Anteriormente escreveu:

- Como... Como você descobriu sobre "Eles"? - Ela perguntou depois de alguns segundos, parecia  uma criança  comum, apesar de claramente não ser. Azura pensou em ignorar a pergunta, mas seria uma má ideia omitir informações, ele tinha percebido o quanto ela era insistente quando queria.
- Um palpite. - Respondeu friamente, de forma a acabar com a conversa.
Sabia que ela não acreditaria, sabia também que a menina era bem mais do que parecia ser, mas pelo menos parte do misterio havia sido solucionado, e ainda tinha muito a se descobrir...
Azura tinha escondido o fato de ser um shinobi, o fato de ser um criminoso fugitivo e, mais ainda, escondeu que tinha descoberto sobre os mercernarios porque sentia várias presenças, todas elas em torno dos dois.
Estavam cercados.
E ele não podia em hipótese alguma utilizar seu chakra.

Agora escreveu:

Azura passou a viajar junto de Sue para protegê-la, fizeram 5 dias desde que saíram da caverna em que Sue morava, e desde então os dois passaram a conversar com bastante frequência. Chegaram a uma imensa floresta de pinheiros. Azura está trilhando uma rota, usando um mapa velho que Sue tinha em sua bolsa, mas aparentemente ambos os dois não tem rumo...

