A minha aranha de tinta tinha regressado. Estava intacta e conseguiu ditar-me a ligação do assassino do hotel. Estranhamente encontrava-se numa gruta perto de uma falésia à beira-mar. Seria a sua casa, ou apenas um esconderijo? A melhor resposta que podia obter era ir investigar. Comecei a correr à velocidade que o Akagan me permitia. Sem demorar muito tempo cheguei ao esconderijo na esperança de que ele ainda lá estivesse.
Acho que estava com sorte pois ouvi um barulho dentro da gruta que a minha aranha me tinha contado. Foi quando persenti algo, graças a entrar na gruta prevenido com o Akagan. Dei um salto mas não foi inteiramente a tempo. Um dos meus braços foi laminado na zona do antebraço levando um pequeno pedaço de pele deixando-o em sangue. Olhei para o meu adversário, era alguém forte, musculado e cabeludo que se farta.
– Meu, onde foste buscar tanto cabelo? - Perguntei irritando-o enquanto preparava um genjutsu para desobrir uma coisa.
– Cala-te !
Ele tentou-me atacar outra vez com a kusanagi, mas eu já estava a brincar com o chakra dele e manipulando-o como bem entendia fi-lo acreditar que uma enorme bola de fogo vinha a cair dos céus. Ele pareceu estar incomudado e com calor, mas percebi que era a fingir, e percebi também que ele era bom a Genjutsu como tinha planeado testar.
– Pára de fingir. - Disse-lhe eu.
– Como sabias ?
– Nós estamos dentro de uma gruta, era impossivel estar a cair uma bola de fogo do céu e tu estares a ver, não sei é como é que sabias que ia usar esta ilusão.
– Aqui tem tudo sobre ti. - Disse ele, mostrando-me o Bingo Book. - Antigo Nukenin de Suna, Actual Chuunin de Taki.
– Parabéns sabes muitas coisas sobre mim, mas esse Bingo book está desactualizado.
Ao dizer-lhe isto tentei dar-lhe uma pequena ideia do quão evoluído eu estava depois dos meus dias de nukenin. Deixei a minha circulação de chakra fluir pelo corpo inteiro à medida que o extraía para a tinta na ponta do pincel. Com uns traços não muito elaborados, desenhei dois grandes tigres e se activaram depois de realizar uma sequência de selos.
Praticamente como tinha previsto ele desfe-los com um golpe da sua espada laminada. Ele não devia ser muito bom com ninjutsus, era bom com espadas e genjutsu talvez isso fosse suficiente. Qualquer das formas ia arriscar com o meu ninjutsu. Drenei pelo meu sistema circulatório grande parte do chakra, direccionando-o para o braço e depois mordi o polegar deixando bastante sangue escorrer. Passei o dedo ensaguentado pela tinta causando-me um ardor naquela zona e de seguida com o mesmo dedo desenhei uma linha na pelo do meu braço esquerdo. Fiz apenas um selo e vários braços de tinta atacara o meu openente. Alguns foram cortados, dois deles deram um grande soco no rapaz deixando-lhe um olho negro e um sangue a escorrer pelo canto do lábio. Outro dos braços ganhou mais força e foi ambicioso ao ponto de apertar o pescoço ao adversário com a máxima força.
Para minha surpresa ela tinha se safado com o mais básico dos jutsus, um Kwarimi e ele desaparecia dali deixando apenas um tronco como rasto.
O meu Akagan transmitiu-me novamente um sinal para o cérebro, como que se fosse um alerta a dizer que algo se aproximava. Desviei-me a tempo desta vês, mas quando me virei estava lá ele novamente e deu-me uma forte pancada com o cabo da arma. Pelos vistos não me queria morto, se não tinha sido com a lâmina. Ao cair pelo chão da caverna senti as minhas costas a rasgarem pelas aguçadas falhas no chão.
– Com que então um serviço encomendado? - Questionei no chão.
– An? - Ele fez-se de desentendido mas já o tinha topado.
– Não me matas-te, porque não quiseste e não venhas dizer que foi porque me querias matar de uma forma digna. - Pausei. - Andas com um livro que sabe tudo sobre mim, não me matas quando o podias fazer. Algo me diz que estavas preparado para me enfrentar a mim. O serviço foi encomendado deduzo.
– Avisaram-me disto, que serias mais esperto que eu.
– Avisaram-te bem então pois ainda não viste nada. - Disse quando acabei de concentrar o meu chakra por todo o corpo. Uma parte do tecto da gruta cedeu e caí-lhe uma torrente de tinta em cima que em poucos minutos o esmagou. - E ficaste a conhecer o Sumi Bansho! - Disse-lhe numa espécie de gozo. O Kamui que estava no chão desfez-se em tinta, foi um clone que fiz depois de ele fazer o Kwarimi, o tempo de intervalo foi suficiente.
Peguei no meu pincel e desenhei uma enorme ave, de seguida foquei algum chakra e depois de uns selos auxiliares ela ganhou forma bem à minha frente. Peguei no meu adversário e depositei-o nas costas do pássaro fazendo alguma força para o empurrar lá par acima, depois trepei na ave e levantei voo como se estivesse a cavalgar um cavalo.
– Aqui tem o seu assassino. - Desenhei as aspas no ar enquanto pronunciava a palavra assassino. Sabia perfeitamente que aquele ninja tinha sido contractado para me fazer algo mas não sabia o quê, apenas peguei nos restantes 600 ryo e saí dali em direcção a Ame.
FIM