Atordoada e com uma dor de cabeça insuportável. Foi assim que Tora havia acordado. Pôs ambas as mãos na cabeça, como se a pressão que exercia fosse suficiente para que a dor deixasse-a em paz. Abriu os olhos lentamente, de novo percebendo que encontrava-se num local estranho, mal iluminado e mobiliado. Ouvia vozes ao fundo, mas não conseguia compreendê-las por conta do estado em que encontrava-se.
Resolveu levantar-se um pouco, encostou-se a parede e foi deixando-se escorregar até cair sentada ao chão. Encolheu as pernas e abraçou-as, tentando reorganizar seu cérebro, até que ouviu passos que logo pararam na porta. Recordava-se levemente da conversa com o mascarado, e temia o que ele poderia fazer. Continuou sentada abraçada aos joelhos, enquanto lentamente a porta era aberta.
À frente, o homem mascarado adentrava o quarto, seguido por uma silhueta feminina. A porta permaneceu aberta, enquanto o mascarado dizia:
- Tsuki-sama, a pequena...
- Eu sei Shinji! – dizia com uma voz doce e suave. – Achas mesmo que não iria reconhecê-la?
Tora permanecia calada e na mesma posição, mas seu instinto de curiosidade logo estava sendo despertado. Ela não conseguia ver seu rosto, por conta do mascarado, mas sentia uma confiança inacreditável:
- Por favor, deixe-nos, Shinji!
- Hai, Tsuki-sama! – disse, desaparecendo numa cortina de fumo.
- Este garoto não perde a mania... Então, Amaya – dizia ao voltar-se e encarar a gennin. – Sei que estás extremamente confusa, mas a julgar pelos equipamentos e hitaiate de Konoha, transformasses-te numa kunoichi... bem, está no sangue – dizia a mulher, com ar divertido.
Tora não movia um músculo, apenas observava aquela moça lentamente aproximar-se. Notava aos poucos suas feições, era linda e parecia jovem. Seus cabelos eram de um azul claro como o céu num dia de sol, e chegavam à cintura. Tinha uns olhos verdes cor de esmeralda, e seu rosto parecia uma porcelana. Ela tocou o ombro da gennin e ajoelhou-se à sua frente, pondo a outra mão em seu queixo, logo levantando sua cabeça. Tora não tinha forças para reagir, e deixou-se olhar aquela desconhecida:
- Amaya...
- Perdão, chamo-me Tora. – respondeu firmemente e retirando a mão da moça de seu queixo, estranhando seu próprio gesto.
- Tora? Hmm, que ironia do destino – respondeu a moça a sorrir. – Bem, eu chamo-me Chinmoku Tsuki. E independente do que aprendestes nestes 15 anos, tu chamas-te Chinmoku Amaya.
- Não sabes nada de mim, chamo-me Nara Tora!
- Tu que não sabes nada, nee-chan. Nosso clã é originário de Ame, porém começaram a surgir mercenários que abandonaram nossa vila, e tempos depois iniciou-se uma matança, já que as vilas não queriam que seus inimigos tivessem shinobis de nosso clã. Fomos atacados em Ame, mas conseguimos fugir, mesmo com Mamãe grávida de você...