A jovem corria como se não houvesse amanhã, arrependida por se separar 5 minutos Dele, rezando para que aquele pesadelo terminasse o quanto antes e que Ele a achasse logo.
Então aconteceu de repente. Uma explosão se materializou ao lado dela, uma bola de fogo tão grande quanto um elefante surgiu do nada e criou uma onda de impacto que arremessou Sue a metros dali.
Ela bateu contra uma árvore com dureza, tão forte quanto podia, e girou até o chão sofrendo as dores do golpe. Ela chorava, lágrimas de medo e terror corriam sua face e encontravam-se em seu queixo juvenil.
Seus perseguidores a tinham achado finalmente, e aquele seria de fato o fim da linha para ela. Alguns homens surgiram logo em seguida, altos e de ombros largos, eles eram a escória entre os mercenários, o tipo de gente que aceita fazer de tudo por dinheiro... até matar crianças... Aquele pensamento fazia o sangue da jovem Sue ferver como nenhum outro jamais fizera.
Eles estavam lá, armados, sorridentes e orgulhosos do gigantesco pagamento que teriam por vir.  
Mas ela não desistiu. Não. Ela levantou-se com todas as forças que tinha em seu corpo frágil e se pôs de pé, a olhar nos olhos dos seus algozes.
Um dos muitos mercenários tomou a frente, um loiro e mais baixo que os outros, porém com intensões tão obscuras quanto.
Sue não desviou o olhar embargado de lágrimas dos olhos do homem, e ela o acompanhou mesmo quando ele sacou sua arma ameaçadoramente. Ela sequer piscou quando ele levantou o braço... só não conseguiu olhar quando ele finalmente aplicou o golpe, desviado os olhos no último segundo.
Talvez. Somente talvez. Talvez se ela tivesse esperado mais, teria visto a cena mais assustadoramente incomum que veria em sua vida.
O momento em que Ele chegou.
Lá estava seu protetor, o homem que se auto-proclamou sem nome, aquele cujas costas largas salvavam-lhe a vida. Um homem conhecido apenas por sua aparência peculiar e um pseudônimo...
-SOLDADO-SAN!!! - Ela gritou, arrancando da sua garganta o medo que lhe corroía a alma.
Azura estava lá, de pé entre Sue e o mercenário, como uma estátua de gesso inanimada. Um filete de sangue escorria pelo seu ombro, onde a katana do adversário o atingiu, e apesar de não ter sido um corte profundo, certamente estava sendo deveras doloroso.
- Eu não quero lutar. - Ele falou com calma infinita. - Vão embora em paz, e aproveitem enquanto tem vida... - completou inexpressivamente.
Os mercenários se entreolharam divertidamente e esboçaram sorrisos maldosos.
- Engraçado ouvir isso de um homem desarmado, ferido e descompanhado! - falou um deles.
O ruivo hesitou, respirou fundo...
Então decidiu-se.
"Que seja..."
E em um movimento sistemático, ele agarrou a lâmina que repousava sobre seu ombro cortado e a puxou, de forma a fazer seu adversário larga-la. Então dominou a katana pela empunhadura, desenhando um  corte no peito do inimigo segundos depois.
"Eu não posso usar chakra sem me descontrolar, mas ainda consigo usar armas.." considerou ele.
Os outros se surpreenderam, arregalaram os olhos e entreolharam-se nervosos. Sue também foi pega de surpresa, e foi ela quem soltou um gritinho agudo quando tudo aconteceu.
- Estou avisando novamente. Eu não quero lutar, mas o farei se for necessário. - Era um blefe! Azura sabia que eram muitos inimigos ali, e sabia também que poderia até vencer a todos sem recorrer a jutsus, mas não asseguraria a segurança da menina...
E não demorou muito para que viesse a resposta. As vidas daqueles homens eram importantes para eles, mas a quantidade de dinheiro que ofereceram por aquela menina...
- QUEM MATAR O RUIVO GANHA RYOS EXTRAS! - Alguém gritou no meio da multidão, e esse foi o estopim de uma infinidade de gritos encorajados pela ganância.
- Soldado-san! - A menina gritou antes de Azura virar-se apressadamente e colocá-la no ombro para iniciar uma corrida desesperada.
Ambos os dois aceleraram pela floresta como podiam, entre raízes altas e arbustos espinhentos, o ruivo colecionava cortes em seu corpo suado enquanto levava nas costas aquele ser inútil, cuja vida dependia totalmente dele. Aquele pensamento nublou sua mente ao mesmo tempo em que seu corpo procurava as melhores rotas para correr. Não havia motivo lógico para tanto esforço, não houveram ordens para aquilo, tampouco haverá qualquer tipo de recompensa... Então porque ele estava fazen-
Tum!
Uma bola de fogo viajou pelos ares, percorrendo todo o caminho até azura e Sue apenas para explodir nos pés dos fugitivos, Fazendo-os ser arremessados no ar pela onda de impacto.
Eles foram jogados para frente violentamente, contra uma parede de cipós que escondia o quer que estivesse atrás... E os dois descobriram amargamente o que havia ali nos segundos a seguir.
A vegetação havia escondido, mas eles, na corrida, haviam subido uma montanha. Bem, aquele era o fim da montanha. Começaram a cair na gigantesca depressão cada vez mais rápido, sendo assistidos pelos mercenários que riam na beirada do precipício.
Sue gritava desesperada, mas Azura não. Azura permanecia calado, olhando onde cairiam e calculando como poderia minimizar os danos... Mas não para si.
