https://www.youtube.com/watch?v=bot2iXEMN7M
"Já sentia o cheiro de longe. Cheirava-me a fumo misturado com sangue sobre o calor do metal a trespassar a carne. Esse cheiro aproximava-se de mim, eu ajoelhado no chão arrependido das minhas acções. Que tolo eu era nessa altura. Ainda bem que já não sou assim. Ainda bem…" (Parar a OST)

https://www.youtube.com/watch?v=1criBDo-vK4
-Ugh! – Gritava Hayato preso à árvore pelas minhas kunais presas ao fio que, em combinação, acabam por cravarem-se nas pernas e braços.
Estava furioso, mesmo com o Sharingan activo não conseguia ver a dor que provocava no meu melhor amigo, diria ex-melhor amigo. O meu coração bombeava ódio, este percorria-me pelas veias que alimenta o meu corpo de vontade de matar tudo o que ousasse desafiar-me. Não sou assim… Nunca fui… E nunca quis ser… Mas agora é tarde.
-HAYATO! – Gritava quando finalmente o ódio larga o controlo do meu corpo. Ajoelho-me no chão e vejo-o inanimado. Não me lembro do que aconteceu, mas conscientemente eu nunca faria aquilo. Eu sei que não!
O grito entoa pela floresta, é rebatido pelos troncos das árvores que acabava por voar ao som do vento e entrava pelas orelhas das nossas equipas, sem pensar olham para o céu. Uma nuvem de fumo cobria-se à minha volta, era estranho, preocupados com a nossa saúde, correm para nos acudir. Tenho pena, que não tenham chegado a tempo. (Parar OST)

https://www.youtube.com/watch?v=X9VF3vZVFWg
Aproximo-me lentamente do corpo de Hayato, desactivo o Sharingan e tento resistir às persistentes gotas de água que me saiam pelo canto do olho. Sem aperceber-me uma cortina de fumo voava em minha direcção, mas eu focava-me meramente no meu amigo. Só me apercebo quando já estava a tossir, a ajoelhar-me no chão e a não distinguir nada à minha volta.
-Nani? – Perguntava enquanto tossia constantemente.
Ainda distingo um vulto bastante alto a aparecer à minha frente e a caminhar em minha direcção. Ainda tento afastar-me, mas este persiste a perseguir-me. Acabo por desistir e esperar para ver o que ele ia fazer. Este abaixa-se e consigo ver-lhe a cara, estava coberta por uma máscara que o impedia de inalar o fumo, mas via-se os olhos, um amarelo claro e assustador que penetrava nos meus olhos pretos.
-C-cara de peixe? – Pergunto-me adormecendo coberto pelo fumo.
Já se viam os meus amigos a chegar, ele pega no meu corpo e desaparece em conjunto com a sua nuvem de fumo. Quando os meus amigos chegam não dão logo pela minha falta, ainda conseguem ver Hayato preso a uma árvore. (Parar OST)

Um tempo depois…

https://www.youtube.com/watch?v=BRJ7x7RUljg
Abria os olhos lentamente, a primeira coisa que sinto é os meus braços acorrentados à parede. À minha frente estava um indivíduo, sentado numa poltrona enquanto bebia casualmente o seu chá. Estava num sítio sombrio e horripilante, instalado um silêncio mortal. A minha respiração volta ao normal apesar de ainda ter fragmentos do fumo a circularem-me nos pulmões.
-Tsutao-san… - chamava o vulto enquanto me olhava.
Sinto a voz a chamar-me, tento ver-lhe a cara mas estava escondida por um dos pilares que seguravam o tecto daquele sítio inóspito. Estranhamente aquele homem sabia o meu nome, mesmo eu não reconhecendo a voz dele.
-Finalmente conheço-te Tsutao-san! – Afirma bebendo um pouco do seu chá ansioso pela minha resposta.
Fico calado, empurro discretamente os ferros que me prendiam à parede. Estavam muito bem presos, tão presos que eu mal conseguia mexer-me. O vulto percebe que eu não lhe responde, solta uma risada e retira uma bola de cristal de uma mesa à beira da poltrona. Levanta-se da poltrona e ajoelha-se à minha frente enquanto me aponta para a bola de cristal. (Parar OST)
https://www.youtube.com/watch?v=2lZp2RIBQZ4
-Olha para aqui! – Ordenava o homem enquanto fazia alguma espécie de Jutsu.
Assim o faço, hesito mas faço-o! Olho para a superfície polida e azulada da bola, ao inicio não aparecia nada, mas depressa consigo distinguir Yasuo a socorrer Hayato preso à árvore enquanto as raparigas estão todas preocupadas. Desvio o olhar da bola e encaro o homem, mesmo com ele ajoelhado à minha frente era-me impossível de conseguir ver-lhe a cara.
-O que tem? – Pergunto tentando parecer indiferente com a situação.
Ele lança-me um sorriso cínico – Posso contar-te um segredo? – Pergunta sentando-se mesmo à minha frente sempre ansioso pelas minhas respostas. Não lhe responde e ele acaba por aceitar isso como um sim. Chega os seus lábios perto do meu ouvido e sussurra – Tu vais matá-los!
-Nani? – Pergunto irritado já puxando ainda com mais forças as correntes. – Não digas maluquices!
O homem voltava a rir-se e senta-se na poltrona sossegado, bebe mais um pouco do chá e pousa a sua perna sobre a outra – Tu vais matá-los, estou a dizer-te. Mas não é já… Não, agora não tinha o mesmo gosto… Primeiro preciso que sintas a raiva que quero que sintas… Desperta o assassino que há em ti! – Gritava encorajando-me para algo que eu não entendia.
-Não sei do que falas! – Respondo sem pensar.
Três dos dedos do homem levantam-se, olho para os dedos sem saber o significado mas rapidamente ele ia explicar – Já mataste três pessoas! – Grita encolhendo os dedos voltando para a sua posição serena – Yuuji, Hayato… - Quando falou do meu melhor amigo eu já estava a empurrar as correntes ainda com mais força, mas ele ainda não tinha acabado - … o teu pai!
-Caralho! – Gritei conseguindo arrancar as correntes finalmente, levanto-me e pego na minha katana. Mas esta cai-me da mão, sinto algo a penetrar-me e o meu sangue a decorar o chão. Olho para baixo e vejo duas katanas a trespassar as minhas duas pernas – N-nani? – Não tendo equilíbrio acabo por cair no chão, a tentar perceber de onde veio aquele ataque.
-Idiota nunca me poderás vencer! – Grita o homem voltando a ajoelhar-se e a encarar-me, sempre coberto pela sombra, mas desta vez noto algo diferente, um Sharingan, mas este aqui nunca tinha visto. – Enquanto não tiveres mais poder.
Não consigo dizer nada, decepcionado comigo o homem levanta-se e volta a sentar-se na poltrona majestosamente – Apaguem-lhe a memória! – Ordenava, um sujeito aparece de imediato e pega no meu corpo, o líder ainda pega numa folha e passa para o sujeito – Deixa este tipo de informações.
-Hai! – Obedecia o sujeito levando-me para outra divisão. (Parar OST)

