Mais um dia ensolarado em Iwa, e um rapaz de jaqueta preta pode ser visto caminhando pelas ruas da vila. Ao caminhar em direção ao subúrbio de Iwa, Jow coincidentemente encontra-se com Kamui.
- “Kamui-sensei, o que faz aqui?” – Pergunta o jovem.
- “Estou indo visitar uma velha amiga, não a vejo faz um bom tempo.” – Responde o jounin.
- “Uma amiga? Sei... amiga...” – Diz o gennin, desconfiando das intenções do seu mestre.
- “Me respeite seu fedelho!” – Diz o homem de cabelos curtos, após socar a cabeça do ruivo.
- “Estou falando da Chizuru, e por que não vem comigo? Acho que ela gostará de te ver.” – Pergunta o tutor, bem mais calmo.
- “Claro que vou, afinal ela me ajudou com o meu lado negro naquela outra ocasião.” – Lembra o rapaz.
Assim, ambos partem para a casa da mulher que os ajudara em outrora, e após caminharem por alguns (muitos) minutos, enfim chegam ao local desejado. Chegam a um portão grande, de madeira e era a entrada frontal para o quintal da casa, que era similar a um dojô. Após 5 minutos de espera, um homem veio e abriu o portão, e pediu para entrar, pois a sacerdotisa já os aguardavam. Para o espanto dos dois, Chizuru já estava no saguão, que havia sido visitado pelos dois, numa outra ocasião (como no ritual em que Chizuru selou uma parte do poder do ruivo), e ao se encontrarem com a mulher, perceberam que haviam objetos usados em algum tipo de ritual, próximos da sacerdotisa.
- “Estava ocupada Chizuru? Podemos voltar outra hora.” – Pergunta o jounin.
- “De maneira alguma, quero que vocês fiquem, pois esses objetos estão aqui por causa do Yagami.
- “Por causa de mim? Mas o que eu fiz?” – Pergunta o jovem.
- “Sim, o ritual de antes está perdendo força, precisamos reforçá-lo. – Revela a mulher de cabelos longos.
- “Então o que podemos fazer para reforçar o ritual?” – Pergunta Kamui.
- “Teremos que fazer outro ritual, entretanto dessa vez o sucesso dependerá apenas de Jow.” – Revela Chizuru.
- “Depende apenas de mim? O que eu precisarei fazer então?” – Pergunta um curioso gennin.
- “Terá que derrotar o teu “outro lado”, precisará vencer teu lado sombrio.” – Diz a mulher.
Assim que a sacerdotisa termina de falar, mestre e discípulo trocam olhares, como se estivessem combinando algo.
- “Caso o ritual não saia conforme o planejado, vocês terão que me matar antes que seja tarde...” – Pede o Yagami ao seu sensei e a sacerdotisa.
Sem afirmar ou negar o pedido do jovem, Chizuru coloca os objetos em seus lugares, e pede para que Jow sente no meio do círculo desenhado no chão. Assim que o rapaz senta no meio do círculo, a mulher de cabelos longos começa a recitar cânticos, que fazem o ruivo cair num sono induzido.
Quando o rapaz se dá conta, ele está num lugar todo pintado de preto, como se todas as outras cores não existissem. Após se cansar de tanto chamar por Kamui e Chizuru, Jow se lembra que está num ritual feito pela sacerdotisa, e que teria que vencer seu lado sombrio. Assim o jovem fica atento ao que lhe cerca, e empunhando suas katanas, o Yagami fica de guarda, já esperando por um possível ataque. Uma respiração ofegante era ouvida pelo gennin, que ao virar-se para trás, viu sua própria imagem a sua frente.
- “Que susto, não sabia que esse ritual precisava de espelhos...” – Diz o rapaz.
- “Esse parece comigo, mas sua face é maligna... Oh meu Deus!” – Diz o ruivo, que ao perceber que se tratava do seu lado negro, pula para trás na tentativa de escapar do ataque do inimigo.
Entretanto quando consegue escapar da primeira investida do “Oni Jow”, o mesmo surge atrás do ruivo que apenas olha para trás com os olhos arregalados e sem tempo para fazer algo...
Continua...