No filler anterior…
- Spoiler:
Já fora dos portões de Kumo, Mo observava Bolacha que pulava alegremente de ramo em ramo, enquanto comia uma bolota, nisto Mo adquire um olhar de pânico. Nadja, a mulher serpente surge no ramo onde Bolacha repousava e apanhou-o.
- Hisss – Sibilou, sorrindo maldosamente na direção de Mo. - Tiveste saudades minhas?
Mo olhou a cena, sem saber como reagir, Nadja sempre lhe provocara um medo de morte desde o primeiro encontro, e agora tinha Bolacha.
- Larga-o! – Gritou com a voz a tremer-lhe como varas verdes, um ramo perto de Nadja oscilou levemente e uma brisa fez os cabelos da nuca da mulher serpente arrepiarem-se levemente. Num ato de desespero Mo saltou e atirou um par de kunais na direcção de Nadja. No entanto as kunais foram reflectidas pelas escamas de Nadja que começou a rir na direcção de Mo, enquanto apertava Bolacha cada vez mais.
- Oin, gostavas deste bichinho adorável? – Perguntou Nadja com um tom de falso afecto, Mo não conseguiu emitir qualquer som e Nadja sorriu maldosa. – Temos pena.
Num movimento rápido e animalesco, Nadja separou a cabeça do corpo do pequeno esquilo, esguichando sangue por tudo quanto era lado. E ante o olhar petrificado de Mo comeu sofregamente as entranhas de Bolacha, ficando toda lambuzada com o sangue do esquilo.
- Agora é a tua vez! – Sibilou, largando a carcaça vazia de Bolacha e saltando da árvore e aterrando em frente de Mo, agarrando-lhe o pescoço com os dedos frios e empurrando-o com uma árvore ali perto, lambeu-lhe uma bochecha e tremeu de excitação. – Mal posso esperar por ouvir o teu coraçãozinho a deixar de bater.
[À entrada de Kumo]Rima acabava de chegar perto da vila do trovão, esperava por Hyuuga Taro agachada atrás de uns arbustos, a uns estratégicos 700 metros a Este dos portões da vila.
- Rima? – Ouviu-se uma voz masculina chamar baixinho, a kunoichi levantou-se ao ouvir o amigo, o seu capuz cai, revelando a sua cara cheia de cicatrizes e o cabelo curto e revolto. – Rima?!
A nukenin saltou para os braços do Hyuuga, que a envolveu num abraço apertado de tanta saudade. Taro passou a mão pela face da amiga, intrigado como o que causara aquilo e o porquê de Rima andar fugida.
- O que se passou contigo miúda? – Perguntou, Rima suspirou e sentou-se numa pedra ali perto.
- Os meus pais enviaram-me para o Mundo dos Gorilas, para que eu fizesse uma viagem ao fundo de mim e me livrasse de toda a raiva que sentia. Acontece que a coisa correu mal, e esses sentimentos se intensificaram, ao ponto de ter acordado a minha Kekkei Gekai no nível corrompido. - Explicou de uma assentada. – E passei-me, deitei abaixo metade da mansão do meu clã, empalei a minha tia, quase matei o meu primo e acho que matei dois guardas de Suna.
- Achas? – Perguntou Taro alarmado.
- Não fiquei lá para ver, sim? Sou procurada por crimes em Konoha e Suna, já agora ficava à espera que o Arashi me viesse apanhar, não?
- Oh Rima… E essas cicatrizes? E o corte de cabelo horroroso? – Perguntou Taro, tentando aliviar o ambiente.
- Oh, parece que o meu corpo não aguenta tanto poder e a minha pele rasga quando uso demasiado chakra dourado. Quanto ao corte… Foi uma tentativa de disfarce.
- És uma idiota… - Murmurou olhando a amiga, com os seus olhos violeta a brilharem intensamente. – Eu ajudo-te no que precisares…
Rima sabia que não precisava de dizer nada, e permitiu-se chorar, e permitiu que Taro a abraçasse contra o seu peito.
- Aprendeste a fazer flexões? – Perguntou ao sentir os abdominais do amigo, que se limitou a rir.
[Na floresta]– Mal posso esperar por ouvir o teu coraçãozinho a deixar de bater. – Murmurou, revelando as suas presas e aproximando-se lentamente do pequeno pescoço de Mo que fechou os olhos ao ver o seu fim tão próximo. E esperou. E nada aconteceu. Abriu os olhos e viu Nadja caída no chão com uma flecha cravada na zona onde deveria estar o coração a tentar respirar, olhou em volta e viu Ekel de besta na mão a aproximar-se.
- Ela morreu? – Perguntou o caçador de recompensas aproximando-se de Mo, que por pouco não se mijara nas calças.
- A-ainda não. – Murmurou num fio de voz.
- Vai-te embora. – Ordenou Ekel, na sua voz rouca devido ao tabaco, Mo não tardou a cumprir as ordens, aos tropeções saiu da floresta em direcção à Vila do Trovão.