Tora permanecia calada. A moça também calou-se por um instante, antes de recomeçar:
- Tu não tens obrigação de acreditar em mim, mas estou a falar-te a verdade, Amaya... ou Tora, não importa.
- Prossiga. Não tenho muita escolha mesmo, já que sou prisioneira... – respondeu a gennin.
- Ora, de forma alguma, Ama... Tora. Eu jamais faria de minha irmã uma prisioneira! – Tsuki dizia, um pouco ofendida.
- Irmã?
- Sim, nee-chan. Eu iria completar 12 anos quando tu nascestes... Lembro-me do quanto fiquei feliz, mas poucos dias depois descobriram nosso paradeiro. Papai e Titio tinham de proteger todos nós. Tu, eu e Shinji, na época uma pequena criança de três anos, além da Mamãe, que ainda estava fraca por conta do parto.
- Quem é Shinji?
- Nosso primo, aquele mascarado que estava cá há pouco.
- Meu primo é um Nara...
- Amaya... por favor! Ouça-me, nascestes de nossa mãe, isto faz-te uma legítima Chinmoku, queira ou não. Se Konoha abrigou-te por 15 anos, não foi por que quisemos... Como dizia há pouco, éramos de Ame, porém tivemos de viver errantes e escondendo nossa identidade ninja. Mas descobriram-nos, e acabamos por ser atacados. Papai tinha ido comprar mantimentos, Mamãe estava ninando-te. Eu e Shinji brincávamos na passagem secreta que era rota de fuga, e apenas tio Aoki podia proteger-nos. Houve o ataque, mataram nosso tio e seqüestraram-te juntamente com Mamãe... Não mataram a mim e ao Shinji por não estarmos lá. – completava, com semblante entristecido.
Tora estava sinceramente comovida. Não sabia se era verdade o que a moça dizia, mas de alguma forma, sentia que não era uma descarada mentira. Apesar de sensibilizada pela história que acabara de ouvir, a jovem procurou manter-se neutra, afinal poderia ser algum truque, embora ela sentisse que não. Permanecia calada, mas vendo que a moça também estava silenciosa, resolveu perguntar:
- E como sabem que eu sou a criança desaparecida?
- Bem, tivemos um certo trabalho. Papai chegou, aliviado que eu e Shinji estávamos bem, e partimos tentando rastrear o chakra da Mamãe. Estava muito fraco, mas conseguimos encontrá-la, embora ela não tenha resistido. Porém antes ela disse-nos que os ninjas eram konohanins, mas poderia ser qualquer criança. Então vigiamos Konoha durante 15 anos, idade em que a Kekkei Genkai se manifesta.
- 15 anos? Ei, eu tenho essa idade! – dizia Tora, com medo do que poderia ser essa tal Kekkei Genkai.
- Eu sei, nee-chan! Estais no primeiro nível, enxergar melhor na escuridão, não? – dizia Tsuki, sorrindo.
- Si... Sim
- Há muitas crianças da tu idade em Konoha,nee-chan, então não tínhamos escolhas até a Kekkei Genkai ser ativada. Como disse, ela dá seus primeiros sinais quando completamos 15 anos, e sondando por aí, descobrimos que tu tinhas melhorado a visão noturna notavelmente. Portanto sabemos que és a herdeira do Yoru no eria, sem sombras de dúvidas.
- Mas eu fui deixada em Konoha, até onde sei por pessoas que escondem bem sua presença. Se fui levada por konohanins, como explica este fato?
- Simples, um dos shinobis era de nosso clã, e armou este teatro, por razões que desconheço. Mamãe mencionou que reconheceu-o, era algum primo dela. – completava, demonstrando desinteresse.
- Se eu sou importante para vocês, por que diabos fizeram aquilo? – dizia Tora, alterando seu tom de voz. –Vocês queimaram a MINHA casa, machucaram o MEU pai e ainda seqüestraram-me? – olhou-a com lágrimas nos olhos. – Isso é algo que uma irmã faça? Eu não sou uma Chinmoku, eu não pertenço a vocês, meu lar chama-se Konoha!
- Tempo terás para processar as informações. – disse Tsuki, voltando suas costas.
- Espere! Por que eu sou uma prisioneira se sou sua irmã?
- Não és prisioneira, és hóspede. Mas tu precisas entender, e em Konoha não conseguirás. Shinji! – gritou.
- Hai, Tsuki-sama!
- Pare de chamar-me assim, Shinji. Por favor, venha cá. Apresente-se a Amaya!
- Hai! – disse, aproximando-se. – Amaya-sama, prazer, Chinmoku Shinji às suas ordens! – completou retirando sua máscara.
O mascarado era um lindo rapaz com seus 17 ou 18 anos, cabelos azuis não tão claros quanto os de Tsuki, mas ainda assim lindos. Seu rosto era delicado embora fosse um garoto, mas seus olhos eram azuis, diferentemente das kunoichis ali presentes. Ele prosseguiu com voz suave e calma:
- Nossos pais eram irmãos, Amaya-sama. O meu chamava-se Aoki, era um shinobi de Kirigakure até a partida de minha mãe. Vosso pai, Aoshi-sama, vivia como nômade com sua família; Papai aceitou ser seu parceiro, e foi assim que acabamos virando nômades também, já que Papai não queria ficar em Kiri por conta da minha recém-falecida mãe... Depois das mortes de meu pai e tia Sayo, Aoshi-sama e Tsuki-sama eram minha única família.
- Shinji, por favor, já conversamos sobre este tratamento – dizia Tsuki, em tom de reprovação. Chame-me de senpai ou san, mas não de sama!
- Gomen, Tsuki-senpai.
- Melhorou – respondeu com um sorriso. – Bem Amaya, o tio Aoki era do segmento de ataque do clã, enquanto Papai era do segmento de infiltração. Até o destino escolheu-te um nome relacionado ao clã!
- O que tem a ver meu nome?
- Ora, os segmentos do clã têm o mesmo nome das kuchiyoses que podem invocar. O nosso naturalmente é Fukuro, enquanto tio Aoki, e conseqüentemente nosso primo Shinji, pertencem ao segmento Tora, pois invocam tigres. – completou.
Tora estava confusa com o tanto de informações bombardeadas em sua cabeça. A dor voltara, acabou chorando de tão violenta que foi a crise, aliada também à preocupação e saudades de Nobuo:
- Eu quero... eu quero ir para casa, por favor – pediu num sussurro, com lágrimas escorrendo-lhe em sua face.
- Estás em casa, pequena! Peço-te que fique apenas mais um pouco antes de retornares à Konoha...
- Quê?! Vais deixá-la voltar Tsuki-senpai?! – dizia atônito o rapaz.
- Cale-se Shinji! Amaya... eu peço-te apenas mais um pouco, só até compreenderes tudo. Depois escolhes se queres voltar a Konoha. Podes escolher abandonar nosso clã, mas não tem como negar o sangue, e a kekkei genkai que corre em tuas veias. Se vais voltar a Konohagakure, saiba o que espera-te ao menos – disse séria, olhando profundamente nos olhos de Tora.

