarlate, voltei a abrir a porta e dirigi-me a ela num sorriso falso, a esconder a dor daqueles "facepalms".
- Por favor. Entra e espera na sala se faz favor. Fico mais descansado assim, do que se estiveres lá fora à espera. - Algo tímida, a rapariga relutantemente aceitou a minha oferta e deu dois pequenos passos para a frente. Indiquei-lhe a sala e o seu confortável sofá para ela se sentar enquanto esperava e tratei de me enfiar no meu quarto para me despachar.

Dez minutos depois estavamos já no escritório de Denkou. Alinhados segundo o tapete carmesim do seu escritório, eu e a kunoichi que me fora buscar ouvíamos o relatório inicial da nossa missão. Mal o homem, com a sua barba por fazer e os seus olhos já a mostrarem o seu cansaço, acabou de fazer o breve "briefing" do que devíamos fazer retirei de uma kunai e lancei-me ao seu pescoço. O Kage, tão bajulado pelas suas habilidades deixara-se apanhar desprevenido e não se conseguira defender de um jovem e inútil Gennin. Eu, toldado pela minha ira, arranquei-lhe primeiro a orelha esquerda com o metal frio da minha kunai e só depois de o ouvir gritar de agonia e dor é que desferi o golpe fatal na sua garganta.
- HOJE É O MEU DIA DE FOLGA!! - Gritei a altos pulmões. Quando notei, a morena puxava-me pela manga do meu uniforme. Olhei para ela e estava de volta ao escritório imaculado do Raikage Denkou. Com ele inteiro à minha frente, sem o sangue a jorrar da sua garganta ou a sentir a falta de uma orelha cortada. Fora todo uma fantasia criada pela minha imaginação e indignação...
- Vamos, Kyohei-san. Temos que ir para a aldeia no mapa.
- Ah claro. Desculpa. - Partimos imediatamente, comigo a seguí-la através de movimentos rápidos com o Shunshin.
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MensagemAssunto: Re: [Missão Privada Rank D] Vandalismo   [Missão Privada Rank D] Vandalismo Icon_minitimeQui 23 Dez 2010 - 23:52

Era o segundo dia de viagem, com Ionaz a ser a navegadora da equipa. Estávamos já embrenhados na floresta de pinheiros bravos e eucaliptos. Não sei porquê, mas sentia-me bem naquele ambiente de Natureza pura e intocável. Para onde quer que olhássemos, víamos que o único traço que o homem ali deixou foi o pequeno caminho de terra e erva pisada na qual mais nada crescia. Sem contar com isso, toda a restante floresta parecia acolher-nos sem saber o que nós éramos capazes de lhe fazer. Só os animais pareciam estar consciencializados do perigo dos Homo Sapiens. Fugiam a sete pés mal nos ouvissem pisar o mais pequeno galho, ou se parte do cascalho de um tronco caísse no chão inanimado para produzir um baque surdo. Era o necessário para fazer uma dúzia de focinhos de cores e feitios diferentes subirem no ar e olharem para nós como se estivessem a ver o diabo na Terra.
- Kyohei-san. - A rapariga puxava-me a manga do uniforme. - Estive a ver no mapa e pelas minhas contas devemos chegar amanhã à aldeia.
- Óptimo. Por muito que goste disto, tenho que voltar a Kumo depressa... - Respondi num tom agradecido. As minhas mãos tremiam, não de frio que isso não estava com problemas, mas de nervosismo. - "Tohma-san vai matar-me por eu não ter ido hoje à Biblioteca..."
- Boa noite Kyohei-san. - A rapariga parecia ter emergido da sua solidão apenas para me dar aquela notícia. Logo em seguida, recolhia-se na sua pequena tenda camuflada pelos ramos das árvores.
- Boa noite, Ionaz-san. - Respondi. Apaguei a fogueira e em vez de apagar como ela, fui para o cimo de um ramo. Concentrei algum chakra nos pés e com facilidade subi o tronco de um pinheiro para me esconder nele. Era a minha noite de vigia...
Deixei-me ficar sentado, com as costas encostadas ao tronco áspero e rijo daquela raça de árvore. Magoava-me, mas sabia que as costas iam doer-me mais se me arma-se em esperto e tentasse aguentar-me sem me encostar. De onde estava conseguia ter uma bom raio de visão sobre o que nos rodeava. Fomos espertos e também parámos no topo de uma pequena subida entre montes e assim tudo o que nos rodeava estava abaixo da nossa altura. Poderíamos defender-mo-nos melhor em caso de necessidade.
Para dizer a verdade, acho que adormeci passados quinze minutos de me sentar naquele ramo. Por sorte, nada se passou, mas nada me faz esquecer o susto que apanhei. Acordei algo sonâmbulo, sem saber se estava a sonhar ou acordado. Com as sobrancelhas pesadas, parecia ter um nevoeiro imaginário à minha frente e a primeira coisa a que dei atenção foi a vários e pequenos focos de luz. Eram tão pequenos que me pareciam estar longe mas a maneira como dançavam na floresta davam-me uma sensação de velocidade inimaginável. Armado em forte por estar quase convencido que era um simples sonho, apenas tirei de uma kunai da minha bolsa e saltei do meu posto para o chão. Aproximei-me um pouco mais do inicio da descida para ver algo que me maravilhou por completo.
Como se estivesse num festival, dezenas de pequenas luzes amarelas dançavam pelo ar. Logo percebi que fossem pirilampos, aqueles tão falados insectos que em conjunto conseguiam iluminar partes da floresta nas noites mais escuras. Tinham sido eles a enganar-me antes. Sentei-me logo naquele local, no meio da relva e terra que percorriam toda a floresta e deixei-me ficar a contemplar aquele espectáculo. Ao menos sei que fiquei acordado o resto da noite...

