Anteriormente...- Spoiler:
(...)- Shinji! Tira-me daqui! - pedia.
- Hai! - respondeu, rapidamente retirando as cordas que prendiam-na.
- Arigatou gozaimasu! - a gennin agradecia enquanto abraçava o rapaz, entre lágrimas.
- Tsc, então tens um protetor? Não por muito tempo - desafiava o homem, desembainhando uma katana.
- Aqui, Tora-san, isto pertence-te. - dizia Shinji enquanto dava a ela uma bolsa com equipamentos ninja. - Vamos divertir-nos um pouco. - finalizou, com um sorriso.
O homem já tinha a katana em mãos, e aproveitava-se dos raios de lua cheia que conseguiam atravessar a densa folhagem para encarar o casal à sua frente. Shinji colocou-se à frente de Tora, empunhando uma kunai. O oponente ria-se, e partiu para cima de Shinji:
- Desculpe, garoto, mas você não tem chances!
O Chinmoku defendeu-se, mas a força do homem era realmente notável. Tentou dar uma rasteira, mas ele parecia ler seus movimentos:
- Como eu pensava, usas muito ninjutsu e és fraco num combate corpo-a-corpo. Ridículo! – ria-se, enquanto atingia o rapaz com um potente chute, que projetou-o até ser duramente amparado por uma árvore.
Shinji estava um pouco atordoado, mas ainda consciente. Iniciou uma seqüência de selos, mas antes de terminá-los o homem já estava com a katana encostada ao seu pescoço:
- Morra! – gritava, enquanto subia as mãos, com a lâmina pronta a decepar-lhe a cabeça.
Shinji não conseguia reagir, ainda estava atordoado. Mas por incrível que pudesse parecer, o inimigo também não mexia-se. Aliás, movia-se sim, mas não do jeito que ele queria. Suas mãos arremessaram sua arma para longe, enquanto afastava-se do rapaz que desejava matar:
- Soaku Kage Mane no jutsu... sucesso! – dizia uma voz feminina.
- Tome cuidado, Tora! – dizia o rapaz ferido, que já tentava levantar-se.
- Uhm, Tora... Kage Mane... Então és a famosa Nara que desapareceu de Konoha sem deixar vestígios há uns dias, hein baby?
- Não te interessa, palhaço – dizia ela, revoltada, e já sentindo o KM enfraquecer.
- Ora, parece que seu hijutsu ainda é um rank baixo... Se eu fosse você, tratava de correr, para deixar as coisas mais... excitantes. Vou apenas acabar com este inútil, e logo depois podemos nos divertir, que acha?
Shinji reuniu forças e colocou um pouco de água do cantil em sua mão, rotacionando-a com seu chakra. A técnica da Nara enfraqueceu-se por completo, e quando a sombra dela deixou o alvo, o Chinmoku projetou a água na direção do inimigo, projetando-o alguns metros.
O homem embateu numa árvore, mas não sofreu danos fortes. Raivoso, partiu para cima do rapaz, mas acabou por levar um leve - mas muito dolorido - chute nas zonas baixas, por parte da garota:
- Isto é por tentar deflorar-me, covarde. Tomara que todos os teus espermatozóides tenham morrido! – gritava a gennin, irritada.
- Bem, é melhor irmos andando, certo? Não podemos perder tempo!
- Hai! Apenas deixe-me pô-lo desacordado para não termos problemas, certo? – dizia com um doce sorriso, enquanto pegava um galho mais forte e desferia um golpe na nuca do adversário.
Continuaram a correr, enquanto riam-se da situação do homem. Aproximavam-se de uma vila, situada já no País do Fogo, mas ainda longe de Konoha. Ele então tirou uma capa com capuz, e entregou à gennin:
- Muito bem, já estamos no País do Fogo, certamente aqui já deve haver vários alertas sobre seu desaparecimento, então ponha isso.
- Falta muito para chegarmos a Konoha?
- Não, mas como não sabes o caminho, vou levar-te até perto de lá. Provavelmente encontraremos ANBU’s e como eu não envolver-me nisto, logo teremos de nos separar.