Familia tão porreira que Ayama/Tora foi arranjar , é interessante ver como a Tora afinal é uma parcela do Batman que consegue ver no escuro... nice ^^, mesmo assim a Kunoichi ainda tem muito amor pela vila da Maconha.... que inocente =/

Continua, vamos lá ver o que vem daí ^^

Odeio azul... cabelo azul seria algo impensado para mim...

hahahahahahahahhaha

Enfim, gostei bastante, filler sem encher chouriços, me gusta mucho

Tora safadinha, gosta de garotos com rosto feminino... tsc tsc tsc... to falando que o Tigre de Konoha corta pros dois lados... ahhahahahah

Outra vez deixando as brincadeiras, gostei que ela ame Konoha, sinal que ela tem a Vontade do Fogo \o/\o/\o/

E sobre Amaya... é um nome um tanto.. indiano, prefiro Tora para usar como o Tigre de Konoha, olha que lindo que fica, hahahahah

Continua \o/

Cheira-me que a irmã da Tora não deve ter contado tudo direitinho e ainda tem alguma coisa na manga. Continua, quero ver o que sai daí ^^

vila da Maconha? Batman? LOL Tsu, cuidado com as dorgas!

Tigre de Konoha soou bem mesmo Iryo, mesmo que ela tenha outro nome, ela certamente será lembrada como a tigresa hahaha e não, Tora não é gilete

hahahahaha, quem sabe neh Rider? Águas irão rolar, espero que gostem dos próximos fillers


obrigada mesmo, meninos, por acompanharem minha história e ainda comentarem

Tsutao escreveu:

Familia tão porreira que Ayama/Tora foi arranjar , é interessante ver como a Tora afinal é uma parcela do Batman que consegue ver no escuro... nice ^^, mesmo assim a Kunoichi ainda tem muito amor pela vila da Maconha.... que inocente =/

Continua, vamos lá ver o que vem daí ^^

HAHAHAHA e não é que é verdade?

Eve 4 filler, excelente, porém ainda acho que não definiste a tua meta por atingir com esse personagem, mas este é definitivamente o principio de algo que podes preparar para ter uma saga interessante.

Fico a espera para ver.

Eu estava meio perdida Datte (acho que até pouco antes de escrever este filler) mas agora estou mais direcionada. O problema é só a história, pois eu já estou pensando muito mais à frente, então tenho que criar uma história que faça sentido para o futuro que eu quero, isso tá me matando um pouco


Obrigada por também ler