Ainda durante a manhã seguinte conseguimos chegar à aldeia para qual Denkou nos tinha enviado. Tinha um clima frio, nevoeiro cerrado, talvez por estar no meio do vale de duas enormes montanhas. Um enorme rio passava a Este da aldeia, dando alimento a quem lá vivia. Era mais do que eu tinha imaginado. Com uma pequena paliçada de madeira, defendia o enorme amontoado de casas dos animais selvagens e protegia a sua posição frágil no mundo. Mal entrei gostei daquelas casas rústicas, de desenho tosco e simples, com as pedras a servirem de tijolo e uma por uma a erguerem os casarões antigos que ali estavam.
Tínhamos ordens para seguirmos até ao centro daquele povoado. Lá, supostamente iríamos dar de caras com a pessoa de maior respeito da aldeia e esse alguém era quem nos iria guiar pela nossa visita. Desde que passámos pela paliçada, fomos directos ao centro da povoação, apenas para encontrar um cenário que nos devastou o coração. Várias paredes das velhas casas de pedra estavam pintadas com cores berrantes. Palavras sem sentido, pareciam ter sido escritas por putos da primária cujos pais não tinham tempo de lhes dar um par de bofetadas para aprenderem a comportar-se.
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MensagemAssunto: Re: [Missão Privada Rank D] Vandalismo   [Missão Privada Rank D] Vandalismo Icon_minitimeQui 30 Dez 2010 - 22:10

- Venham. Por favor sigam-me. - Um homem já de idade chamava-nos e tirava-nos do centro do adro da aldeia. Seguimos o homem, ainda sem sabermos que ele era, mas confiando nele. Levou-nos até uma casa, humilde se comparada com as outras que nós tínhamos visto. Abriu a pesada porta de madeira e pediu-nos que entrássemos, indicando-nos de seguida onde podíamos deixar as nossas mochilas e uma pequena lareira com cadeiras preparadas e à nossa espera. O idoso identificou-se mal se sentou connosco, apesar de tanto eu como Ionaz já termos chegado à conclusão de ele ser o nosso contacto naquele vilarejo.
Chamava-se Tomeer, era dos mais velhos daquela aldeia, 81 anos foi o que ele nos disse e vivia já sozinho naquela casa. As chamas alaranjadas da lareira iluminavam-no de tal modo que mesmo com o sorriso desdentado dele, davam-lhe um tom algo sombrio, decadente e taciturno. Não perguntámos por nada, eu nem sabia o que perguntar devido à minha inexperiência. Sabia lá eu o que devíamos fazer... Ionaz foi quem tomou a iniciativa e quem mais dialogou com o nosso anfitrião. Em poucos minutos tivemos um resumo da situação. A missão, apesar de ter sido dada como um pedido de ajuda por causa de uma onda de vandalismo, era algo mais. Pequenos roubos iam acontecendo nas casas pintadas. Os próprios donos não se apercebiam dos roubos durante a noite e os aldeões tinham já tentado organizar vigílias durante a noite, mas devido à idade da população, a maior parte acabava por dormir ainda antes da meia-noite e os seus planos de defesa iam à vida.
Explicado o problema, tanto eu como Ionaz pedimos que nos deixasse vaguear um pouco pela aldeia. Iria fazer-nos bem conhecer o local, já que o teríamos que proteger. Despedi-mo-nos de Tomeer, levando apenas algum do nosso equipamento e fomos aproveitar a pouca luz diurna que nos restava.

