- Parece que foi suícidio com comprimidos. – Declarou Sasame saindo da morgue do Hospital de Kumo, a Mo e Touya, esta última chorava que nem uma madalena arrependida.
- M-mas porquê?! – Soluçou a morena, Mo olhou-a como se a rapariga fosse um bicho raro.
- Sei lá. – Respondeu a sensei suspirando e passando a mão pelos longos cabelos lilases. – Também não percebo.

- E-eu sabia que não devia ter desistido dele! – Choramingou a rapariga. – Nu-nunca devia ter co-começado a andar com o Taro!
- Ele não gostava de ti. – Declarou Mo calmamente, o que fez a rapariga chorar ainda mais desesperadamente.

- Mais valia ficares de boca fechada. – Resmungou Sasame a Mo, que reagiu com indiferença. – Queres que chame o Taro?
- N-não! A culpa é toda dele! – Respondeu a rapariga entre duas fungadelas ruidosas.
- Ai a minha vida. – Murmurou a sensei, revirando os olhos. – O que havia de me calhar.
- Posso do-dormir em sua casa hoje? – Pediu a rapariga a Sasame.

- E eu? E eu? E eu? E eu?- Pediu Mo levantando a mão.
- Mas devem pensar que eu sou a Santa Casa da Misericórdia, não? - Respondeu Sasame rapidamente.
- Ela estava a fazer luta livre despida com uma preta. – Declarou Mo. – Deve querer continuar a brincar.

- Mas tu queres fazer companhia ao Kuwabara?! – Ameaçou Sasame, ante o olhar estupefacto de Touya que continuava a chorar baba e ranho.
- Porquê, Kuwabara-san? - Soluçou Touya limpando as lágrimas a um lenço já encharcado. – Eu gostava tanto de ti.
- Ei! Onde pensas que vais? – Interpelou Sasame abruptamente ao ver Mo encaminhar-se para o Hospital.

- Ver cuecas. – Respondeu e desatou a correr de braços no ar até à entrada do hospital, Sasame limitou-se a respirar fundo e optou por ignorar. Afinal, a ignorância é uma bênção.


Rev encontrava-se sentada na sua secretária visivelmente aborrecida e perturbada, sem dar aviso pegou no pequeno candeeiro e atirou-o à parede com extrema violência.

- Velho de merda! – Rosnou enfurecida, com os seus olhos vermelhos a faiscar de raiva. – É que não abriu a boca papá! Que raiva!


Mo entrou no edifício descontraidamente de mãos nos bolsos, já de si meio esburacados, passou por enfermeiras e médicos atarefados que não lhe ligaram, passou por pessoas a agonizar em macas e nem se preocupou em se compadecer.

- Mo… - Parou ao ouvir uma voz roufenha a proferir o seu nome, virou-se procurando a sua origem e viu o mendigo com ar de pedófilo numa cama ligado a alguns fios com ar de sofrimento. – Vem cá.
Mo deu dois passos atrás com desconfiança e receio, o velho deu duas tossidelas e cuspiu um bocado de sangue, parecia que tinha dificuldade em respirar.

- Eu não te vou magoar. – Declarou o velho entre mais duas golfadas de sangue, Mo olhou-o de viés ainda sem sair do sítio. – Por favor Mo.
- Como sabes o meu nome? – Perguntou a criatura ainda sem se mover, o velho esboçou um sorriso triste e tossiu mais um bocado de sangue.

- Sei. – Respondeu o velho suspirando e contorcendo a cara de dor. – Por favor, aproxima-te, a Raposa apanhou-me e não tenho muito mais tempo.

Mo reagiu ao ouvi-lo, como é que o velho sabia da Raposa e porque é que ela o tinha atacado? Deixou-se levar pela curiosidade e aproximou-se do velho, até chegar ao seu lado.

- Chega mais perto. – Pediu o velho debilmente, Mo assentiu e aproximou-se deste, o idoso falou-lhe baixo ao ouvido. A pequena criatura arregalou os olhos ao ouvir as palavras que ouvia. – Não te esqueças.
Mo olhou o velho à sua frente nos olhos, de boca aberta e sem proferir um único som, o homem tossiu mais duas golfadas de sangue enquanto sorria.

Quando Mo finalmente reagiu, só viu médicos e enfermeiras à volta do sem-abrigo, agitados e no fim ouviu um deles a declarar o seu óbito.
Sem dar tempo para que alguém notasse a sua presença, a pequena criatura saiu do hospital tal como entrou.