Agarrou Sue nos braços, abraçando-a com todas as suas forças. Virou as costas para o chão e preparou-se para o que quer que viria a seguir. Enquanto caia, percebeu que aquele era o primeiro abraço que recebia desde que lembrara, e estava tendo uma primeira impressão muito estranha sobre.
As árvores abaixo eram grandes e frondosas, sendo seus galhos quem ajudaram a amenizar o impacto da queda, servindo como trajeto para cobrir a distancia até o chão.
E quando ele chegou lá, finalmente relaxou. E Sue chorava copiosamente, entre soluços e engasgos, estava encolhida e assustada.
- Seu... Seu... Seu maluco! V-você po-poderia ter morrido! - Ela continuou sobre o peito do rapaz e deu soquinhos no peito dele usado suas mãos tremulas.
Ele por sua vez continuava calmo, sereno, olhando o céu com seus olhos de órbitas negras, pensando em quantas costelas ao certo ele tinha quebrado... Provavelmente três, ou mais.
Mas esse momento de alívio não durou tanto. Como estrelas cadentes, eles surgiram dos céus. Os mercenários eram conhecedores das artes shinobi, sendo assim sabiam como andar por paredes ou como escalar uma montanha. Chegaram um-a-um, como convidados ilustres de uma festa, e desenharam um círculo em volta dos dois, todos com armas sacadas e sorrisos malévolos escancarados.
- Saiam daqui! - Sue gritou. - Não vêem como ele está? Vocês venceram! Podem me levar! Deixem-no aqui, por favor! - Ela gritou, ajoelhada ao lado do seu soldado.
Murmurinhos invadiram o ar, todos estavam dispostos a ficar, mas discutiam como terminar o serviço da maneira mais adequada. "Fogo!" um deles falou mais alto, e os outros concordaram. Uma mercenária tomou a palavra.
- Queime, minha pequenina! - E começou a fazer selos para no fim dizer. - Katon! Gougakyou no jutsu! - E cuspiu uma intensa chama.
Sue gritou sonoramente em desespero, mas parou assim que notou não estar queimando.
- o que... - Ela falou quando percebeu que estava dentro de uma cúpula de cristal, e que Azura estava agora de joelhos, fazendo selos shinobi. Ele estava abatido, ferido, mas ainda assim lúcido. Ela sorriu.- Você me salvou novamen-
- Saia de perto de mim! - Ele a interrompeu, em um tom de voz totalmente diferente do normal, nervoso. Isso cortou o sorriso da garota.
- Como assim? O que está acontecendo? - Sue falou, imóvel.
Azura se recolheu a um canto da cúpula como um animal ferido. Lá fora dava para ouvir xingamentos e golpes dados contra a proteção, e apesar de cristal ser resistente, ele começava a trincar em alguns pontos.
- Eu... Eu não devia usar chak.... Não! Aargh - Ele falava, parecendo desequilibrado. E Sue pensou que ele fosse qualquer tipo de pessoa, menos desequilibrado.
Ela se aproximou com cautela, tentando entender o que estava acontecendo, e quando estava bem perto, Azura emitiu um urro tão poderoso e carregado de chakra, que arremessou ela contra a extremidade da cúpula. Agora o ruivo estava de joelhos, com as costas curvadas. Em seu corpo, marcas na forma de raios nasciam a partir da nuca e dançavam sobre sua pele. Ele falava varias coisas sem sentido, gritava de dor e urrava como um animal. Seu braço direito era dominado totalmente pelas marcas, e transformava-se em qualquer coisa imensa e monstruosa, horrorizando a menina.
- ... Não quer dizer nada. Eu não quis fazer aquilo. Não não. Não era eu com certeza. Ela era tao nova. Eu a matei! Matei todos! O pai, a mãe, o marido covarde! Todos! Inclusive a filha inútil! HAHAHAHHA EU A MATEI! ...- ele falava rápido, como em sussurro.
Os trincos na cúpula tornavam-se maiores, e aos poucos cediam a pressão dos golpes vindo de fora.
Sue estava completamente apavorada. O seu soldado já não era a mesma pessoa, e ainda disse que era um assassino! Ela encolhia-se no canto oposto tentando estar o mais distante possível.
- HAHAAHAH.... minha lamina atravessou seu coração. Eu lembro! Ela me olhou... Ela... Me olhou... - Ele parou de falar, e por um segundo Sue percebeu que suas marcas recuaram, e que ele pareceu lúcido novamente. - Aaaaargh! - Ele deu um soco no chão com o braço monstruoso, e o outro braço se transformou também. Curvou as costas e baixou a cabeça em agonia.
- SEU SANGUE ESCORREU PELA MINHA LÂMINA! HAHAHHAHAH Depois disso eu matei tantos outros! Muitos! Mulheres também! HAHAHHAHAHHHAHAHA... HAha... Haha.. ha... Eu... Ela me olhou... - A voz do ruivo mudou, e Sue percebeu isso. A garota pode discernir, ele estava... Chorando?
Ela relaxou. Seus olhos o olharam novamente, mas sob um ponto de vista completamente diferente. O medo desapareceu, e dessa vez só o que ela conseguiu  sentir era pena. Uma pena imensa. Pelo o que aquele coitado havia passado na sua vida para merecer tanta dor?
A garota pôs-se de quatro e engatinhou até o seu soldado tão lentamente quanto pôde. Tocou em seu cabelo ruivo, ele levantou a cabeça abruptamente, lançando-a um olhar feroz. Ergueu a imensa mão direita e ameaçou agarrar o pescoço da criança, mas hesitou.
Sua face estava quase toda dominada pelas marcas em forma de raios, e seus olhos não pareciam ser os mesmos, apesar de cheios de lagrimas.
Sue levantou-se, envolveu os braços em torno da cabeça do rapaz, e o apertou contra seu peito com todas as suas forças.