Já de noite, acompanhámos o grupo de idosos que era suposto vigiar aquela noite. Mal saímos da casa de Tomeer demos de caras com um punhado de velhotes. Cada um parecia mais careca que o outro, inclusive as mulheres. Depois de uma sessão de apertões de bochechas e comparações com os netos que raramente visitavam aqueles idosos, finalmente seguimos caminho. Mesmo durante a noite, a vila era dotada de uma paisagem fantástica. Principalmente do topo dos telhados, onde eu e Ionaz nos refugiámos dos velhotes com a simples desculpa de que veríamos melhor do que ao nível do solo. Concentrando o nosso chakra nos pés, pregava-mo-nos às telhas das casas, saltando depois de telhado em telhado com saltos rápidos e ligeiros.
Não tardou até sermos os únicos acordados na rua, ou assim nós tínhamos ficados convencidos. Passava pouco da uma da manhã. Um som mínimo fez-se notar aos ouvidos de Ionaz e ela chamou-me logo a atenção para a seguir.
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MensagemAssunto: Re: [Missão Privada Rank D] Vandalismo   [Missão Privada Rank D] Vandalismo Icon_minitimeSáb 1 Jan 2011 - 18:04

Chegámos a uma pequena vivenda caiada de branco. Mesmo de longe notava-se uma das suas janelas partidas e ambos estranhámos nenhum dos seus ocupantes ter acordado para pedir ajuda. Com dois rápidos shunshins, Ionaz logo entrou pela casa adentro. Fiquei para trás devido à velocidade dela, mas nem tudo me correu mal. Tive direito ao meu próprio oponente.
Fora da casa, um rapaz com cerca de catorze ou quinze anos rodava nervosamente uma kunai na mão esquerda. Notava-se que estava apenas ali como vigia, posto de propósito caso o grupo dos velhinhos passasse ali num golpe de azar. Aproximei-me lentamente dele. Com o Kinobiri mantive-me na parede do edifício, ocultando-me do seu campo de visão ao nível do solo. Quando ele olhou para a esquerda, saltei para a sua direita! Ele logo me notou, é claro. Mas era já um pouco tarde para se proteger de um empurrão de ombro. Consegui desequilibrá-lo e apanhá-lo de surpresa, mas mesmo assim, só pela certeza, com um Konoha Daisenpū tirei-lhe as pernas do chão e atirei-o contra a parede da vivenda assaltada.

- Porra! Ainda 'tás consciente? Raios partam o puto... - Desabafei mesmo em frente a ele. Piquei-o apenas para ver a sua reacção, mas logo me arrependi.

Sem fazer um único selo, uma luz azulada nascia na mão esquerda do rapaz. Uma bola de electricidade foi disparada na minha direcção e só tive de saltar para o lado e depois ver os estragos que ela fizera num outro prédio. Quando eu me levantei, já ele estava a subir a parede para logo fugir no meio de uma nuvem de fumo.

- Kyohei-san, está tudo bem? Que aconteceu? - A minha colega aparecia pouco depois de ter ouvido o estrondo do Raikyuu.

Contei-lhe o sucedido, apenas para depois saber que quando ela entrou na casa ela estava já só com os seus verdadeiros donos. No entanto, algumas jóias e preciosidades de família tinham já desaparecido. Mantivemo-nos vigias durante o resto da noite, para no início da manhã chegarmos a conclusão de que eles não voltavam até à próxima noite. Recolhemos para a casa de Tomeer onde descansámos para a próxima ronda. Mesmo assim Ionaz pareceu-me pensativa o resto da noite e acho que eu próprio entendia o porquê. Afinal, quem roubaria e deixaria um dos seus colegas a vigiar algo que já não era necessário?

Na noite seguinte decidimos não acompanhar o grupo idoso de vigia. Sabíamos que não correriam perigo se como na noite passada fossem deitar-se às onze da noite. Por curiosidade, pedi a Ionaz que fossemos ao último lugar onde tínhamos encontrado o rapaz. Do topo do telhado da casa reparei em algo que antes não me tinha passado pela cabeça. Mesmo em frente à casa, em frente a onde o rapaz estava antes de eu o atacar, estava uma das tampas do sistema de esgotos…

- Não… Demasiado rebuscado… – Pensei para comigo.

