Anteriormente...- Spoiler:
(...)
- Hã? - Shikamaru realmente não havia entendido.
- Shikamaru... Se eu transformasse-me em uma criatura das sombras... Se chegasse um dia em que eu não pudesse sequer ver a luz de uma vela... Como irias sentir-se perante mim?
- Que pergunta maluca...
- Apenas responda. A sério. - ela encarava-o, intimidadora.
- Sempre serás minha prima. A garota nervosinha que eu... - interrompeu de repente.
- Que eu? - Tora tentava encorajá-lo.
- Ignore. Vamos comemorar sua volta - dizia, levantando-se e desviando-se do assunto.
No dia seguinte à sua chegada, Tora dirigiu-se juntamente com Nobuo e Shikamaru ao escritório de Loki, contando-lhes por alto - bem por alto - sobre seu breve desaparecimento. Comentara sobre o tal sangue Chinmoku e o que aconteceria-lhe caso aprendesse técnicas mais elevadas, explicando que gostaria de correr o risco - para desagrado de Nobuo. O Hokage sabia que ela escondia informações importantes, mas não havia incomodado-se, afinal a personalidade arredia da Nara era conhecida por toda a vila. Então incumbiu Shikamaru de saber os pormenores, já que era a pessoa que ela mais confiava. Tal como o previsto, a gennin revelou ao seu primo que era um alvo em potencial para um outro seqüestro, com intenções inimagináveis, além de apresentar suas kuchiyoses.
A tarde logo chegou, e Tora foi informada de que deveria ir ter com sua equipa. Shikamaru precisava reportar o que descobrira à Loki, e deixou a jovem no local marcado para o encontro com sua equipa, onde ela logo avistou um rosto conhecido:
- Sho! - cumprimentava.
- Ya, Tora! Finalmente a equipa está completa! - respondia um alegre rapaz.
- Mas somos três, quem é o terceiro?
- Preferia que fôssemos apenas dois, Sho... esta garota é inútil... - um jovem de cabelos brancos dizia calmamente, encostado a um muro.
- Não me diga que o Jun... Isso é castigo demais! - a gennin irritava-se.
- Castigo digo eu, tsc. Sua lerda. - rebatia o garoto.
- Parece que será pior que na Academia... - pensava Sho, enquanto tentava conter os ânimos.
- Ah, então a única garota do time finalmente juntou-se à nós! Ohayo, Tora-chan!
- Ohayo, erh...
- Yusuke. Hayashi Yusuke. Bem vinda ao time quatro.
- Quatro? A sério? - perguntava, desanimada.
- Além de inútil, és supersticiosa também? - Jun provocava.
- Cala a boca, imbecil! Contigo no meu time, realmente, azar maior não há! - a Nara começava a alterar-se.
- Por favor, minna, somos uma equipa, queiramos ou não! - Sho tentava, sem sucesso, instaurar um cessar-fogo.
Desde os tempos de Academia, Jun e Tora nunca deram-se bem. Yusuke sabia que seriam uma equipa difícil, que era simplesmente mais cômodo colocá-los em times separados, mas topara o desafio de fazê-los companheiros unidos por Konoha, a vila que acolheu-os. A discussão já tomava rumos para agressões físicas, quando calmamente o jounin interrompeu-os:
- Acabaram com a criancice?
- Yusuke-sensei, não dá para formar equipa com ela! - queixava-se o gennin.
- Pelo menos nisso eu tenho que concordar contigo, tampinha, não dá para ficarmos no mesmo time.
- Ah, é mesmo? Então vocês nunca serão shinobis. - rebateu o sensei.
Essa era uma frase impactante, tanto em Jun quanto em Tora. Ambos eram de personalidades bem semelhantes, talvez por conta disso não conseguiam entender-se. E eles ansiavam por serem excelentes shinobis, portanto, fariam qualquer coisa para alcançar tal sonho. A contragosto, apertaram-se as mãos, mesmo os olhares sendo um verdadeiro campo de guerra:
- Muito bem, mantenham uma postura ninja, vocês já saíram da Academia. Então Tora, és uma Nara... Quais são suas habilidades? - perguntava o jounin. - E sem piadinhas, Jun.... - completava, lançando um intimidador olhar para o garoto, que preparava-se para responder com alguma gracinha.
- Bem, eu ainda não dominei totalmente o hijutsu do Kage Mane, mas devo estar perto de tal feito. E enquanto estive fora de Konoha, assinei um contrato e tenho kuchiyose de duas corujas. Ah, e também tenho facilidade em enxergar no escuro, além de saber alguns ninjutsus básicos da Academia. - concluía.
- Kuchiyose?! - Sho perguntava, visivelmente surpreso.
- Tsc, até que deixastes de ser tão inútil então, Nara-fa... - Jun não conseguiu terminar a frase, pois Sho imediatamente tapou-lhe a boca.
- Dizias algo, Jun? - Yusuke o olhava friamente.
- Não, ele está elogiando-a, sensei. Do jeito dele, mas é um elogio, certo Jun? - Sho respondia pelo amigo, que ainda tinha a boca tampada.
