Tora olhava Tsuki completamente confusa, mal ouvia o que ela dizia, tamanha a violência de sua dor. Não lembrava-se de muita coisa ao novamente acordar-se naquele local:
- Quando que eu saio daqui?! – Gritava, irritada.
Sua dor de cabeça estranhamente não havia voltado, e seu cérebro estava mais claro que antes. Conseguia lembrar-se do ataque enquanto jantava com Nobuo, seu pai ferido sendo levado por Shikamaru, ela sozinha rapidamente dominada por duas sombras. Recordou-se também do que havia conversado com a moça e o rapaz mascarado, e não conformava-se de estar trancada. Dirigiu-se até a porta, e tentou desesperançada abrir a maçaneta – que pra sua surpresa estava destrancada. Abriu a porta espantada, e olhou para ambos os lados, o corredor estava deserto:
- Isso só pode ser alguma armadilha – pensava, ao mesmo tempo que gostaria de sair a esmo. Decidiu andar devagar, e espantou-se ao ouvir uma voz:
- És mesmo desconfiada, hein garota? Tsuki não está, mas ela não quer que te sintas uma prisioneira. Contudo, ela não pode liberar-te por completo...
Tora procurava a origem da voz, mas não havia ninguém por perto. E qual não foi sua surpresa ao ver pousar em sua frente uma coruja. Ela era completamente branca, muito bonita e impunha respeito em sua postura. A Nara permanecia calada, nunca vira uma coruja daquelas... julgou ser a famosa coruja-das-neves por conta de sua penagem branca, mas depois voltou a procurar a origem da voz:
- Ora garotinha, aqui embaixo... sim sim, eu falo, algum problema?
- Co... como isso é po... possível? – gaguejou, atônita.
- Como podes ser uma kunoichi sem saber o que é uma kuchiyose? Julgava que fostes tão inteligente quanto Tsuki, mas acho que enganei-me...
- É claro que eu sei o que é uma kuchiyose, sua... coruja idiota – disse, irritada.
- Ora, que petulância, criança mal-criada! Não faça-me ter de usar meu lindo bico para dar-te uma lição!
- Tente, sua velha ranzinza! Quem pensas que é?
- Ora sua... pentelha! És muito atrevida, não mereces ter o sangue que tens – dizia a coruja, também irritada.
- Yukiko-sama, por obséquio, tenha paciência com a pequena – uma voz masculina ecoava pelo local. – Ela está em processo de adaptação ao clã.
- Difícil, Shinji-chan! – dizia a coruja, a olhar raivosamente a gennin, que retribuiu com um olhar desafiador. – Esta pequena precisa de boas lições... já que estás aqui, posso ir-me?
- Hai, Yukiko-sama. E perdoe a pequena – dizia Shinji posicionando-se respeitosamente perante a coruja.
- Bem, vou-me. E pequena, siga os passos do Shinji-chan e da Tsuki. Tenha modos, sua... mal-educada – completou desaparecendo num cortina de fumo.
Tora fazia uma careta, mostrando-lhe a língua. Shinji riu-se, e avisou-a:
- Yukiko-sama não é fácil de lidar, Amaya-sama.
- Meu nome é Tora! – gritou, enquanto o rapaz imediatamente calava-se. – Ah, gomen, não quis gritar – desculpou-se, desconcertada.
- Não há problema Ama... digo, Tora-sama.
- Por favor, chame-me apenas de Tora! – dizia ela, ligeiramente chateada. Olhou o rapaz, que novamente usava a máscara. – Por que estás a usar esta máscara novamente? Eu já vi teu rosto...
- Ah, gomen, é um velho hábito. Prefere que eu retire-a?
- Se não for um incômodo, sim, não costumo falar com máscaras – brincava.
Os dois riram-se, enquanto o rapaz calmamente retirava sua máscara, que escondia um belo e delicado rosto. Um silêncio perturbador pairou uns instantes, visto que nenhum dos dois sabia como puxar assunto com o outro. Shinji resolveu quebrar o silêncio:
- Bem, está melhor para ti? – perguntou, ligeiramente rubro.
- Ah, si... sim – respondia a kunoichi, tentando desviar o olhar daqueles olhos tão azuis.
Ele a encarou, e ela não teve muita escolha a não ser encará-lo também. Tinha uma sensação estranha, não sabia se era apenas uma sensação ou um monte delas. Nenhum dos dois piscava, a Nara parecia hipnotizada por aqueles olhos. Sem perceberem, aproximavam seus rostos, mas Tora percebia o que acabaria acontecendo, e apressou-se em quebrar o silêncio:
- Ehr, desculpe perguntar, mas... por que usas esta máscara?
- Bem, é um costume como eu disse. – respondeu, enquanto afastava-se da kunoichi. – Meu pai era um ANBU em Kiri, e acabou guardando sua máscara. Quando ele morreu, eu resolvi fazer um tributo a ele, personalizando-a. Usá-la é um orgulho muito grande, é como se meu pai pudesse ver-me como um ninja tão bom a ponto de ser ANBU. Eu sei que sou nukenin, mas como disse, um hábito de criança...
- Desde criança?
- É, uns 10 anos mais ou menos. Tsuki no início incomodava-se, mas depois acostumou-se. – ria-se, relembrando.
- Ora, eu também sentir-me-ia incomodada, afinal és tão bonito... – dizia, corando levemente.
- Achas mesmo? – perguntava ele, também rubro.
- Si... sim – respondeu, corando ainda mais e encarando o chão.
- Interrompo algo? – perguntava uma alegre voz feminina.
- Tsuki-senpai! – disse o rapaz, também levemente enrubescido.
- Haha, muito bom dia Amaya e Shinji! Onde está Yukiko?
- Voltou – respondeu o rapaz.
- Ah, Yukiko é tão impaciente... eu disse que voltaria logo.
- Ela estressou-se um pouco com Tora-san – o rapaz novamente respondeu, desta vez com ar divertido.
- Oh céus, Amaya... Bem, não queria incomodá-la, mas também não queria que te sentisses presa, então pedi a Yukiko que ficasse de olho em ti, mas acho que conhecestes bem o temperamento dela...
- Sim, conheci. E continuo sentindo-me uma prisioneira. Apenas posso sair do quarto, mas com um guarda em meu encalço... que tipo de hospedaria é esta? – disse, com ar revoltado.
- Gomen! Não podes voltar a Konoha sem saber sobre o Yoru no eria. Se insistires em seguir caminho shinobi, tens que saber o que espera-te – respondeu Tsuki, seriamente.
- Muito bem, sou toda ouvidos... o que é este raio de Yoru no eria? – perguntou, com um tom levemente sarcástico.
- É a kekkei genkai de nossa família, Tora-san... bem, posso chamar-te assim? – perguntava o rapaz.
- Tanto faz, quero apenas voltar a Konoha – respondeu a gennin, ríspida.
- Entendo como estejas Amaya... mas como disse, precisas saber sobre nossa linhagem. Agora que sabemos que queres seguir o caminho shinobi, isto faz-se ainda mais importante. – dizia calmamente Tsuki.
- Sim, Tora-san... o Yoru no eria desenvolve-se naturalmente até os 17 anos. Nesta idade, ele estabiliza-se, porém irá progredir à medida que formos aprendendo técnicas ninjas. Então se queres ser uma kunoichi, isto é de suprema importância, visto que aos poucos seremos condenados...
- Esta palavra é um tanto pesada, Shinji... – dizia Tsuki, não mais sorrindo.
- Condenada? Como assim?! – a gennin estava realmente confusa.
- Bem... Aos 17 anos, inicia-se o efeito da fotofobia, e à medida que iremos aprendendo jutsus, ela intensifica-se... até chegar a um ponto crítico – respondia Tsuki, um pouco triste.
- Que ponto crítico? – a Nara tinha medo de ouvir a resposta.
- Até o ponto em que qualquer luminosidade pode ferir-nos. – completou Shinji.
- Como assim?
- A fotofobia vai aumentando nossa sensibilidade à luz. Então chega um ponto que a sensibilidade é tanta, que pode ferir-nos. Em resumo, quanto mais técnicas ninjas aprendermos, mais perto estaremos de sermos criaturas das sombras. – respondeu novamente o rapaz.
- Criatura das sombras?
- Sim. Somos lentamente obrigados a viver na escuridão – completou Tsuki, séria.