Passámos algum tempo ali, mas cedo eu próprio me fartei e saltei para um outro telhado. Agarrávamo-nos aos telhados com o chakra que concentrávamos nos pés e assim continuámos um pequeno passeio nocturno pela vila.

- Hoje é a nossa noite de sorte. – Declarei quase a sussurrar para Ionaz. Acho que ela tomou aquilo num outro sentido já que vi a sua face a ficar ligeiramente corada. Puxei-lhe ligeiramente o braço para a virar para a nossa esquerda. Numa rua mais abaixo, três rapazes tiravam pequenas mochilas, que se notavam bem recheadas de uma outra casa. A minha parceira foi algo rápida e sem eu mesmo notar, em dois segundos estava já a fazer os selos que iriam dar a origem a um chicote totalmente eléctrico. Os três ladrões entraram em pânico e começaram a correr pelas ruas. Segui-os a partir do telhado, com um pouco de sorte poderia contar com o efeito surpresa, mas um velho conhecido meu aparecia para me enfrentar.
Calado como antes, o rapaz da noite passada punha-se num telhado mais à frente, à minha espera para começar um pequeno duelo. Vi Ionaz a perseguir os três rapazes de chicote no ar. Até de longe, ao ver a sua cara furiosa, chegou a correr um arrepio na minha espinha. Voltei-me para a frente, saquei de uma kunai e vi o rapaz a fazer o mesmo.

- Pronto? – Não me chegou a responder. Apenas saltou e lançou a sua kunai com a mão esquerda, enquanto a mão direita retirava de outra num bolso traseiro.

Dei um passo ao lado e desviei-me da arma, sempre mantendo o chakra nos meus pés. Nem queria imaginar a queda se não estivesse a usar o Kinobiri. Defendi a investida do rapaz com a minha kunai, chocando contra a dele. Com um pouco de força impedi que me fizesse recuar e quando achei mais oportuno, tirei a minha kunai do caminho da dele. A força a mais que ele exerceu foi o suficiente para um ataque com a palma aberta da minha mão lhe dar um gosto a vómito na boca. Abalado pelo golpe, tive tempo para concentrar o chakra e fazer os selos necessários ao Bunshin no Jutsu. Misturei-me entre aqueles cinco Kyoheis que rodeavam o loiro e preparei-me para o plano a seguir. Ele claramente saberia quem era se eu atacasse, por isso iria fazê-lo enganar-se com um truque simples. Com alguns selos desajeitados consegui usar o Sushii no Genjutsu para simular o lançamento de uma kunai por parte de um dos meus clones ilusão. Como esperado foi o alvo do seu ataque e eu por trás, apanhei-o pela nuca, aproximei-me pela lateral e afundei o meu joelho no seu estômago.
Era desta que ele ia vomitar, pelo menos esperava eu, mas não aconteceu. Sem esperar por aquilo, o rapaz apanhava-me no meio de alguns fios de fina electricidade, prendendo-me e electrocutando-me. Esperneei por um bom bocado ao sabor dos choques eléctricos até que caí de joelhos nas telhas. Ele largou-me e pensava dar-me um último golpe de misericórdia com a kunai que empunhava.

- Apenas com a porra de um ninjutsu… Um ninjutsu chegou para me quebrar ao ponto disto. – Sentia-me paralisado pela estática que ainda corria no meu sistema e fiquei a ver a kunai a aproximar-se de mim, impotente e sem hipóteses de escapar…
- Ahhhh! – O grito inesperado dele acordou-me para a realidade e atrás dele via um pouco de fumo a sair. Ionaz ficava à mostra após a queda do rapaz e logo notei pelas feridas dele que um Raikyuu tinha-o atingido mesmo na base das costas. Aquilo tinha que ter doído.
- Obrigado. – Agradeci ofegante, massajando as minhas pernas que ainda me pareciam estar a dormir. – O que aconteceu aos outros três?
- Escaparam. – Notei o tom de vergonha nas palavras de Ionaz, mesmo sem estar a olhar para a cara dela. – Bastou virarem numa esquina para depois já não os ver. Simplesmente desapareceram da aldeia.
- Leva-me a essa rua por favor.