A jovem engolia aquilo em seco. Por mais que lembrasse que seu pai foi para o hospital por conta de seus parentes biológicos, não conseguia ter ódio deles. Não depois de tudo que eles contaram. Mas e se fosse tudo mentira? As dúvidas voltavam a surgir, mas nem era isso que preocupava-a. Ela nunca mais veria Shinji. E Tsuki, é verdade, mas principalmente ele. Será que tinha apaixonado-se?
- Estamos chegando. Não sabia que iríamos encontrar a ANBU tão cedo, que sorte – dizia maquinalmente, enquanto pensava “que droga, mas já?!”.
- Essa é uma vila vizinha à Konoha... Já vim aqui com meu primo... quer dizer, meu outro primo...
- Bem, então acho que daqui podes ir sozinha. Se eu for mais adiante contigo, irão notar-me.
Um pesado silêncio pairou durante uns breves segundos. Shinji aproximou-se de Tora, mas desta vez ela foi a autora do beijo - que por sinal, o rapaz realmente não esperava. Aquele beijo não poderia prolongar-se, e então o Chinmoku interrompe, enquanto sussurra um "gomenasai" à Nara, empurrando-a e desaparecendo de seguida. Atordoada, a garota não sabia o que fazer, então decidiu procurar informações sobre como voltar à Konoha, e não foi difícil reconhecerem-lhe e a ANBU encontrar-lhe:
- Tora-chan! É ela mesmo! - dizia um membro.
- Quem eram os meliantes que seqüestraram-te? - perguntava um outro.
- Por favor, perguntas agora não. Eu só quero ver meu pai!
- Nobuo-san está ótimo, está em casa. Levaremos-te para o hospital para fazermos alguns exames e...
- Não precisa, eles não fizeram absolutamente nada comigo - dizia bucolicamente. - Gostaria de chegar logo, se não se importam...
- Hai, partiremos agora mesmo!
Correram por algum tempo, e logo Tora reconhecia o portão de entrada da vila. Sorria feliz, mas os ANBU avisaram-lhe que depois de descansar, deveria dirigir-se à Loki e relatar-lhe o que havia acontecido enquanto estava em poder dos seqüestradores. Deixaram-lhe na casa de Shikaku, já que Nobuo ainda iria reconstruir sua casa:
- Papai!
- Minha pequena! - Nobuo não acreditava em ver sua filha sã e salva.
Os Nara reuniram-se, Nobuo, Tora, Shikamaru e seus pais, e era natural que todos tivessem curiosidade sobre o que havia acontecido à gennin durante seu desaparecimento. Ela preferiu deixar para depois, e enquanto a mãe de seu primo preparava o jantar, foi até à varanda respirar um pouco do ar de Konoha:
- Enfim em casa, hein priminha? - Shikamaru interrompia-lhe sua devotada atenção às estrelas.
- Hai, Shikamaru - dizia ela, sorrindo.
- Tive tanto medo de que acontecesse algo a ti... eu jamais perdoaria-me...
- Não tenhas isso como algo ruim.
- Como assim?
- Bem, terei muito o que explicar, ao clã e ao Hokage, mas por ora... quero apenas ser uma gennin. Não tive tempo para tal.
- Verdade. Amanhã, depois de ires ter com Loki-sama, levo-te à tua equipa. Mas creio que não ficarás agradada - sorria maliciosamente.
- Quem faz parte da minha equipa? - ela perguntava curiosa.
- Surpresa... - dizia, enquanto fazia cócegas em Tora.
- É bom estar de volta. Tem muita, mas muita coisa que eu devo aprender. Meu futuro não parece ser muito fácil... - ela dizia, um pouco melancólica.
- Hã? - Shikamaru realmente não havia entendido.
- Shikamaru... Se eu transformasse-me em uma criatura das sombras... Se chegasse um dia em que eu não pudesse sequer ver a luz de uma vela... Como irias sentir-se perante mim?
- Que pergunta maluca...
- Apenas responda. A sério. - ela encarava-o, intimidadora.
- Sempre serás minha prima. A garota nervosinha que eu... - interrompeu de repente.
- Que eu? - Tora tentava encorajá-lo.
- Ignore. Vamos comemorar sua volta - dizia, levantando-se e desviando-se do assunto.
- Spoiler:
Enfim, lar doce lar
. Acho que ficou um pouco corrido, mas realmente estou sem idéias para enche-chouriços, e preciso da
maldita Tora em Konoha