continua...

Ayama/Tora está a tornar-se numa Batwomen pwahahaha, e a Vila da Maconha deixará de ser o seu lugar

O Filler ficou porreiro já estou é farto de ver a protagonista presa no raio dessa caverna , tira-a logo daí e mete ação

Continua lá ^^

hahahaha, hei de tirá-la, desculpa a enrolação, mas é necessária
obrigada por ler

Gostei bastante da atitude da tua personagem, ri-me quando ela enfrentou a coruja nas primeiras fases da filler, ihihih*

auhsauhsauhsauhsauhsauhsauhs obrigada por leres, André ^^
Tora às vezes é meio louca, próximos fillers isto ficará mais claro

evefigueiredo escreveu:

E qual não foi sua surpresa ao ver pousar em sua frente uma coruja. Ela era completamente branca, muito bonita e impunha respeito em sua postura.

Hedwing is alive!

evefigueiredo escreveu:

Ora sua... pentelha!

Acho que a coruja deve ser parente do Eduardo Catroga. Chamar pentelho a alguém é do melhor.

evefigueiredo escreveu:

- Ora, eu também sentir-me-ia incomodada, afinal és tão bonito... – dizia, corando levemente.!

Muita subtileza nessa hora. xDD

Adorei o teu filler, apesar de ter sido o primeiro filler que leio teu. Tens pequenos erros, mas nada de grave. ^^

Tora o bicho das trevas! Dundundundun!

Ahahah gostei da discussão entre Tora e a coruja
O filler foi um bocado enche-chouriços mas achei interessante a maneira como terminaste, continua ^^

Tora cretina, Hana nunca aprovaria essa atitude com a coruja :c

Hana iria xinga-la

Tora is Naughty Naughty (lembrei de uma banda famosa de K-Pop, ahahahha, a música de Tora ho ho ho)
COMEÇA NOS 38segundos, o início não tem nada a ver, só depois dos 38segs



Mas gostei bastante de Tora dar em cima de seu primo gatEnho, ahhahahaha, ele tem olhos iguais de Hana... hummmm

Continua e vamos à saga Flor e Tigre de Konoha \o/

Own Tixa, muito obrigada, que bom que gostastes

Rider, realmente foi um enche-chouriços, mas realmente é necessário. Próximo filler eu vou explicar melhor a KG, não dei todos os detalhes quando a criei

Iryo, seu troll! não chame a pobre Tora de cretina, ela não é sua Hana-girl bitch! e até parece que Hana xinga alguém
Adorei o vídeo, mas sinto em informar que Tora nada tem a ver com isto
após os lobos, vou dedicar-me inteiramente à saga Flor e Tigre de Konoha. Já iniciei o 6º filler, Tora logo regressará à Konoha para alegria de Shikamaru