Em poucos minutos, mais do que eu queria já que estava a demorar a ter controlo completo sobre o meu corpo, chegámos à rua onde Ionaz perdera os ladrões. Era uma rua normal, perpendicular à principal da aldeia e sem nada que nos pudesse indicar onde eles estavam. Mais uma vez, um pouco mais à frente, escondida por um caixote de lixo posto de propósito, uma tampa de esgoto estava entreaberta. Com esforço e força da minha parte, o peso da tampa quase me arrancava os braços, levantei-a e vi onde ia dar. O esgoto por baixo estava levemente iluminado, sinal de que alguém tinha preparado estes canais subterrâneos para as suas viagens.

- Cuidado com onde pisas. Vamos entrar. – Disse à rapariga. Inicialmente mostrou uma expressão de pura repulsa por aqueles túneis, mas lá entrou algo relutante.

O túnel era iluminado por várias pequenas lanternas, todas elas ligadas através do mesmo fio metálico que se notava carregar electricidade por ele. Andámos perdidos por um pouco, naquela confusão de cimento, cheio de bifurcações e cruzamentos de canos e esgotos, até finalmente encontrarmos algo que nos ajudou. Parte do cimento do esgoto parecia escavado. Algo rude e com pouca habilidade. Parecia que até eles se baralhavam por ali… Alguns metros à frente encontrámos outra marca e à frente outra e continuava por aquele túnel.
Seguimos aquelas singelas pistas e fomos parar a umas escadas para a superfície. De fininho subimo-las e abrimos a tampa, apenas para dar de caras com a aldeia! Pensava que pelo que tínhamos andado, estávamos já longe de lá, mas pelos vistos os ladrões escondiam-se no meio do seu local de trabalho. Mesmo à nossa frente estava uma pequena casa de madeira, vidros partidos, portas arrombadas, não era preciso um letreiro para dizer que estava abandonada.
Fomos para entrar, mas surpresa a nossa. Tínhamos comitiva de boas-vindas à nossa espera. Um outro rapaz, possivelmente um dos três que tinham escapado antes a Ionaz, atacava-nos com várias shurikens. Agilmente tentámos evadir os ataques, com saltos e pequenos sprints, mas eu acabei por ficar na mesma ferido na perna. Não algo muito profundo, mas que doía como o caraças. Retirei de uma kunai e lancei-a ao rapaz. Este desviou-se para o lado e era apanhado por um Raikyuu de Ionaz. Com o Kinobiri subimos até ele e vimos o que ele nos podia fornecer de material.

- Algumas shurikens e um pedaço de fio shinobi. Estes gajos não têm hitayate, será que são mesmo ninjas? – Perguntei enquanto guardava as armas no meu bolso.
- Talvez desistentes ou chumbados da Academia de Kumo. Não sei, mas não me lembro de os ver pela vila. Faltam apenas dois. Que lado prefere Kyohei-san?
- Esquerda. – Foi aqui que nos separámos. Só voltei a ver Ionaz quando ambos já tínhamos tratado desta missão.

Vagueei um pouco pelos corredores velhos e vazios daquele casarão. A madeira entre o velho e o podre rangia conforme eu prosseguia, que nada me ajudava se juntasse a pouca luz ambiental. Estava quase às escuras em território que o meu oponente de certeza saberia andar melhor.
Tinha já passado quarenta minutos, percorri quartos e pequenas saletas, todas elas iguais umas às outras e nunca sem encontrar um dos estupores. Por momentos fiquei preocupado com a minha parceira, mas sabia que ela se desenrascaria melhor do que eu. Continuei até encontrar algo que me fez estranhar… Tinha acabado de sair de uma sala e entrado noutra, apenas para encontrar a mesma exacta decoração. O mesmo candeeiro, a mesma mesa no centro da sala, o mesmo sofá empoeirado e com um padrão castanho e beje. Formei um selo e concentrei o chakra que me pareceu suficiente. Tentei usar o Kai, mas sem resultado, ao que tive que concentrar chakra mais uma vez. Desta vez funcionara e via-me agora no corredor que percorri no inicio. Porém, com uma diferença, um rapaz moreno, de cabelos pretos e roupa da mesma cor, escondia-se entre as sombras do casarão. Talvez tivesse passado por ele ainda antes de cair no seu genjutsu, mas desta vez era ele a presa.
Lancei um dos shurikens que roubei ao camarada dele e ele desviou a cara num gesto simples e rápido. Saiu do seu esconderijo, vendo que não tinha motivos para lá continuar. Não falou… Parecia algo habitual nestes tipos e com um par de selos, lançou-me uma bola de fogo. Sem me conseguir desviar, levei com ela nos meus braços que puxei para me proteger. O meu uniforme ficava queimado e os braços chamuscados, pouca coisa, já que a bola de fogo também não era enorme. Estávamos num espaço fechado e ele continha-se nos seus ataques. Lancei mais um par de shurikens, aos quais reforcei o número com a ilusão de um com o Sushii no Genjutsu. Ele acabou por se desviar de quase todos, excepto um que viajava mais longe de propósito para o apanhar. Agora tinha um elo de ligação com ele…
Saltei do corredor do primeiro piso para o hall de entrada mais abaixo. Ele imitou-me, ficando desprotegido no ar e tentei acertar-lhe com um Konoha Daisenpu, o qual ele defendeu e usou a minha perna para me atirar contra uma parede que se desmanchou com o impacto. As minhas costas ficaram a doer da colisão. Quase não me conseguia levantar. O rapaz fez mais um punhado de selos e inspirou. Eu sabia o que ia sair dali, mas não tinha grande fuga. Rebolei para o lado, evadindo uma nova bola de fogo. Já estava à espera de outra, teria que pensar numa maneira de escapar. Os ninjutsus que sabia não me poderiam ajudar. O único genjutsu era algo fraco para a ocasião. Só podia tentar Taijutsu, mas não naquelas condições… Levei a mão ao bolso e senti o fio shinobi e as minhas kunais. Lembrei-me da shuriken que ele ainda tinha presa no braço.