- Ok, sei que vocês não se dão muito bem, mas eu sou uma pessoa meio sem paciência, então por favor, não testem-na. Hoje até estou de bom humor, mas ele pode alterar-se bruscamente. Vocês devem conhecer o blá blá blá dos deveres de trabalhar-se em equipa, então não vou repetir. Se não souberem, tratem de rever o que viram na Academia por conta própria, pois não admito que não saibam coisas que foram ensinadas lá. Hoje permiti que vocês extravasassem suas emoções, mas quando estivermos em treinamento ou, principalmente, missões, não quero saber disto, somos companheiros e faremos tudo ao nosso alcance para protegê-los. Dúvidas?
- Não! - os três gennins respondiam em uníssono.
- Ok. Tora, na sua ausência, tive a liberdade de começar sem ti, portanto sei um pouco do Sho e do Jun. Quero primeiramente saber teu alinhamento elemental. Segura isto, se faz favor. - dizia, entregando um pedaço de papel, que fora cortado ao entrar em contato com a garota. - Uhm, fuuton...
- Alguém mais possui fuuton, sensei? - perguntava Tora.
- Não não, és única. Bem, hoje foi mais para inserirmos a Tora na equipa, o primeiro treinamento será daqui a dois dias. Quero que ajudem-na no que for durante este tempo, entendido garotos? Vejo vocês depois de amanhã - dizia, sumindo num shushin.
- Ok, Nara-fake, só para actualizar-te: eu tenho facilidade em usar genjutsus e ninjutsus suiton, e o Sho ninjutsus Doton e taijutsu. Será de bastante serventia se fores diferente de nós, mas mal sabes ninjutsus, então aposto no teu kenjutsu, pode ser?
- Podias ser mais sutil Jun! - Sho protestava. - Gomen, Tora-chan! Bem, ainda é cedo, podíamos iniciar um treinamento conjunto, assim podíamos saber melhor como juntar todas as nossas habilidades.
- Ah, por favor, Sho, o Jun é um tampinha mimado que quer brincar de ninja. Hey bebê, cuidado com os arranhões das kunais... - a Nara satirizava, sarcástica.
- Sua imbecil, eu pelo menos sou original da minha família e não tenho dificuldades em aprender técnicas ninjas. - provocava o jovem.
- E eu pelo menos não sou originária de uma vila que esteve em guerra com Konoha! - finalizava a kunoichi, completamente enervada.
Ambos encaravam-se furiosamente. O pobre Sho tentava em vão conter os ânimos, mas decerto acabariam por engalfinharem-se, especialmente agora que o sensei não estava por perto. Gostava de ambos os companheiros, Jun sempre fora seu amigo, e Tora... bem, Tora era uma kunoichi de temperamento difícil, mas ela era a única garota que encaixava-se nos padrões de beleza de Sho, não apenas beleza física, mas também interior.
Enquanto se olhavam ferozmente, a Nara lança uma shuriken na direção de Jun, mas estava tão cega de ódio que não viu Sho intrometer-se, e a estrela ninja acabou por raspar-lhe um braço:
- Sua louca, olha o que fizestes! - gritava Jun, acudindo seu amigo. - Quem precisa de inimigos quando tem-se tu na equipa?!
- Go... gomen, eu não... não foi minha intenção, gomenasai Sho! - desculpava-se, completamente desconcertada.
- Putz, não tem problema, isso foi de raspão. Mas dá para sermos uma equipa de verdade? Não sei quanto a vocês, mas eu quero tornar-me um jounin famoso!
- Eu também quero ser um shinobi poderoso... - comentava Jun.
- Eu... eu também... Gostaria muito de ser ANBU. - dizia Tora.
- Ninguém perguntou-te, fake! - Jun gritava, enervado com a companheira.
- Jun, cessar-fogo, se faz favor! - Sho pedia.
- Tudo bem, juro - dizia Jun,sendo convencido a dar uma trégua nas brigas com Tora.
- Ok, Sho, eu também juro que tentarei aturar esse tampinha de Kiri. - dizia a kunoichi. - Ah, Jun, sei que fazes piadinha do meu nome... mas descobri que tenho um segundo, se isto ajudar-te a controlar-se. Podes chamar-me por Amaya, é como minhas kuchiyoses tratam-me.
- Creio que será de grande serventia isto... Amaya. Bonito nome, confesso. - respondia o gennin, indiferente por fora, mas reparando pela primeira vez que a garota era tão linda quanto aquele nome. - Vamos treinar? - perguntava, tentando afastar da cabeça novos pensamentos que invadiam-lhe o cérebro.
- Spoiler:
Esta micro saga deve acabar em mais um ou dois fillers, onde explicarei o que está faltando, terminando no evento dos lobos. Finalmente os enche-chouriços irão acabar
Peço desculpas por tanta enrolação, acabei empolgando-me e não comecei minha história com o padrão (afinal, no 9º filler é que minha char conhece a equipa
)
Espero que gostem da sequência