Ken acordou de manhã, e ficou a pensar. Nos últimos dias, a sua vida tinha dado uma reviravolta. Ficara a saber que os seus pais tinham sido assassinados pela sua avó Tomoyo. Desde que ficara a saber, sentia uma raiva indescritível, pela sua própria avó, de que ele mesmo se espantava. Olhou para o lado e viu Kiho e Megumi já acordados.
- Bom dia. Estás pronto? – perguntou Megumi, amavelmente.
- Sim – disse Ken, pegando numa peça de fruta, que se encontrava no chão, perto de Kiho.
Depressa se despacharam e quando Aika acordou, partiram, rumo aos portões de Kiri.
- Mano, onde é que vive a avó? – inquiriu Ken, com notória curiosidade.
- Numas montanhas, atrás do País do Chá. – disse Kiho
Saíram de Kiri, em passo apressado. Enquanto a manhã passava, a paisagem e mudando. As florestas e os densos nevoeiros davam lugar a um sol radioso e enormes montanhas, que se estendiam durante longos quilómetros. Alheios ao facto de estarem a ser seguidos por dois rapazes de aspecto feroz, o grupo continuou a caminhar, cada vez mais estafado.
- Shujin, envenenas-te a água da fonte? – perguntou um dos rapazes que seguia o grupo
- Não te preocupes, Togiro. Eles nunca mais vão passar sede… - acalmou-o o outro rapaz, com um sorriso verdadeiramente horrível.
Foi então que Aika viu a tal fonte. Ficou toda contente com a sua descoberta, e logo avisou o grupo, mas antes de começar a beber, Kiho pôs-lhe a mão no ombro. Ela olhou-o notoriamente espantada, e antes de poder dizer o que quer que fosse, Kiho debruçou-se sob a fonte e inspirou profundamente.
- Envenenada – murmurou, num tom de voz audível – Tal como eu pensava .
Num repente, virou-se e lançou duas kunais aos arbustos mais próximos. Ken pensava que o seu irmão tinha endoidecido. Até que … dois vultos saltaram apressadamente dos arbustos.
Aterraram em frente do grupo. Eram ambos altos, de cabelo laranja e imensas sardas no rosto. Não deviam ter mais de quinze anos. Olharam para o grupo e instantaneamente lançaram um Katon : Endan, cada um. Megumi fez Aika e Ken abaixarem-se, enquanto a torrente de chamas atingiu Kiho, que se desfez em fumo. Enquanto Kiho aparecia atrás dos jovens, Ken fez o Futton : Toppa e instantaneamente, Megumi fez o Katon Goukakyu, que juntamente com o vento, atingiu uma velocidade e força esmagadoras. Atingiu um dos rapazes, que saltou para trás a fim de se defender das chamas, mas não saltou o suficiente. A chama atingiu-o e juntamente com o vento, fez alguns danos no rapaz que se debruçou, sem forças.
- Shujin! – gritou o outro rapaz, distraído
Kiho aproveitou-se da sua distracção, para lhe atingir com um pontapé nos rins, fazendo-o cair em cima de Shujin. Megumi tirou fio transparente da sua mochila e amarrou os dois rapzes, um no outro. Mas eles logo se desfizeram em fumo e reapareceram em cima duma árvore.
- Vocês vão ver – gritou um deles – vão-se atrever por caminhos muito maus!
- que sabes tu sobre isso ? – gritou Kiho, por sua vez
Ambos os rapazes levantaram a manga do casaco e uma tatuagem se fez notar. Era a tatuagem mais bela e misteriosa que Ken tinha visto. Era um grande T envolvido em fogo e vento. Depois desta cena, desapareceram envolvidos em fumo.
-Bem, estes dois trabalham com Tomoyo – começou Kiho, recomeçando a caminhada – Se for disto que ela tiver a trabalhar com ela, será muito fácil.
De noite, Kiho avistou uma aldeia.
- Se nos apressar-mos, poderemos lá chegar dentro de instantes. Lá deve ter comida e bebida.
Apressaram o passo e chegaram a uma ponte, guardada pelo homem mais hediondo que Ken tinha visto. Era gigantesco, com uma barba compridos e sujos, descalço e sem camisola, mostrando músculos esmagadores.
- Ora bem, querem passar, tocá’ pagar, qu’eu nã tenho o dia todo.
- Quanto – perguntou Kiho, abrindo a mochila
- 20 Ryo – anunciou o gigante, com um amplo sorriso, mostrando os dentes todos podres.
- Muito bem – disse Kiho, entregando-lhe 20 Ryo. Ken olhava-o estupefacto
Mais à frente, Ken insurgiu-se
- porquê que pagas-te? Aquilo foi um roubo. Podíamos tê-lo atacado! – atirou Ken, notoriamente
- Ken, - começou Kiho, calmamente – se discutires com todos os idiotas que te aparecerem à frente, não terás tempo nenhum para nada.
Dizendo isto, abriu a mochila para lhe mostrar um molho de moedas e notas.
- Cortaste-lhe a bolsa – afirmou Ken, estupefacto
Logo de seguida, ouviu-se um grito de raiva. Logo apressaram o passo e chegaram à aldeia. Entraram numa taberna de aspecto sujo. Dirigiram-se ao taberneiro, que se encontrava a limpar copos. Quando se chegaram perto, o taberneiro estudou atentamente a cara de Kiho e depois olhou para Ken. Olhando de Ken para Kiho, o taberneiro deixou cair o copo e com uns espantosos reflexo para um simples taberneiro, baixou a manga.
- Digam, meus jovens – falou o taberneiro, com um sorriso jovial. A sua voz era profunda.
Kiho olhou desconfiadamente durante um bom bocado, antes de pedir:
- Dois quartos, por favor – pediu, embora ainda estivesse desconfiado.
- Muito bem… - disse-lhes, entregando-lhes duas chaves de bronze – Quarto 12 e quarto 13. Desejam que vos acompanhe até aos quartos?
- Não – rejeitou Kiho, muito rapidamente. O grupo e o taberneiro olhavam-no espantados.
Pegou rapidamente nas chaves e subiram as escadas.
- Para quê que foi aquilo tudo? – pergunto Ken, completamente a leste.
- É óbvio, não ? – insurgiu-se Aika – O taberneiro trabalha para a Tomoyo.
- Exacto – confirmou Kiho – Megumi, ficas com Aika. Eu fico com Ken. Bem, vamos dormir, que amanhã temos que nos levantar cedo.
Dito isto, foram para os respectivos quartos. Ken deitou-se, mas não tinha sono. Pensou na sua avó. Não se lembrava do seu aspecto. O dia tinha sido esgotante. Tinha caminhado longos quilómetros e não se iam ficar por aí. Kiho estava sentado à janela. Era óbvio que ia ficar de vigia, caso o taberneiro decidisse aparecer. E contra a sua própria vontade, adormeceu…

ooow, melhoraste muito o nível descritivo e o envolvimento dos personagens evoluiu muito, meus sinceros parabéns o/