- Não acredito que levámos uma tampa… - Resmungou Rippa sentando-se no luxuoso sofá de sua casa.
- Ao menos avisava que não vinha, deixar-nos pendurados não foi nada de bom tom. – Declarou a rapariga sentando-se ao lado do seu irmão.

- E ficas-te sem a tua orientação sexual resolvida. – Brincou o rapaz loiro.
- Parvo. – Respondeu-lhe Kin encostando a cabeça no ombro do irmão. – Fiquei mesmo aborrecida.
- Eu sei maninha. Eu também… - Murmurou o loiro brincando com os longos caracóis loiros da irmã gémea.


- Então que se passou? – Perguntou a rapariga negra ao ver Sasame a entrar em casa, seguida de uma chorosa Touya.
- Um dos meus alunos suicidou-se sem razão aparente. – Respondeu aborrecida, depositando um beijo nos lábios de Ryla.- Tive que trazer a Touya, não para de chorar e ainda lhe dá uma má ideia.

- Não há problema, combinamos noutro dia. – Declarou a negra sorrindo e pegando numa mala, mas Sasame segurou-lhe o pulso.
- Dormes cá na mesma. – Falou a kunoichi de cabelo lilás sorrindo.
- Chamas-te, ‘Same? – Perguntou Taro entrando de rompante em casa da kunoichi.
- O que é que ele está aqui a fazer?! – Perguntou Touya indignada lavada em lágrimas. – Não o quero aqui!

- Touya, o que tens? Pensei que… - Balbuceou Taro confuso.
- A culpa é toda tua! Seduziste-me e fizeste com que o Kuwabara-kun se suicida-se porque eu já não queria nada com ele!
- Mas ele nem gostava de ti… - Respondeu o rapaz, meio zangado.

- Como é que sabes? Tu não sabes nada! A culpa é toda tua! SAI! – Atirou-lhe arapariga furiosa empurrando o Hyuuga até à porta de casa.
- Mas estás a passar-te? – Perguntou Taro indignado. – Eu tenho lá culpa que o outro se tenha matado!
- VAI-TE EMBORA! E NUNCA MAIS ME APAREÇAS À FRENTE!!

- Podes crer que não. – Respondeu Taro visivelmente aborrecido, batendo com a porta ao sair.
- Mas o que te deu? Não gostavas dele? – Perguntou Sasame confusa.
- Ele desviou-me do Kuwabara-kun, e como eu deixei de lutar pelo nosso amor matou-se! A culpa é dele. – E dizendo isto deu e chorar desalmadamente sentada no sofá.

- A miúda parece-me levemente perturbada. – Murmurou Ryla para Sasame.
- Levemente?


Mo parou junto à saída da Vila Oculta, olhou em volta e encolheu os ombros, saindo de Kumogakure a grande velocidade.



Aaaaaaaaand… Mo is back!
Espero que tenham gostado, tive umas ideias para novos fillers e pus-me ao trabalho. Ficam com algumas perguntinhas. :3

- Será que Kuwabara se suicidou sem razão aparente ou existiria alguma razão mais profunda?
- O que quereria Rev do velho?
- O que terá dito o velho a Mo? E para onde foi o bicho? (Lalalala, para a festa da Hana-chan. Or not.)

A Tixa e seus fillers voltaram Estava sentindo falta de Mo, parece que leste-me os pensamentos, gata Mo agora vai sair de Kumo? Isto anda a dar panos pra manga, fiquei curiosa sobre o velho. Continua

Brigada Gata, tenho andado sem net e o meu notebook ia morrendo por afogamento. T_T

Sim, Mo vai andar fora uns tempinhos, armando bagunça e tal.

Beijão Gata. ;D

Olha para quem é ela ^^ Bem, eu tou meio à nora com a história da personagem sem sexo
Lembro-me de ler algo logo no início, mas pouco depois acabei por me afastar do fórum.
Continuas a escrever bem, continua e eu vou tentar começar a acompanhar a partir daqui ^^

Mo é uma personagem um pouco estranha, não deu para perceber muito por este Filler. E está saída de Kumogakure? O que vai acontecer? Espero desenvolvimentos para me sentir completamente inteirado com a personagem e com a história em si.

Ainda o maior mistério na historia de Mo ainda é saber qual é o Sexo dele ou dela

Não sei se é só os fillers que eu leio seu ou todos eles alguém morre, isso me lembra o escritor de Game of Thrones que não tem pena de matar personagens principais ^^

Continua com a historia Linda