Ekel ajoelhou-se ao lado de Nadja e repousou a cabeça desta nos seus joelhos, esta sorriu cuspindo um bocado de sangue, e olhou o homem que amava nos olhos, sabia que era o fim.
Sabia que Ekel não a deixaria regenerar-se, tirando-lhe a seta do coração, sabia que o inevitável que haviam sempre adiado estava a acontecer.
- Amo-te Ekel. – Murmurou, e num último esforço mordeu o braço de Ekel, injectando-lhe o seu veneno e deixou-se cair no colo do homem que amava, sorrindo.
- Amo-te Nadja. – Murmurou Ekel de forma quase imperceptível, observando a vida a abandonar os olhos da mulher que amava, chorando porque sabia que não morreria com ela. Porque à muito que conseguira o antídoto. Porque ela era demasiado perigosa para estar viva. Porque ele sabia ser o único que conseguiria matá-la. Porque ela o tornava mole, e ele não se podia dar a esse luxo.
- Desculpa meu amor. – Murmurou, beijando a testa de Nadja ao ouvir o seu último suspiro.
O Caçador de Recompensas pegou numa faca de mato e separou a cabeça da mulher do resto do corpo, colocando-a dentro de um saco. Em seguida abriu uma cova e jogou o corpo decepado de Nadja para o seu interior, tapando-a de seguida. Olhou uma última vez para a terra recentemente remexida e pegou no saco com a cabeça da mulher serpente, dirigindo-se ao interior da Vila.
[Rima e Taro]- Como é que vou entrar na vila? – Perguntou Rima ao amigo.
- Pois boa pergunta… - Rima, prega uma chapada na nuca de Taro, aborrecida. –Au!
- És mesmo idiota. – Resmungou a kunoichi – Acho que o melhor é mesmo continuar por aqui, só preciso que me tragas comida. E papel higiénico.
- E já agora pornografia, não? – Perguntou sarcástico, levando outra chapada, desta vez na testa. – Pronto, ok! Eu trago-te comida e papel higiénico. Mas é só porque eu gosto muito de ti!
- Eu sei, obrigado.
- Era suposto dizeres: eu também gosto muito de ti. – Resmungou Taro.
- Mas és alguma gaja? Tu sabes que eu também gosto de ti retardado. – Respondeu Rima abraçando o Hyuuga mais uma vez. – Tens a certeza que queres fazer isto? Não quero pôr-te em sarilhos.
- Não te preocupes. Era capaz de pôr o meu material numa guilhotina por ti. – Respondeu com um sorriso de orelha a orelha.
- Credo! Sinto-me lisonjeada. – Brincou Rima, esquecendo-se por momentos que tinha a cabeça a prémio.
[Mansão Fokkaso]- Oh, mas que agradável surpresa. – Murmurou Rei, ou Rev para os seus “amigos”. – Acho que vou mandar preparar o Kuroi Keisei e fazer-lhe uma pequena visita.
A gargalhada da mulher ecoou na sala vazia, enquanto os seus olhos brilhavam de excitação e sorria em direcção a uma cadeira vazia. A sua felicidade é interrompida por um bater de porta que a faz voltar à postura fria e altiva de sempre.
- Entre. – Ordenou, na sua voz gélida, uma mulher rechonchuda assoma-se à porta, meio a medo. – Já disse que pode entrar.
- Vinha apenas entregar as avaliações trimestrais de produção. – Declarou, com a voz a tremer-lhe de hesitação e receio, com uma dúzia de folhas mal seguras nas mãos gordas e trémulas.
- Óptimo, deixe as folhas em cima da secretária e faça-me o obséquio de dizer ao moço da estrebaria que prepare o Kuroi Keisei para um passeio.
- Hai. – Assentiu a mulher antes de sair apressadamente, como se ficar muito tempo naquele escritório lhe reduzisse o tempo de vida.
- Está tudo a correr como planeado papá. – Declarou num tom de voz que perdera toda a frieza. –
Eu sempre lhe disse que o faria orgulhoso de mim.
[Casa de Sasame]Sasame seguia para a cozinha, enquanto apanhava roupa suja espalhada pelo chão no caminho, ao chegar ao destino aproximou-se da máquina de lavar roupa e preparou-se para lá enfiar a roupa, nisto.
- Mo?! – Exclamou indignada, observando Mo, que dormia profundamente dentro do tambor. – Acorda monte de sebo! – Gritou puxando Mo por uma orelha, tirando-o dentro da máquina.
- Comeram Bolacha. – Declarou com a voz entaramelada.
- Han? – Perguntou confusa.
- Posso dormir aqui? Está frio lá fora.
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Nota: Hyuuga Taro é um dos melhores amigos de Rima, conheceram-se numas termas quando Rima andava a espreitar a parte masculina e fora apanhada por ele. A partir dai floresceu uma amizade baseada na perversão e tensão sexual entre os dois.