- Ei! Apanha! – Lancei as shurikens que tinha, misturadas com as minhas próprias kunais. As kunais acabaram por acertar na parede atrás dele e no tecto e as shurikens fizeram-no desviar para a sua direita. – Burro! – Gritei-lhe todo contente.
Finalmente algo dava certo. Lancei a última kunai para a parede atrás de mim e ele viu a sua camisola a ser puxada. Fio shinobi corria pelas kunais que tinha espalhado e pela shuriken presa a ele. Estava quase imobilizado e como ele estava algo espantado, aproveitei. Um Konoha Reppu bastou para o desequilibrar e atirar ao ar, fazendo cair em cima do molho de linhas que o prendia. Preso naquela ratoeira, viu-se ser enterrado pelas partes da casa que não aguentaram com o seu peso. Vários pedaços de madeira pintada caíam em cima dele, dando-lhe o dano que eu não podia dar. É claro, acabei por levar com alguns dos destroços, fiquei mesmo imobilizado por uma trave que me caiu em cima e só não me esmagou por causa de destroços que ampararam parte do peso…
Só me lembro de depois acordar na casa de Tomeer, de cobertor e perto da lareira. Tomeer estava a olhar por mim e logo chamou Ionaz que me contou ter me encontrado após ouvir o enorme barulho de todo o acontecimento. Os três ladrões e vândalos estavam agora presos por vários metros de corda e a própria aldeia dispusera-se a acompanhar-nos na viagem a Kumogakure. Parecia que queriam falar com o Raikage sobre o que iria acontecer com os fedelhos…
Quatro dias depois estávamos a chegar à vila com o trabalho feito.

FIM
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Sennin

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MensagemAssunto: Re: [Missão Privada Rank D] Vandalismo   [Missão Privada Rank D] Vandalismo Icon_minitimeDom 2 Jan 2011 - 13:56

Reservado

Hiyama Kyohei

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Raciocínio: 3 + 0,5 = 3,5
Constituição: 4,5 + 0,75 = 5,25

HN
Ninjutsu: 5,25 + 0,25 = 5,5
Taijutsu: 5,25 + 0,75 = 6
Genjutsu: 1,5 + 0,5 = 2
Kenjutsu: 2,5 + 0,5 = 3
Selos: 2,75 + 0,25 = 3
Trabalho de Equipa: 1

Total: 5 / 7 Pontos

Recompensa: Completa

Comentários: Tu sabes o que fizeste e o que podias ter feito mais, por isso não tenho grande coisa a dizer. Se não soubesse do que és capaz, até te dizia onde podias melhorar, mas não é preciso xd



Actualizado ^^
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cainasalvati

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MensagemAssunto: Re: [Missão Privada Rank D] Vandalismo   [Missão Privada Rank D] Vandalismo Icon_minitimeTer 18 Jan 2011 - 16:20

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MensagemAssunto: Re: [Missão Privada Rank D] Vandalismo   [Missão Privada Rank D] Vandalismo Icon_minitimeTer 18 Jan 2011 - 16:30

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