Trinta minutos depois…

-O “protótipo” está pronto! – Comunica um dos muitos ninjas que habitavam naquela espécie de prisão.
Pelas sombras apareço a caminhar calmamente na direcção do líder. Uma aura estranha pairava à minha volta, era acompanhado por dois ninjas que estava a assegurar-se que eu não fugia, como se me lembrasse disso, justo agora!
-Muito bem, ele que se aproxime! – Ordena o líder ainda sentado na sua poltrona confortavelmente. – Vou fazer o inquérito.
Os ninjas empurra-me para a frente e deixo-me ir quase como se fosse uma marioneta. Quando chego perto da poltrona obrigam-me a fazer uma vénia quase como se ele fosse o meu rei.
-Muito bem! – Congratula pegando numa folha perto de si e examinando-a preparando-se para me fazer perguntas – Qual é o teu nome?
-Kouta Sakamoto! – Respondo não estando ciente que este não era o meu nome, ou se calhar não me lembrava.
-E a tua idade?
-18 anos…
-Onde nasceste?
-Takigakure…
-Qual é o teu maior desejo na vida?
-Acabar com a organização Shin no San…
-Porque?
-Porque odeio-os e eles mataram toda a minha família. Só consigo viver a matar todos os que compõe essa organização. Enquanto existir um ser que se orgulhe do nome “Shin no San” será morto pelas minhas mãos, nem que seja uma formiga…
-E quem era a tua família?
-A minha mãe, o meu pai, o meu avô e as minhas duas irmãs mais novas…
-Ahaha, está perfeito! – Elogiava, ou elogiava-me, não chego a perceber muito bem – Levem-no para Taki, ele lá sabe o que fazer.
Sinto uma pancada na cabeça e desmaio, dois ninjas pegam no meu corpo e desaparecem com ele deixando um sujeito com o grande líder.
-Porque matar toda a nossa organização? – Pergunta o sujeito referindo a Shin no San como sua organização.
-As parcelas em Ame, Taki e Yuki já não me interessam, vai ser divertido ver o nosso “Kouta” a matá-los a todos sem dó nem piedade. Pelo menos assim espero…
-Mas porque não controlá-lo o cérebro? – Pergunta o sujeito sugerindo algo muito melhor – Assim tínhamos total controlo dele. Mexer na memória dele não é certo pois este pode recuperá-las mais tarde…
-Hai… mas eu preciso que ele adquira algo, se tivermos controlo sobre o cérebro dele esse requerimento pode não ser adquirido. O melhor de tudo é que só uma pessoa dá o requerimento para a perfeição do “Kouta”! – Explica o líder enquanto massaja a bola de cristal, reflectido na bola estava Yasuo no centro a socorrer Hayato.
Foi desde este dia que nunca mais vi os meus amigos, nunca mais sorri com eles, nunca mais senti amor, nunca mais gostei de alguém, nunca mais me senti… feliz! Tudo mudou… tudo…

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Espero ter usado bem as OST, o meu Youtube não está bom e não consegui safar-me muito bem.

Hmm, filler misterioso e várias novidades. Tsutao ficou três anos mais velho e mudou de nome e vila :O

Gostei do filler e as descrições estavam bastante boas. Só tenho uma coisa a apontar, no inicio do texto, senti-me um pouco perdido na história porque tinhas escrito aquela luta num treino. Ora, tal como eu, a maior parte das pessoas não lêem os treinos, por isso, quando escreves acontecimentos importantes em partes de luta o melhor é colocares esse texto como treino (para ser avaliado) e colocares outra cópia do mesmo texto como filler para que as pessoas possam acompanhar a história sem "cortes" ^^

Pois tens razão , esqueci do pequeno Quote que tenho que colocar. Ainda vem muita mais coisa. Tecnicamente o Tsutao não mudou nada disso, simplesmente ele acredita nisso pois a sua memória sofre umas alterações ^^.

Para justificar o "corte", andei à pancada com o Hayato, ele acabou por atirar-me à cara que eu matei o meu pai, como sempre o Tsutao enerva-se e prende-o à árvore com o fio e kunais a cravarem-lhe nas pernas deixando-o quase morto. Nada mais...

Grande textamente ._.

Bom filler, continuai