 - Todos merecem uma segunda chance, soldado-san.

O tempo parou de repente.
Não havia som. Não havia Azura, Sue, vida ou morte. Azura expressava em sua face a verdadeira surpresa que sentira naquele momento, talvez a expressão mais sincera feita em sua pós-vida. E o que estava em silêncio inclusive era sua mente, todas as vozes, pensamentos e visões haviam sumido. Elas ainda estavam lá, com certeza estavam, mas aquela frase que lhe foi dita... Ela fazia tudo parecer tão... pequeno. A transformação parou, a dor se foi. Azura parecia enxergar uma nova lógica. Agora muita coisa fazia sentido.

Do lado de fora, os mercenários lançavam jatos de fogo e bolas elétricas contra a cúpula. E chegou em um momento em que as rachaduras estavam por toda a parte.
- A proteção vai ceder! Preparem-se! - Um dos mercenários gritou enquanto corria para atingir o cristal com seu martelo gigante. Ele balançou a arma com veemência e aplicou o golpe usando toda a força. O cristal partiu, mas não como ele havia previsto... A cúpula explodiu! De repente milhares de pedaços de cristal voaram para todos os lados como shurikens, e de dentro da cúpula ele surgiu. Azura estava lá, de pé majestosamente coberto de tatuagens de raios. Em volta de si uma tempestade azul de chakra formava um pequeno tornado, partículas de cristal rodopiavam como em reverência, e atrás dele Sue escondia-se mostrando a língua.

- Eu mandei aproveitarem enquanto tinham vida... - O kirinin falou, fazendo liberar seu poder.

Comentários:

Como esperado, parece que a criança foi essencial para o controlo, ou parcial controlo, do Sennika. Foi um pouco esperado, mas é sempre fofo ver as crianças a despertarem o nosso lado mais querido e fraterno! E devo admitir que a tua OST ficou perfeita no texto, só lamentei dela ter acabado tão cedo...

A tua escrita não está na mesma qualidade que é costume, mas acredito que deva ter sido por teres escrito num tablet. Não obstante, não tiveste qualquer tipo de erros, portanto não te preocupes com isso!

Continua ^^

Sim sim " alt="" title=""> Meu medo era que ela acabasse antes do tempo, imagino eu que ela foi boa pra mim porque eu li rápido(já que fui eu quem escrevi )

Provavelmente, fui a primeira pessoa a ler a sua OVA quando postou

Estou com o Tsu. A menina era óbvia enquanto a chave Mas gostei, claro! Aquela menina está a despertar emoções no Azura que ele não deve saber que tem ou sequer o que são. Ele protegeu-a sem que essa fosse a obrigação dele e isso é mesmo um grande avanço para ele.

Imaginei ali o Azura todo badass no final e deu-me inclusive uma ideia para o futuro, por isso obrigada!

E não tinha erros ortográficos nenhuns, já agora. Fico à espera de ler o que se segue. Está numa parte muito empolgante 

Sou novo nisto, não conheço as histórias. Mas sinto que estamos perante uma personagem protectora, pois defendo a rapariga com unhas e dentes. Gostei. Interessou-me este tipo de personagem.

Já agora perfeita escolha de OST. Continua bro.

Shibiusa escreveu:

Provavelmente, fui a primeira pessoa a ler a sua OVA quando postou

Estou com o Tsu. A menina era óbvia enquanto a chave Mas gostei, claro! Aquela menina está a despertar emoções no Azura que ele não deve saber que tem ou sequer o que são. Ele protegeu-a sem que essa fosse a obrigação dele e isso é mesmo um grande avanço para ele.

Imaginei ali o Azura todo badass no final e deu-me inclusive uma ideia para o futuro, por isso obrigada!

E não tinha erros ortográficos nenhuns, já agora. Fico à espera de ler o que se segue. Está numa parte muito empolgante 

Sim sim, era óbvia a participação dela  E a forma como ele tratou ela dessa vez foi bem expressiva, acho que foi mais instintivo do que racional.
Enfim, obrigado por ler!

Bruno Moraes escreveu:

Estou começando achar que o Azura é um pedófilo, primeiramente ficou nu na frente da garota e agora tenta a proteger como se fosse à pessoa mais importante do mundo para ele. Espera só um pouco que já volto, vou ali fazer um telefonema para o conselho Tutelar de proteção a criança e adolescente . Boa historia para contar como o Azura controla o Sennika, espero que consiga ter um PC decente para voltar a ficar mais ativo no Fórum, sentimos sua falta.
 

Força na Historia e na Facu!!!   

Não é pedofilia D: É uma relação inocente D: vocês veem maldade em tudo D:
Obrigado por ler!

.arrow escreveu:

Sou novo nisto, não conheço as histórias. Mas sinto que estamos perante uma personagem protectora, pois defendo a rapariga com unhas e dentes. Gostei. Interessou-me este tipo de personagem.

Já agora perfeita escolha de OST. Continua bro.

HAHAHAHAHAH  É até estranho ler isso, porque meu personagem é completamente o contrário  Se você ver alguns fillers antes, vai perceber que meu personagem é tudo, menos protetor ou caridoso  A questão é que ele tá em uma fase de mudança profunda  Mas obrigado por ler!

Vejo Azura a cuidar da irmã mais nova :3
Kawaii

Ainda tenho certo medo desse monstro, porém nada que amor não possa resolver (não apenas romance, também amizade, confiança etc)^~

Finaliza para começarmos again